domingo, 31 de agosto de 2014

Boa noite

Jovens, vocês querem mesmo Marina?

 A simples leitura do programa de governo de Marina da Silva que, como todos sabem, foi escolhida pela "providência divina" e os acontecimentos recentes envolvendo as alterações no seu programa partidário permitem levar ao eleitorado jovem pontos fundamentais que revelam a natureza extremamente conservadora do eleitorado mais jovem.

Por Gilson Caroni Filho*, para o Vermelho



Comecemos pelas questões macroeconômicas: 

1) Marina pretende dar autonomia para o BC. O que significa isso? Entregar o banco para o mercado financeiro. Não por acaso conta com o apoio de banqueiros em sua campanha.

2) No documento, consta que políticas fiscais e monetárias serão instrumentos de controle de inflação de curto prazo. Como podemos ler este ponto? Arrocho salarial e aumento nas taxas de desemprego.

3) O programa ainda menciona a diminuição de normas para o setor produtivo. Os mais açodados podem pensar em menos carga tributária e burocracia para as empresas. Não, trata-se de reduzir encargos trabalhistas com a supressão de direitos que facilitem as demissões. Há muito que a burguesia patrimonialista pede o fim da multa rescisória de 40% a ser paga a todo trabalhador demitido sem justa causa. O capital agradece.

4) Redução das prioridades de investimento da Petrobrás no pré-sal. O que significa? Abrir mão de uma decisão estratégica de obter investimentos para aplicar na Saúde e na Educação. Isso, meus amigos mais jovens, é música para hospitais privados, planos de saúde e conglomerados estrangeiros que atuam na educação. O que o grupo Galileo fez com a Gama Filho e Univercidade , aqui no Rio, é fichinha perto do que está por vir. Era com uma coisa desse tipo que vocês sonhavam quando foram às ruas em junho do ano passado?

5) Em vez do fortalecimento do Mercosul, o programa da candidata, que " quer fazer a nova política," prega o fortalecimento das relações bilaterais com os Estados Unidos e União Europeia.Vamos retroceder vinte anos e assistir a um aumento da desnacionalização da economia latino-americana. É isso que vocês querem?

6)Meus caros amigos, não sei se foi a providência divina quem derrubou o avião em que viajava Eduardo Campos. Mas o que a vice dele, uma candidata que está à direita de Aécio Neves, lhes oferece é o pão que o diabo amassou. Gosto da vida, gosto da juventude, mas, agora, cabe a vocês escolher o que desejam enfiar goela adentro. Não há mais ninguém inocente. 

No campo dos costumes, cabem outras indagações. O Partido Socialista Brasileiro, que sempre teve uma agenda progressista, foi criado em 1947 .Ao ceder a pressões para lançar a candidatura de Marina da Silva, acabou. No lugar dele, surgiu um PSB capturado pelo "Rede" da candidata do Criador. 

Pois bem, bastaram quatro tuitadas do Pastor Malafaia para o partido retirar de seu programa de governo o casamento civil igualitário. Se em quatro mensagens por twitter houve um retrocesso desse porte, imaginem em quatro anos de um eventual governo do consórcio Itaú-Assembléia de Deus. Descriminalização do aborto? Esqueçam. Descriminalização dos usuários de drogas? Nem pensar. No mínimo, procedimentos manicomiais para os dependentes. Pensem nos direitos conquistados pelas mulheres nos últimos anos sendo submetidos ao crivo de dogmas medievais. Nos homossexuais como anomalias apenas " toleradas", jamais como sujeitos de direitos.Sim, pois vislumbramos uma religião se transformando em política de Estado.

É isso que vocês querem para o país? É isso que vocês querem para suas vidas e a dos filhos que vierem a ter? Em caso afirmativo, chamem Torquemada e me avisem: não quero ver ninguém ardendo em fogueiras. Tudo é força, mas só Malafaia é poder. Não acredito que vocês desejem isso. 

Melhor, não quero acreditar.

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista do Portal Vermelho.

Nada mais do que um Collor de saias




Marina está crescendo porque dialoga com o sentimento difuso das manifestações de junho de 2013, subproduto da falta de uma Lei de Meios, que tiveram como principal elemento o desgaste do atual sistema político sem compreendê-lo a fundo e, logo, sem bandeiras claras para a transformação deste, desembocando numa genérica aversão à corrupção, partidos e políticos.
A "nova classe média" e as "classes" D e E tem sido penetradas por Marina porque, como acertou Clóvis Rossi, a melhora da vida destes segmentos ainda é um fenômeno visto por eles próprios como vulnerável e o terrorismo da mídia com a inflação e o crescimento desperta desconfiança quanto ao futuro.
Também é preciso reconhecer, como lembrou Luiz Carlos Azenha, que estes setores ainda não puderam ser suficientemente esclarecidos: "tiraram proveito dos programas sociais mas se revoltam com a cobrança de impostos; ganharam bolsa do Prouni e agora se orgulham de ler a Veja; receberam energia pela primeira vez em casa e acreditam em tudo o que sai no Jornal Nacional". 
Só que Marina cada vez mais se mostra incapaz de responder a qualquer destas questões.
Na gestão Marina no Meio Ambiente o desmatamento da Amazônia aumentou e só diminuiu quando ela saiu. Em gestão, um fiasco. Isso significa, a partir da experiência concreta do país com ela, que a Amazônia e os demais biomas estarão absolutamente vulneráveis às grandes empresas, negócios, ONGs de fachada e práticas econômicas ilegais. Marina não está apta a defender a maior riqueza em biodiversidade do planeta.
No mesmo Ministério, não conseguiu costurar uma acordo em torno do meio ambiente, só se isolou. Como líder, foi um fracasso, pois espera-se de uma pessoa com esta qualidade que construa pactos com amplos setores, inclusive os muito poderosos, porém com importância econômica inegável à economia, tecnologia e empregos do país, que os façam parceiros da preservação e não um foco de conflitos sociais e crises internas ao governo e ao parlamento.
Está candidata com Heráclito e Bornhausen, com jato de caixa 2 a responder. Para agradar ao agronegócio disse que nunca foi contra os transgênicos, e capitulou à Malafaia, contra os gays. Como nova política, é incoerência em pessoa. O que se pode esperar dela, que, apesar de sua Rede ter mais de 100 candidatos espalhados em legendas que vão do DEM ao PSOL, é que seja refém da grande mídia familiar para encurralar o poder legislativo, de um setor da sociedade, como as igrejas evangélicas e seus pastores políticos, ou, pior, radicalize o toma lá dá cá que tanto critica. Aqui, voltamos a refletir sobre qual será a capacidade de uma não-gestora e líder de atributos questionáveis de proteger o meio ambiente num contexto destes. 
Marina em campanha copiou o programa neoliberal de Aécio. Como alternativa, é um engodo. Ela será refém de sua patrocinadora e mentora, Neca do Itaú e os colegas dela do sistema financeiro. Ou seja: vai aumentar juros, reduzir serviços e servidores públicos e aumentar o naco do orçamento público para pagar juros aos banqueiros. É isso que significa a proposta de dar autonomia ao Banco Central. Em suma, está escrito que destruirá os programas sociais, o emprego, o crédito e o salário. 
Marina, então, pelo que anuncia e por como se comporta, é parte do que se chama de "corrupção", é fisiológica, neoliberal (de direita) e traz consigo as trombetas apocalípticas da submissão internacional do Brasil, com índices alarmantes de calamidade social, como já foi lamentavelmente experimentado nos anos 90.
Fernando Rodrigues, ao forjar uma declaração do ex-ministro José Dirceu, estava redondamente errado. Ela não é Lula, é Collor de saias.
No Brasil de hoje, não faz sentido temer pelo futuro, pois nosso modelo manteve a inflação na meta, ao contrário dos tucanos. Sem cortar serviços e servidores públicos, reduziu a proporção dívida-PIB de 50% para 30%. Além do legado da Copa, cada casa construída para um pobre morar, unidade de saúde, ponte, escola, creche, trazem consigo empregos com salário mínimo valorizado, que gera mais renda para o comércio local, que emprega mais e com mais salário. Por isso, apesar do baixo crescimento, seguramos o pleno emprego e a qualidade de vida crescente.
O fator Marina só trouxe uma coisa boa: provar ao país que o problema político não se resolve com falso mágico, mas com uma reforma que liberte a representação popular da chantagem da mídia e dos financiadores de campanha. Foi isso que Junho quis, é isso que Dilma fará com apoio da sociedade, dos partidos e instituições democráticas para que, nunca mais, uma Neca qualquer se julgue no direito de classificar os partidos de "esquerda" e "direita" ao seu bel prazer e isso influencie alguém. Ou, que um pastor se arrogue o direito de ordenar se uma população pode ou não ter direitos.. -

LEOPOLDO VIEIRA,

A mansão de Genoino que a mídia não mostra


Não, as fotos acima não são da mansão de Genoino. A primeira é do apartamento de Barbosa em 


Não, as fotos acima não são da mansão de Genoino. A primeira é do apartamento de Barbosa em Miami e a segunda do hotel de um dos fiscais de Serra e Kassab, que desviaram R$ 500 milhões da prefeitura de SP. Abaixo temos um relato e fotos da mansão de Genoino


Foto, também, do apartamento de R$ 1 milhão de Barbosa em Miami. Abaixo o relato e as fotos da mansão de Genoino


Meu vizinho Genoino

Vila Indiana, Butantã, São Paulo, bem atrás da USP. Morei lá nos anos de 2001 e 2002, num quartinho alugado, de estudante, numa construção muito estranha, sem acabamento, feita às pressas. Eram quartos feitos um em cima do outro, para os lados, escadas apertadas em redemoinho, levando para um fundo que parecia não ter fim. Alguns quartos tinham banheiro dentro e eram minúsculos, outros eram espaçosos, mas sem banheiro. As portas e janelas eram de lata. A sensação era que tudo aquilo iria desmoronar a qualquer instante. Certamente, aquele labirinto jamais passou pelos olhos de um engenheiro ou pelo crivo de um fiscal da prefeitura. Havia uma cozinha coletiva que mais parecia um porão. Úmida e com cheiro de mofo, gordura e gás, havia lá muito a se fazer, e os pedreiros que trabalhavam naquele porão com fogão e geladeira não pareciam conhecer nada de alicerces. Na verdade, o local parecia mais um canteiro de obras irregular e perigoso, feito para enriquecer alguém rapidamente à custa dos alunos da USP que lá moravam, jovens de toda parte, calouros, mestrandos, doutorandos do Brasil e do mundo.

Eu morava bem no alto daquela mistura de torre de Pisa, de Babel e puxadinho mal-feito, num quarto espaçoso, logo, sem banheiro dentro. A pia ficava numa sacada com vista para a parte de baixo do bairro e para o quintal de uma personalidade bastante respeitada na época: o então candidato ao governo de São Paulo pelo PT, José Genoíno. Da minha sacada, com a boca cheia de pasta de dente, eu via toda manhã os fundos da Vila Indiana e o quintal da casa de um dos políticos mais respeitados daquele momento, um sobrado simples com garagem. Por cinco ou seis vezes pude ver daquele mirante Genoíno no seu quintal ou na sua garagem, sempre muito rápido e discretamente. Em algumas delas consegui cumprimentá-lo lá de cima.

Genoíno ainda mora lá, naquele simples sobrado de classe média baixa, naquele bairro de classe média para baixo, depois de todo o sórdido e covarde espetáculo promovido pela máfia midiática no caso do "mensalão", que linchou publicamente a sua reputação de político honesto e comprometido com as causas populares. Em nada sua única propriedade corresponde à versão da oligarquia midiática brasileira de que o mais famoso crime de caixa dois para financiamento de campanha política fora o "maior escândalo de corrupção da história do país". Genoíno, o cara mais injustiçado da política brasileira, não mora numa mansão no Morumbi, não é vizinho de José Serra (peça chave da privataria tucana impune) ou do Maluf (estrela de vários escândalos), não tem apartamento em Higienópolis, no condomínio de Fernando Henrique (o príncipe da privataria tucana e da compra de votos para a reeleição de 1998), tampouco conta na Suíça. Mesmo assim, ao que tudo indica, ele terá de pagar uma multa à Justiça de Joaquim Barbosa sem ter nenhum recurso para pagá-la, a não ser com o dinheiro da venda do sobrado da Vila Indiana onde ainda mora, seu único teto. Mesmo com a venda do único patrimônio que ainda tem lhe faltará dinheiro para tal. Em suma, Genoíno foi sim guerrilheiro, preso político da ditadura militar, militante torturado, homem de partido que se sacrificou por um projeto, o qual, felizmente, se realizou e está sendo realizado: eleger Lula presidente e tirar milhões da miséria.

Texto escrito por Paulo Jonas de Lima Piva

Fotos da "mansão" onde vive José Genoino

Casa fica no bairro Butantã, em São Paulo




Genoino com sua família pouco antes de se entregar

Até a Folha desconfia que Marina vive de mesada do Itaú, Natura e outros magnatas.




O jornalão Folha de São Paulo fez uma matéria sobre como Marina Silva sobrevive, já que desde 2011 ela não tem mais o salário de Senadora e não ocupa nenhum cargo nem tem nenhum emprego.

Desde 2011, Marina abriu uma empresa para fazer palestras e, segundo a Folha, faturou R$ 1,6 milhão até maio desde ano, quando fez a última. A candidata disse ao jornal que ela assinou 65 contratos e fez 72 palestras remuneradas, mas se recusa a dizer quem a contratou, alegando "confidencialidade".

Curioso este conceito de confidencialidade de Marina. Não dizer quanto cobra por palestra é compreensível, pois normalmente as negociações são diferentes conforme o perfil do contratante e do evento. Mas se negar a dizer quem já a contratou é falta de transparência. Nem faz muito sentido se as palestras tiverem acontecido de verdade, pois não haveria segredo tendo uma platéia inteira como testemunha em um evento de divulgação pública.

Ela deu palestras em empresas de agrotóxicos? Tem vergonha de falar que deu palestras no Itaú? No Citibank? Na Bandeirantes Pneus? Em alguma empresa envolvida em escândalos? Afinal o que ela tem a esconder do eleitor?

Sala fechada e doações de Neca Setúbal do Itaú.

Segundo a Folha, a sede da empresa de palestras estava fechada na sexta-feira. Fica em uma sala ao lado de outras cinco do Instituto Marina Silva em Brasília. O Instituto estava aberto e se mantém com doações. Entre os principais doadores está Neca Setúbal, acionista do Itaú e irmã do presidente do banco, que coordena o programa de governo de Marina.

Segundo a Folha, o Instituto criado também em 2011 tem a função de desenvolver projetos da área ambiental, digitalizar o acervo de Marina Silva e intermediar palestras gratuitas.

Mas não tem site do Instituto na internet, pelo menos que se possa localizar nos mecanismos de busca. A página do Facebook em nome da entidade, se for oficial, está apenas reservada, vazia. Isso demonstra baixa atividade nos fins que se propõe, parecendo funcionar mais como suporte à carreira política da candidata.

Falta de ética na política é usar o passado em movimentos sociais para sair candidata dos banqueiros.

As atividades privadas empresariais e no Instituto de Marina, enquanto privadas e se estiverem dentro da lei, não seria problema público.

Mas vira problema público sim, quando ela sai candidata a presidenta da República com apoio do mesmo grupo de magnatas que parecem fazer uma ação entre amigos para sustentar financeiramente Marina desde 2011.

Esse grupo constitui praticamente um partido político informal e oculto de banqueiros e empresários que está usando Marina Silva para chegarem ao poder. Dão a ela o poder simbólico e ficam com o poder de fato para si, com as chaves do cofre do nação, controlando a equipe econômica, inclusive criando leis para impedir ingerência governamental no Banco Central.

Eu pergunto: É ético Marina Silva se apresentar com a imagem de sua história de vida do passado, e esconder do eleitor os reais compromissos do presente com banqueiros?

O engodo da "nova política"

Cruzem os dados e verão que os mesmos que financiam Marina, são os mesmos que financiam as bancadas mais atrasadas, retrógradas, fisiológicas e corruptas no Congresso Nacional.

O plano perfeito é esse: Marina serve para tirar Dilma do cargo, para governar de rabo preso com os banqueiros, e mesmo se quiser se rebelar em algum tema contra os banqueiros, o Congresso Nacional não deixará.

Logo é piada falar em "nova política" com Marina ao lado de banqueiros e reacionários que financiam bancadas da velha política, e fazem oposição às conquistas trabalhistas, populares e de distribuição de renda.Os Amigos do Presidente Lula

O blá, blá, blá de Marina:Marina fracassou no desmatamento




247 – O desempenho que Marina Silva teve na redução do desmatamento florestal enquanto esteve à frente do ministério do Meio Ambiente coloca em xeque o discurso da candidata do PSB no campo ambiental. O colunista Paulo Moreira Leite apresenta, em novo artigo em seu blog no 247, a comparação entre a gestão da ex-senadora e seus dois sucessores: Carlos Minc e Izabella Teixeira, atual ministra.
O jornalista ironiza o desempenho da "estrategista", que disse que o Brasil não precisa de "gerentes", mas pessoas com visão estratégica. "A estrategista do meio ambiente Marina administrou, em média, 18 000 quilômetros quadrados de desmatamento. Com Carlos Minc, a média caiu para menos da metade: 7000. Com Izabela, encontra-se em 5560, menos de um terço do desempenho de Marina", escreve.
"Sabe aquela conversa de que o adversário não 'está preparado' para governar o país? Pensa 'pequeno'? Olha 'baixo'? Pois é", diz Paulo Moreira Leite. "Marina tenta alvejar Dilma com o mesmo preconceito que já foi jogado contra Lula — e também era usado contra ela, no tempo em que não recebia R$ 50 000 mensais por palestras não era amiga de Neca Setúbal nem fazia 'nova política' a bordo de jatinho sem dono conhecido nem prestação de contas", prossegue.
O colunista ressalta que o desempenho da candidata em relação ao desmatamento "é um bom termômetro de avaliação" de seu discurso no terreno ambiental: "mesmo em seu terreno ela demonstrou mais blá-blá-blá do que competência". A não ser, lembra ele, que agora nesta fase – na qual Marina passou uma "borracha no passado" e "tenta inventar uma novíssima candidata", ela diga que "nunca" foi contra desmatamentos, como fez com os transgênicos em entrevista ao Jornal Nacional.

O recado de Marina ao PSB

Marina Silva, que já voltou atrás na questão relacionada ao casamento entre os gays, que já voltou atrás na questão relacionada ao agronegócio, que já voltou atrás na questão relacionada ao pré-sal, dá o recado ás pombinhas do PSB.Quem conhece Marina não vota nela.

sábado, 30 de agosto de 2014

Fogo amigo no ninho dos tucanos e das pombinhas


Aécio Acusa Marina de plagiar seu programa de governo




Minas 247 - Parece estar claro para PT e PSDB que já é hora de deixar de lado o clima 'paz e amor' adotado nos discursos da presidente Dilma Rousseff e do senador Aécio Neves em relação a adversária Marina Silva, do PSB. 
Em entrevista coletiva em São José do Rio Preto-SP, onde fez campanha neste sábado, o candidato tucano, com outras palavras e 'com todo respeito', acusou Marina de copiar seu programa de governo entregue à Justiça Eleitoral.
"O programa anunciado pela candidata Marina, na verdade, é o maior apoio que eu recebi até agora. Porque ele registra, ele resgata as nossas propostas e, entre o original, coerente desde sempre e as últimas posições da candidata Marina, eu acredito que os brasileiros ficarão com o original".
Em tom irônico, Aécio disse ainda que Marina o apoiasse mais cedo, seria mais fácil vencer a disputa pelo Planalto.
"Honestamente, se desde o início da luta pela estabilidade econômica com o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, nós tivéssemos tido o apoio da candidata que hoje considera esses avanços importantes, a nossa travessia, talvez, tivesse sido feita com menos dificuldades. A objeção, a oposição ferrenha do Partido dos Trabalhadores e, obviamente, de todos os seus membros naquele momento, fez com que essa nossa trajetória fosse ainda mais dura. E [a nossa proposta] vai vencer. O importante é que nós vencemos, a estabilidade está aí, agora colocada em risco pelo atual governo. Portanto, entre o original e essa nova aversão adaptada das convicções da candidata Marina, que respeito pessoalmente, os brasileiros ficarão com o original".
O candidato tucano disse ainda que, com o 'plágio', Marina acabou lhe homenageando.
"O programa da candidata Marina é a maior homenagem que eu poderia receber nesses 30 dias restantes da campanha, porque na verdade, ela afirma que as nossas convicções, aquilo que nós defendemos ao longo de toda última década é o caminho correto. Ela defende as nossas políticas do campo econômico, mesmo tendo-as combatido quando estava dentro do PT, ao longo de muito tempo. Defende as nossas experiências em gestão pública em Minas Gerais, mais eclética, mas isso é compreensível. Mas busca aplicar algo que não é novo, que já existe em Minas Gerais, como a recuperação variável a partir de metas fixadas que nós praticamos na Educação que levou, inclusive, Minas a ter a Educação Fundamental mais bem avaliada do Brasil, mas já estamos além porque levamos a todos e já foram implantadas. Acho que esta justificativa de que o agronegócio é importante hoje, infelizmente, eu não vi essa mesma defesa no momento da votação do Código Florestal, mas nós sempre defendemos ali um grande pacto em favor do campo e da sustentabilidade. Portanto, o que eu vejo é uma aproximação muito grande da tese da candidata. E entre o original e o genérico eu fico com original".

Olha essa

O programa econômico de Marina é o do PSDB piorado



Por Carlos Alberto Carlão de Oliveira 


"Transcrevo o trecho do programa, que são os eixos diretrizes para as decisões referentes aos pontos abordados:



- "independência do Banco Central" (ora, os assessores econômicos de Marina são os donos do Itaú e seu consultor André Lara Rezende, o mentor do confisco da poupança de Collor);

- "redução de gastos públicos para elevar o superávit primário" (isto é, diminuir investimentos em programas sociais e até de investimentos públicos em obras de infraestrutura, à semelhança do que fez FHC em 8 anos sem implantar uma universidade, sem construir um estaleiro, sem fazer uma usina hidrelétrica, sem duplicar uma rodovia federal e sem construir um palmo de ferrovia);

- "trabalhar com metas de inflação sem o controle de preços" (então, o controle será através do desemprego, do arrocho e do aumento de preços, tal como fez o governo tucano de FHC - está na bíblia do neoliberalismo!);

- "acabar com a maquiagem das contas" e "corrigir os preços administrativos" (quer dizer, aumentar os preços da gasolina, da energia e outros serviços públicos);

- "aumentar a competição internacional em todos os setores" (trocando em miúdos, que vá às favas a indústria nacional) etc.

Acesse o link do programa da candidata e confira à p. 45, Eixo 2 - Economia, onde se lê:

"Recuperar o tripé macroeconômico básico, que implica:

1) trabalhar com metas de inflação críveis e
respeitadas, sem recorrer a controle de preços
[...].
2) gerar o superávit fiscal necessário para assegurar
o controle da inflação [...].
3) manter a taxa de câmbio livre, sem intervenção
do Banco Central [...].
• Assegurar a independência do Banco Central o
mais rapidamente possível [...].
O modelo será mais detalhado após as eleições,
[...].
• Acabar com a maquiagem das contas, a fim de
que elas reflitam a realidade das finanças do setor
público.
• Reduzir [...] o déficit primário ou o endividamento líquido
do setor público.
• Corrigir os preços administrados [...].
• Reduzir o nível de indexação da economia.
• Criar o Conselho de Responsabilidade Fiscal
(CRF), independente e sem vinculação a nenhuma
instância de governo, que possa verificar a
cada momento o cumprimento das metas fiscais [...]
• Aumentar a competição internacional em todos
os setores [...]."
AMÉM. Viva o ultradireitismo camuflado da Marionete!

Desmascarar Marina e pôr em movimento a força do povo


A pesquisa Datafolha divulgada na noite desta sexta-feira (29) confirma a ocorrência de brusca movimentação no quadro pré-eleitoral, com o empate nos índices de intenção de votos entre a presidenta da República, Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e Marina Silva, ambas com 34%. 

As projeções de segundo turno indicam vantagem para a candidata do PSB, com 50% das preferências, contra 40 da presidenta. Os resultados do Datafolha confirmam a tendência revelada por outras sondagens de opinião pública, divulgadas no meio da semana. 

Não há por que extrair desses levantamentos conclusões precipitadas, nem tomar os números das pesquisas como a antecipação do resultado e o vaticínio da derrota. Menos ainda aceitar a provocação das forças neoliberais e conservadoras, com o ativo e militante apoio da mídia privada monopolista, quando afirmam que o pânico e o terror tomam conta do comando da campanha de Dilma e o espectro da derrota ronda a direção petista e o Palácio do Planalto. 

Temos pela frente cinco semanas de campanha, que serão marcadas por duros enfrentamentos políticos e acalorados debates, decisivos para que a maioria do eleitorado brasileiro forme convicções e adquira plena capacidade de decidir o rumo que pretende tomar. 

Os dados revelados pelas recentes pesquisas são surpreendentes porque indicam a alteração de um quadro de liderança da presidenta Dilma que parecia consolidado. Mas nunca passou pela cabeça de ninguém que teríamos eleições fáceis ou a vitória estava dada. É de fato a primeira vez, desde que as forças progressistas chegaram ao governo central, nas eleições de 2002, que surge um questionamento tão claro e direto sobre o favoritismo dessas forças na contenda eleitoral. Mas as vitórias precedentes, em 2002, 2006 e 2010, também não foram fáceis. Em todas elas, a eleição presidencial foi decidida no segundo turno e foram grandes as exigências e desafios impostos à coalizão democrático-popular.

As pesquisas desta semana mostram que a candidatura de Marina Silva capitaliza um sentimento difuso em prol de mudanças em camadas da população que ainda não perceberam que a força propulsora dessas mudanças são precisamente o governo progressista liderado pela presidenta Dilma e a sua candidatura à reeleição. As mudanças vêm sendo gradualmente feitas ao longo de 12 anos, em meio a dificuldades, a crises internacionais, e enfrentando internamente uma correlação de forças em que os setores reacionários detêm imenso poder.

A presidenta Dilma e os partidos que a apoiam serão sem dúvidas mais explícitos, didáticos e contundentes no mister de convencer o povo da novidade contida nas mudanças já empreendidas e nas perspectivas que se abrem com mais um mandato. Este segundo aspecto tem a ver com nitidez programática, arraigadas convicções e audácia para enfrentar as contradições sociais e políticas realmente existentes na sociedade. 

É imperioso, como tarefa de primeiro plano, desmascarar Marina Silva, a candidata das forças interessadas antes de tudo na interrupção e reversão do ciclo político aberto com a primeira vitória de Lula em 2002. A esta altura dos acontecimentos, são acelerados e intensos os entendimentos nos bastidores para promover a união das forças conservadoras em torno de Marina Silva, numa gigantesca operação para fazer do seu eventual governo o retorno dos tucanos e seus aliados ao poder.

Sem mais delongas, é necessário pôr em evidência os compromissos de Marina Silva com o capital financeiro, com os interesses antinacionais, seu desdém à democracia embutido no messianismo e na retórica do “apoliticismo” ou da “nova política”. Mais do que nunca, é necessário denunciar a candidata como a personificação da luta anti-Dilma, do antipetismo e da luta contra a esquerda. Aquela que vai, em nome de realizar mudanças, reverter as imensas conquistas sociais a duras penas alcançadas nos últimos 12 anos.

Com seu messianismo e personalismo exacerbado, Marina Silva pode representar mais uma caricata aventura, como foram em momentos distintos Jânio Quadros e Collor de Mello. Um eventual governo por ela liderado seria o prelúdio de crises e retrocessos na vida democrática, com nefastas consequências para a luta transformadora e emancipadora dos trabalhadores e do povo brasileiro.

O governo das forças progressistas sob a liderança da presidenta Dilma e sua candidatura à reeleição representam imensa força política e social, correspondem a anseios profundos do povo brasileiro e já demonstraram ser a garantia de que continuará acumulando vitórias na construção de uma grande e poderosa nação próspera, progressista, democrática, soberana e solidária com os povos, em benefício da cooperação internacional e da paz.

São milhões e milhões de eleitores e ativistas, cuja força potencial precisa ser despertada, motivada e mobilizada num momento tão decisivo da vida nacional. Desencadear a força, a energia e a mobilização do povo, infundir-lhe vontade e elevar-lhe a consciência é o dever maior dos que conduzem e protagonizam a luta por mais mudanças e mais conquistas.Portal Vermelho

O que é a autonomia do Banco Central? Ela é boa?

Marina é favorável!
BC
Prédio do Banco Central, em Brasília

O Banco Central entrou no debate eleitoral. Mais especificamente, a forma como ele será gerido. Na disputa pela simpatia do mercado financeiro, Aécio e Marina se opõem à política econômica do governo atual e defendem maior independência do órgão. O governo de Dilma Rousseff, por sua vez, defende que a política econômica do País é uma prerrogativa do Poder Executivo, e que o BC já tem autonomia operacional. Em linhas gerais, o que está em disputa é o conceito geral de como cuidar da economia e, de certa forma, dos rumos da nação: de um lado estão os que defendem a intervenção mínima do governo. Para estes, o mercado pode se autorregular, e um BC totalmente independente é parte do pacote. Do outro lado estão os que defendem alguma intervenção do governo na economia, de forma a garantir que o Poder Executivo eleito pela maioria da população (e não o mercado) seja a voz mais forte na definição das prioridades da economia nacional. O assunto pode soar arenoso ou parecer mera discussão técnica. Mas não se engane: o regime do Banco Central pode influenciar diretamente no dia a dia de sua família. Saiba como:

O que o Banco Central faz?
É responsável pelo sistema financeiro de um país ou de um bloco de países, como no caso da União Europeia. Emite a moeda e fixa a taxa de juros básica, que serve de parâmetro para todas as demais taxas de juro do mercado, como a do seu cartão de crédito. Atua no mercado de câmbio, sendo o principal responsável, em última instância, pela cotação do dólar e do euro, por exemplo. O BC ainda coordena os depósitos compulsórios, mecanismo que garante que o dinheiro de todas as contas e investimentos do País "exista de verdade". Em alguns casos, o Banco Central também empresta dinheiro a bancos em dificuldades, buscando evitar que o país entre em crise.

Quem nomeia o presidente do Banco Central?
No Brasil, o Poder Executivo indica a diretoria. Ou seja, é o presidente da República quem indica o presidente do BC. Também é responsabilidade do Executivo definir suas metas e supervisionar sua execução. É assim que funciona no Brasil. Com as mudanças propostas pela oposição, o presidente do Banco teria um mandato a ser cumprido e não poderia ser demitido, a não ser em circunstâncias extraordinárias, como a comprovação do seu envolvimento em atividades ilícitas.

O que está sendo proposto por Dilma, Aécio e Marina?
O PT de Dilma Rousseff defende a autonomia operacional do órgão, mas argumenta que a economia precisa ser dirigida por aqueles que são eleitos; Aécio Neves (PSDB) defende mais autonomia, mas diz ser mais importante a sinalização que o presidente dá em relação a uma autonomia completa do que uma lei propriamente dita que garanta a independência do BC.
Marina Silva (PSB) é que tem a posição mais firme no sentido de deixar o mercado se autorregular. É a única dos três candidatos à Presidência mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos que defende uma autonomia garantida por lei. Eduardo Campos também defendia maior autonomia do BC.
A posição da candidata difere da que ela defendeu no pleito de 2010, quando disputou o Planalto pelo PV. À época, Marina falava em uma autonomia operacional e não institucionalizada.

Quais seriam as vantagens de uma maior autonomia do Banco Central?
Defensores de uma maior independência do Banco Central, como Eduardo Giannetti da Fonseca, conselheiro econômico de Marina Silva, observam que a independência impede que o Executivo interfira nas decisões do BC. Seria uma forma de manter a entidade mais preservada de pressões políticas e com maior credibilidade. Essa combinação "acalmaria" o mercado e contribuiria, em teoria, para diminuir as expectativas de inflação.
E quais seriam as desvantagens de uma maior autonomia do BC?
Os críticos à independência total do Banco Central argumentam que quem tem de definir a política econômica do País, que tem forte impacto no dia a dia da população, é um governo eleito, e não técnicos financeiros. Para a equipe econômica de Dilma, o governo não pode abrir mão de sua autoridade monetária. Por fim, não há consenso entre os economistas sobre a relação direta entre uma maior independência do BC e menores índices de inflação.
Há algum projeto de lei tramitando no Congresso sobre o tema?
Sim, há um projeto de lei que prevê maior autonomia do BC, de autoria do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), um substitutivo da proposta do senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Pelo texto, os diretores teriam seis anos de mandato. Além disso, caso haja demissão do presidente ou dos diretores do BC pelo presidente da República, isso teria de ser justificado e aprovado pelo Senado, assim como a nomeação. O texto, aprovado pelo plenário do Senado, seguiu para discussão na Câmara e não tem data para ser votado.

Como funciona o Banco Central em outros países?
Como no Brasil, o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) é presidido por um nome indicado pelo chefe do Executivo. A diferença é de que lá existe um mandato de quatro anos para o cargo, que pode ser renovado. O presidente dos EUA não tem poder para depor esse mandatário do Federal Reserve, e este deve se reportar ao Senado e à Câmara.
Na Europa, desde 1988 a principal atribuição do Banco Central Europeu (BCE) é administrar o euro. Para isso trabalha em conjunto com os bancos centrais dos países que fazem parte da Zona do Euro.
O Reino Unido faz parte da União Europeia, mas a população votou contra a unificação econômica, então lá circula a libra e não o euro. E é o governo que estabelece quais são as metas de seu Banco Central. O BC britânico, contudo, tem autonomia para determinar qual caminho utilizará para atingir as metas propostas pelo governo.
Vários outros bancos centrais ao redor do mundo têm autonomia formal garantida em lei. Além do Fed e do BCE, os bancos centrais do Japão, Chile e México mantêm certa autonomia em relação às decisões dos governos de seus países.CartaCapital

Programa de Marina tem pegadinha para acabar com regra de aumento do Salário Mínimo.



Programa de governo de Marina Silva, coordenado por banqueira, e ainda mais do banco Itaú, só podia dar nisso.

Lá na página 45 (figura abaixo), está escrito que para manter baixa a inflação, uma das coisas a fazer é "Reduzir o nível de indexação da economia".

Desde o governo Lula, em acordo com as centrais sindicais, foi construída uma política de recuperação do valor do Salário Mínimo, com a regra de reajustar com o crescimento do PIB de dois anos atras mais a taxa de inflação do ano anterior. Dilma manteve essa regra e vai continuar mantendo no segundo mandato.

Essa política é criticada pelos economistas demotucanos, tanto os que assessoram Marina como Aécio. Consideram uma indexação por estar atrelado a índices de inflação e de crescimento.

Ao propor essa desindexação, a regra de aumento real do salário mínimo entra na linha de tiro da equipe econômica de Marina.

Na página 53 há uma única e vaga menção a "valorizar o salário mínimo", sem dizer como, e sem mencionar nada sobre a regra atual, nem propor nenhuma outra regra diferente. Ou seja, não tem compromisso nenhum de manter a regra atual.

As traições de Marina. Bem que avisei!

DENER GIOVANINI

Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan [...]

Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan o prêmio das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Os petistas se arrepiaram, reclamaram e me criticaram. Não deu outra: se arrependeram. Em 2010, quando o Partido Verde aceitou a bancar a candidatura de Marina para presidência da República, novamente eu avisei em diversas oportunidades, que eles estavam dando um tiro no próprio pé. Fui criticado e esculhambado por algumas lideranças do PV. Não deu outra: eles também se arrependeram.
Quando Eduardo Campos oficializou a candidatura de Marina Silva como vice em sua chapa eu não perdi a oportunidade. Novamente afirmei em entrevistas e artigos que o PSB iria se arrepender. E, mais uma vez, não deu outra: Marina, além de não transferir votos, ainda criou uma série de dificuldades políticas para Eduardo, levando seu nome a patinar entre 10% do eleitorado. Não fosse sua trágica morte, ele sairia da eleição muito menor que entrou. E grande parte da culpa teria o sobrenome Silva.
Seria eu um implicante sem razão contra Marina Silva ou será que Deus me concedeu o dom da adivinhação? Nem uma coisa, nem outra. Sou apenas um pragmático, que não dá asas a paixões avassaladoras de momento e nem me deixo levar pelas emoções de ocasião. E assim penso que deva ser cada brasileiro que tenha consciência sobre a sua responsabilidade de decidir o destino do país.
Marina Silva foi ministra de Lula por oito anos e “abandonou” o governo quando percebeu que seu ego se apequenava diante do crescimento da influência da então também ministra Dilma Rousseff. O Planalto estava pequeno demais para as duas. Também deixou o Partido Verde ao perceber que a legenda não se dobraria tão fácil a sua sede de poder. Eduardo Campos sentiu o amargo sabor de Marina ao ver alianças importantes escorrerem por entre seus dedos. Marina atrapalhou, e muito, sua candidatura. Isso é um fato que nem o mais bobo líder do PSB pode negar.
Marina está fadada a trair
O grande ego é o pai da traição. Quem se sente um predestinado e prioriza o culto a personalidade tem medo da discordância, da crítica. É esse medo que gera uma neutralidade perigosa e falsa. E a neutralidade é a mãe da traição. Seres humanos com grandes egos quase sempre se posicionam entre o conforto de “lavar as mãos” e o silêncio covarde de suas convicções.
Marina Silva é assim. Simples assim.
Nas últimas Eleições presidenciais Marina ficou NEUTRA. Alguém se lembra?
Ao contrário do que desejavam seus milhões de eleitores – que ansiavam por uma indicação, uma orientação ou um caminho – Marina calou-se. Não apoiou Dilma e nem Serra. Com medo de decidir, declarou-se neutra. E ajudou a eleger Dilma.
Claro, não se espera de um político uma sinceridade absoluta, mas pelo menos transparência em algumas das suas convicções básicas. Isso Marina não faz. E quem não o faz assume o destino da traição. Vejamos:
a)      Se eleita, Marina Silva irá mudar o atual Código Florestal?
SIM (trairá o agronegócio)
NÃO (trairá os ambientalistas)
b)      Se eleita, Marina Silva irá abandonar os investimentos no Pré-sal e passará a investir em fontes alternativas para a matriz energética?
SIM (trairá a Petrobrás e seus parceiros)
NÃO (trairá os ambientalistas)
c)       Se eleita, Marina Silva irá interromper a construção de Belo Monte?
SIM (trairá os empresários)
NÃO (trairá os ambientalistas)
d)      Se eleita, Marina Silva irá apoiar o casamento gay?
SIM (trairá os evangélicos)
NÃO (trairá os movimentos sociais)
e)      Se eleita, Marina Silva será contra a pesquisa de células tronco?
SIM (trairá os pesquisadores e a academia)
NÃO (trairá os evangélicos)
f)      Se não for ao segundo turno, Marina repetirá sua posição de 2010?
SIM (trairá a oposição)
NÃO (trairá a si mesma)
Essas são apenas algumas perguntas que Marina Silva não responderá. Ou o fará por meio de respostas dúbias e escamoteadoras, bem ao seu estilo. No final, ninguém saberá realmente o que ela pensa. Sob pressão, ela jogará a responsabilidade para a platéia e sacará de seu xale sagrado a carta mágica:FAREMOS UM PLEBISCITO!  Esse é o estilo Marina de ser. E esse é o tipo de comando que pode levar o Brasil ao encontro de um cenário de incertezas e retrocessos. O que ela fala – ou melhor – o que ela não fala hoje, será cobrado no Congresso Nacional caso venha a se eleger. Como Marina negociará com a bancada ruralista? Com a bancada religiosa?
Você, caro leitor, vai arriscar?
Eu não. Se não me bastassem os fatos, tive a oportunidade de olhar profundamente os olhos de Marina e de segurar em suas mãos. E não gostei do que vi. E não tenho medo de críticas. E tenho orgulho das minhas convicções.
Marina: olhei em seus olhos e segurei em suas mãos. Dener Giovanini