segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Marina Silva e o rancor anti-petista




Marina Silva construiu o PT por duas décadas e foi ministra prestigiada do Meio Ambiente em boa parte do governo Lula, saiu por que não viu suas aspirações eleitorais serem cumpridas

Marina Silva agora é socialista! Depois de um teatrinho básico, decidiu se filiar a legenda do neto de Miguel Arraes, o governador pernambucano Eduardo Campos.

A ex-sonhática, optou pelo pragmatismo. Sem conseguir viabilizar sua Rede Sustentabilidade, se deixou levar pelas conveniências eleitorais de seus apoiadores.

Será vice na chapa de Eduardo Campos, a presidência não é seu objetivo, por ora, seu objetivo é outro, Marina parece ter aquele típico rancor que caracteriza os ex-petistas.

Ao jornal O Globo, Marina disse que “a minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil”, com ares de reacionária.

Poderia ser Merval Pereira, poderia ser Reinaldo Azevedo, talvez Arnaldo Jabor ou quem sabe Carlos Alberto Sardenberg, mas não, quem “acusou” o PT de chavista, foi Marina Silva

Marina Silva construiu o PT por duas décadas e foi ministra prestigiada do Meio Ambiente em boa parte do governo Lula, saiu por que não viu suas aspirações eleitorais serem cumpridas.

Alguém que conheceu o PT e o governo por dentro, não parece que tenha tido uma motivação ideológica para falar tal besteira. Marina sente certo ódio pelo PT, algo patológico.

SIm, parece ser uma doença esse rancor que atinge todo petista. De ex-ministros sem espaço a intelectuais decepcionados, é tipo mais odioso na política brasileira.

Em um país que vive em um troca-troca constante de partidos, é curioso que esse caso especifico do PT. Ninguém vê ex-tucanos ou ex-peemedebistas falando mal de seu antigo partido.

Também é um alento para o PT. Mostra sua riqueza organizacional e de programa. Quanto ao “hegemonismo” do PT, Marina parece não saber o que fala, só olhar as dificuldades do PT no Congresso.


Bem, não imagina que ela transferirá seus votos para Campos, talvez, os dois morram abraçados no PSB, assim como Serra e Aécio decretarão o fim do ninho tucano. A conferir.

Rafael Braga


Estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Ceará

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