quarta-feira, 31 de março de 2010

A COLIGAÇÃO GLOBO/SERRA/DEMO


Laerte Braga


O governador de São Paulo José Collor Arruda Serra inaugurou na terça-feira parte das obras do RODOANEL em seu estado. Cobertura jornalística ampla, geral e irrestrita.

José Collor Arruda Serra é um dos políticos mais corruptos do Brasil e pior que FHC em muitos sentidos. A prisão de executivos da ALSTOM em Londres vai revelar no curso das investigações que foi um dos comprados para a concessão de obras públicas em seu estado, inclusive o RODOANEL. Os empresários foram presos exatamente por comprar políticos sul-americanos como Serra.

O JORNAL DA BAND ao mostrar a inauguração de parte das obras (neste momento ele está inaugurando promessas inclusive) mostrou também um imenso protesto de professores da rede pública do estado, largados à deriva, como toda a educação em qualquer governo tucano (educação dá dinheiro, não permite caixa dois, propina).

O JORNAL NACIONAL, parte da programação do PARTIDO GLOBO que integra a coligação DEMO/PSDB (o partido de Serra), mostrou a solenidade de inauguração e cortou as imagens da manifestação.

O PARTIDO GLOBO é mestre nisso. Mau caratismo e desonestidade na informação. Distorce, mente, inventa, tem um time de canalhas padrão William Bonner que além de não ter o menor escrúpulo, são de quem paga mais, ou de quem paga, ainda se dá ao luxo de chamar o telespectador de idiota, tratá-lo como tal e considerá-lo de fato assim.

O PARTIDO GLOBO sempre foi assim. Para início de conversa é uma organização estrangeira com aparência de nacional. Começou com capital estrangeiro, pouco antes do golpe militar de 1964 (o próprio Carlos Lacerda, líder de extrema-direita à época denunciou o fato). Dispôs de todos os recursos necessários para implantar-se, crescer e com o golpe militar de 1964 transformou-se em veículo oficial da ditadura.

Roberto Marinho, o canalha chefe, escondia notícias de tortura, notícias de escândalos do governo militar (corrupção generalizada), como escondeu as manifestações populares que pediam diretas já. Só as liberou quando o próprio ditador Figueiredo autorizou e quando perceberam que mais de um milhão de brasileiros estava comparecendo a cada um dos comícios pelas diretas.

Inventou a figura do caçador de marajás dentro do projeto político da nova ordem econômica, o neoliberalismo, foi parte beneficiada com recursos públicos no governo de Collor, só tratou do impedimento quando jeito não tinha mais, quando o Brasil inteiro clamava por isso.

Apoiou os oito anos de corrupção e barbaridades do governo FHC, sustentou-se com dinheiro público, inclusive em sua monumental divida externa (da empresa), paga em parte por FHC em troca do apoio a Serra em 2000 (havia um pedido de falência numa corte de New York contra a GLOBO).

Às vésperas das eleições de 2006, como as pesquisas indicassem a vitória de Lula no primeiro turno, a sua reeleição, deixou de noticiar um acidente aéreo, principal fato jornalístico do dia, mais de 150 mortos, a queda do avião da GOL, para divulgar um dossiê falso, mentiroso como se viu mais à frente, na tentativa de forçar o segundo turno e tentar eleger o corrupto Geraldo Alckmin (aquele que a mulher ganhou 300 vestidos para leiloar em benefício de uma instituição de caridade e preferiu ficar com eles).

Um mês antes das eleições criou uma “caravana da cidadania” conduzida pelo cafetão travestido de jornalista, Pedro Bial, para percorrer o País fazendo a campanha de Alckmin e em seguida às eleições, Bial teve que engolir em seco o dedo no nariz do governador do Paraná Roberto Requião que chamou a ele e a Miriam Leitão de “mentirosos”. São mentirosos muito bem remunerados.

Tem entre seus principais jornalistas um antigo agente da ditadura, Alexandre Garcia, acabou expulso do Palácio do Planalto por assédio sexual. Era funcionário do Banco do Brasil e foi para o Gabinete Militar eufemismo para SNI (SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES), sinônimo de dedo duro.

É um partido político, está coligado com duas das principais quadrilhas partidárias do Brasil, o PSDB e o DEMO (venderam setores estratégicos da economia nacional, patrimônio público na chamada privatização) e quer vender agora a candidatura de um político que além de corrupto, sem nenhum caráter é, lato sensu, um boçal.

GLOBO/PSDB/DEMO, a coligação que pretende passar a escritura do Brasil vendendo o patrimônio que resta e mudar a grafia do País para BRAZIL.

Trazem partidos menores consigo. A FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, RBS no sul do País, ESTADO DE SÃO PAULO, PPS do Roberto Freire, o ex-honesto. É, no mínimo, curioso que a BAND tenha mostrado a manifestação de professores, se levarmos em conta que Serra é um dos “herdeiros” da própria Rede BAND. Os pagamentos devem estar atrasados.

A campanha eleitoral deste ano vai ser das mais sórdidas da história.

Essas máfias, meios de comunicação da chamada grande mídia, partidos agregados vão tentar de tudo para levar ao poder uma das figuras mais repulsivas da política brasileira, José Collor Arruda Serra.

Seria necessário criar um superlativo para canalha, o único jeito de defini-lo lato sensu.

A opção do eleitor brasileiro vai ser simples. Ou aceita o rótulo de idiota que William Bonner criou para o telespectador do JORNAL NACIONAL, ou rejeita e repudia todas essas quadrilhas preservando o Brasil como nação soberana. Preserva a integridade do nosso território, nossa história, nossa liberdade, sobretudo a perspectiva de termos futuro.

Serra é sórdido. Mas GLOBO em tudo e por tudo é bem mais.

Herança maldita dos demotucanos

A difícil transição paulista

Por Márcio Pochmann, no jornal Folha de S. Paulo

Estado de São Paulo vive um de seus maiores desafios históricos: como continuar sendo a locomotiva econômica que dirige o país?

Quando se completa a primeira década do século 21, o Estado de São Paulo demonstra viver um de seus maiores desafios históricos, qual seja, o de continuar sendo a locomotiva econômica que dirige o país. Na perspectiva recente, isso parece estar comprometido diante de importantes sintomas de decadência antecipada.

Entre 1990 e 2005, por exemplo, o Estado paulista registrou o segundo pior desempenho em termos de dinamismo econômico nacional, somente superando o Rio de Janeiro, último colocado entre os desempenhos das 27 unidades da Federação.

Atualmente, o Estado paulista responde por menos de um terço da ocupação industrial nacional -na década de 1980, era responsável por mais de dois quintos dos postos de trabalho em manufatura.

Simultaneamente, concentra significativo contingente de desempregados, com abrigo de um quarto de toda mão de obra excedente do país -há três décadas registrava somente um quinto dos brasileiros sem trabalho.

Em consequência, percebe-se a perda de importância relativa no total da ocupação nacional, que decaiu de um quinto para um quarto na virada do século passado para o presente.

Se projetada no tempo, essa situação pode se tornar ainda mais grave, com São Paulo chegando a responder por menos de 20% da ocupação nacional, por um terço de todos os desempregados e apenas por um quinto do emprego industrial brasileiro no início da terceira década do século 21.

Essa trajetória pode ser perfeitamente revertida, uma vez que não há obstáculo econômico sem superação.

A resposta paulista, contudo, precisaria vir da montagem de uma estratégia inovadora e de longo prazo que não seja a mera repetição do passado.

Na visão da antiga oligarquia paulista, governar seria fundamentalmente abrir estradas, o que permitiria ocupar o novo espaço com o natural progresso econômico. Por muito tempo, o Estado pôde se privilegiar dos largos investimentos governamentais em infraestrutura, o que permitiu transitar das grandes fazendas produtoras e exportadoras de café no século 19 para o imenso e diversificado complexo industrial do século 20.

Em apenas duas décadas, o Estado paulista rebaixou a concentração de quase dois terços de sua mão de obra no setor primário para menos de um terço, dando lugar ao rápido crescimento do seu proletariado industrial.

Com isso, a ocupação em manufatura convergiu para São Paulo, passando a representar 40% de todos os empregos industriais do país na década de 1960, contra um quarto em 1940.

Em virtude disso, o protagonismo paulista reverberou nacionalmente por meio do ideário de que seria a locomotiva a liderar economicamente o Brasil grande. Tanto que não era incomum à época que as lideranças de outros Estados sonhassem com a possibilidade de repetir o caminho paulista. O principal exemplo se deu com a implantação de uma “mini-São Paulo” no meio da Floresta Amazônica, por intermédio da exitosa implantação da Zona Franca de Manaus.

Para as décadas vindouras, o futuro tende a exigir a ampliação predominante do trabalho imaterial, cujo principal ativo é o conhecimento.

Não significa dizer que as bases do trabalho material (agropecuária e indústria) deixem de ser importantes, pois é estratégico o fortalecimento das novas fontes a protagonizar o dinamismo econômico do século 21.

Se houver força política nesse sentido, o Estado de São Paulo poderá transitar para a continuidade da condição de liderança econômica da nação, passando a responder por 40% do total do trabalho imaterial do país.

Os esforços de transformação são inegáveis, pois, além da necessária oxigenação de suas instituições, os próximos governos precisariam inverter suas prioridades, com a adoção, por exemplo, de um gigantesco e revolucionário sistema educacional que assegure as condições necessárias do acesso de todos ao ensino, do básico ao superior, ademais da educação para a vida toda e com qualidade.

Na sociedade do conhecimento em construção, a liderança econômica não surgirá da reprodução de sistemas de ensino comprometidos com o passado, tampouco de relações governamentais com profissionais da educação compatíveis com o século 19.

Ainda há tempo para mudanças contemporâneas, sobretudo quando a política pública é capaz de romper com o governo das ideias ultrapassadas. Sem isso, o fantasma da decadência reaparece, fazendo relembrar as fases de liderança econômica de Pernambuco durante a colônia e do Rio de Janeiro no império.

Ao se despedir, Dilma manda recado à oposição e diz "até breve"



A ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata à presidência da República, criticou nesta quarta-feira aqueles que ela classificou como "os viúvos do Brasil que crescia pouco". Segundo ela, essas pessoas fingem ignorar que as mudanças no Brasil são substanciais. Dilma ainda aproveitou o discurso de despedida, no Palácio do Itamaraty, para enaltecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dizer um "até breve".


"Elas têm medo. Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados", disse a ministra, durante evento de transmissão de cargos dos ministros que disputarão as eleições no fim do ano. Dilma acrescentou que, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o povo não é coadjuvante. "É o centro das nossas atenções (...) O governo do senhor é um momento importante, de ápice, de vitória", afirmou.

"Talvez o mais longo momento de vitória de todos esses que lutaram experimentaram em sua vida." Ela citou as lutas contra a ditadura e por redemocratização, direitos, igualdade, justiça e liberdade. "A geração que me sucedeu conseguiu realizar seus sonhos."

Dilma discursou durante a posse de dez novos ministros que vão compor o quadro do governo até o final do seu segundo mandato. Dos dez, sete deixam as secretarias executivas que ocupavam para preencher as vagas deixadas pelos ministros candidatos. (Leia mais aqui)

"Líder popular"

Ainda falando diretamente a Lula, Dilma disse que ao seu lado os ministros que hoje deixam o cargo participaram de um processo de mudança profunda e importante. "Tivemos o líder mais popular e talvez o mais brasileiro de todos os líderes." Dilma começou seu discurso citando nominalmente, um a um, os ministros que tomaram posse hoje e também enumerou os que permanecerão em seus cargos. "Tenho certeza de que todos eles vão cumprir a missão pela frente tão bem ou melhor do que fizemos", afirmou.

Com a voz embargada, Dilma disse que fez esforço para falar de improviso. "Mas se eu falar de improviso vão acontecer duas coisas: uma é eu esquecer alguma coisa importante e a outra é chorar. Pode ser que eu esqueça e chore do mesmo jeito, mas tenho um roteiro para me segurar."

"Até breve"

Dilma disse ainda que este momento de transmissão de cargo pode ser comparado ao que alguns poetas descrevem como "uma espécie de alegria melancólica ou triste". "Alegria porque saímos de um governo dos que mais fizeram pelo País e de tristeza porque abandonamos um trabalho de sete anos e meio", afirmou. "Essa estranha alegria triste inebria a alma da gente, pois o senhor (Lula) nos deu o privilégio de participar de um dos momentos mais decisivos da história do nosso País."

No final, Dilma aproveitou o discurso de despedida para afirmar que em breve estará de volta à administração federal. "Não somos aqueles que estão dizendo adeus. Somos aqueles que estão dizendo até breve", disse. "Essa tarefa ficou mais fácil pelos caminhos abertos pelo governo e traçados pela sua liderança", disse ela, dirigindo-se a Lula.

Voo solo

Em entrevista coletiva após a cerimônia, ao ser questionada se ela estava preparada para enfrentar um voo solo e não ter do lado a presença constante do presidente Lula, Dilma disse que dificilmente um projeto de governo é um voo solo: "Eu não pretendo me desvencilhar do governo do presidente Lula. Participar dele, para mim, foi um momento muito importante da minha biografia".

Segundo ela, o seu voo solo, daqui para a frente, será com as pessoas que já vem trabalhando no projeto de governo do presidente Lula.

Dilma disse que a experiência que teve no governo lhe dá forças para enfrentar novos desafios. "Tudo o que eu passei no governo me dá muita força interior para enfrentar o que vem por aí', afirmou.

Ela disse que, no embate com a oposição, não vai baixar o nível e usar instrumentos que não honram a transição democrática. "Por isso eu acho que não é que ele (embate) tenha que ser duro. Ele tem que ser firme e transparente", disse Dilma, reforçando que o importante é deixar o mais claro possível os projetos que estão em disputa, "para o povo poder decidir".

Dilma reiterou que se sente preparada para disputa presidencial, mesmo sendo sua primeira campanha política. "Fui preparada na vida para coisas muito mais duras do que disputar uma eleição. A minha vida não foi uma coisa muito fácil. Acho que a eleição até é um momento muito bom, porque é o momento de exercício da democracia", afirmou.

Segundo ela, na democracia as coisas são mais produtivas, mais generosas e menos opressivas. "Difícil mesmo era aguentar a ditadura", disse.

Fonte: iG e Zero Hora

É isso que você quer para o Brasil?José Serra passa cantada em apresentadora de TV

O mistério da morte de Jango


Mauricio Dias

Em depoimento capital, Almino Afonso ilumina uma passagem da nossa história que os donos do poder preferem ignorar

A passagem do 46º aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964 é um bom motivo para lembrar o bloqueio à memória de João Goulart, deposto da Presidência naquela ocasião. Essa obstrução provoca uma pergunta ainda sem resposta certa quase 34 anos depois: Jango, como era chamado o ex-presidente brasileiro, morreu no exílio, em dezembro de 1976, de causas naturais ou foi assassinado?

Sobre o golpe há uma vasta bibliografia. Mas ainda é baixa a produção sobre a história da repressão política marcada pela tortura e morte de opositores nos porões da ditadura. Compare a situação brasileira com a dos vizinhos para constatar a desalentadora condição nacional. Ao silêncio de autoridades junta-se a indiferença da sociedade. É a soma da cumplicidade com o medo.

A causa da morte do presidente Goulart está protegida por esse conluio circunstancial. Lentamente surgem mais e mais evidências de que a morte de Jango foi um crime arquitetado pelas ditaduras do Cone Sul. No Brasil, o general Ernesto Geisel estava no poder. Não é por um acaso que a Lei da Anistia, retrato de uma conciliação entre políticos e chefes militares, não consegue ser revisada. A história brasileira é repleta de lacunas guarnecidas por pactos iguais a esse.

A família de Jango recebeu recentemente alguns milhares de reais da Comissão de Anistia. Mas Jango não foi anistiado. A volta dele ao Brasil foi tolerada porque a ditadura só deixou o ex-presidente retornar depois de morto.

Depoimento de Almino Affonso, ex-ministro do Trabalho no governo João Goulart ao boletim Câmara Aberta Sindical, ilumina um pouco mais uma história mantida sob penumbra. Passagens capitais do depoimento.

"Quando eu decidi voltar ao Brasil, em agosto de 1976, o presidente João Goulart mandou o secretário particular dele, Cláudio Braga, almoçar ou jantar comigo e dizer que ele, Jango, estava com problemas para voltar ao Brasil subitamente (...) Ele dizia: eu vou à Europa, à França (...). De lá vou a Roma e visito o papa. De Roma vou a Washington e visito o senador Kennedy. Daí eu vou para o Brasil e subitamente chego ao Rio de Janeiro. Perguntava Jango no bilhete: "É um plano razoável, um plano sensato, o que tu achas?"

Prossegue Almino: "Falei, na conversa com Cláudio, ‘eu no lugar do presidente faria. Porque não vejo o que poderá haver de pior em relação à chegada dele. Prenderem, torturarem, agora, passados tantos anos, matarem? Seria um escândalo mundial de tal ordem que os militares não ousariam. Eu faria este plano!’ Acho que aquilo que o presidente mandou me dizer, para uma consulta generosa comigo, ele teria feito a outras pessoas. Então, isso vazou. Tendo vazado, chegou ao conhecimento dos militares que resolveram tratar de interceptá-lo. Hoje admito, não com provas provadas, mas com muitas razões lógicas: Jango foi assassinado".

Por falha de memória ou, eventualmente, por natural desconhecimento, o ex-ministro de Goulart não faz referência a uma curiosa nota de advertência publicada na primeira página do jornal O Globo, naquela ocasião. O texto de, aproximadamente, dez linhas alertava que, se o ex-presidente pisasse em solo brasileiro, seria preso.

Um recado da ditadura, transmitido pelo empresário Roberto Marinho, certamente a pedido do então ministro da Justiça Armando Falcão, que tinha estreita relação com o dono do jornal. CartaCapital

FHC, a âncora da oposição


Redação CartaCapital

que se depreende da leitura recente de jornais e sites, a principal estratégia de campanha da oposição é, por ora, esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC não deve discursar no lançamento oficial da candidatura de José Serra à Presidência da República, marcado para depois da Páscoa em Brasília. Parece clara a pretensão do PSDB de evitar, logo de início, a transformação das eleições de outubro próximo em um plebiscito. A presença do sociólogo, que não faz muito tempo aceitou o desafio da comparação entre o seu governo e o de Lula, só reforçaria esse caráter, ardentemente desejado pelo PT. Quanto mais plebiscitária a disputa, maiores as chances de Dilma Rousseff.

Considerado por alguns um extraordinário estrategista político e o único líder a fazer oposição de fato, FHC não tem contribuído para levar água ao moinho de Serra. Ao contrário. Primeiro, foi exposto a uma comparação que lhe é francamente desfavorável (apesar da boa vontade da mídia em geral). Depois, tanto insistiu na tese da chapa puro-sangue do PSDB que sobrevalorizou a importância eleitoral do governador mineiro, Aécio Neves. Em um dado momento, o sim de Aécio ao posto de vice pareceu mais importante ao sucesso eleitoral dos tucanos do que a definição do próprio Serra de encabeçar a chapa.

Nos últimos tempos, FHC causou uma saia-justa ao se encontrar com Joaquim Roriz, ex-governador e candidato à sucessão de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Apesar de o panetonegate concentrar-se, por enquanto, na turma do governador cassado, há vários indícios de que as práticas de corrupção tiveram início durante o último mandato de Roriz, entre 2002 e 2006. Não é absurdo imaginar, portanto, que a Polícia Federal venha a se debruçar sobre a gênese do escândalo que envergonha o Distrito Federal.

Cobrado por correligionários, Fernando Henrique Cardoso deu uma versão logo desmentida por Roriz. O ex-presidente disse ter sido procurado em casa pelo candidato. Em nota, Roriz afirmou o contrário: o encontro foi sugerido pelos tucanos e pelo próprio FHC, pois o ex-governador lidera as pesquisas eleitorais em Brasília e poderia oferecer um palanque forte a Serra.

Os tucanos parecem concordar com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Segundo Ciro, FHC é uma âncora e quem estiver a ele atrelado só tem um destino, o fundo.

Com a palavra a futura presidente do Brasil

Ao sair do ministério, Dilma chora e fala em "alegria triste"

A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, se emocionou ao fazer o discurso de despedida do Ministério da Casa Civil nesta quarta-feira (31) em uma cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília. "Nós somos companheiros de uma jornada, de uma missão. Uma missão especial, uma alegre melancolia, ou uma alegria triste. Nós saímos de um governo, que nós consideramos que mais fez pelo povo deste país, e nós o abandonamos hoje", avaliou Dilma, que proferiu o primeiro discurso do evento, com voz embargada.

"Não somos aqueles que estão dizendo 'adeus', somos aqueles que estão dizendo 'até breve'. Sob a sua inspiração de quem fez tanto, estamos prontos para fazer mais e melhor", disse a agora ex-ministra. "Nos orgulhamos de ter participado do seu governo. Não importa perguntar porque alguns não têm orgulho dos governos de que participaram. Eles devem ter seus motivos. Mas nós temos patrimônio, fizemos parte da era Lula. Vamos carregar essa história e levá-la para os nossos netos", afirmou Dilma, que ainda atacou os críticos do governo, dizendo que estes "não sabem o que oferecer a um povo orgulhoso".

O evento teve início com a assinatura dos termos de posse dos 10 novos ministros pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os sucessores irão ocupar as vagas dos titulares que concorrem às eleições em outubro. O prazo para a desincompatibilização terminava nesta semana.

Reinhold Stephanes saiu do Ministério da Agricultura para concorrer a deputado federal pelo PMDB no Paraná. Em seu lugar, entrou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Na Casa Civil, como já era esperado, quem assume o lugar de Dilma é a secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra.

O sucessor do ministro das Comunicações, Hélio Costa, será o secretário-executivo do ministério, José Arthur Filardi. A saída de Costa confronta a do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ambos pretendem concorrer ao governo de Minas Gerais. Na pasta que pertencia a Patrus, ficará Márcia Lopes, ex-secretária-executiva.

Do ministério da Igualdade Racial, Edson Santos vai tentar se candidatar à Câmara dos Deputados pelo PT do Rio de Janeiro. Em seu lugar, toma posse o secretário-adjunto Eloi Ferreira de Araújo. Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, se candidatará ao governo da Bahia. O secretário-executivo da pasta, João Santana Filho, assume.

No Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc será sucedido pela secretária-executiva Izabella Teixeira. Minc tentará uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Edison Lobão sai do Ministério de Minas e Energia e toma posse o secretário-executivo Márcio Zimmerman. Lobão volta ao Senado.

Na Previdência Social, sai José Pimentel – que tentará vaga no Senado – e entra o secretário-executivo Carlos Eduardo Gabas. Já na pasta dos Transportes, Alfredo Nascimento dá lugar ao secretário-executivo Paulo Sérgio Passos. Nascimento tentará ser eleito governador de Amazonas. Uol.

30 de março de 2010:Serra encerra sua carreira política


Serra renunciou ao cargo de governador do Estado de São Paulo.Essa não é a primeira vez.Serra também renunciou ao cargo de prefeito da cidade de São Paulo, mesmo assinando em cartório Escritura Pública prometendo que não iria renunciar.Só que Serra, diferentemente da renúncia anterior, a partir de 2011 ficará sem mandato, isto porque Serra, mesmo com o apoio do PiG-MP-PJ, vai perder feio a próxima eleição para Dilma.Vários fatores farão com que Serra perca a eleição: o primeiro deles é que Dilma tem o apoio do melhor presidente que o Brasil já teve, um presidente que criou o Bolsa Família, o Luz para Todos, o Brasil Sorridente, o SAMU, o Brasil Alfabetizado, o PC Conectado, o Pro-jovem, descentralizou universidades, escolas técnicas, fez a economia crescer, mesmo com a pior crise econômica mundial, pagou ao FMI, ao Clube de Paris, abortou o processo de privatização das estatais, salvou o Brasil de se aliar à ALCA, é reconhecido mundialmente, aliou-se com as forças de esquerdas da América do Sul, combateu a corrupção, não se ajoelhou diante dos EUA. Em segundo lugar, ninguém mais quer ser governado por tucanos,Todos se lembram , dos juros estratosféricos, dos salários achatados, da quebra do Brasil, da perseguição aos movimentos sociais, da corrupção escondida debaixo do tapete, da compra de votos na Emenda da Reeleição, da submissão do Brasil aos EUA, da venda lesivas de empresas estatais.Por fim, o povo brasileiro não vota num partido que tem seus grandes líderes envolvidos com corrupção, a começar por Serra, seguido de Eduardo Azeredo, Leonel Pavan, Yeda Crusius, Teotonio Vilela Filho, FHC. O povo também não vota num partido que não gosta de ser investigado, que barra CPI, que comanda o Ministério Púbico.

terça-feira, 30 de março de 2010

José Serra manda PM barrar petistas e professores

É esse sujeito safado que você quer que governe o Brasil?.Ninguém merece.Duro é ver gentalha, que se dizia de esquerda, defender um governo safado, corrupto como o de Zé Pedágio.Na blogosfera direitona do Brasil há vários exemplos desse tipo de pilantra, vagabundo que se vendeu por migalhas.

Manifestante diz que polícia tinha ordem para barrar petistas e professores em inauguração de Serra R7, com Agência Estado

Tropa de Choque se organiza para conter a ação de militantes do PT no acesso à cerimônia de inauguração do Trecho Sul do Rodoanel.



.A decisão dos policiais da Força Tática do Estado de São Paulo de impedir a participação de petistas na cerimônia de inauguração do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, comandada pelo governador José Serra (PSDB), se transformou em uma detenção provisória, segundo um dos líderes do PT no local ouvido pelo R7.

Segundo o coordenador regional do PT no ABC paulista, Humberto Tobe, foi o próprio comando da polícia que informou da detenção. Ele teria dito que, por ordem do governo estadual, “pessoas filiadas ao PT professores da rede estadual de ensino” foram proibidos de ir ao evento.

Tobe conta que o ônibus com petistas se aproximava do quilômetro 25 da Rodovia Anchieta por volta das 9h30 quando a polícia impediu que eles prosseguissem:

- Eles disseram que precisavam revistar o ônibus. Quando a gente desceu, a polícia cercou todo mundo e prenderam o ônibus.
Ele disse que a imprensa, que tenta se aproximar do local, também é impedida de manter contato com os petistas.

Confira também
Polícia barra grupo do PT em evento de Serra
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- Nós viemos para prestigiar a participação do governo Lula na conclusão da Obra. O governo entrou com R$ 1,2 bilhão. Não é nada contra o Serra, mas a favor do governo Lula.

Os policiais teriam dito que os manifestantes seriam liberados só depois que a obra fosse inaugurada.

- Estamos tentando negociar para ir embora pra casa.

Além da Força Tática, há no acesso ao evento ao menos 30 carros da Polícia Militar e um efetivo estimado em 150 policiais.

O presidente do partido no município, Wanderley Salatiel, tem em mãos um convite para o evento que diz ter recebido por e-mail do secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce:

- A obra é aberta ao povo. Não podem nos barrar.

Segundo os PMs no local, o bloqueio do grupo ocorreu por "ordens superiores". A reportagem ligou para a assessoria da PM, que disse desconhecer a presença de manifestantes petistas, mas sim professores da rede estadual que reivindicam aumento de salário.

Questionada sobre a ordem de proibir petistas na cerimônia, a assessoria do governo do Estado disse apenas que desconhece essa informação.

Procuradoria mantém recomendação para cassar Kassab

O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo manteve parecer que recomenda a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e da vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB), por captação ilícita de recursos na campanha de 2008. Kassab e Alda tiveram o mandato cassado pelo juiz da 1.ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, mas recorreram da decisão e se mantiveram nos cargos.


Do total de doações que Kassab recebeu, R$ 10 mil tiveram como origem fontes vedadasA posição da Procuradoria ocorre mesmo depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) derrubou, por unanimidade, a cassação dos vereadores Carlos Apolinário (DEM) e Gilson Barreto (PSDB). A decisão pode gerar um efeito dominó e beneficiar Kassab, Alda e outros 22 vereadores da capital paulista cassados pelo mesmo motivo - recebimento de doações de origem vedada acima do limite de 20% do total arrecadado.

Para os seis juízes da corte do TRE, a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral deveria ter sido proposta até 15 dias após a diplomação dos vereadores, que ocorreu em dezembro de 2008. Como o processo foi iniciado no primeiro semestre de 2009, o TRE derrubou a cassação.

Além disso, o TRE rejeitou a argumentação do Ministério Público segundo a qual a Associação Imobiliária Brasileira (AIB), uma das principais fontes de doação de recursos aos vereadores e ao prefeito, seria órgão de fachada do Secovi, o sindicato da habitação.

No documento, o procurador Luiz Carlos dos Santos Gonçalves mantém a recomendação para a cassação de Kassab e Alda, mas retirou a sanção que os torna inelegíveis por três anos. Ele cita que 33,87% do total de doações que Kassab recebeu, ou R$ 10 milhões de um total de quase R$ 30 milhões, tiveram como origem fontes vedadas.

Entre os valores citados, ao DEM e ao comitê da legenda a que pertence Kassab foram doados R$ 3 milhões pela construtora Camargo Corrêa, integrante do Grupo CCR, concessionário de serviços públicos, e R$ 2,690 milhões pela AIB. Essas doações seriam uma afronta à Lei das Eleições (9.504/97), que proíbe recebimento de doações de concessionários de serviços públicos e de sindicatos.

Gonçalves suscitou a inconstitucionalidade do artigo 30-A da lei 12.034, de 29 de setembro de 2009, que fixou o prazo de 15 dias para que o Ministério Público apresentasse ações contra os políticos eleitos. "Não é possível dar eficácia retroativa a leis que restringem direitos e dificultam acesso ao Judiciário", diz o documento, citando que a ação contra Kassab foi proposta antes da alteração da lei, em 25 de maio de 2009. "Ademais, trata-se de prazo inconstitucional", continua o documento, que considera o prazo de 15 dias exíguo para que o Ministério Público possa fazer uma análise da prestação de contas.

A cassação de Kassab está na pauta do TRE e deve ser julgada nas próximas semanas. "A procuradoria permanece esperançosa na Justiça Eleitoral no sentido de aplicar a lei", disse Gonçalves, em entrevista à Agência Estado.

"O Ministério Público prossegue em seu entendimento que acreditamos ser equivocado. A defesa do prefeito se mantém absolutamente tranquila", afirmou o advogado do prefeito, Ricardo Penteado. Na avaliação dele, o TRE tende a manter as decisões favoráveis já aplicadas a Apolinário e Barreto.

Serra contraria orientações do código de trânsito e inaugura obra inacabada

O Rodoanel não ficará pronto a tempo de ser inaugurado na data prevista pelo governador José Serra (PSDB), que deve deixar o cargo esta semana para concorrer à presidência da república. Mesmo assim, Serra fará um evento de entrega da obra inacabada: faltam retornos e acessos, a sinalização está incompleta, não há posto de serviço de ajuda ao usuário (SAU) e das polícias ambiental e rodoviária, além de seis praças de pedágio. A liberação para o trânsito deve acontecer amanhã, 31/03, com apenas parte da sinalização horizontal (faixas nas pistas) e vertical (placas e letreiros de informação).

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) orienta a só abrir uma estrada para a circulação normal de veículos quando estiver devidamente sinalizada, para não expor os usuários a riscos. No trecho entre as cidades de Itapecerica da Serra e Embu, serviços de terraplenagem e de colocação de base para o pavimento ainda estavam sendo feitos no fim de semana.

A falta de acessos e retornos e de obras de vias complementares, como a nova avenida Jacu-Pêssego, podem piorar o trânsito em alguns trechos, conforme previsão do próprio secretário de Transportes da Capital, Alexandre de Moraes. Uma alteração no sistema construtivo que reduziu o prazo do contrato, de quase R$ 5 bilhões para construção do Trecho Sul, de 48 para 34 meses pode ter sido uma das causas do acidente ocorrido em 13 de novembro do ano passado, quando três vigas desabaram sobre a Rodovia Régis Bittencourt esmagando três carros e ferindo três pessoas.

Na ocasião, a Bancada do PT apresentou representações nos Ministérios Públicos Estadual e Federal, solicitando a apuração dos motivos do acidente e questionando a conivência do governo do estado em acatar a alteração do regime de execução de empreitada por preço unitário para empreitada por preço global. Isto modificou a medição dos serviços realizados.

Em termos técnicos, tal alteração significou que não existia mais uma medição física do serviço, que passou a ser pago com base em apontamentos constantes no Cronograma Financeiro de Pagamento e Norma de Fiscalização, Medição e Pagamento. Esta alteração contratual é irregular e já havia sido apontada em fiscalização do Tribunal de Contas da União

Brasília Confidencial (http://www.brasilicaconfidencial.com.br

Velório do Serra


Ao lado do caixão do Serra há vários soldados.

Nisso aparece uma velhinha com uma sacola e começa a colocar, dentro do caixão, cenouras, tomates, alfaces, enquanto os soldados olham para ela surpresos.

Enquanto a velha continua a colocar alimentos no caixão, um dos soldados pergunta:
- Senhora, por favor, o que está fazendo?

A velha, enquanto continua a colocar a comida, responde:

- O que você quer, meu filho, que os coitados dos vermes comam somente essa merda?

IMPORTANTE: RETRANSMITIR A PELO MENOS 10 PESSOAS.

SE VOCÊ ROMPER A CADEIA, O SERRA PODE SE REELEGER... OU, PIOR, CHEGAR A PRESIDÊNCIA!!!


ODEIO CORRENTES, MAS ESSA É POR UMA BOA CAUSA.
Enviada pela amiga Tanagra

Luís José Bassoli: Lula na ONU?


O presidente Lula vive seus melhores momentos. Aclamado dentro e fora do País, se projeta como um líder incontestável, um estadista com capacidade de influir positivamente no destino do Brasil e, por que não, do mundo.

A mais recente pesquisa Ibope revelou novo recorde: nada menos que 83% dos brasileiros aprovam seu comportamento à frente da nação; a desaprovação se restringiu a mínimos 5%.


Em março, o presidente deu início a uma histórica viagem oficial ao Oriente Médio, a primeira de um chefe de Estado brasileiro em todos os tempos. Desembarcou em Israel como convidado especial, retribuindo a vista de Shimon Peres em novembro passado, quando recebeu – e aceitou – o convite do presidente israelense para visitar a terra santa. Ao chegar, deparou-se com uma situação peculiar, a pior crise entre Israel e EUA em décadas, motivada pela decisão do governo local de construir novos assentamentos em áreas palestinas.

A comitiva brasileira enfrentou os radicais, cuja resistência ficou estampada no boicote do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, conhecido fundamentalista contrário à paz com os palestinos, e privilegiou os moderados, capitaneados pelo próprio Shimon Peres, reconhecido pacifista. Encontrou-se também com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, empresários e parlamentares. Na visita ao Museu do Holocausto, a efusiva recepção do Grão-rabino Meir Lau, presidente do Memorial às Vítimas do Holocausto e sobrevivente dos campos de concentração, que, pela primeira vez, pediu um favor a um presidente estrangeiro: solicitou a Lula que intermediasse um encontro com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O religioso judeu explicou que somente fez tal pedido por entender que o presidente Lula é o único estadista na atualidade “capaz de abrir qualquer porta em qualquer nação”.

Em Ramalah, na Cisjordânia, capital administrativa da Palestina, Lula foi recebido como herói da causa – o Brasil foi homenageado com o nome da rua onde fica a sede do governo. O presidente reafirmou o compromisso com a criação definitiva do Estado Palestino, poderando que Israel também tem o direito de existir e de viver em paz.

O porta-voz da Autoridade Palestina, Mohamed Edwan, defendeu, ostensivamente, que Lula deveria ser o próximo Secretário Geral das Nações Unidas, por ter credibilidade perante os mais variados continentes e por ser um defensor intransigente do diálogo e da solução pacífica dos conflitos. Essa opinião não é isolada, a idéia já tinha sido lançada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, e conta com a simpatia de muitos países, organizações e personalidades do mundo todo.

Na Jordânia, última etapa da viagem, o presidente teve a mesma recepção calorosa – os encontros bilaterais foram os mais produtivos. Considerado uma ilha de estabilidade e progresso econômico na região, o Reino da Jordânia é imprescindível para qualquer possibilidade de entendimento. A delegação brasileira privilegiou os encontros mercantis, focou as relações comerciais, antes praticamente inexistentes e hoje na casa dos milhões de dólares, sempre com superávit para o nosso lado. A rica Jordânia desperta o interesse dos executivos brasileiros, que participaram, com representantes do governo, de um seminário empresarial Brasil-Jordânia, com ênfase nos segmentos de infraestrutura, energia, farmacêutico e agronegócio.

Em maio, o presidente Lula seguirá para o Irã, desafiando os conservadores mundo afora, lembrando que se trata de um país de 80 milhões de habitantes, com boa base industrial e para o qual o Brasil exporta cerca de 1 bilhão de dólares por ano. Levará a mesma mensagem de paz e diálogo e o posicionamento claro e sincero em relação ao polêmico programa nuclear iraniano: se for para fins pacíficos, sim; se for para construir armas, não! Simples assim.

Talvez as relações mundiais possam ser simples. Talvez ainda haja espaço para a confiança, para o “olho-no-olho”, para o “fio-do-bigode”, para o “é conversando que a gente se entende”. Quem sabe...

Luís José Bassoli é advogado, professor e dirigente do PT em Taquaritinga (SP).


Fonte:PT

Lula responde


Vanda Cáceres Gonçalves, 64 anos, aposentada de Campo Grande (MS) – Gostaria de sugerir que o senhor não vetasse a distribuição da renda do petróleo entre os estados e municípios. Vossa Excelência deveria mandar verificar no que gastam os governos estaduais e os prefeitos.

Presidente Lula – Vanda, nos projetos que enviamos ao Congresso, procuramos definir o marco regulatório da exploração da camada do pré-sal, garantindo o regime de partilha e a formação de um fundo social, cujos rendimentos serão aplicados em educação, ciência e tecnologia, saúde, meio ambiente e cultura. Decidimos deixar a fórmula da divisão dos royalties para mais tarde. Mas esta questão foi a primeira a ser debatida no Congresso. Começaram a disputar o pirão antes mesmo da pescaria. Diante das divergências cada vez mais agudas, o governo federal aceitou perder recursos para favorecer um acordo, fechado com líderes partidários, governadores dos estados produtores e outros governadores. Mas, na hora H, prevaleceu o enfrentamento.Volto a dizer: o momento não é apropriado para essa discussão. Nós não podemos deixar que as paixões momentâneas influenciem decisões que devem valer por décadas. Eu espero que o Congresso, passadas as eleições, saiba encontrar uma solução que contemple todos os estados. Sobre os recursos dos royalties, acho que estados e municípios não devem gastar com custeio. A prioridade deve ser a educação.

Saliel Lopes Pereira, 29 anos, vigilante de Aracruz (ES) – Por que as vagas em universidades federais não são destinadas só a pessoas de famílias com renda de até três salários mínimos? É injusto um filho de juiz ou médico, que estudou em escola particular, disputar uma vaga com quem estudou em escola pública.

Presidente Lula – O conceito de educação pública não faz separação por nível de renda. Nosso trabalho tem sido o de construir as condições para que os mais pobres tenham mais acesso ao ensino público. Estamos criando, em oito anos, 14 novas universidades e 105 novas extensões universitárias. Dobramos o número de vagas de


ingresso nas universidades, que passaram de 113 mil, em 2003, para 227 mil, em 2009. Criamos o ProUni, que concede bolsas para 596 mil jovens de famílias carentes cursarem faculdades particulares. Além do mais, o Enem praticamente eliminou o vestibular convencional, cheio de armadilhas para quem não tinha condições de frequentar cursinhos. E nós nos preocupamos também em melhorar a qualidade do ensino. Sabemos que somente a educação tem o poder de promover um salto de qualidade na vida do cidadão e de todo o povo. Eu vim de uma família pobre, não tive condições de cursar uma faculdade e por isso mesmo conheço muito bem a importância e o valor da educação.

Firmino Luciano Píton, 43 anos, repórter fotográfico de Ribeirão Preto (SP) – Por que o senhor não conseguiu implantar a lei para os idosos poderem viajar de graça? Seria uma forma de aquecer o turismo e de reconhecimento por aqueles que trabalharam a vida toda.

Presidente Lula – Firmino, esse direito está plenamente garantido pelo Estatuto do Idoso. Todas as empresas de transporte rodoviário interestadual de passageiros são obrigadas a reservar aos idosos dois assentos gratuitos em cada ônibus. É preciso comprovar idade mínima de 60 anos e renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Quando esses dois assentos já estiverem preenchidos, a empresa tem que conceder desconto de 50% na passagem para a ocupação de mais assentos. Quando a empresa se negar a respeitar a lei, o idoso deve fazer sua reclamação nos postos da Agência Nacional de Transportes Terrestres nos terminais rodoviários ou pelo telefone 0800-610300. Além disso, o governo federal criou, há três anos, em parceria com operadoras de turismo, o programa Viaja Mais Melhor Idade, que oferece pacotes com descontos de 50% em 2 mil hotéis nos períodos de baixa temporada. Só no ano passado, foram vendidos 180 mil pacotes. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-7707202.


Mais Informações
Secretaria de Imprensa da Presidência da República
Departamento de Relacionamento com a Mídia Regional
(61) 3411-1370/1601

Dilma se emociona e diz que Lula reconstruiu o Brasil

Datafolha manipulada serve de alerta para Dilma


Datafolha serve de alerta para Dilma

A pesquisa Datafolha deste final de semana animou a deprimida oposição de direita. Os caciques demo-tucanos, que andavam cabisbaixos, soltaram rojões e agora se agitam para o lançamento da candidatura de José Serra, em 10 de abril. A mídia “privada” também ficou empolgada. O Jornal Nacional da TV Globo, que escondeu a divulgação das pesquisas desfavoráveis ao seu candidato, deu destaque aos “nove pontos de vantagem de José Serra” no Datafolha. A famíglia Frias, dona do instituto tucano e do jornal tucano Folha, também caprichou na divulgação dos resultados.

Espera-se que este bombardeio não desnorteie certos apoiadores de Dilma Rousseff, sempre tão influenciáveis pela mídia e que costumam amarelar nas horas decisivas, passando rapidamente da euforia à depressão. Em certo sentido, a pesquisa tem, pelo menos, dois méritos e serve de alerta aos que apóiam a continuidade do ciclo político aberto pelo governo Lula. Caso ela seja fajuta, como muitos garantem, comprova-se que a campanha será das mais sujas. Caso não, ela confirma que a batalha será das mais duras e exigirá muita combatividade e habilidade política.

As suspeitas de manipulação

A suspeita de que a pesquisa Datafolha tenha sido manipulada tem sólidos motivos. Afinal, este instituto não é confiável. Ele pertence à famíglia Frias, que nunca escondeu seu ódio de classe ao governo Lula e sempre apostou no tucano José Serra, um assíduo freqüentador da sede da Folha. As pesquisas são uma poderosa arma política; não são neutras nem Brasil nem no mundo. Elas interferem na opinião pública, ajudam a costurar alianças e a obter apoios – inclusive financeiro. “A margem de erro da pesquisa é a margem de lucro” dos institutos, dizia Ulysses Guimarães.

No caso desta última, as suspeitas são ainda maiores. Para o sociólogo Emir Sader, a pesquisa foi feita sob encomenda, após outras pesquisas apontarem o crescimento da petista e a estagnação do tucano. “A FSP (Força Serra Presidente) se apressou em fazer a nova pesquisa, que nem esperou a tradicional divulgação de domingo, saindo no sábado. Sem que nenhum fato político pudesse explicar, fizeram o que se imaginaria que um adepto da campanha serrista faria: levantar o ânimo depressivo da campanha opositora, tentando evitar o anticlímax do lançamento de José Serra”.

Disputa sem limites éticos

No mesmo rumo, o blogueiro Eduardo Guimarães lança suspeita sobre “a pressa e o sigilo” desta sondagem. Para ele, o Datafolha é mentiroso. “Estamos falando de um instituto de pesquisas que pertence à Folha de S.Paulo, aquele jornal que não hesitou em publicar, em sua primeira página, falsificação grosseira de ficha policial da grande adversária de Serra”. A pesquisa seria bastante oportuna para o grão-tucano. “Esses números serão usados para ajudar a fechar apoios políticos à sua candidatura e a soterrar resistências dentro do seu partido e entre seus aliados externos”.

Difícil de comprovação, a possibilidade de que pesquisas sejam manipuladas só indica que não haverá limites éticos na disputa presidencial. No convescote do Instituto Millenium, realizado no início de março, os barões da mídia deixaram explícito, através de seus jagunços de aluguel, que farão de tudo para derrotar Dilma Rousseff – como registrou o sítio Carta Maior. Na sequência, a revista Veja já produziu duas capas furiosas contra o partido da atual ministra. O tiroteio não se refletiu nas pesquisas subseqüentes, mas agora o Datafolha ressuscita as esperanças do tucano.

Muitos interesses em jogo

No caso da pesquisa registrar uma nova arrancada de José Serra, mesmo que não existam fatos políticos que expliquem a reversão das tendências e o surpreendente crescimento do candidato da oposição neoliberal-conservadora, ela somente confirmaria o que já era bem previsível: a batalha sucessória será duríssima, disputada palmo a palmo. Ela não será um passeio, com a fácil vitória de Dilma Rousseff já no primeiro turno. Há muitos interesses em jogo nas eleições de outubro.

O império estadunidense não está contente com os rumos da política externa brasileira – contra o golpe em Honduras, em defesa da soberania cubana, em retaliação as medidas protecionistas dos EUA, de relação com o Irã. Já a direita nativa não tolera o Plano Nacional de Direitos Humanos, deseja criminalizar o MST e os movimentos grevistas, rejeita as conferências de comunicação e cultura. A mídia privada, como o partido do capital na atualidade, reflete esta furiosa oposição.

Não subestimar a oposição de direita

A oposição de direita tem base social, principalmente nas regiões Sul e Sudeste; conta com fartos recursos; goza de poder político e econômico; e controla os meios de comunicação. Ela não pode ser subestimada. Uma derrota em outubro aceleraria o seu definhamento institucional – os demos podem sumir do mapa político, juntos com os trânsfugas do PPS, e os tucanos ficariam isolados. Para este bloco político-social, a sucessão de 2010 é decisiva, representa o tudo ou nada!

As condições hoje são mais favoráveis às forças que apóiam o governo Lula – apesar do suspiro dado pelo Datafolha. Mas a vitória dependerá de vários fatores. Exigirá um programa que não se limite à mera continuidade, mas que aponte para novos avanços, com as reformas estruturais que o país necessita. Demandará habilidade nas alianças, atraindo setores de centro e neutralizando potenciais adversários. Dependerá de uma campanha de militância ativa. Estas e outras razões reforçam a urgência de uma maior aproximação de Dilma Rousseff com os movimentos sociais, que poderão jogar um papel mais protagonista na batalha eleitoral deste ano.


Blog do Miro.

Aula de oposição? KKKKKKKK

Tucanos têm aula de oposição
Pode rir à vontade.Assim vai ficar ruim Zé Pedágio romper a barreira dos 30%.KKKKKKKK.


O Estado de S.Paulo

O Estado de S. Paulo - 30/03/2010


"Se tiver um minuto para convencer alguém a votar em José Serra, fale da abertura da telefonia", aconselhou o cientista político André Regis. Um slide associava a estrela do PT a uma ficha telefônica. E o tucano, a um celular.


Na palestra para cerca de 160 militantes do PSDB, em São Paulo, não faltaram palavras de ordem: "marquem um divisor de águas entre antes e depois de FHC"; "mostrem ao eleitor em quem não votar"; "não sejam contra programas do Lula, mas digam que eles foram ideia nossa".

O encontro no sábado faz parte do Comunicar 45, projeto do presidente do partido, Sérgio Guerra, para formar "multiplicadores" para divulgar as conquistas do PSDB. O programa nasceu da constatação de que o partido não sabe vender seus projetos, especialmente no Nordeste. No mesmo dia, aconteceram palestras em Maceió (AL) e Cabo de Santo Agostinho (PE). O Comunicar 45 já percorreu Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Teresina, São Luís e Garanhuns.

Argumentos. Embora a intenção fosse de animar a militância, Regis, responsável por fornecer argumentos para o convencimento "sobretudo dos indecisos", reconheceu as dificuldades do PSDB no papel de oposição. Antes dele, o secretário executivo do partido, Sérgio Silva, havia convocado: "Vamos restabelecer a verdade que negamos nas últimas duas eleições". A autocrítica com relação à eleição de 2006 apareceria muitas vezes durante o encontro.

A munição oferecida pelo professor começa com a recomendação de marcar o Plano Real como um divisor de águas: "Uma boa frase é: quem colocou a casa em ordem no Brasil?". Perguntado sobre a linguagem a ser usada, já que a dos adversários é mais popular, Regis cedeu: "Precisamos admitir que não viemos das massas". Sentindo o desconforto dos correligionários, completou: "Mas somos visionários".

Ao listar pontos a serem defendidos, falou da "abertura" e da "universalização" da telefonia ? raramente de privatização. Insistiu que o Bolsa-Escola é o precursor do Bolsa-Família. Na comparação entre Lula e FHC, recomendou: "Dê o debate como encerrado. O FHC já ganhou duas vezes".

Sobre o embate direto entre José Serra e Dilma Rousseff, a orientação é a mesma que vem sendo usada por lideranças tucanas. Comparar biografias, enfatizando a experiência do governador de São Paulo. "Podemos dizer que há o risco Dilma", disse Regis, ressaltando que "falar da doença dela é proibido". Tópicos a serem usados insistentemente: Dilma e o PT defendem a censura e movimentos sociais que derrubam laranjais e ameaçam a propriedade privada.

Redes sociais. Depois do almoço, Luiz Fernando Leitão, consultor em marketing de relacionamento, falou sobre a importância de se montar redes sociais de contato direto ou virtuais para conquistar eleitores pelo País. O exemplo a ser seguido é o do presidente dos EUA, Barack Obama. "Usem o YouTube, espalhem suas mensagens." Pouco antes, um item da apresentação conclamava: "Fla x Flu polarizem a eleição".

Leitão explicou como funcionará o projeto Mobiliza rede em que cada multiplicador montará uma lista de contatos e passará informações por celular. Questionado sobre a falta de mobilização da militância, que já estaria se sentindo "derrotada", ele respondeu com a conclusão de sua palestra: "desejo que a militância seja como uma escola de samba: cada um faz uma ala, buscando harmonia com as demais". Os quesitos serão votados no dia 3 de outubro.

O PiG insiste em acreditar na pesquisa manipulada do Datafolha


Eu estava matutando com meus botões.É bom que esta vagabunda (e outros vagabundos(as) do PiG) confie na pesquisa manipulada Datafolha, só assim, ao final, a surra que Dilma vai dar em Serra vai ser muito maior.Só um idiota acredita numa pesquisa que diz que, entre os eleitores que apoiam Lula, Dilma está empatada com Serra(33% X 32%).Não tem o menor cabimento uma coisa dessas, Também não tem cabimento Serra ter crescido 14 pontos no Rio Grande do Sul, estado arrasado pela corrupção demotucana.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pesquisa no forno


Oni Presente traz infromação que o Vox Pupuli vai a campo, no dia 30 e 31 de março, para realizar pesquisa de intenção de voto para o cargo de Presidente da República.Eu vou dizer um negócio:caso o Vox Populi trouxer um resultado diferente da pesquisa manipulada da Datafolha, será o fim deste instituto de pesquisa vendido à Organização Zé Pedágio.A conferir.

Só faltou processar o chefe da gangue

Ministério Público aciona empreiteiras por acidente no metrô de São Paulo em 2007

Agência Brasil


Em São Paulo O Ministério Público de São Paulo entrou hoje (29) com uma ação civil pública pedindo a condenação e o pagamento de multa de cerca de R$ 239 milhões pelo Consórcio Via Amarela e de agentes públicos do Metrô pelo acidente ocorrido na futura estação Pinheiros, em São Paulo. Em janeiro de 2007, o canteiro de obras da estação desabou e provocou a morte de sete pessoas.

“É uma ação de improbidade administrativa acumulada com um pedido de ressarcimento por danos morais e patrimoniais coletivos”, explicou o promotor Saad Mazloum. A ação civil pública foi encaminhada para o Fórum da Fazenda da Justiça de São Paulo.

Segundo o promotor, um dos pedidos é para que as empresas que compõem o Consórcio Via Amarela, Camargo Corrêa, OAS, CBPO, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Alstom, devolvam aos cofres públicos R$ 6,55 milhões. O promotor disse que não é justo o contribuinte pagar por esse contrato, quando a responsabilidade pelo acidente é do consórcio.

O segundo pedido feito pelo promotor é sobre danos morais coletivos ao povo de São Paulo pelo prejuízo e pelos traumas causados. Nesse caso, o peomotor quer que as empreiteiras e os agentes públicos do Metrô, entre eles o ex-presidente da empresa Luiz Carlos David, paguem uma multa de R$ 232 milhões, cerca de 30% do valor total do contrato.

Um terceiro pedido feito por Mazloum é que o consórcio e os agentes do Metrô paguem também uma multa de R$ 1,24 milhão por danos patrimoniais, principalmente por causa do transtorno causado ao trânsito de São Paulo.

Em entrevista coletiva dada no início da tarde de hoje (29), o governador de São Paulo José Serra disse que não cabe ao governo responder sobre a multa. “Isso é questão da Justiça, está fora da nossa esfera”, disse.

O mesmo discurso foi utilizado pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, que ressaltou que a ação não vai atrapalhar o cronograma das obras. “O cronograma vai ser mantido. Isso é uma coisa que se desenvolve na Justiça. Sempre, no primeiro momento, o promotor ou o procurador, oferecem a denúncia, se faz uma onda e depois a coisa vai andando, as partes vão se defendendo, o consórcio vai poder se pronunciar, o Metrô também”, disse o secretário.

A assessoria de imprensa do Consórcio Via Amarela disse que só vai se manifestar sobre o caso quando tomar conhecimento oficial da ação.

Recordar é viver

FHC DEFENDE PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS E DO BB

O portal Terra informa em sua manchete: “O ex-presidente do País, atual presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso disse hoje, durante entrevista à rádio CBN, que não é contra a privatização da Petrobras. Segundo FHC, a empresa poderia deixar de ser uma estatal, de controle do Governo, para passar a ser de controle público, formado por grupos da sociedade. Ele questionou a forma como o Governo administra a Petrobras, sugerindo que as verbas de publicidade seriam negociadas a partir de interesses específicos: "repare para quem eles dão a publicidade?". O Banco do Brasil também foi citado como exemplo. "O BB deve ser público e não servir para 'Valerioduto'".



FHC também defendeu as privatizações realizadas em seu governo. Disse que se não tivesse privatizado os bancos, estes estariam sendo usados para corrupção. "O PT virou quase uma empresa, e conseguiu dinheiro de forma excusa. Se eu não tivesse privatizado os bancos, hoje estariam envolvidos em corrupção". A privatização da Vale do Rio Doce também foi mencionada. FHC afirmou, no entanto, que a campanha de Lula se utiliza de "mentiras e demagogia" para "amedrontar" os eleitores ao distorcer os fatos. "Os donos da Vale hoje são funcionários de bancos públicos e outros como o Bradesco. A Vale é uma das maiores empresas do mundo e paga impostos ao governo federal, rendendo muito mais do que quando era estatal".


FHC decidiu entrar firme na campanha para ajudar Alckmin, Yeda e seus aliados, que estavam com dificuldades para explicar sua posição sobre as privatizações.

A COLOCAÇÃO DA GRANDE MÍDIA SOB SUSPEIÇÃO PODE SER UMA ESTRATÉGIA EFICAZ PARA LULA ELEGER DILMA ROUSSEFF NO PRIMEIRO TURNO


Parte da grande mídia brasileira, atrelada a interesses conservadores e que sustentam a desigualdade cultural, econômica e social do país, fará de tudo para derrubar a candidatura de Dilma Rousseff. O PSDB sozinho parece não ter mais condições de derrotá-la, visto que não tem programa, não tem política e não tem idéias, quiçá utopia para a construção de um país. O grande desafio da minsitra Dilma é vencer a grande mídia, principalmente a ala mais retrógrada, liderada pela Globo e revista Veja.

É bom lembrar que Dilma não é Lula e mesmo com a participação ativa do presidente, todo e qualquer factóide será transformado em escândalo.

A mídia não é contra a ministra Dilma Rousseff como presidenta, mas é a favor do controle econômico e midiático que há 100 anos vem desfrutando e, como resultado, mantendo o Brasil com o título de campeão da desigualdade.

A única alternativa para os partidos progressistas é estabelecer uma estratégica de enfrentamento desde já, mostrando os interesses econômicos e a manipulação da informação, assim como valorizando em campanha publicitária a infinidade de blogs sérios existentes na internet. Lula parece já ter percebido que sem um enfrentamento direto não será possível vencer as eleições (matéria no Vermelho), apesar da ministra hoje ter grandes chances, segundo aponta a trajetória das pesquisas eleitorais.

Ao colocar a mídia durante meses sobre suspeição, as manipulações grosseiras poderão ser amortecidas, abrindo caminho para uma consolidação de votos na ministra de forma consistente. E esse papel é, inequivocamente, do presidente Lula, sustentado por sua popularidade.


O cordão dos jornalistas comprados cada vez aumenta mais

O sabujo deve estar ganhando bem para escrever tanta merda.Será que ele está ganhando o que ganhou Gilberto Dimenstein, a bagatela de R$ 3, 7 Mi, do governo Serra/Kassab?

Pesquisa repõe a realidade eleitoral


Serra cresce no momento em que a estratégia de Lula de aparecer ao lado de Dilma entra em contagem regressiva.


A recente pesquisa Datafolha que36% em favor do ainda governador José Serra é um divisor de águas na campanha presidencial.


O efeito desse resultado vai desde o assanhamento do PMDB – que torcia para ter ampliado seu poder de barganha na indicação do vice de Dilma -, até uma maior facilidade do PSDB nas alianças regionais e no patrocínio da campanha.


Assanhado também ficou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, neo-peemedebista, que vê sua pretensão de ser o vice de Dilma com mais chances.


A pesquisa apenas repõe a realidade de uma disputa que não será fácil para nenhum dos lados. A fidelidade de Serra ao timing que se impôs – e que se revela agora acertado -, deu à pré-campanha um resultado falso-positivo de vitória antecipada da candidata de Lula.


Tanto que o PT já projetava um crescimento potencial de 19% para Dilma. Tão equivocado quanto imaginar que a dianteira da candidata de Lula era fato consumado.


Serra cresce no momento em que a estratégia de Lula de aparecer ao lado de Dilma entra em contagem regressiva. A campanha começa para valer a três meses da proibição de Dilma para subir em palanque com Lula.


A ministra levou um ano inteiro para chegar ao patamar atual, depois de longa exposição ao lado de um presidente que conseguiu o inédito índice de 80% de aprovação ao seu governo.


Daqui em diante estará em jogo sua capacidade de transferência de votos, aliada à histórica capacidade de mobilização do PT.


Que, no entanto, será equivocada se reproduzir a estratégia de agressão como a promovida pelo sindicato dos professores de São Paulo, – até aqui um ótimo cabo eleitoral de José Serra.


A pesquisa indica claramente que o esforço de inversão de expectativas cabe ao PT: Serra registra vitória em regiões, Estados e segmentos populacionais – como o das mulheres – que o exibe como favorito. E não o contrário.


A campanha acaba de começar.


Blog de João Bosco, linha auxiliar do Estadão.

O petróleo nos debates


O mês de abril bate às portas trazendo o início da campanha eleitoral para a escolha de quem ficará no lugar de Lula, dos novos governadores, da renovação da Câmara dos Deputados e parte do Senado. Dilma Roussef e José Serra se desencompatibilizam nos próximos dias, enquanto os demais candidatos, Ciro Gomes, Marina da Silva e outros menos votados, inclusive representantes de partidos de aluguel e mesmo de grupos de esquerda minúsculos estão entrando no páreo como azarões.

A Copa do Mundo interrompe por algum tempo a corrida atrás do voto. Pelo andar da carruagem, a disputa principal se dará entre Dilma e Serra, a primeira como candidata de Lula e o outro, apesar de envergonhado, de Fernando Henrique Cardoso, o príncipe sociólogo que governou o país por dois mandatos e só não entregou todas as riquezas do país porque não teve força política para tanto.

Por mais que não queira, o governador de S. Paulo, que trata os professores e os funcionários públicos na base da repressão e ameaças, é vinculado ao governo Cardoso, do qual foi Ministro. Ele agora, com a ajuda da mídia conservadora, tenta demonstrar que não tem nada a ver com aquela fase. Mas se alguém perguntar-lhe, por exemplo, sobre o pré-sal e o restante das riquezas do petróleo, defenderá o regime de concessão e a manutenção dos leilões das bacias petrolíferas. Ou seja, justificará toda a entrega vergonhosa iniciada no governo FHC e usará de sofismas para afirmar que o que foi feito fortaleceu a Petrobras, o que não é verdade.

Cardoso começou uma privatização branca da Petrobras, ou seja, entregando pelas beiradas e hoje mais de 50% das ações da empresa de petróleo pertencem a acionistas estrangeiros e outra parte está nas mãos de testas de ferro. Aliás, a questão do petróleo deverá ganhar dimensão nesta campanha. Possivelmente a mídia conservadora e seus colunistas de sempre vão tergiversar e tentar convencer leitores e telespectadores sobre a necessidade de se manter as facilitações ao capital estrangeiro petrolífero.

O esquema já começou inclusive em toda a celeuma relacionada com os royalties do petróleo para o Estado do Rio e Espírito Santo. Ibsen Pinheiro, o irresponsável, entrou na história só como o culpado de todos os horrores. Ele sem dúvida é culpado por apresentar um projeto inconstitucional e que não tem condições de se sustentar mesmo sendo aprovado agora pelo Senado.

Mas não é só Ibsen o vilão. Há outros parlamentares, entre os quais o Deputado Henrique Alves e o senador Francisco Dornelles, que defendem com unhas e dentes a manutenção da quebra do monopólio estatal de petróleo determinada pelo ex-presidente Cardoso, coringa de Serra. E tem mais: os dois são colocados nas alturas pela mídia conservadora ao se apresentarem como defensores incondicionais do regime de concessão às multinacionais.(lei 9478/97), que permitiu que empresas estrangeiras, através de leilões, se apropriassem do petróleo extraído no solo. Querem manter o mesmo para a extração no mar.

Alves e Dornelles são também verdadeiros traidores da pátria. Enquanto os Estados Unidos para abocanhar petróleo do Iraque precisa invadir e ocupar o país árabe, fazer ameaças em outras partes do mundo, haja vista a Venezuela e o Irã, as riquezas brasileiras do setor são entregues com justificativas mentirosas. O atual governo apresentou a proposta de partilha das riquezas do pré-sal, avaliadas em cerca de 10 trilhões de dólares, ou seja, uma proposta intermediária entre o regime de concessão e a reestatização da Petrobras, defendida pelos movimentos sociais. Dornelles e Alves combatem até o meio termo, da mesma forma que O Globo. Defendem a entrega total, da mesma forma que o outro traidor de nome Fernando e sobrenome Cardoso.

E para dourar a pílula da doação, todos os candidatos que adotam a tese da concessão terão espaço garantido nos telejornais em horário nobre. Não é à toa que os jornalões e os telejornalões estão se portando cada vez mais como linhas auxiliares de projetos políticos lesivos aos interesses nacionais. E quem questiona isso ainda leva a pecha de defender restrições à liberdade de imprensa.

A campanha vai pegar fogo depois da Copa do Mundo. Resta saber de que forma o(a)s candidato(a)s vão se posicionar na questão do petróleo e outras. E se as editorias da mídia conservadora vão orientar os repórteres no sentido de abordar o tema nas perguntas ou então evitar o aprofundamento da matéria, deixando apenas aparecer a superfície dando espaço de mão beijada a governadores que contemplam com polpudas verbas os seus departamentos comerciais.


Em tempo: George W. Bush reapareceu em Porto Príncipe limpando a mão nas costas de Bill Clinton depois de apertar a mão de um haitiano. Precisa dizer mais alguma coisa?


Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

Petroleiros denunciam programa privatista do pré-sal dos tucanos

Serra batendo o martelo na venda lesiva da Vale do Rio Doce.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) alerta que “caso vença as eleições presidenciais de outubro, o PSDB, deve rever a legislação que tramita no Congresso referente ao pré-sal. Os tucanos pretendem retomar as regras do marco regulatório do petróleo elaboradas no governo Fernando Henrique Cardoso em 1997, que estabeleceu o sistema de concessão”.


A denúncia dos petroleiros é baseada nas declarações do deputado Luis Paulo Vellozo (PSDB-ES), cotado para coordenar o programa de governo de José Serra para a presidência da República, publicadas pelo jornal Valor Econômico da edição do dia 22 de março.

“Falando em nome do candidato tucano, Vellozo foi categórico ao declarar que o PSDB restabelecerá os leilões de concessão para as áreas do pré-sal, caso Serra seja eleito presidente”, destaca a FUP.

O deputado tucano ressaltou ainda que o PSDB é terminantemente contra o fortalecimento da Petrobrás e que Serra, se eleito, irá impedir a emissão de Títulos do Tesouro para a operação de capitalização da empresa.

DNA privatista

Os petroleiros destacam ainda que “José Serra já provou que seu DNA, assim como o de FHC, é privatista. Vide a entrega da CESP, maior companhia de energia elétrica do país, o desmonte do banco Nossa Caixa (que foi adquirido pelo Banco do Brasil) e a tentativa de privatização da SABESP (companhia estadual de saneamento básico)”, citando os exemplos ocorridos em São Paulo, sob a administração tucana nos últimos 15 anos.

“O patrimônio público foi dilapidado durante os oito anos do governo FHC, quando tucanos e demos promoveram a maior privataria da história do Brasil. Nosso petróleo foi entregue às multinacionais, a Petrobrás foi sucateada e só não foi privatizada porque os trabalhadores e a sociedade reagiram”, lembra a direção da FUP.

Para os petroleiros, uma possível eleição de Serra representa a entrega das reservas bilionárias do pré-sal às multinacionais. “Basta acompanhar a disputa pelo petróleo que está em curso no Congresso Nacional e ver de que lado estão os tucanos e demos”, alertam.

Eles também citaram dados publicados na coluna “Mercado Aberto” do jornal O Globo, no dia 13 de fevereiro, dando conta de que a multinacional Shell foi uma das que mais lucrou com os leilões de petróleo no Brasil e já é operadora de cinco blocos nas bacias de Campos, Espírito Santo e Santos, onde detém 100% do BM-S-54.

“Graças ao entreguismo do PSDB/DEM, a Shell tem também participação de até 40% em cinco blocos operados pela Petrobrás, além de ser operadora única em outros cinco blocos de campos de produção terrestre, na Bacia de São Francisco. Tudo isso, graças à privataria dos tucanos e demos, também conhecida como Lei 9478/97, que criou o regime de concessão do petróleo e gás brasileiros. Esse é o modelo defendido por Serra para dar continuidade à entrega dos nossos recursos às empresas privadas”, finalizam.

Com informações da FUP

A democracia dos tucanos

É esse tipo democracia que essa cambada de ladrão, de corrupto, de safado deseja.Nunca antes na História deste país um partido político processou o governo por conta de greve.Nem Maluf fez isso. Veja que é esse bando de antidemocrático que quer governar o Brasil. Já pensou José Alagão metendo o chicote da Opus Dei no lombo do servidor público, dos membros do MST? E é isso que ele fará se acaso chegar a ser presidente do Brasil(Deus nos livre desse desgraçado),Temos que evitar que isso aconteça.

PSDB vai processar sindicato dos professores de SP por uso de estrutura sindical em campanha


Folha de S.Paulo

O PSDB vai entrar com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo) e sua presidente, Maria Izabel Noronha, por contrapropaganda eleitoral. O sindicato, que organiza uma paralisação no Estado, aproveita as manifestações da categoria para incitar palavras de ordem contra o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

Na representação, o partido de Serra pede que a Apeoesp e sua dirigente sejam multados por uso eleitoral de palanques para coordenar a greve.

Para embasar o pedido de multa à entidade e sua dirigente, a Apeoesp anexou filmes que mostram Noronha perguntando para os professores se Serra será presidente. E, em coro, os manifestantes respondem que não. Em outro filmete, há uma música que diz: "Daqui a pouco tem eleição. No Planalto ele não chega não".

O advogado do partido, Ricardo Penteado, diz que o caso é passível de multa sem prejuízo de uma investigação sobre os recursos sindicais repassados para a Apeoesp.

Para a presidente da Apeosp, a ação é uma tentativa de desqualificação da entidade. "Eles podem usar todos instrumentos jurídicos deles, que eu vou usar os meus para me defender", disse Maria Izabel Noronha.

Ela afirmou que não é possível fazer reivindicações sindicais sem criticar o partido que está no governo. "Parece que estou vivendo em um sonho. Não estamos no estado democrático de direito."

Manifestação

Na manifestação da semana passada, a sindicalista disse: "Esse senhor não vai ser presidente do Brasil", afirmou ela. "Se for eleito vai acabar com imagem que Brasil conquistou lá fora."

Ela também convocou os professores a "acabarem com o partido" de Serra: "Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador", disse Bebel, como é conhecida.

Ela disse que a categoria deve aproveitar os últimos dias do governo Serra para protestar. Ele deixa o cargo na quarta-feira (31) para disputar a Presidência. "Vamos aproveitar enquanto o governador não sai."

O próximo protesto da Apeoesp foi marcado justamente para a data de saída de Serra do governo. Deve ocorrer às 15h, na avenida Paulista, região central da cidade.

Lula:Investimentos no Nordeste dão mais equílibrio ao desenvolvimento brasileiro

Dilma se emociona no lançamento do PAC 2

Dilma encerra discurso com voz embargada e critica governo anterior


A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, encerrou seu discurso na cerimônia de lançamento do PAC 2 com a voz embargada. Ao se referir ao novo papel do Estado que, segundo ela, foi definido no governo Lula, e às perspectivas de crescimento do País com o PAC 2, Dilma, dirigindo-se ao presidente e disse que "este é o Brasil que o senhor, presidente Lula, recuperou e construiu para todos nós e que os brasileiros não deixarão mais escapar e que eu espero vai continuar crescendo com o PAC 2".

A ministra voltou a criticar o governo anterior. Segundo ela, no Brasil existiram três modelos de Estado. O primeiro, na década de 50, era o estado produtor, que atuava diretamente na economia e às vezes era autoritário. O segundo "foi o estado mínimo do neoliberalismo que nos antecedeu". O "estado do não", enfatizou.

"Não havia Planejamento estratégico, não havia crescimento de investimento público e não havia parceria com a iniciativa privada". "Foi um estado omisso", acrescentou.

O terceiro modelo do Estado brasileiro, segundo a ministra, foi implantado durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. "É o do Estado indutor, regulador, que cria condições para que os investimentos sejam feitos e cobra". Segundo a ministra, esse modelo respeita a iniciativa privada, não abre mão do desenvolvimento, mas garante a estabilidade macroeconômica. A regra central, segundo a ministra é que o desenvolvimento ocorra com distribuição de renda. "Três expressões renasceram no governo Lula: Planejamento, investimento e desenvolvimento com inclusão social. Deixamos para trás décadas de improvisação".

A exposição de Dilma sobre o PAC, a última como ministra da Casa Civil, teve um caráter mais político do que técnico. Diferentemente das apresentações anteriores Dilma não se prendeu aos números e às tabelas exibidas para a plateia. Em vez disso preferiu uma abordagem mais qualitativa sobre o impacto das obras e o motivo de cada investimento. Ao falar sobre novos investimentos de geração de energia elétrica, por exemplo, Dilma não listou quais usinas serão construídas e quantos megawatts serão produzidos. Em vez disso, preferiu garantir mais uma vez que não faltará energia ao País e que a expansão da geração se dará por meio de fontes menos poluentes, como usinas hidrelétricas e de biomassas. AE.

Minha Casa Minha Vida:mais de 2 milhões de moradias

Record denuncia: Globo invade terreno e governo de SP se omite


Neste domingo (28/3), por 12 minutos, o programa Domingo Espetacular, da Record, veiculou reportagem sobre os bastidores do que chamou ser doação do terreno anexo à sede da TV Globo ao Governo de São Paulo. Segundo a reportagem, o terreno teria sido invadido pela emissora da família Marinho.

A reportagem alega que o terreno teria sido anexado indevidamente pela emissora carioca e, agora pretende construir uma Escola Técnica (Etec) no local em parceria com o governo paulista. A matéria foi ao ar no último domingo (28/3).

O espaço, localizado no Brooklin, é avaliado em R$11 milhões. Em reportagem exibida meses atrás, a Record questionou as grades em volta de um terreno público e comenta a construção da Etec como uma tentativa de "mascarar o ato ilegal e a omissão do Estado".

“Sobre os anos de ocupação do terreno, nenhuma palavra. Nenhuma explicação. Nenhum pedido de desculpas, ou seja por trás do que parece ser uma boa notícia está a tentativa da Globo de esconder a ilegalidade”, disse repórter da Record durante a matéria.

Um convênio assinado em 19 de março prevê que a Rede Globo construa o prédio da escola e doe ao governo estadual, que por sua vez se encarrega da seleção de alunos e professores. Ao todo serão 240 vagas para cursos de Multimídia, com duração de três semestres, e Produção de Áudio e Vídeo, com duração de quatro semestres.

Na data da assinatura do convênio, o governador José Serra comemorou a empreitada: “É uma Etec pioneira. São cursos inovadores de dois anos, que terão uma demanda muito grande. Cada aluno deve custar R$ 3,5 mil por ano, uma produtividade altíssima. Ter boa mão de obra qualificada, força de trabalho preparada, é bom pra quem trabalha e para quem emprega”.

Confira a reportagem do Domingo Espetacular:



Procurada pela reportagem do Adnews, a rede Globo emitiu uma nota sobre o assunto.

Confira o pronunciamento da emissora:

A TV Globo se orgulha de financiar a construção de uma escola técnica Estadual no terreno vizinho às suas instalações na Berrini

"A Escola Roberto Marinho, resultado de parceria entre o Centro Paula Souza – autarquia do Governo do Estado de São Paulo que cuidará da gestão - , a TV Globo e a Fundação Roberto Marinho, deve iniciar as atividades em 2011, com cursos técnicos de Multimídia e Produção de Áudio e Vídeo para até 240 estudantes. O projeto foi desenvolvido pensando na sustentabilidade e no meio ambiente: caberá à TV Globo também implementar um projeto de paisagismo no terrenos da Escola.

Em 1999, o DER (Departamento de Estradas de Rodagens), então proprietário do terreno no Brooklin, celebrou com a TV Globo um Termo de Autorização de Uso do imóvel para fins de sua guarda, limpeza e conservação. Quatro anos mais tarde, o DER doou o terreno ao Estado de São Paulo que, como proprietário do terreno, em 2009, destinou-se à instalação de uma Escola Técnica Estadual.

A construção dessa nova escola, com ensino profissionalizante, é um marco para o crescimento do Estado e mais uma oportunidade para o futuro da juventude de São Paulo. A TV Globo, mantendo o seu compromisso com a educação e com São Paulo, faz questão de celebrar esta parceria."

Da redação Vermelho, com Adnews

Mídia: o eterno retorno do discurso golpista

Se para a população ficou claro que o país precisa crescer distribuindo, e, para isso, cabe ao Estado criar políticas capazes de desconcentrar a renda, os editoriais do Globo, Estadão e Folha são escritos para quem?

Por Gilson Caroni Filho*

As recentes críticas do presidente da República à mídia brasileira devem ser lidas à luz de um recorte deontológico preciso. Se um dos compromissos fundamentais do jornalismo é a preservação da memória, a imprensa nativa tem, ao longo das últimas décadas, empregado uma estrutura discursiva recorrente para produzir esquecimento. A preocupação de Lula com o hipotético estudante que, daqui a trinta anos, se debruçará sobre mentiras quando folhear o noticiário dos grandes jornais, não só tem fundamento como deveria preocupar os historiadores. Afinal, qual será o valor dos nossos periódicos como fontes primárias de consulta? Em princípio, nenhum. Salvo se a pesquisa for sobre o discurso noticioso e os interesses mais retrógados

Ao tentar colar o rótulo de "estatistas" nas propostas estratégicas do governo, e apresentar o Partido dos Trabalhadores e a ministra Dilma Roussef como defensores de um "Estado-empresário" a mídia corporativa dá um passo a mais na escala do ridículo. Quer fazer crer que não acabou a era da ligeireza econômica, da irresponsabilidade estatal ante a economia, do infausto percurso da razão financista.

Fazendo tábua rasa das conseqüências do mercado desregulado, oculta o que marcou o governo de Fernando Henrique Cardoso: baixa produtividade e alta especulação, baixo consumo e elevadas taxas de desemprego, pobreza generalizada e riqueza concentrada. Prescreve como futuro promissor um passado fracassado. Esse é o eterno retorno dos editorialistas e articulistas de programa. Um feitiço no tempo que atualiza propostas desconectadas do contexto de origem.

Vejam a semelhança dos arrazoados. Tal como nos planos dos estrategistas do modelo de desenvolvimento implantado no país com o golpe de 1964, sem a propensão "estatizante" do governo Jango, o Brasil progrediria nos moldes do capitalismo mais antigo. Livres da intervenção do Estado na economia, da” permissão à desordem pelos "comandos de greve"- e pela” infiltração comunista”- voaríamos em céu de brigadeiro. O desenvolvimento, pregavam os editoriais escritos há 46 anos, seria ininterrupto, para todo o sempre, sem qualquer risco de fracasso. Note-se que a peroração golpista se assentava nos mesmos pilares dos textos de hoje: denúncias de corrupção, aparelhamento do Estado e criminalização dos movimentos sociais com o manifesto propósito de estabelecer uma ordem pretoriana no mundo do trabalho.

O enfraquecimento prematuro ou tardio de setores da classe dominante - com a conseqüente a crise de hegemonia política - tornava decisiva a luta pelo controle do Estado. Sob as bênçãos da maioria dos jornalões, a classe média, conduzida pelos políticos mais reacionários, pela TFP e pelas Ligas Católicas de direita, foi às ruas participar de "Marchas da família com Deus pela Liberdade".

Os resultados práticos do regime militar não demoraram a surgir: a entrada de poupança externa foi inexpressiva; não se criou indústria nacional e autônoma nenhuma; o financiamento interno serviu para o desenvolvimento das indústrias basicamente estrangeiras de automóveis e eletrodomésticos que formavam o setor dinâmico da economia brasileira, puxando o comércio, serviços e indústrias locais também vinculados a esse pólo. Ao fim, o paraíso prometido foi uma quimera cara, com uma dívida externa estimada em 12 bilhões de dólares.

Ainda assim não faltam nostálgicos,muitos alojados na ANJ e Abert, a proclamar que “vivemos um momento grave, com investidas de inimigos da liberdade de imprensa, propostas que ferem o sentimento religioso do povo brasileiro", sem falar das hostilidades aos nossos mais tradicionais aliados, com gestos generosos a caudilhos.

Falam de cercos fiscais, regulatórios e ambientais à iniciativa privada, e lamentam não haver substitutos para Oscar Correa, Silvio Heck, Odilo Denis e outros notórios golpistas. Tal como os grandes jornais que tiveram as tiragens reduzidas, as viúvas do "milagre" de Roberto Campos, Delfim Neto, Ernane Galveas e Mário Henrique Simonsen não se dão conta que não falam para quase ninguém. A reduzida base social não lhes permite margem de manobra mais ampla.

Se para a população ficou claro que o país precisa crescer distribuindo, e, para isso, cabe ao Estado criar políticas capazes de desconcentrar a renda, os editoriais do Globo, Estadão e Folha são escritos para quem? Longe de ser apenas uma questão ética, a questão social também é econômica. E o confronto com a mídia uma questão decisiva para que não tenhamos um arremedo de democracia.

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

Fonte: Agência Carta Maior