sexta-feira, 30 de julho de 2010

Até que enfim Sérgio Guerra, o Anão do Orçamento, exonerou os fantasmas


Sérgio Guerra exonera oito parentes de assessor no Senado


O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha de José Serra à Presidência da República, exonerou os oito parentes de um assessor seu que estavam lotados em seu escritório de apoio em Recife, mas que nunca deram expediente. O caso foi revelado pela Folha em junho.

Os parentes de Caio Mário Mello Costa Oliveira, uma espécie de faz-tudo do senador em seu Estado de origem, não davam expediente no local e mantinham ocupações paralelas, apesar de a frequência ser exigida por uma norma do Senado. A única secretária que trabalhava no escritório de Guerra disse que nunca tinha ouvido falar na família.

À época, Sérgio Guerra, que também é presidente nacional do PSDB, negou que eles fossem "fantasmas". No entanto, consultou a área jurídica do Senado para saber se o fato de empregar dois filhos, dois irmãos, três sobrinhos e uma cunhada de seu assessor configuraria nepotismo. Segundo entendimento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em decisões precedentes, nem parentes de assessores podem ser nomeados em cargos de comissão.

"PORQUE QUIS EXONERAR"

Agora, Guerra diz que exonerou a família "porque quis exonerar".

"Vou fazer uma reforma aqui no meu gabinete. Daqui a cinco meses eu não sou mais senador. Eu tomei providências para evitar problemas. Tem campanha agora, e é mais prudente eu limpar isso tudo aqui e pronto", disse o senador, que agora disputa uma vaga na Câmara dos Deputados e que se queixou de adversários políticos seus estarem usando o caso contra ele em Pernambuco.

Ainda de acordo com o tucano, uma consulta feita por ele ao setor jurídico do Senado com o objetivo de saber se as contratações configuravam nepotismo resultou numa resposta "vaga", o que também motivou a decisão de exonerá-los.

Guerra não soube dizer a data da exoneração. Seu gabinete informou que a dispensa foi publicada já no mês de julho, mas não informaram a data exata. Folhacom

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