terça-feira, 31 de maio de 2011

Tucano mais sujo que pocilga de interior

Carta complica senador Mário Couto na Corrupção da ALEPA

Sonegação fiscal, fraudes em licitação e na folha de pagamento, brigas de família, chantagem e ameaças, compõem o escândalo de corrupção na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA).
 
 
Uma carta apreendida em um mandado de busca e apreensão na casa da ex-servidora da Assembleia, Daura Hage, abriu uma nova frente de investigação e que envolve o ex-presidente da ALEPA, hoje senador Mário Couto (PSDB/PA) e sua filha, a deputada estadual Cilene Couto (que foi chefe da auditora da ALEPA na gestão do pai).
 
 
O documento, classificado por promotores como “bombástico”, foi escrito pelo dono da Croc Tapioca, o ex-marido de Daura Hage, José Carlos Rodrigues de Souza, e foi uma das principais pistas que levaram ao organograma das fraudes nas licitações da ALEPA.
 
 
O Ministério Público já apurou que entre os anos de 2005 e 2006, cinco empresas de parentes de Daura Hage faturaram cerca de R$ 8 milhões em contratos com a casa. Concorrências montadas e notas fiscais sem recolhimento de impostos estão entre as irregularidades já constatadas.Leia mais.

Enquanto FHC faz campanha a favor da descriminalização das drogas, Lula faz campanha contra a fome

Lula vira garoto-propaganda de campanha de ONG contra a fome

 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escalado como um dos garotos-propaganda da campanha "Cresça" (grow, em inglês), que a ONG internacional Oxfam lançará nesta quarta-feira. Além de Lula, Desmond Tutu, vencedor do prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o Apartheid na África do Sul, e os atores Scarlett Johansson e Gael García Bernal também apoiam a campanha.

O brasileiro, porém, é a principal estrela do projeto, que pretende promover a segurança alimentar nos países pobres. Segundo a assessoria de imprensa da ONG, os idealizadores da campanha contam com o carisma e a repercussão global do político para atrair audiência à campanha.

A participação do ex-presidente foi acordada em reunião realizada em Londres, em abril, com a presidente de uma das 14 filiais da ONG, Barbara Stocking. Ela afirmou, na época, que pretende contar com a experiência de Lula em projetos sociais na África, continente priorizado pela fundação que o petista está estruturando.

Lula gravou dois vídeos para a campanha na última segunda-feira (23), em São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do escritório internacional da Oxfam no Brasil, a gravação durou uma hora e o ex-presidente preferiu usar suas próprias palavras em vez de ler as falas que haviam sido escritas para ele.

No primeiro vídeo, que tem um minuto de duração e foi publicado nesta terça-feira, o petista aparece falando que o combate à fome é "uma luta de todos". Ele cita que cada governo nação tem a " responsabilidade da segurança alimentar de seu povo, garantindo a produção de alimentos ou a renda para que cada família possa comprar sua comida".

Para ele, "essa é a condição básica para a paz, a democracia e a cidadania, não existe conquista mais importante para uma sociedade do que poder tomar café da manhã, almoçar e jantar".

Lula também afirma que "os países mais ricos têm que ajudar no desenvolvimento dos países mais pobres" e finalmente afirma que toda a sociedade deve colocar em prática "a soliedariedade de que todo ser humano é capaz".

Outras imagens dele deverão ser divulgadas durante o mês de junho, incluindo relatos de Lula sobre momentos em que ele mesmo passou fome e detalhes de sua vida, como seus pratos de comida favoritos.




Folha de S.Paulo

Praça paulistana é "desinaugurada"



Praça paulistana é "desinaugurada"
           
São Paulo – Moradores de vários bairros da zona oeste de São Paulo desautorizaram publicamente a prefeitura de São Paulo a considerar pronta para o uso pela comunidade a praça Paulo Schiesari, na Vila Anglo-Brasileira, zona oeste da capital paulista. O local está em reforma desde 2009 e já consumiu R$ 80 mil (R$ 60 mil para reforma e R$ 20 mil para iluminação).


O ato, chamado de "Desinauguração da Praça", foi promovido no domingo (29) pelo movimento Boa Praça, com moradores de bairros próximos, como a própria vila, a Lapa e Alto de Pinheiros. A administração municipal não havia informado data para a inauguração da obra.


Ricardo Ferraz, um dos idealizadores da ação, contesta o trabalho da prefeitura. “Hoje (domingo) resolvemos 'desinaugurar' a praça, usando bom humor para protestar”, reforça. Cerca de 400 pessoas passaram pelo local.


“Há duas semanas a praça estava cheia de entulho e mato alto; já nem se notava a reforma, mas talvez por causa do evento (inauguração) limparam tudo nesta semana”, diz Cecília Lotufo, outra idealizadora do movimento.


Segundo Ferraz, o projeto previa desde a desapropriação do terreno baldio vizinho à praça até a reforma de escadas, entradas, iluminação e substituição dos brinquedos. “Mas só reformaram os limites do parquinho, readequaram o piso do patamar inferior da praça e, não se sabe por que refizeram todo calçamento ao redor da praça, que não era necessário e nem estava previsto no projeto”, diz.


Há 35 anos morando perto da praça, Maria Aparecida Martins Brandão sustenta que a instalação feita à época no governo de Luiza Erundina (1989-1992) agora está suja e perigosa. “Aqui é ponto de drogas, o terreno baldio sempre tem lixo, por isso não tenho coragem de trazer meus netos para brincarem aqui”,afirma.

Ativismo desde criança

O Movimento Boa Praça começou no aniversário de quatro anos da pequena Alice Lotufo, que pediu que a comemoração tivesse como palco a praça, situada nas proximidades de casa. Cecília Lotufo, a mãe, explicou à filha que isso não seria possível, pois a praça estava abandonada e os brinquedos do parquinho, quebrados.


“Ela me disse então para a gente começar uma reforma na praça”, diz Cecília, que aceitou o desafio da filha. “Mas expliquei que se a reforma fosse feita ela não ganharia presentes.” A pequena Alice aceitou a contraproposta e a reforma começou. “Mas pouco tempo depois tudo voltou a ser como antes, foi então que entendi que não conseguiríamos resolver esse tipo de problema a não ser que a ação fosse contínua e que a comunidade participasse”, conta Cecília.


O movimento apartidário tem reuniões semanais às segundas-feiras para discutir os problemas da região. No site Boa Praça, eles divulgam mais detalhes dos encontros. “Eventos como o 'churrasco da gente diferenciada', ou esta 'desinauguração' são verdadeiras audiências públicas, formas inovadoras de convocar as pessoas a participar das tomadas de decisão e exigirem atitudes do governo”, diz Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual. “Para uma grande cidade como São Paulo, é impraticável essa política do poder e das tomadas de decisões serem feitas apenas pela prefeitura.”

Ecologia e arte

Durante a "Desinauguração da Praça" foram realizadas uma feira de produtos orgânicos e uma oficina de produtos de limpeza ecológicos. O ato acabou com a exibição de uma sessão de cinema, organizada pelo Cine B, projeto do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em parceria com aBrazucah Produções. Brasil de Fato

OMS anuncia que celular pode aumentar risco de câncer


A radiação de telefones celulares pode causar câncer, anunciou a OMS (Organização Mundial de Saúde) nesta terça-feira. A agência lista o uso do telefone móvel como "possivelmente cancerígeno", mesma categoria do chumbo, escapamento de motor de carro e clorofórmio. A informação foi publicada no site CNN Health.


Antes do anúncio de hoje, a OMS havia garantido aos consumidores que a radiação não tinha sido relacionada a nenhum efeito nocivo à saúde.

 
A equipe encontrou provas suficientes para classificar a exposição pessoal como "possivelmente cancerígena para os seres humanos."

Isto significa que não existem estudos suficientes a longo prazo para concluir se a radiação dos telefones celulares é segura, mas há dados suficientes que mostram uma possível conexão, e que os consumidores devem ser alertados.

O tipo de radiação que sai de um telefone celular é chamado de não-ionizante. Não é como um raio-X, mas mais como um forno de micro-ondas de baixa potência.

"O que a radiação do micro-ondas faz, em termos mais simples, é semelhante ao que acontece aos alimentos no micro-ondas: cozinha o cérebro", disse Keith Black ao site da CNN, neurologista do Centro Médico Cedars-Sinai, em Lós Angeles.

A OMS classifica os fatores do ambiente em quatro grupos: cancerígenos --ou causadores de câncer-- para o homem; possivelmente cancerígeno para os seres humanos; não classificados quanto ao risco de câncer para o homem; e provavelmente não cancerígeno para os seres humanos.

O tabaco e o amianto estão na categoria "cancerígeno para os seres humanos". Chumbo, escapamento do carro e clorofórmio estão listados como "possivelmente cancerígeno para os seres humanos".


O anúncio foi feito do escritório da OMS em Lyon, na França, após o número crescente de pedidos de cautela sobre o risco potencial da radiação do celular.

A Agência Europeia do Ambiente pediu mais estudos, dizendo que os telefones celulares podem ser tão nocivos para a saúde pública quanto o tabagismo, o amianto e a gasolina.

O líder de um instituto de pesquisa do câncer da Universidade de Pittsburgh enviou um memorando a todos os funcionários, pedindo a diminuição do uso do celular por causa de um possível risco de câncer.

A indústria de telefonia celular afirma que não há provas conclusivas de que a radiação dos aparelhos cause impacto sobre a saúde dos usuários.

O anúncio de hoje pode ser um divisor de águas para as normas de segurança. Os governos costumam usar a lista da Organização Mundial de classificação de risco cancerígeno como orientação para as recomendações de regulamentação ou ações.Folha

Recordar é viver:o dia em que FHC foi humilhado por Bil Pinto

FHC, o rei da maconha-privataria-corrupção, é um sujeito muito covarde, muito frouxo.Bill Clinton só faltou bater na cara do piolho-de-cu e o sujeito não foi nem sequer capaz de defender o seu governo das acusações assacadas contra ele.Ainda que Clinton, o rei da lambida, do boquete, estivesse errado, FHC deveria ter defendido seu governo, ter defendido o povo brasileiro.Ao contrário, só faltou Clinton montar nas suas ancas(de FHC).O estadista Lula jamais passaria por um constrangimento pelo qual passou o boca de sovaco FHC.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Os tucanos pensam que o povo é idiota


O PSDB pensa que a sociedade brasileira é idiota.

Com medo que o PT, partido que defende abertamente o Esatdo forte, use novamente o tema privatização nas próximas eleições, o deputado Otávio Leite(PSDB-RJ), ex-vice prefeito de César Maia(pelo DEM, claro!) por duas vezes, apresentou na Câmara dos Deputados uma PEC que tem comio objetivo proibir a venda da Petrobras, CEF e BB.

Bobagem.Fernando Henrique, durante a Constituinte de 1988, também votou contra a privatização de tais empresas públicas, só que quando foi eleito presidente do Brasil privatizou parte da PETROBAS e, por pouco, não privatizou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.Serra também era contra, só que quando governou o Estado de São Paulo privatizou quase tudo, até a saúde pública dos paulistanos.Só não privatizou a Nossa Caixa porque Lula comprou o referido banco.

Na verdade, tudo isso é jogo de cena, tão-somente para tirar o titulo de partido privatista conferido com honra o PSDB.Pelas palavras do autor da PEC e do relator é patente que a jogada dos tucanos é política.Ninguém tira esse título do PSDB.Essa gente não tem nenhum compromisso com nossas estatais.São uns vendilhões safados, filhos da puta.

Estatal aparelhada: Cemig contratou ex-prefeitos em período de eleições


Cerca de 30 políticos foram terceirizados pela Cemig para coordenar as ações do programa Energia Inteligente

Os amigos do Aécio na Cemig.
Especializados no ofício de arrecadar votos, um grupo seleto de 30 ex-prefeitos ganhou uma nova missão. Foram terceirizados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para implementar nas bases eleitorais o Energia Inteligente. Trata-se de um programa para combater o desperdício e aumentar a eficiência energética nos municípios mineiros. Entre as funções dos contratados nesse exílio de luz estão a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas, e a instalação de equipamentos movidos a energia alternativa, como a solar. Como o trabalho exige um mínimo de capacitação técnica, os ex-prefeitos tiveram de gastar a própria energia na realização de eventos para o eleitorado que prometem, por exemplo, a distribuição de geladeiras mais econômicas.

Os encontros foram realizados em cidades como Carmo do Rio Claro, Betim, Catuti, Pavão, Caraí, entre outras. Um dos coordenadores do programa da Cemig, Higino Zacarias de Sousa, admite que os ex-prefeitos foram contratados no segundo semestre de 2010, ano eleitoral, por um período de seis meses. O próprio coordenador do programa é ex-prefeito de Ritápolis, na Região Central de Minas, e tem cargo de assistente da presidência da Cemig. “Não há nenhuma relação com as eleições. O programa existe há muitos anos e vai continuar sendo executado em Minas”, afirma.

Para implementar o programa Energia Inteligente, os ex-prefeitos receberam salários que chegaram a R$ 5 mil por mês. Segundo Higino, que comanda o programa desde o ano passado, as contratações levaram em conta critérios técnicos e não houve nenhum tipo de apadrinhamento. “Não é certo discriminar a pessoa somente porque ela já ocupou a prefeitura. O importante, neste caso, é conhecer a cidade e as necessidades da população. E eles têm condições para isso”, defende Higino.

Rodolfo de Souza Monteiro, também coordenador do programa, destaca o poder de articulação dos ex-prefeitos como trunfo para o sucesso do Energia Inteligente. “O principal objetivo é conscientizar os moradores dos municípios. E ex-prefeitos sabem falar para a população, conhecem as pessoas. Isso pode ser uma arma importante. Agora, não tenho conhecimento sobre esta situação (campanha), mas sei que o Higino contou com a ajuda de outras pessoas”, disse.

As outras pessoas, no caso, são os ex-prefeitos que, na sua maioria, são filiados ou concorreram em eleições anteriores a cargos públicos sob a bandeira do PSDB, partido do governador Antonio Anastasia. É bem provável que esses ex-prefeitos voltem à ativa em 2012, ano de eleições municipais, o que de certa forma transforma o Energia Inteligente em uma espécie de palanque eleitoral.

Prefeito de Caraí de 1997 a 2004 quando era filiado ao PMDB, Leopoldino José Ribeiro mudou-se para o PSDB e, ano passado, foi um dos nomeados para implantar o programa no município da Bacia do Mucuri. “Nós acompanhamos a execução dos projetos e também organizamos os eventos”, conta.

Leopoldino admitiu ter recebido cerca de R$ 3.500 por mês para participar do Energia Inteligente Em vez dos referidos eventos, a missão do ex-prefeito era coordenar a implantação de programas da Cemig junto a entidades filantrópicas, hospitais e a população carente do município. O ex-prefeito de Caraí desconversa quando o assunto é a eleição em 2012. “Estamos conversando e ainda não há nada certo. Mas pode acontecer.”

Gestores aguardam licitação para trabalhar

O contrato dos ex-prefeitos com o Energia Inteligente terminou no fim de 2010. Diante da série de eventos e dos bons resultados obtidos, na avaliação da coordenação, a Cemig já garantiu o retorno dos ex-gestores ao programa a partir deste ano com vigência até 2012. Os ex-prefeitos aguardam apenas o resultado de licitação, que teve de ser alterada pela companhia energética, para assegurar aos políticos salários de R$ 5 mil e, certamente, prestígio com os eleitores.

Segundo os próprios ex-prefeitos, em alguns casos, a duração do novo vínculo com o programa Energia Inteligente pode chegar a quatro anos. O ex-prefeito de Caraí Leopoldino José Ribeiro (PSDB) confirma a possibilidade da renovação dos contratos para os próximos anos. Ribeiro não esconde a ansiedade de voltar.
 
“Não deve demorar não. Assim que sair a licitação deve sair o anúncio. Estamos só esperando o desfecho da situação”, disse.

Em Pavão, no limite entre as bacias do Rio Jequitinhonha e do Rio Mucuri, o ex-prefeito Walter Villamid Chaves (PSDB) é quem esteve à frente do programa Energia Inteligente no ano passado. Ele reconhece ter recebido R$ 5 mil por mês pela função. Agora, aguarda penas a definição da licitação para voltar ao quadro de “refugiados” no programa.

“A informação que temos é de que durante a licitação houve problemas e isso acabou atrasando. Porém, eles já estão acertando a papelada”, diz Chaves.


 
Deputados pedem audiência

A Assembleia Legislativa quer esclarecimentos sobre o Energia Inteligente e sobre todas as atividades desenvolvidas pela Cemig que contam com a participação de ex-prefeitos e ex-vereadores. O assunto deve ser tratado durante audiência pública na Casa. O requerimento já foi aprovado e a discussão vai acontecer na Comissão de Minas e Energia. Porém, ainda não há uma data definida.

Autor do requerimento, o deputado estadual Rogério Correia (PT) levanta suspeitas de que “crimes eleitorais” foram cometidos no interior do Estado, onde o programa da Cemig contou com a participação de ex-agentes públicos. “Já pedi os esclarecimentos. Se isso realmente aconteceu, principalmente no período eleitoral, configura um crime. Ainda vamos encaminhar o caso para o TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Este é um exemplo claro do coronelismo à moda antiga”, afirmou.

O deputado também fez críticas ao envolvimento de ex-prefeitos na coordenação do programa. “Na minha visão, a aplicação do programa deveria ser feita por técnicos capacitados. Será que todos são especialistas ou é apenas uma ação entre amigos? Isso (o programa) não pode ser conduzido desta maneira. Temos de investigar e discutir a questão”, ressaltou.

Já o presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), confirmou que nos próximos dias vai marcar a data da audiência. O deputado aguarda apenas o levantamento de mais material para sustentar a denúncia. “Vamos averiguar a situação e ver se há alguma irregularidade. É no mínimo suspeito a participação desses ex-prefeitos num programa que distribui geladeiras em pleno período eleitoral”, afirmou.

Para o encontro devem ser convidados o presidente da Cemig, Djalma Morais, o secretário de Desenvolvimento Social, Wander Borges (PSB), a presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves da Cunha e o diretor do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho. A intenção é esclarecer como funciona o programa, os critérios para atendimento das entidades e a escolha dos funcionários, entre outros pontos. “Além disso, será feita uma análise das atividades já desenvolvidas”, explica Souza Cruz.Fonte:Do Hoje em dia

Baixaria na capa




Desta vez a revista Época das organizações Globo se superou. Nunca antes na história deste país uma revista teve tamanha falta de ética jornalística:


- de contestar um laudo escrito pelo Hospital Sírio Libanês com o tratamento feito pelos renomados médicos: Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Yana Novis, David Uip, Raul Cutait, Carlos Carvalho e Milberto Scaff, Julio Cesar Marino.


- para plantar notícia falsa sobre a saúde da Presidenta, sem fundamento (pois os médicos desmentem a revista categoricamente).


- O laudo assinado pelos médicos (Dr. Antônio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico do Hospital Sírio-Libanês, e Dr. Paulo Ayroza Galvão, diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês”.) é categórico ao escrever com todas as letras:


“Do ponto de vista médico, neste momento a Sra. Presidenta apresenta ótimo estado de saude.”


- e detalhou todos os tratamentos com procedimentos e medicamentos empregados desde 2009 para não deixar dúvidas;


- o jornalismo marrom, sensacionalista e sem ética das Organizações Globo pegou uma foto da Presidenta, publicada na revista Time, na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, de olhos fechados em vez de pegar uma de olhos abertos, e a usou em um contexto mórbido, com a legenda“A saúde de Dilma”, como se ela estivesse morta, para induzir o leitor a pensar que ela está muito mal de saúde (foto).


É muita baixaria, falta de ética, mau gosto e apelação. Dá nojo.


- Ainda que fosse verdadeira a a reportagem da revista, é completamente anti-ético publicar informações sobre prontuários e remédios de pacientes sem autorização dos mesmos. Até quando se trata de pessoa pública, jornalismo decente se limita a publicar o essencial ao interesse público, quando se trata de privacidade.


Em tempo: Observem que a nota em forma de laudo emitida pelos médicos foi autorizada pela paciente (a presidenta), como não poderia deixar de ser pela ética médica, mas nenhum médico com a reputação destes, aceitaria escrever algo que não fosse verdade.


Entre acreditar nestes repórteres sem ética ou acreditar nestes renomados médicos, não há como ficar em dúvida: são os médicos que falam a verdade.


Nota do hospital Siro Libanês

Relatório emitido pelo Hospital Sírio-Libanês a pedido da Presidência da República diz que, “o ponto de vista médico, neste momento a presidente Dilma Rousseff “apresenta ótimo estado de saúde”. O relatório é uma resposta a matéria caluniosa, de péssimo gosto, próprio de jornalismo marrom, da revista época, que mente ao dizer que o estado de saúde da presidente Dilma piorou.


A íntegra do relatório médico sobre a presidente Dilma Rousseff, assinado pelos médicos Antônio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico, e Paulo Ayroza Galvão, diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês:


“Por solicitação da Exma. Presidenta da República, Sra Dilma Vana Rousseff, o Hospital Sírio-Libanês emite o presente relatório médico.


No início de 2009 a Presidenta Dilma Vana Rousseff foi submetida a avaliação clínica por seu cardiologista, Professor Dr. Roberto Kalil Filho, quando foram indicados exames de rotina, incluindo uma angiotomografia de coronárias, realizada em 20 de março de 2009 no Hospital Sírio-Libanês. Neste exame foi detectado um nódulo axilar esquerdo, com 2,3 cm. de diâmetro e características suspeitas. Uma biópsia excisional deste gânglio foi realizada no dia 3 de abril de 2009, e o diagnóstico final foi de Linfoma Difuso de Grandes Células do tipo B, CD20 positivo. Exames de estadiamento incluíram PET-CT e biópsia de medula óssea, sem achados adicionais. O estadiamento final foi IA.


De abril a julho de 2009, a Sra. Presidenta recebeu tratamento específico para seu tipo de linfoma, incluindo 4 ciclos de R-CHOP (Rituximab, Ciclofosfamida, Vincristina, Doxorrubicina e Prednisona). Durante o tratamento a paciente apresentou miopatia por corticóides e neutropenia transitória. Como complementação ao tratamento quimioterápico, foi indicada e realizada radioterapia envolvendo a axila e fossa supra-clavicular esquerdas. Após o término do tratamento, a paciente foi considerada em remissão completa, passando a acompanhamento de rotina.


Em 23 de dezembro de 2009 a Presidenta Dilma veio a este hospital com sintomas de vias aéreas superiores, acompanhados de febre baixa, sendo diagnosticada com Influenza A (H1N1), por técnica de PCR no swab nasal, tendo sido tratada com Oseltamivir, com resolução completa do quadro.


Em 20 de março de 2010, a Sra. Presidenta apresentou um edema na região cervical. Nesta mesma data, optou-se pela retirada do cateter venoso central (port-a-cath) com resolução quadro clinico.


Na noite de 30 de abril de 2011, a Sra. Presidenta deu entrada no Hospital Sírio-Libanês com sintomas de tosse, febre e mal-estar geral. Foram realizados exames completos que incluíram sorologias, hemoculturas, exames gerais e tomografia de tórax. O diagnóstico final foi de uma broncopneumonia. A Sra. Presidenta foi tratada com os antibióticos Ceftriaxona e Azitromicina, com resolução completa dos sintomas. Os exames sorológicos específicos e culturas não identificaram o agente etiológico. Na mesma data, foram realizados exames de imagem e de sangue para controle do linfoma, todos com resultados negativos. A Presidenta Dilma continua em remissão completa do linfoma, e não há nenhuma evidência de deficiências imunológicas, associadas ou não ao tratamento do linfoma realizado em 2009.


Em 21 de maio de 2011 a Sra. Presidenta realizou tomografia de tórax de controle, mostrando resolução completa do quadro de pneumonia detectado no mês anterior.


Do ponto de vista médico, neste momento a Sra. Presidenta apresenta ótimo estado de saude.


As equipes que assistem a Sra. Presidenta são coordenadas pelos Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Yana Novis, David Uip, Raul Cutait, Carlos Carvalho e Milberto Scaff, Julio Cesar Marino.”


Fonte: OsAmigosdoBrasil

Dilma recebe aplausos de uruguaios

A rápida visita da presidente Dilma Rousseff a Montevidéu nesta segunda-feira terminou com aplausos dos uruguaios, que tentaram ver a presidente brasileira na saída do Palácio Santos, sede do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai. Depois de um breve aceno para o público, ela saiu em carro com vidros escuros, frustrando os que tentaram vê-la mais de perto. A visita à capital uruguaia marcou a retomada da agenda internacional de Dilma, depois do cancelamento da viagem ao Paraguai, no início de maio, por conta de problemas de saúde.


Auruguaia foi também um fator muito importante nessa visita, esteve presente, me cumprimentando, isso caracteriza um padrão extremamente elevado de civilidade na relação entre as nações." viagem ocorreu em meio a crises internas, com as suspeitas sobre o aumento de patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e as dificuldades do governo com a base aliada, expostas durante a votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados. No Uruguai, a presidente evitou dar entrevistas. Na declaração oficial à imprensa, destacou os acordos assinados com o país vizinho, a democracia nos dois países e a civilidade da oposição uruguaia.



Ministros


Os ministros que acompanharam Dilma a Montevidéu também evitaram comentar o caso Palocci. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, não respondeu aos questionamentos sobre o tema. "Se a agenda de vocês (jornalistas) é sobre o Palocci eu não tenho nada a comentar." O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afastou qualquer efeito de "crise" com o episódio, voltando a dizer que não há investigação na Polícia Federal envolvendo Palocci, como já havia feito no Congresso Nacional.


Além de Bernardo e Cardozo, outros seis ministros acompanharam a presidente na viagem ao Uruguai: Antonio Patriota (Relações Exteriores), Alfredo Nascimento (Transportes), Ana de Hollanda (Cultura), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Mário Negromonte (Cidades), além do assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerrmann.


Democracia


A visita durou cerca de cinco horas. O primeiro ponto de parada foi o Laboratório Técnico do Uruguai, primeiro ponto de parada na viagem, onde Dilma foi recebida pelo presidente uruguaio José Mujica, ex-guerrilheiro que ficou 14 anos preso, período que incluiu o regime militar no país.


Dilma, que também combateu o regime militar, ressaltou que os dois governos são "democracias estáveis, que respeitam contratos, respeitam os direitos humanos, e que criam um ambiente bastante fraterno entre os dois povos". A conversa com Mujica incluiu, disse a presidente, informações e opiniões sobre um cenário internacional "que é extremamente complexo".


Ressaltou a integração regional por meio do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da Unasul (União das Nações Sulamericanas), que classificou como uma integração regional "pró-paz", que garante a "estabilidade e a segurança" na América do Sul. Disse ainda que Brasil e Uruguai coincidem "na visão de um mundo multipolar inclusivo no qual as responsabilidades dos Estados grandes ou pequenos sejam determinadas pela contribuição de cada um a paz, ao diálogo, à cooperação e não pelo seu potencial de afirmação pela força ou pela ameaça do uso da força".


Acordos


O Laboratório Técnico do Uruguai, que marcou o início da visita da presidente, concentrará os projetos de desenvolvimento da televisão digital no país, que recentemente abandonou o modelo europeu e passou a usar o padrão nipo-brasileiro. Só em equipamentos, o Brasil destinará US$ 600 mil para o laboratório.


Os acordos assinados entre os representantes dos dois países preveem ainda o ensino da língua portuguesa a agentes da polícia migratória do Uruguai, para que possam atender brasileiros residentes ou em passagem pelo país. Também serão capacitados técnicos da área de saúde e vigilância sanitária, da área de restauração do patrimônio público, além de troca de experiências entre os dois países em relação a políticas de habitação. Na área de infraestrutura, destacam-se a construção de uma nova ponte sobre o rio Jaguarão, a reativação da interconexão ferroviária e a implantação da hidrovia Uruguai-Brasil.


O presidente Mujica ressaltou a proposta de criação de uma universidade de fronteiras, para compartilhar pesquisa e conhecimento. "Nunca estaremos integrados se não conseguirmos a integração da inteligência."


A viagem ao Uruguai foi a terceira da presidente Dilma ao exterior desde que assumiu a Presidência da República, em janeiro. A agenda foi inaugurada com uma visita à Argentina, em março. Em abril, a presidente foi à China.Terra

O desconfortável ruído do silêncio

Marcelo Carneiro da Cunha

 
Essa foi uma semana marcada pelo que não houve em Brasília: basicamente, uma entrevista do ministro Palocci explicando ao país o que houve ou não houve nessa questão de acusação de enriquecimento aparentemente acima do que seria razoável.
 
Na política, a primeira vítima costuma ser o bom-senso, e nesse caso, o atingido é um ministro chave para o funcionamento do sistema como ele foi desenhado para funcionar nesse início de governo Dilma. Ao surgirem as primeiras denúncias, um ministro na posição do ministro Palocci deveria eliminar o problema pela raiz, aliás, atribuição de um ministro da Casa Civil no exercício usual de suas funções, pelo que eu entendo.

Isso não aconteceu, e a consequência foi a subida de temperatura a que assistimos, sempre no mesmo silêncio disfuncional, um problema na semana em que foi votado o polêmico, para dizer o mínimo, Código Florestal.
 
O Código Florestal nem tem tanto a dizer sobre florestas, estimados Sul21enses, mas sim com o resto, o que não é floresta mais, ou o que querem que deixe de ser floresta, caso os ruralistas levem a melhor nessa batalha, como estão acostumados a levar nos campos onde mandam, desmandam e desmatam. Esse debate é sim um ordenador do país que iremos ter nos próximos tempos. Nossa vocação de grande produtor de alimentos me parece confirmada, e é assim que também vamos viver o futuro. Se iremos viver como devastadores ou manejadores inteligentes dos espaços disponíveis, é o que o Código Florestal ajuda a definir. Portanto, ele não é apenas importante, mas vital.
 
E bem nessa hora a oposição e sua falta de projeto, ou escrúpulos, ou ambos, aproveita da fraqueza do ministro e da consequente fragilidade do governo para cravar a sua estaca e cobrar a retirada, como ela tanto costuma fazer. O resultado é a insólita e esperada união dos arcaicos – bancada evangélica com a sua co-irmã ruralista e outros setores que sinceramente não sentem o menor interesse real pelo tema do futuro, muito mais confortáveis com o passado onde querem ficar para sempre, para azar nosso.
 
Lemos que Lula foi a Brasília interferir no processo, que Dilma estaria disposta a bancar o blefe e demitir ministros do PMDB, o pecado maior na capital federal; que evangélicos teriam apoiado os ruralistas em troca de apoio contra a lei da homofobia; lemos isso e muito mais, só não lemos, em lugar algum, o que o ministro Palocci estaria fazendo no meio de toda essa balbúrdia. E isso está errado.

A presidente tem mantido um silêncio exagerado também. Líder tem que mostrar a que veio e se antecipar a todos esses interesses, desarmando-os. Lula fazia isso com rara competência, Dilma precisa da mesma competência porque a oposição não mudou e os interesses, especialmente os econômicos, só fazem aumentar.
 
A pior coisa em um governo é ele se tornar o que os americanos chamam de “lame duck”, ou pato manco. Nem pata, muito menos manca, Dilma precisa recuperar a voz, em mais de um sentido, e o ministro Palocci precisa ainda mais disso, para mostrar que tudo não passa de especulação e manobra, aliás, área de expertise do PSDB/DEM.

Portanto, vamos lá, ministro, mostre a que veio e acabe com eles com a verdade, nada mais do que a verdade, somente a verdade.
 
Ministros que enriquecem são um problema, salvo nos casos em que um tio bilionário e excêntrico morre e deixa tudo de herança. O Brasil já tem problemas demais e uma inflação que insiste em mostrar a cara. O ministro precisa falar e ser convincente. Até agora ele saiu da cena sem falar, e isso não serve.

O ministro Palocci é petista, e o PT, queiram ou não, tem sim um compromisso com a ética na história desse país. O ministro pode muito, mas não pode ir contra essa verdade. Portanto, a ela. Eu, aqui no meu cantinho, aguardo, impacientemente. O país, em toda parte, mais ainda.Sul21.

Comportamento dos políticos


Mntserrat Martins*
 
Porque certas denúncias surgem em determinados momentos e não em outros ? O caso Palocci, que poderia ter sido denunciado anos atrás, veio à tona justamente quando o governo estava “atrasando” os planos do “agronegócio”.
 
Aquele diretor do FMI, preso pelo ataque sexual à camareira, teria sido preso no Brasil ? Estamos longe da promessa que a lei seja “igual para todos”, por isso as pessoas gostam quando um poderoso é submetido aos “rigores da lei”. O que poucas pessoas acompanham – até pelo enjôo que ao assuntos políticos causam – são os bastidores de certas denúncias. A “bola da vez”, agora, é o caso Palocci. O que está por trás disso, quais são os “bastidores” do comportamento político?

“Não fui o único ex-ministro que enriqueceu” foi sua defesa, sem lógica do ponto de vista ético. Na verdade, é um aviso para seus acusadores. Do “mensalão” só soubemos por causa disso, quando o Rioberto Jeferson, acuado por denúncias a seu partido (num órgão público federal), resolveu dar uma lista dos envolvidos naquela prática.

Não é só o dinheiro dos políticos denunciados que está em jogo. Os interesses dos acusadores são decisivos, estamos falando de negócios (o código florestal, por exemplo, num site de um grande jornal gaúcho, está na seção “dinheiro”). A maioria das pessoas não gosta nem de saber destes bastidores, ouve falar algumas coisas, mas fica com nojo e pula para a parte de esportes, ou de novelas, celebridades, assuntos menos estressantes.
 
De que adianta se revoltar se não podemos “fazer nada”? Por outro lado, se não estivermos bem informados, podemos estar sendo manipulados em nossos sentimentos de revolta. Luís Fernando Veríssimo, com suas brilhantes sátiras sobre o comportamento, é um mestre em nos mostrar sentimentos de revolta justos, mas mal canalizados. Quem conhece os bastidores da política sabe que existe, sim, uma relação entre o momento em que surgiram as denúncias contra Palocci e a votação do código florestal. Está no site de política de O Estado de S.Paulo, por exemplo, depois veio o desmentido do governo no site de O Globo. Funciona assim: os 200 deputados “ruralistas” passariam a bloquear a pauta do Congresso se o código florestal não fosse votado, apoiariam a oposição para desgastar o governo com as denúncias contra Palocci, etc.

Deveriam ser dois assuntos diferentes, o caso Palocci e o código florestal, não deveriam ? Para o interesse da sociedade, importa a ética dos ministros. E também importa a proteção ao ambiente, com as consequências que a ciência nos adverte há décadas e que já estão aí. Os dois assuntos, em si, não deveriam ser misturados. Gostemos ou não disso, é assim que funciona a política. Porque não gostamos desses assuntos, porque não nos inteiramos deles, nossos justos sentimentos de revolta podem ser canalizados pelos políticos para voltar nossa atenção para um assunto, enquanto eles decidem outro neste momento.

* Psiquiatra

Fonte:Sul21

domingo, 29 de maio de 2011

O lado oculto dos fatos

Na Líbia os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seguem implacáveis contra Tripoli, provocando mortes e feridos. A justificativa de “ação humanitária de proteção à população civil” não resiste aos fatos. Isto é, a Otan exorbitou de suas funções e a Organização das Nações Unidas (ONU) deveria ser convocada imediatamente para reavaliar o que aprovaram açodadamente. Até porque, quando foi imposta a decisão dos bombardeios no Conselho de Segurança, sem vetos, a justificativa era uma. A prática atual está sendo totalmente outra.


O governo russo, sabe-se por qual convencimento, somou-se, segundo as agências internacionais, ao grupo do clube imperial do G-8 para pedir a saída de Muammar Khadafi.


Leitores, ouvintes e telespectadores não estão tendo a oportunidade de ouvir o outro lado, porque só recebem informações de uma fonte, exatamente a responsável por bombardeios que atingem áreas civis. A Otan também tem outro objetivo, que está ficando cada vez mais claro: a de atingir mortalmente o dirigente líbio Muammar Khadafi.


Para se ter uma idéia de como os meios de comunicação nacionais geralmente só divulgam o que noticiam as agências internacionais, inclusive informações muitas vezes que não resistem a uma checagem mais consistente, na semana que passou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Liberdade de Imprensa da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) promoveu um debate com o embaixador líbio no Brasil, Salem Omar Ezubedi, justamente para ouvir o outro lado.


Nenhum órgão da grande imprensa do Rio de Janeiro compareceu, apesar de avisado. Perderam a oportunidade de não só ouvir outro lado como até mesmo questionar o embaixador. Os editores não se interessaram pelo tema, porque provavelmente não teriam elementos para se contrapor às informações apresentadas pelo representante da Líbia.


O embaixador, por exemplo, acusou frontalmente a CIA de preparar os rebeldes durante dois meses para atacar as delegacias e os quartéis de Benghazi com o objetivo de roubar armas pesadas e promover os confrontos. Ezubedi garantiu que a maioria dos opositores que moravam nos Estados Unidos tornou-se agentes da CIA. Revelou também que depois do movimento que levou Khadafi ao poder, em 1969, muitas dessas pessoas que atualmente lutam contra o governo tinham se transferido para os Estados Unidos. Voltaram agora hasteando inclusive a bandeira da monarquia.


A Líbia, que tem um regime laico, foi assediada por uma Irmandade Islâmica que queria impor ao país normas de acordo com os seus padrões, como, por exemplo, impedir, entre outras coisas, que as mulheres trabalhassem e mesmo frequentassem escolas. Membros da Al Qaeda estão ao lado dos rebeldes financiados pela CIA, segundo ainda Ezubedi.


Uma das críticas feitas ao Conselho de Segurança das ONU ao adotar a resolução da adoção de uma zona de exclusão aérea é que antes nenhum representante foi designado para verificar o que estava acontecendo verdadeiramente na Líbia. Ezubedi responsabilizou o representante da Liga Árabe por prestar informações inverídicas segundo as quais o povo estava sendo vitimado e que acabaram levando o Conselho a tomar a decisão equivocada que tomou.


A guerra civil na Líbia caminha para completar seis meses. Os bombardeios “imparciais” estão na prática tornando a situação ainda pior. A Otan já tem a avaliação segundo a qual essa forma de ação não resolverá a crise como deseja. Por isso, não será surpresa se amanhã for decidido uma ação terrestre capitaneada pelos Estados Unidos, o maior senhor da guerra.


No Brasil, a bancada ruralista ficou eufórica com o resultado da votação do Código Florestal aprovado por 410 votos contra 63. Lamentavelmente, parlamentares considerados progressistas se juntaram até com a oposição de direita e ajudaram os senhores do campo a obterem uma anistia ampla e irrestrita a proprietários que desmataram áreas de preservação ambiental até 22 de julho de 2008. Resta agora acompanhar o procedimento dos senadores na votação e se a Presidenta Dilma cumprirá a promessa de exercer seu poder de veto se não ocorrerem mudanças no projeto.


Como se esta afronta aos brasileiros com um mínimo de consciência não bastasse, em plena Câmara dos Deputados ocorreu ainda outro fato lamentável e que não foi noticiado pela mídia de mercado. A bancada ruralista se manifestou com uma estrondosa vaia quando foi anunciado em plenário o assassinato do casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva em Maçaranduba, no Sudoeste do Estado do Pará. Ninguém perguntou aos parlamentares o motivo de manifestar a contrariedade pela informação que estava sendo divulgada e que comprometia os seus pares.


Os ruralistas, onde se encontram os mandantes do crime, aprovam, claro, os métodos criminosos. É um setor da sociedade que conta com a impunidade. O casal assassinado denunciava as irregularidades cometidas por extrativistas de madeira na região do Pará e alertavam que estavam sendo ameaçados de morte. Nenhuma proteção foi dada a eles e mais um crime hediondo consumou-se.


A vaia capitaneada pela bancada ruralista dá bem a idéia do nível desta gente que o Deputado Aldo Rebelo contemplou. Este parlamentar e os “progressistas” que votaram com ele terão um encontro marcado com a história e devem ser cobrados por seus eleitores, porque traíram compromissos. E nesta instância da história não será levada em conta a “dialética” que apresentam para justificar o injustificável. E ainda por cima ajeitaram uma dialética para justificar o voto que beneficiou quem desmatou.


Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

Quem defende a PREVI?

Na última quarta-feira, publicamos no nosso Espaço Livre o artigo da leitora Isa Musa de Noronha intitulado “Privilégios no Banco do Brasil”. Isa, uma aposentada do banco, manifestou toda a sua decepção com os privilégios remuneratórios concedidos aos dirigentes do banco oficial que, ao aposentaren-se, gozarão de benefícios pagos pela PREVI, o fundo de aposentadoria dos funcionários do banco.


Em resumidas palavras, para colocar o leitor dentro do assunto, posso colocar a questão da seguinte forma: quem fixa o salário de presidente, vices e diretores do BB é o Conselho de Administração, ou seja, o governo. Ao elevar o salário desses executivos de 27 mil para 81 mil reais, o teto de contribuição dessa gente sobe vertiginosamente e quem vai arcar com a aposentadoria sobre esse valor é a PREVI, uma entidade construída com o trabalho e as contribuições de todos os funcionários do BB, do mais humilde servidor do interior do Brasil ao chefe de gabinete de um diretor nos refrigerados gabinetes de Brasilia.


Na verdade, segundo se depreende do artigo de Isa Musa de Noronha, ao adotar essa postura o Conselho de Administração criou uma casta privilegiada, que tem aumentos salariais diferenciados da massa trabalhadora do Banco, mas que, ao final, terá que arcar com aposentadorias milionárias pagas por um fundo de previdência que pretence a todos, e que, por esse motivo, não pode privilegiar a poucos.


Trocando em miúdos: se o banco quer pagar melhores salários a seus executivos de primeira linha, que banque do próprio bolso, ou do próprio cofre, a aposentadoria complementar desses privilegiados. Se fosse uma sentença, dir-se-ia que “este é o relatório”.


Bem, não é preciso destacar que o artigo da Isa provocou uma quantidade imensa de visitas à página. Até o momento em que digito essas linhas, são quase 1.500 acessos. O que prova que o assunto é polêmico e mexe com o sentimento, mais do que os direitos, de milhares de funcionários do banco, entre os aposentados e os da ativa.


Entretanto, ao observar os comentários postados no artigo da Isa, a gente nota que houve uma tendência em partidarizar a questão, com a maioria dos comentaristas atribuindo esta e outras possíveis mazelas cometidas na PREVI aos governos petistas. Leiamos alguns deles:


“...quanta indecência produzida por esse grupo que assumiu o poder da nação brasileira.. até onde vai a ambição desmedida desse cumpanheiros...”


“...a PREVI sempre foi um modelo de fundo de pensão, agora a cumpanheirada quer botar as mãos nele...”


“...o BB , nas mãos impuras do petismo e servo do governo, quer corroer nossa PREVI...”


“...o mais triste é perceber que são companheiros, gente do BB que agora se junta a essa turma de desclassificados do PT para destruir a PREVI, a jóia dos fundos de pensão...”


Dois dos comentaristas, chegam ao extremo de reivindicar a volta dos militares:


“...será que os militares precisam retornar ao Planalto ...”


“...chego a ter saudade da desonestidade dos milicos, porque era muito mais tímida...”


E por aí vai.


Nunca tive, não tenho e nunca terei procuração para defender este ou aquele partido politico. Mas estou convencido de que a revolta que tomou conta dos comentaristas acima reproduzidos ainda é reflexo de alguma recente frustração política. No caso do fundo de previdência dos funcionários do BB, é preciso separar bem as coisas, devendo ficar claro que a cobiça dos governantes e politicos ao robusto cofre da PREVI é muito anterior ao ano de 2003, quando Lula tomou posse.


Quem não se lembra da interferência do governo tucano na PREVI, para que esta participasse do Consórcio Brasil, vencedor do leilão de privatização da Vale do Rio Doce, em 1997? Ou dos suspeitos processos de privatização das companhias elétricas e da Companhia Siderúrgica Nacional? Tudo isso e muito mais aconteceu no governo FHC, sempre com o nome da PREVI envolvido.


Mas não vem ao caso agora investigar se as apontadas irregularidades na PREVI começaram neste ou naquele governo. O importante, a meu ver, é canalizar toda essa revolta para enfrentar as forças que, suspostamente, querem dilapidar o patrimônio contruído pelos funcionários do BB desde 1904.

 

Acima das diferenças politico-partidárias, os 120 mil associados do Fundo devem se unir e buscar os meios legais para impedir que governos, politicos ou eventuais dirigentes da entidade se locupletem ilicitamente às custas do patrimônio alheio.


É hora de transformar essa indignação em força propulsora de uma virada histórica.

Eliakim AraujoAncorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi Coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa". Mora em Pembroke Pines, perto de Miami. Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais. Direto da Redação.


Comentário do Terror:esses leitores que criticam o governo do PT são todos analfaberos.Esses caras só leem o PiG, por isso só escrevem merda.Esses caras são uns bananas.

FHC defende descriminalização da droga.E se fosse Lula?


Aos 30 anos, ele já entrevistou Bill Clinton, Jimmy Carter, Pedro Almodóvar, Michelangelo Antonioni. Com Caetano Veloso, percorreu o mundo. E com o ex-presidente FHC, estrela de seu documentário "Quebrando o Tabu", que estreia no próximo dia 3, também.


Juntos, voaram aos EUA, Portugal, Suíça e mesmo a Amsterdam, para visitar os "coffee shops", os tradicionais pontos de venda de maconha e haxixe regulamentados pelo governo holandês.


Tudo para ilustrar o eixo central do filme: a descriminalização do uso das drogas.


Fernando Grostein Andrade é bem relacionado de nascença, e isso tem ajudado um bocado a viabilizar seus projetos.


Filho do jornalista Mário de Andrade, diretor da "Playboy" na década de 80, e meio-irmão do apresentador Luciano Huck (um dos produtores de "Quebrando o Tabu"), cresceu em um meio que incluía alguns dos melhores nomes do jornalismo, como o editor Thomaz Souto Corrêa, do Grupo Abril (que assina como um dos roteiristas do filme). Seu padrasto é Andrea Calabi, Secretário Estadual da Fazenda.


"Não sou muito inteligente, mas meus amigos são", costuma brincar o diretor, que hoje tem uma produtora própria de filmes publicitários e autorais. Já são dois os documentários em seu currículo, iniciado com o insólito "Coração Vagabundo" (2009), no qual flagra Caetano Veloso até mesmo nu.


Em comum com o filme atual, Fernando visualiza o que chama de "luta contra o obscurantismo".

"Caetano tem uma mente cosmopolita e lúcida. E FHC, uma cabeça muito aberta. Ele deu a cara a bater", comenta o jovem diretor que votou em Alckmin, Serra e FHC nas eleições.


Essa "luta contra o obscurantismo" remonta aos tempos em que estudava no Colégio Santa Cruz, uma das mais conceituadas (e caras) escolas de São Paulo.


Foi quando Fernando teve a sacada de fazer uma revista dirigida aos alunos e paga por anunciantes.


No primeiro número, publicou um ensaio fotográfico sensual com as garotas mais bonitas do colégio.


"Metade das pessoas adorou e outra metade quis queimar a revista na fogueira. Tinha uma galera supostamente de esquerda que queria uma revista intelectualizada", recorda.
MAKING OF


Sobre a descriminalização das drogas, Fernando diz: "Duas coisas me marcaram. Primeiro, quando li 'Christiane F.' [célebre livro autobiográfico de uma alemã viciada em heroína]. E, depois, quando subi a favela da Rocinha para gravar um clip do Gilberto Gil", lembra.


"Vi jovens como eu sendo explorados pelo tráfico. Lembrei de quando fui a um 'coffee shop' em Amsterdam, aos 18 anos. Uma brutal diferença: em um canto, o pessoal te recebe com AK-47. Em outro, como em um café casual".


A verba para a produção de "Quebrando o Tabu" foi obtida via mecanismos de incentivo, e o valor captado foi de R$ 2,4 milhões.


É uma cifra considerada elevada para os padrões nacionais do gênero. De acordo com a Ancine, "Cartola" por exemplo, captou R$ 1,33 milhão. "Uma Noite em 67", R$ 930 mil. "O Homem que Engarrafava Nuvens" obteve R$ 1,83 milhão.


"Quebrando o Tabu" contou com oito roteiristas e rodou por 18 cidades, o que resultou em mais de 400 horas de filmagem. "A gente concluiu que o filme só seria legítimo se pudesse rodar o mundo mostrando como as coisas funcionam em cada lugar", explica Luciano Huck.Folha.

E o mundo não acabou



Se o mundo tivesse acabado semana passada como previram alguns e temiam outros seria em fogo ou em água? Numa alternância de catástrofe, a previsão bíblica é de que o fim dos tempos agora seria em fogo. Naquele dilúvio, a última vez que se tem notícia do fim do mundo, Noé fez a sua parte e entrou para a História.


O velho sábio e corajoso, avisado da hecatombe, pôs a bicharada numa arca e salvou muitas das espécies da extinção, o que não fazem os homens no mundo de hoje em sua fúria devastadora da fauna e da flora. Uns mal-agradecidos ao esforço incalculável de Noé.


Se tivesse acabado o mundo, não saberíamos se o patrimônio do ministro Palloci multiplicou-se licita ou ilicitamente, em tempo recorde. Não haveria tempo dessa novela desdobrar-se em capítulos que, suspeitamos, já saber o final. Parece que nesse caso não faria muita diferença terminar ou não a vida na Terra.


Se o mundo tivesse acabado estaríamos livres de saber que encontraram vestígios do sêmen do Sr. DSK na gola da blusa de uma das moças atacadas por ele. Isso lá é lugar de sêmen? Com o final dos tempos, o garanhão, ex-presidente do FMI, que morreria de cambulhão como o resto da humanidade, não realizaria o prejuízo da montanha de dólares que pagou como fiança e o azar seria das mulheres molestadas pelo estafermo que não se veriam justiçadas.


Ah, se tivesse acabado o mundo, Paul McCartney se encontraria sob a abóbada celeste da América do Sul e não teria solfejado coletivamente na-na-na no Engenhão, encantando a massa e reiterando que é o cara. Paul é um homem equilibrado. O mundo já acabou para ele diversas vezes com as provações que já enfrentou na vida. É um sobrevivente criativo, altivo e altaneiro às sua perdas de todos os gêneros.


McCartney, nunca é demais falar bem dele, é um vencedor e vive seus 68 anos com jovialidade, ao contrário do que dizia na música que fez para quando tivesse 64. Podia ter deprimido de vez. Na sua conta, a perda da mulher que amava para o câncer, a rasteira financeira e leviana no casamento posterior e a decepção com Michael Jackson ao perder para ele os direitos autorais de sua preciosa parceria com Lennon.


Paul ainda carrega sem sequelas o peso de ser um ex-Beatle sabendo sê-lo, usa sua celebridade em prol da causa ambiental e, ainda por cima, tem uma filha talentosa que soube vestir com elegância o nome do pai. McCartney cai tão bem em Stella quanto os modelos que ela cria.


Se o planeta tivesse ido para o espaço, o mundo não estaria desviando, mais uma vez, das colunas de cinza e nuvens de fumaça de mais um vulcão da Islândia, forçando a aviação à redistribuição de rotas aéreas e atenção dobrada. Mais uma vez o país de Bjork disse ao que veio e, dessa vez, a mídia por aqui desistiu de informar o nome do vulcão, mais um impronunciável presume-se.


Não estaríamos discutindo a volta da inflação se o mundo não mais existisse, nem apostando se os estádios, aeroportos e outras obras de infra-estrutura ficarão prontas para a Copa e as Olimpíadas. Pior, não veríamos a realização dos eventos aqui, em 2014 e 2016, com ou sem condições mínimas.


Se o mundo tivesse acabado, encerraríamos a celeuma sobre a hegemonia da tal norma culta e estaríamos desonerados, enfim, concordâncias nominais e verbais. Não mais Português em provas e nem em concursos. Para quê? E assim, pendurados em galhos eventualmente sobreviventes da grande catástrofe, nós ia curtir e se acabá de rir de todas as nossas pequenas preocupações diárias que nos faz acreditar ser pessoas séria. Quando é mesmo o próximo fim do mundo?

Carlos Leonam e Ana Maria Badaró


Carlos Leonam é jornalista, trabalhou na Última Hora, Tribuna da Imprensa, O Cruzeiro, Veja, Pasquim, Jornal do Brasil, O Globo. Autor do livro Os Degraus de Ipanema. Ana Maria Badaró é jornalista, trabalhou na Última Hora, Jornal do Commercio, Radio JB-AM, TV Manchete, TVE, PUC-Rio.

Fonte:CartaCapital

Zelaya é recebido por multidão em sua volta a Honduras


Centenas de milhares de hondurenhos vindos de todo o país se concentravam desde as primeiras horas do sábado 28 na Praça Isis Obed Murillo, ao sul do aeroporto internacional de Toncontín em Tegucigalpa. Eles esperavam para dar as boas-vindas ao ex-presidente Manuel Zelaya, que regressou ao país passar 16 meses exilado na República Dominicana.


Homens, mulheres, jovens, crianças e idosos lotaram o local. Alguns erguiam as bandeiras vermelhas com as letras da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular) – movimento originado da oposição ao golpe de Estado – minuciosamente preparadas nos últimos dias graças ao incansável trabalho voluntário de centenas de jovens.


A expectativa de ver realizada uma das principais demandas da Resistência hondurenha, a volta o presidente deposto e coordenador nacional da FNRP, Manuel Zelaya, os fez aguardar por mais de oito horas sob o forte sol característico do início do inverno hondurenho.


“As pessoas estavam desesperadas para ver seu coordenador nacional. Agora o sonho se torna realidade e vamos rumo à Constituinte para refundar Honduras”, disse Dionisia Díaz, a “avó da Resistência”, que por quase dois anos percorreu as ruas do país em protestos contra o golpe de Estado de junho de 2009.


Apesar de a chegada de Zelaya ter atrasado quase três horas, as pessoas estavam firmes em seu lugar, cantando e aplaudindo os artistas que entretinham a multidão.


“O regresso de Zelaya é o resultado da luta de um povo indomável. Um povo que fez milagres porque soube se organizar, mobilizar, crescer politicamente, apesar da repressão e dos assassinatos. Agora este povo tem esperança e a volta de Zelaya é o primeiro passo de uma nova etapa da luta”, disse ao Opera Mundi o membro do Comitê Executivo Nacional da FNRP, Carlos H. Reyes.


Chegada

Quando às 14h22 o avião da venezuelano aterrisou no aeroporto de Toncontín, as pessoas cantavam em coro frases como “Sim, se pode”. “Da resistência ao poder popular”, gritavam, enquanto Zelaya e seus acompanhantes, entre eles o chanceler venezuelano Nicolás Maduro, a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, o ex-presidente panamenho Martín Torrijos, o secretário de Estado dominicano Miguel Mejía e vários exiliados.


Zelaya saudou a mulitidão agitando seu chapéu e agradeceu ao povo hondurenho e a todos os setores envolvidos com a luta da Resistência por terem sido os verdaderos artífices de seu regresso. Também agradeceu à comunidade internacional pelo apoio dado ao longo destes dois anos.


Durante seu discurso, leu o Acordo de Cartagena, firmado por ele e pelo presidente Porfirio Lobo no domingo 22, no marco do processo de mediação impulsionada pelos presidentes da Venezuela e da Colômbia. Ao ressaltar a importância do Acordo “como um primeiro passo rumo à reconciliação”, o presidente deposto enfatizou a necessidade de zelar por seu cumprimento.

Por fim, convidou o governo norte-americano a mudar sua política externa em relação a Honduras e à América Central. “Permita nos fazer democracia na América Latina porque não precisa ter medo do sistema democrático”, disse Zelaya. “Obrigado por esta vitória que é da Resistência. E agora vamos rumo à construção do poder popular”, completou.

Democratização dos meios de comunicação, já!



Classificado de "caixa-preta", o cadastro dos donos de rádios e TV no país-onde estão os nomes de 56 deputados e senadores que são sócios ou têm parentes no controle de emissoras-passará a ser divulgado em caráter definitivo pelo Ministério das Comunicações.

 

Reportagem da Folha de S.Paulo mostra que o mapa, antiga reivindicação de entidades que tentam fiscalizar o setor, estará disponível a partir de segunda-feira na página do ministério.


O cadastro traz um mapa das 291 TVs, 3.205 rádios e 6.186 retransmissoras comerciais existentes no Brasil.

Segundo levantamento feito pela Folha publicada em março mostrou que empresas abertas em nomes de outras pessoas (laranjas) são frequentemente usadas por especuladores, igrejas e políticos para comprar concessões de rádio e TV em licitações do governo federal.

 
Da redação, com informações da Folha de S.Paulo.

sábado, 28 de maio de 2011

Palocci de saia

A empresa da filha do Serra  




Vocês conseguiriam imaginar o estardalhaço que uma notícia destas causaria se algum dos implicados tivesse ligação com algum candidato da oposição?? O texto foi escrito em 2002, mas parece que quem escreveu estava pensando no ano de 2011(comentário meu).

Mas podem perfeitamente imaginar pq até o momento não saiu uma linha nos nossos jornalões, tampouco na TV. Bastou um simples telefonema do FHC na semana passada (isto foi comentado pelos jornalistas sérios)...... Todavia, parece que a Isto É da próxima semana vai se dedicar ao assunto.

Empresa da filha de Serra em Miami agencia licitações públicas no Brasil "Encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado", garante em seu site a empresa "Decidir", com sede em Miami e filiais espalhadas pela Argentina, Chile, Peru, México, Uruguai, Venezuela e no Brasil, de propriedade de Verônica Serra, filha do candidato tucano à presidência. Verônica Serra, filha do ministro de Fernando Henrique e candidato do governo, José Serra, não é apenas, como já publicamos, sócia do pai em uma empresa chamada ACP, que funciona no prédio de outro sócio, Marin, que, por sua vez, foi presenteado com o perdão de R$220 milhões em suas dívidas no Banco do Brasil, sob os auspícios do caixa de Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira.

Licitações públicas

Ela é, também, sócia de uma empresa de nome Decidir.com, localizada em Miami. O fato foi revelado pelo jornalista Ucho Haddad. A empresa foi fundada no dia 3 de maio de 2000, sob o número P00000044377, com sede em Miami e com filiais espalhadas pela Argentina, Chile, México, Peru, Uruguai, Venezuela e no Brasil. Sua sede no Brasil está instalada em São Paulo, na rua Doutor Renato Paes de Barros, 714-5ºandar. A especialidade da empresa, tal como consta do site da filial brasileira (www.decidir.com.br) é a área de licitações públicas. Na pasta da empresa que oferece "serviços sobre licitações" está escrito o seguinte: "Encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado. Use o buscador para fazer pesquisas detalhadas". Mas para acessar as informações é necessário pagar por elas. Em suma, Verônica fornece serviços para empresas - sobretudo norte-americanas, evidentemente - ganharem licitações públicas no Brasil. Até porque, não é muito crível que empresas estrangeiras (ou quaisquer outras) contratem os serviços da filha do segundo do grupo do governo para perder as licitações. Repare o leitor que há dois anos, quando a empresa foi fundada, Serra era ministro e já era o virtual candidato de Fernando Henrique e do bando do Planalto, tendo amplo acesso a uma quantidade monumental de informações que dizem respeito a licitações públicas. Por que Verônica, tendo tantas atividades para fazer, escolheu exatamente essa? Nessa atividade, ela é sócia de outra Verônica, Verônica Dantas, que vem a ser a irmã de Daniel Dantas, dono do Opportunity, que fez parte do esquema do Planalto durante a entregada Telebrás, e em cujo favor os fundos de pensões foram manipulados pelo caixa de Serra, Ricardo Sérgio.

Prodígio em negócios

Porém, Verônica Serra é um prodígio na área de negócios: também é sócia e "diretora para a America Latina da companhia de investimentos International Real Returns, que administra US$600 milhões e tem base em Nova Iorque", diz o site da empresa Penguin Circle, da qual ela é conselheira. "Ela tem investido e aconselhado uma série de companhias na América Latina, incluindo a Decidir.com (da qual é sócia), Patagon.com, Chinook.com, TokenZone.com, Gemelo.com, EdgixeBB2W, entre outras. Veronica está no conselho da Decidir.com, Latinarte.com, Movilogice é conselheira da Endeavor Brasil". E continua: "Entre 1997-1998, ela foi VP da Leucadia National Corporation, uma companhia de investimentos de US$ 3bilhões, onde ela analisava investimentos na América Latina, Asia e Europa.

Noverão de 1996, Veronica trabalhou na divisão de Renda Fixa da Goldman Sachs em Nova Iorque". Recentemente, houve uma reforma no site do Penguin Circle, com uma única alteração: foi retirado o currículo de Verônica Serra. Mas como é que ela, jovem advogada, conseguiu isso tudo? Verônica Serra desfruta de tranqüilidade financeira invejável. Tudo vindo, oficialmente, da empresa que tem como pai e da IRR, cuja filial brasileira tem um capital social de R$ 2mil (aliás, o mesmo da ACP, onde é sócia do pai). Verônica teria tanto retorno em seus empreendimentos que no ano passado presenteou o pai, Serra, com a compra da mansão onde ele reside há muitos anos, no Alto do Pinheiros, em São Paulo, por R$ 475 mil. O estranho é que Serra sempre morou nessa casa e só agora ela foi aparecer em nome da sua filha. Ao acessar o site da Decidir, pode-se observar que entre os "inúmeros" investidores da empresa, dois se destacam: IRR e o fundo de investimentos CVC/Opportunity, fundo formado para açambarcar companhias telefônicas do Brasil. Ou seja, os negócios são um circuito fechado, em cujo centro aparece sempre, mais cedo ou mais tarde, o Estado e o patrimônio do povo.

Sócia do pai

Como já mencionamos, Verônica Serra também é sócia de seu pai na empresa "ACP Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda" desde 1993. A empresa sempre funcionou num prédio situado à rua Simão Álvares 1020, na Vila Madalena, em São Paulo, que pertence ao primo e sócio de Serra, Gregório Marin. Serra sonegou à Justiça Eleitoral que era dono desta empresa em três oportunidades 1994,1996 e 2002). Marin foi beneficiado com dois "perdões" de dívidas no Banco do Brasil que podem chegar a mais de US$ 74 milhões, ou seja, mais de 220 milhões de reais.

A mesma casa

Porém, em relação à IRR, na última alteração do contrato social da empresa, datada de 16 de março de 2001, Verônica Serra incluiu Adriana Ferreira dos Santos - que ao que tudo indica era sua secretária - como sócia, detendo uma cota da empresa. Como a empresa tem um capital social de R$2mil, a sócia detém o equivalente a R$ 1,00 das cotas. No entanto, Adriana Ferreira, assim como quase toda a família Serra, disse que residia na rua Simão Álvares 1020, o mesmo endereço da ACP e do prédio do sócio Marin .
Fonte:CMI