Para a Transparência Brasil, organização dedicada ao combate à corrupção, o prefeito Gilberto Kassab deveria ser incluído na lista de candidatos com a "ficha suja" na Justiça, elaborada pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB). Já a assessoria da campanha do candidato do DEM em São Paulo diz que não há motivo para que Kassab seja citado na lista da AMB.
A não-inclusão de Gilberto Kassab na lista da AMB é "justa e criteriosa", afirma a assessoria da campanha de Kassab. "Não haveria cabimento em mencionar uma ação julgada improcedente em segundo grau de jurisdição. Ainda que o MP tenha interposto recurso, o mesmo não suspende os efeitos da decisão do Tribunal de Justiça", ressalta.
"Se o prefeito Gilberto Kassab fosse parlamentar, certamente seria incluído na nossa lista", disse Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da entidade, que não disponibiliza informações sobre chefes do Executivo.
O projeto Excelências, da Transparência Brasil, reúne em uma mesma base de dados informações sobre processos judiciais que os parlamentares respondem na Justiça, número de faltas em sessões legislativas e tipo de atuação: sindicalistas, donos de escolas, concessionários de rádio e TV, policiais.
Abramo considera positiva a iniciativa da AMB, mas critica a falta de adoção de um critério "suficientemente abrangente". "O critério deveria ser mais inteligente para não haver contestação e essa sensação de arbitrariedade", afirmou. "Nós verificamos se o político está sendo processado ou não, aplicamos um critério objetivo."
Segundo nota da AMB, "não há dados que permitam concluir que a ação civil pública contra o referido candidato [Gilberto Kassab] tenha sido ajuizada com base na Lei de Improbidade Administrativa, critério adotado na coleta de informações". A entidade informou que vai analisar o processo e, caso se enquadre nos critérios estabelecidos, entrará na página eletrônica da AMB.
Kassab aparece como co-réu em processo no Tribunal de Justiça de São Paulo, de 1997, quando era secretário de Planejamento do prefeito Celso Pitta, que é réu.
A ação civil pública movida pelo Ministério Público foi julgada improcedente, mas ainda não terminou. Segundo o TJ-SP, o processo continua porque há um recurso extraordinário no momento.
Em campanha pela reeleição, Kassab utilizou em materiais o fato de dois de seus adversários, Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP), terem sido incluídos na lista da AMB, divulgada na terça-feira.
http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/sao_paulo/noticias/2008/07/25/transparencia_brasil_defende_kassab_em_lista_de_ficha_suja_1471926.html
Um comentário:
Terror do Nordeste,
O Kassab cometeu apenas um "erro formal". Erros formais não vão pra LISTA SUJA. Essa é a ética dos tucanos e de seus admiradores.
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