domingo, 31 de maio de 2009

BOLSONARO: CUIDADO, MORDE.



Recife (PE) - O deputado federal Jair Bolsonaro, do PP do Rio, já vai no quarto mandato. Do seu perfil na Câmara Federal, podemos ver nas suas qualificações:

"Formação de Oficiais, AMAN, Resende, RJ, 1977. Pára-Quedismo Militar, Brigada Pára-Quedista, Rio de Janeiro, RJ, 1977; Educação Física, Esc. de Educação Física do Exército, Rio de Janeiro, RJ; Mestre em Saltos, Brigada Pára-Quedista, Rio de Janeiro, RJ, 1983; Mergulho Autônomo, Corpo de Bombeiros, Rio de Janeiro, RJ, 1985; Aperfeiçoamento de Oficiais, ESAO, Rio de Janeiro, 1987".

Como veem, para as altas funções de legislador, o deputado é ótimo para dar saltos, mergulhar, cair sobre um alvo e dar tiro. Já entre os companheiros de quartel no Rio de Janeiro, era conhecido como "cavalão". Com efeito, entre seus últimos discursos, no dia 2 de abril registra-se que saudou o Exército brasileiro ao ensejo dos 45 anos do golpe militar ocorrido no País. Que lembrou as manchetes jornalísticas publicadas por ocasião do regime militar. E que listou os crimes cometidos pela Sra. Dilma Rousseff durante a resistência ao regime. E, se temos paciência para encontrar algo mais relevante do deputado, seremos informados de que discursou para lembrar os 35 anos da inauguração da Ponte Rio—Niterói. A pesquisa sobre o nobre deputado, no entanto, verá coisas bem mais perigosas. Os dados formam um verdadeiro prontuário. A começar pela entrevista è revista Istoé Gente:

"A polícia agiu corretamente no Carandiru?

- Continuo achando que perdeu-se a oportunidade de matar mil lá dentro. Pena de morte deve ser aplicada para qualquer crime premeditado.

Isto inclui tráfico de droga?

- Aí é outra história, aí eu defendo a tortura. A pena de morte vai inibir o crime. Nunca vi alguém executado na cadeira elétrica voltar a matar alguém. É um a menos.

Em que outras situações o senhor defende a tortura?

- Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente. Não tem direitos humanos nesse caso. É pau-de-arara, porrada. Para seqüestrador, a mesma coisa. O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico.

E a tortura praticada pela ditadura militar?

- Admito que houve alguns abusos do regime militar, mas a tortura não foi em cima de um simples preso político. Aquelas pessoas estavam armadas e matavam. Só na Guerrilha do Araguaia perdemos 16 militares."

E mais. Com os manifestantes do Grupo Tortura Nunca Mais e da União Nacional dos Estudantes (UNE), que protestavam em frente ao Clube Militar, ele rosnou: “O grande erro foi ter torturado e não matado". E, virando-se para os familiares de mortos e desaparecidos, gritou: "Fodam-se!". Em plenário, aos berros, já chamou o Ministro da Justiça de “terrorista mentiroso”.

Como pode um tal mestre em saltos de brigada continuar impune? Uma possível explicação é que, para seus pares, ele não passa de inofensivo palhaço, de afirmações "polêmicas", típicas de militares de extrema-direita.

Mas há que se levá-lo a sério. Os fascistas sempre começam o assalto à democracia pelo ridículo, porque as pessoas civilizadas confundem o atraso com a inocência. Pois esse miliciano desequilibrado não hesitará um só momento em matar e torturar, conforme tem reiterado para quem quer que seja. Esse deputado lembra mais um vampiro, em cujo corpo os velhos dráculas do regime ressuscitam. Para um indivíduo tão perigoso, há uma letargia até mesmo de deputados de partidos de esquerda. Mas que agora pode ser rompida, a partir de uma queixa formal, feita à presidência da Câmara. Nestes termos:

"Pela presente, o Grupo Tortura Nunca Mais/SP, vem manifestar sua profunda irritação e indignação em virtude das provocações e falta de ética do deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. O deputado federal Jair Bolsonaro tem na porta do seu gabinete um cartaz, no qual aparece um cachorro com um osso na boca e com a seguinte frase; ‘Desaparecidos da Guerrilha do Araguaia, quem gosta de osso é cachorro’.

As provocações de Jair Bolsonaro representam uma falta de respeito aos familiares dos mortos e desaparecidos e a todos os que lutaram e tombaram durante o regime nazimilitarista em nosso país.

O Grupo Tortura Nunca Mais/SP lamenta profundamente que as provocações desse aprendiz de nazista ocorram, exatamente, quando surgem várias denúncias sobre a ‘Operação Condor’ e quando aumentam as pressões dos movimentos sociais e órgãos internacionais para a abertura dos arquivos secretos das forças armadas e punição dos torturadores, por uma verdadeira Anistia, sem a qual jamais teremos um Estado Democrático de Direito em nosso país.

O Grupo Tortura Nunca Mais/SP considera que o deputado federal Jair Bolsonaro deveria ter seu mandato cassado por falta de decoro parlamentar.

Atenciosamente, Delson Plácido"

Com um tal prontuário de feitos, penso que a placa do gabinete de Bolsonaro poderia ser substituída pelo aviso: "Cuidado, morde".


Urariano Mota.



ENTRE CARTA E TABUCCHI


Publicada em:31/05/2009

Berna (Suiça) - Estou com Mino Carta quando, se tornando exceção na imprensa brasileira, elogia o nosso “sapão barbudo”, mas lamento que, depois de observar um retiro infelizmente não inspirador, tenha voltado a bater na mesma tecla e a malhar o italiano Cesare Battisti, ainda preso apesar de uma decisão do ministro da Justiça.

Não vou ser tão contundente quanto o ex-preso político Celso Lungaretti, mas comparar Battisti com Bin Ladin é um tanto excessivo e não sei se fazer dupla com Walter Maierovitch é coisa recomendável para alguém com o passado de Mino.

Até hoje não entendi porque a Carta Capital se lançou numa cruzada, ombro a ombro com a imprensa golpista dos anos de chumbo, contra Battisti e, pior de tudo, tornando-se cúmplice da Itália de hoje, onde um primeiro-ministro fanfarrão anda de braço dado com fascistas e neofascistas.

Por que tanto empenho de Mino em querer oferecer à Itália de Berlusconi a cabeça de Battisti ? Simples afinidade italiana ? Não acredito, porque felizmente a Itália não são só as milícias ressurgidas que caçam hoje imigrantes nas ruas, revivendo pouco a pouco o pesadelo dos anos 30 e a era mussoliniana, mas na Itália existem ainda pessoas como o cineasta Nanni Moretti e o escritor Antonio Tabucchi.

Nanni Moretti faz frente, há muito tempo, ao dono da mídia italiana e seu filme O Caimão é a história do antigo tocador de cabaré que virou crooner italiano, cujo machismo, gafes e desrespeitos dão Ibope numa Itália num acesso de nostalgia ao tempo das camisas negras, mas do qual logo acordará suando com a atual crise. A hora da verdade parece ter vindo com a ex-menor Noemi, razão do pedido de divórcio da ex-miss, esposa do fanfarrão, que pensava tudo lhe ser permitido, esquecendo-se de que o Vaticano próximo é o guardião da moral de fachada italiana.

Mas não vamos pegar o caminho do sensacionalismo people, do quem comeu quem e se podia comer por ser menor. Vamos ficar no político. No apoio de Berlusconi ao fascista do norte, Humberto Bosi, e ao outro fascista da capital romana, Gianni Alemanno, seu novo prefeito que derrotou o candidato da esquerda Walter Veltroni.

Na euforia da vitória de Veltroni, enquanto o povo gritava vivas ao novo Duce (em homenagem a Mussolini) e reproduzia a saudação fascista, ligeiramente diferente da dos nazistas, o novo Cesar da televisão italiana que controla o país, dizia – Nós somos a nova Falange!

Para quem não sabe, a Falange era o partido fascista espanhol de Franco, que mergulhou a Espanha numa longa ditadura quase em parceria com a ditadura de Salazar. Que bela companhia para os que hoje tanto se empenham numa condenação de Cesare Battisti.

E é essa gente que tem feito pressão sobre o Brasil, que tem atacado e tentado desmoralizar nosso ministro da Justiça Tarso Genro, e que espera uma decisão do presidente do STF, Gilmar Mendes, autorizando a extradição de Battisti, no intuito de provocar uma crise institucional dentro do Brasil.

O escritor Antonio Tabucchi, um especialista em Fernando Pessoa que fala o português, está sendo processado pelo presidente da Camara italiana dos Deputados por ter denunciado “a inquietante corrupção das regras democráticas” e por ter defendido um jornalista do L´Unita, Marco Travaglio, também processado por ter ousado ser contra o regime Berlusconi. Tabucchi não é um novato na defesa do Estado de direito e da liberdade democrática. É dele um excelente livro, transformado em filme com Marcelo Mastroiani, no papel principal – Pereira Pretende, cuja ação se desenvolve no clima do salazarismo português.

Que Mino Carta e sua revista abandonem os textos tendenciosos e indignos de Walter Maierovitch contra Battisti, que poderão levá-los à uma aparente cumplicidade com a Itália de Berlusconi. Com que direito o governo de Berlusconi se nega a receber o credenciamento do novo embaixador brasileiro em Roma, querendo fazer afronta ao ministro Genro, a pretexto de aguardar o julgamento do STF ?

É hora de deputados, senadores e juízes do Supremo dizerem Basta a essas pressões à nossa soberania, por um governo fanfarrão e saudosista dos tempos do fascismo. Vamos escolher a Itália de Dante, de Nanni Moretti e de Antonio Tabucchi.
Rui Martins, Direto da Redação.


Filho de Roberto Freire briga em bar


Vai ver que o artista plástico Paulo Brusky disse que o pai de João Freire é um ex-comunista safado.Engraçado foi a cachorra da namorada de João Freire morder o segurança do bar.

Paulo Brusky e João Baltar Freire brigam em bar e acabam na delegacia

Publicado em 31.05.2009

Do JC Online


O artista plástico Paulo Brusky e o jornalista João Baltar Freire, filho do ex-senador Roberto Freire (PPS), envolveram-se em uma briga no bar Empório Sertanejo, na Rua da Hora, Espinheiro, na manhã deste domingo (31). A namorada de João Freire, Marta Regueira Arabyan, também se envolveu na confusão que, segundo testemunhas, foi motivada por discussão política. O trio foi detido e encaminhado para a Delegacia de Santo Amaro.

Segundo a polícia, ao tentar apartar a briga, o segurança do estabelecimento, Abel Paes de Melo, foi agredido com uma mordida por Marta Regueira. Na Delegacia de Santo Amaro, os três chegaram muito transtornados.

Brusky, João Baltar e a namorada assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por injúria. Depois de prestar depoimento, os três foram liberados.

Nas eleições passadas, João Baltar Freire foi candidato(DERROTADO, o babaca só teve 3 votos, um de Freire, um dele e o outro da cachorra de sua namorada) a vereador do Recife pelo partido do pai, o Partido Popular Socialista (PPS).

Pé de valsa:Dilma Rousseff dança forró em Caruaru


Publicado em 31.05.2009
Do JC Online


Depois do Carnaval, foi a vez do São João. A convite do governador Eduardo Campos, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participou da abertura do São João de Caruaru na noite desse sábado (29). Disposta e simpática, a preferida do PT na sucessão do presidente Lula participou ainda de um jantar na casa do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), onde conheceu - e até arriscou - passos de forró.

Além de Dilma, os ministros José Múcio (PTB), das Relações Institucionais, Carlos Lupi (PDT), do Trabalho, e a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nicéia Freire, prestigiaram o evento.

Ao lado de cem mil pessoas que lotaram o pátio de eventos Luiz "Lua" Gonzaga, eles assistiram aos shows de Fagner e Elba Ramalho.

Dilma disse que ficou impressionada com a "criatividade" do povo nordestino. "O ritmo do forró pé-de-serra é impressionante. Fiquei encantada, principalmente quando vi o rapaz do triângulo tocando. O povo do Nordeste é de uma engenhosidade incrível. Isso aqui é uma festa de altíssima qualidade", afirmou a ministra.

Dilma retorna à capital federal na manhã neste domingo, onde deve participar de uma cerimônia religiosa à tarde em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília.

Hilário:para voltar ao poder, PSDB aposta até na neurociência

O terror sugere que os tucanos procurem Pai Edu, Mãe Dinah, Jusclino Luz. Pomba-Gira, Tranca-Rua, Zé Pilintra e similares.


Domingo, 31 de maio de 2009


AE - Agencia Estado


SÃO PAULO - Na busca por uma agenda que neutralize a propaganda governista em 2010 e evite a terceira derrota consecutiva em eleição presidencial, o PSDB começou a calibrar seu discurso, baseado em análises de especialistas em "psique" eleitoral e em célebres estrategistas estrangeiros que defendem a emoção como fator determinante na política. A ideia é engavetar o lema da "gerência", usado na campanha de 2006, e focar na defesa de projetos e iniciativas sociais.

Há cerca de três meses, os tucanos contrataram o cientista político Alberto Carlos Almeida, autor de A Cabeça do Brasileiro e Por que Lula?, para fazer pesquisas que deem um diagnóstico sobre o que o eleitor deseja na próxima disputa. Almeida já produziu duas análises para o PSDB, que foram submetidas à direção do partido e a seus parlamentares. Essas informações têm servido de ponto de partida para a formatação de um discurso que atinja grande parte do eleitor que aprova o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O partido também começou a flertar com as ideias do neurocientista americano Drew Westen, da Emory University, em Atlanta. Suas teses influenciaram a campanha democrata de Barack Obama em 2008. Autor do best-seller The Political Brain, ele foi convidado pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado aos tucanos, para dar palestra, em março, que deixou deslumbrados os políticos do partido.

Para Westen, os democratas americanos mais perderam eleições do que ganharam nos últimos 30 anos porque apelaram muito à razão. Com base em pesquisas que mapearam o cérebro, ele questiona o racionalismo extremo, surgido com o Iluminismo no século 18. O seu principal estudo, divulgado em 2006, conclui que o eleitor responde de forma emocional quando provocado. Westen confrontou eleitores democratas e republicanos com declarações contraditórias dos seus candidatos. Ao defendê-los, áreas do cérebro relacionadas à razão não respondiam. Já as envolvidas com a emoção apresentavam grande atividade.

Eduardo Graeff, cientista político e secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado no Estado antes das eleições municipais de 2008, chamou a atenção dos tucanos para as teses de Westen. "Não basta ter valores. É preciso pregá-los sem medo de ser repetitivo e traduzi-los em declarações de princípio que mostrem ao eleitor que o candidato conhece seus problemas", afirmou.

Assim como Westen, o marqueteiro americano Dick Morris, que trabalhou com o ex-presidente americano Bill Clinton a partir de sua posse em 1993, também tem sido "revisitado" na corrida pela formulação do novo discurso. É dele a estratégia usada por Clinton de se apropriar de parte do discurso dos republicanos e mixá-lo com tradicionais bandeiras democratas para ganhar popularidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dilma diz que Lula está certo ao afirmar que vai eleger sucessor. O Terror concorda


31/05/2009


Agência Folha, em Caruaru (PE)

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), disse ontem que concorda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele afirma que fará seu sucessor na eleição de 2010.

"O presidente tem grande capacidade de análise. Acredito que o candidato do governo, seja ele quem for, tem grande chance de ganhar", disse Dilma, pré-candidata do presidente Lula para a eleição presidencial do ano que vem.

Dilma participou ontem à noite da abertura do São João em Caruaru (136 km de Recife), uma das festas mais populares do Nordeste.

A ministra não quis comentar o resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou uma queda na distância entre ela e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na intenção de voto para presidente.

"Pesquisa é algo volátil, tem dia que sobe, tem dia que desce. Tudo isso é muita espuma. Vamos tratar do forró, que a gente lucra mais", disse a ministra ao chegar em Caruaru.

Sobre o tratamento que faz contra um câncer linfático, a ministra disse que tem evitado o trabalho excessivo, mas que mantém seu o ritmo normal.

"É óbvio que em alguns momentos eu me sinto mais debilitada. Em outros, não sinto nada. Quimioterapia não é algo fácil, é bastante desagradável. Agora, não é nada insuportável", disse.

A ministra voltou a comentar as manifestações de solidariedade que tem recebido de pessoas de todo o país, como cartas e medalhas de santos.

Dilma negou que já esteja em campanha e disse que estava só participando de uma festa. "É muito importante conhecer [a festa de São João]. Sou de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e acho que esta é uma oportunidade rara", disse.

Dilma viajou de Brasília a Recife em um avião do governo de Pernambuco. Da capital até Caruaru, ela viajou de carro, acompanhada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.

Distribuindo simpatia e aperto de mãos, ministra chega no Recife para conhecer o São João de Caruaru


Mais um teste de popularidade. A noiva Priscila Nogueira ficou emocionada ao cruzar com a ministra antes do casamento.

A passagem da ministra Dilma Rousseff pelo Recife, ontem à noite, a caminho da abertura do São João de Caruaru, foi rápida. Demorou menos de duas horas.

Mas foi o suficiente para Dilma, pré-candidata à Presidência da República pelo PT, mostrar que, mesmo em tratamento de um câncer no sistema linfático, não descansa nas suas pretensões políticas. No Hotel Atlante Plaza onde ficou hospedada, em Boa Viagem, a ministra fez questão de falar com os hóspedes que se aproximaram dela. E até cumprimentou uma noiva que se preparava para deixar o hotel e ir à igreja. Dilma não ousou vestir-se como matuta, mas disse estar pronta para dançar forró.

Emocionada, a noiva Priscila Nogueira era apenas sorriso. "Nunca esperei ter uma ministra, mulher tão importante, nesse momento da minha vida", falou. Toda a cena, com direito a abraço e elogios de Dilma, foi registrada pelo cerimonial do casamento. "Como acho bonito uma noiva", disse ela, que olhou atentamente o vestido de Priscila. Ao lado, o pai da noiva, o deputado José Alves (PTB), estava atônito. Pronunciou poucas palavras. "É uma honra para quem faz política ver isso", confessou. A essa altura, a recepção do hotel estava tomada por hóspedes curiosos e que registravam a passagem da ministra em câmeras fotográficas e celulares.

A dona de casa Francisca Pereira Rocha foi a mais ousada. Aproximou-se da ministra e pediu que registrassem a cena em seu celular. Foi atendida. E ganhou abraços até do governador Eduardo Campos e do ministro José Múcio. "Não podia perder uma coisa assim", confessou Francisca. Satisfeita, a dona de casa sentou-se e a ministra acompanhad da secretária especial de Política para as Mulheres, Nilcéia Freire, seguiu para Caruaru. Nilcéia estava vestida a caráter. "Não tinha uma roupa junina, mas vou ao São João com a expectativa que fui ao Galo da Madrugada. Ver uma festa que é feita pelo povo", completou. Dilma preferiu uma calça jeans e uma blusa discreta vermelha.Diário de Pernambuco.

O domingo dos DEMOTUCANOS está perdido:Aprovação a Lula volta a patamar recorde


31/05/2009


Folha Online

Pesquisa Datafolha publicada neste domingo na Folha (íntegra disponível somente para assinantes do jornal ou do UOL) informa que o índice de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é classificado como ótimo/bom para 69% dos entrevistados.

A avaliação positiva voltou ao patamar de novembro passado, quando a taxa de aprovação do governo chegou a 70%. Em março, devido à crise financeira, o índice caiu para 65%.

Segundo a pesquisa, Lula voltou a nota média de 7,6 alcançada em novembro do ano passado, a maior desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003.

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, disse que "a queda anterior era o efeito direto da crise". Mas que, "com a população mais confiante quanto ao desempenho do governo frente à crise, o governo recuperou o nível de aprovação".

Dilma a um passo da vitória:distância entre Serra e Dilma cai 8 pontos


Veja como o sabujo da Folha parte logo para justificar o resultado da pesquisa:Segundo ele, a vantagem de Dilma tem tudo a ver com as inserções dela na propaganda eleitoral do PT. Primeiro, não acredito que a aparição de um candidato na TV em apenas uma semana surta uma melhora substancial no desempenho do candidato.Depois, a pesquisa da VOX POPULI foi realizada antes das inserções de Dilma na propaganda, no entanto, nesta pesquisa ela obteve resultado melhor.


A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), encurtou a distância nas pesquisas entre a sua pré-candidatura a presidente e a do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), informa o repórter José Alberto Bombig, em matéria publicada na Folha (a reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

A diferença do tucano, ainda líder, para a petista estava em 30 pontos percentuais em março deste ano e agora caiu para 22 pontos, conforme o mais recente levantamento do Datafolha --Dilma tem 16% das intenções de voto, contra 38% de Serra no principal cenário.

Em relação à pesquisa anterior, a ministra do presidente Lula subiu cinco pontos percentuais, enquanto o tucano paulista perdeu três. O crescimento levou a petista à segunda colocação, empatada tecnicamente com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que oscilou de 16% para 15%. É o melhor resultado de Dilma na série histórica do levantamento.

Campanha

Dilma foi uma das estrelas da propaganda eleitoral gratuita de televisão do PT na semana passada. Desde o início deste ano ela tem acompanhado Lula a uma série de eventos e sua pré-candidatura se consolidou dentro do partido.

Na segunda-feira passada (25), o PSDB questionou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a propaganda partidária do PT que foi ao ar no sábado (23). Segundo os tucanos, o programa teve "o inequívoco propósito de fazer propaganda eleitoral em favor de sua notória pré-candidata à Presidência da República", a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Segundo a representação, o programa mostrou Dilma num contexto "triunfal" com pessoas felizes sugerindo "plena satisfação e progresso", enquanto no momento que o locutor fala de governos passados mostra imagens do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do atual governador de São Paulo, José Serra com uma música de tom "funéreo" e "pessoas em cenas de desalento e violência policial".

O TSE indeferiu o pedido dos tucanos desesperados.

sábado, 30 de maio de 2009

Ali Mazloum e as marionetes


29/05/2009

Redação CartaCapital

Já não é o caso de ficar estarrecido. Em muitos aspectos, a vida republicana do Brasil superou em técnica as melhores comédias pastelão. Chaplin, Buster Keaton, Alberto Sordi? Amadores. Que tal uma leitura dos autos do processo que levou o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, a acatar a denúncia por vazamento contra o delegado Protógenes Queiroz?

Desde fevereiro, quando Mazloum suspendeu o segredo de Justiça do processo, Daniel Dantas moveu suas marionetes para, como sempre, tentar confundir as ações judiciais contra ele e seu banco, o Opportunity. Em três meses, o processo foi inundado por petições da turma do banqueiro. Esse frenesi peticional parece ter influenciado bastante o despacho final de Mazloum.

Entre os peticionários está o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), líder da bancada do orelhudo no Congresso. A OAB, por intermédio do advogado Davi Teixeira de Azevedo, saiu em defesa de Nélio Machado, ex-defensor de DD e mais uma suposta vítima do “Estado policial”.

Azevedo foi advogado de Regina Yazbek, ex-mulher do empresário Luís Roberto Demarco, desafeto de Dantas. Regina ordenou o roubo de e-mails de Demarco e os entregou ao Opportunity. Dantas chegou a anexar parte dessa comunicação particular em uma disputa judicial travada contra o desafeto nas Ilhas Cayman, mas logo o retirou dos autos para não ser acusado de interceptação ilegal de comunicação. O banqueiro acabou condenado pela alta corte britânica, em outro caso, por falsificação de documentos.

Machado e o próprio Dantas fizeram suas intervenções. A maior parte das petições teve como base duas fontes muito confiáveis: o site Consultor Jurídico, que tem por hábito confundir as funções de informativo e assessoria de imprensa, e Diogo Mainardi (a respeito, recomenda-se a leitura de “O Caso Veja”, de Luis Nassif, na internet). Quando se trata do orelhudo, não existem coincidências.

Mazloum comete, digamos, algumas imprecisões em seu despacho de 25 de maio que se encaixam convenientemente na tese de Dantas. Em uma delas, mostra-se espantado com um procedimento corriqueiro em uma investigação, ligações entre o delegado, o juiz e os promotores. Estranho seria se falassem com os investigados.

“O fato de existirem telefonemas entre os procuradores, o juiz e o delegado que funcionam em um processo não é motivo para lançar suspeição sobre a lisura da conduta dessas autoridades, uma vez que tais contatos são necessários para o esclarecimento acerca de medidas requeridas no curso de investigações”, disse, em nota, Antonio Carlos Bigonha, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República.

Eis ai o porquê do medo do consórcio PIG-DEMO-PSDB




De uma coisa eu tenho certeza: com ou sem trieleição era uma vez o tucanato.Veja que Dilma vem avançado em todas as pesquisas. Dilma cresceu 10 pontos no Vox Populi e 8 pontos na Datafolha. Nada mau para uma candidata onde mais de 50% do eleitorado ainda não a conhece.E ainda temos de considerar que a Datafolha é ligada umbilicalmente a José Serra.A pontuação obtida por Dilma nesta pesquisa é, certamente, muito maior do que a apontada.

Hipótese de 3º mandato de Lula divide o eleitorado, aponta Datafolha


Folha Online

Pesquisa Datafolha feita entre a terça-feira (26) e a quinta-feira (28) passadas revela que uma emenda constitucional para permitir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorresse a um terceiro mandato receberia hoje o apoio de 47% dos brasileiros e seria reprovada por 49%.

Em novembro de 2007, a mesma proposta era rejeitada por 63% dos entrevistados e tinha o aval de 34%
. A pesquisa mostra ainda que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), possível candidata do PT à Presidência, reduziu em oito pontos a distância de José Serra (PSDB). No principal cenário, ela subiu cinco pontos e foi a 16%; o governador de SP perdeu três pontos e ficou com 38%.


PEC

O deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) protocolou na última quinta-feira, na Mesa Diretora da Câmara, a PEC (proposta de emenda constitucional) que permite duas reeleições continuadas para prefeitos, governadores e presidente da República. Embora ela tenha sido devolvida pela secretaria da Câmara para o seu autor, o deputado promete começar a recolher novas assinaturas na próxima semana. Desta vez, ele deve deixar de fora parlamentares do DEM e do PSDB.

Se aprovada, a matéria autoriza o presidente Lula a concorrer à uma nova eleição e, se eleito, ficar no cargo até 2014.

Para valer a tempo de ampliar o mandato de Lula, a PEC precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até setembro. Depois de conferidas as assinaturas, a PEC tem que ser admitida pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e segue para discussão em uma comissão especial a ser criada na Câmara. Só depois disso é que segue para votação nos plenários da Câmara e do Senado, o que pode não ocorrer a tempo de valer para as eleições de 2010.Folha Online 30/05/09.

O JEITO DEMOTUCANO DE GOVERNAR

Depois vem esses corruputos do DEMO criticar o PAC.Não fazem nada, mas adoram criticar o governo federal.


65% das obras estruturais da Prefeitura em São Paulo estão atrasadas

Das 20 maiores empreitadas da Prefeitura, 5 sequer saíram do papel; por placas oficiais, há atraso de até 8 anos

Edison Veiga e Renato Machado, de O Estado de S. Paulo, 30/05/09

SÃO PAULO - Das 20 maiores obras estruturais em andamento em São Paulo - intervenções viárias, drenagens, edificações e ações urbanísticas -, apenas duas estão dentro do prazo estipulado em contrato. Treze se encontram atrasadas (65% do total) e cinco - embora apresentadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) como em andamento - nem sequer saíram do papel (e, apesar disso, ainda podem ser concluídas em tempo).

Para obter o levantamento, o Estado solicitou à Siurb uma lista com as principais obras estruturais da cidade no dia 4 de maio. Após insistentes pedidos, recebeu a relação no dia 21. A lista, contudo, apresentava obras já inauguradas - sete Centros Educacionais Unificados (CEUs) e a drenagem do Córrego Moringuinho, na Liberdade, por exemplo - e nomes trocados, como Complexo Jaguaré em vez de Complexo Jaraguá. A reportagem visitou todas as construções. Apenas as obras do Córrego Pirajuçara e da Rua Itapaiuna estão no prazo.

Variando entre 6 meses e 8 anos, estão atrasadas a reconversão urbana do Largo da Batata; a Biblioteca Mário de Andrade; a Ponte do Limão; os complexos viários do Jaraguá e Padre Adelino; os Viadutos do Café e da Beneficência Portuguesa; os CEUs Jaguaré, Uirapuru e Heliópolis; e as drenagens dos Córregos Aricanduva, Poli e Desportivo da Penha. "É um prejuízo para a cidade, porque são obras necessárias", alerta o urbanista Cândido Malta Campos Filho, professor da Universidade de São Paulo (USP). "Já há um déficit gigantesco de melhorias."


Embora estejam com projetos aprovados e contratos assinados, algumas obras ainda não foram iniciadas. São elas: a última etapa do prolongamento da Avenida Radial Leste, a recuperação da Cracolândia - Nova Luz -, a extensão da Avenida Jornalista Roberto Marinho e as reformas da Casa Número 1 e do Beco do Pinto.

Na opinião da urbanista Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, os atrasos são consequência da falta de organização do setor público. "Ao que nos parece, o governo não tem controle do cronograma das obras", diz. "Não sabe o que vai acabar primeiro, o que vai acabar depois. De repente, há um rol de obras descontroladas." Ela lança a ideia de que a Siurb divulgue, em site, o cronograma das obras em andamento. "Queremos que tudo fique mais claro para que os cidadãos possam acompanhar e cobrar", pede. "É preciso transparência."

Atrasadas, algumas obras ainda apresentam um aumento do custo inicialmente previsto. A drenagem do Córrego Aricanduva, por exemplo, sairia por R$ 97,6 milhões - com previsão de entrega em 3 anos, 2 meses e 15 dias -, conforme contrato de 2004. A última estimativa, entretanto, avalia a obra em R$ 132,5 milhões. Um aumento de 35,7%. Os CEUs atrasados tiveram um reajuste de 18,5%. A reportagem solicitou à Siurb informações sobre atrasos e reajustes de todas as maiores obras. Os dados das obras viárias e ações urbanísticas não foram fornecidos.

BOA NOITE

Presidente da Petrobras: ''Não precisa de uma CPI''


DE MAIO DE 2009


O que motiva a CPI é o uso político, acusa o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. ''Não precisa de uma CPI. Ela não tem foco'', afirma Gabrielli em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo neste sábado (30), onde os jornalistas Pedro Soares e Samantha Lima fizeram as perguntas que pautam os senadores da oposição na CPI da Petrobras.

Gabrielli: candidatura ''é uma mentira deslavada'' Com 59 anos e presidente da Petrobras desde julho de 2005, o baiano José Sergio Gabrielli de Azevedo sentiu o tempo mudar bruscamente nas últimas semanas em torno de si. Nesta entrevista, todas as 13 perguntas publicadas têm conotação negativa para a estatal.

Não era o que se esperava da empresa que levou o Brasil à autossuficiência em petróleo, em 2007 (54 anos depois da vitória da Campanha ''O Petróleo é Nosso'', que criou a Petrobras), e descobriu a megajazida do pré-sal em 2008. Ainda agora, são as ações da estatal que puxam a recuperação da Bolsa de Valores de São Paulo após o baque causado pela crise econômica na virada do ano.

No entanto, são outras as perguntas que fazem ao presidente da companhia eleita em 2007 pelo Reputation Institut como a oitava mais respeitada do mundo segundo. Na entrevista concedida à Folha, em seu escritório no Rio de Janeiro, Gabrielli respondeu sobre caixa preta, autonomia excessiva, contratações de ONGs ligadas ao PT e supostos artifícios em contratos da Petrobras – a munição que a oposição pretende usar na CPI que o Senado instalará na próxima terça-feira. Veja a íntegra dos trechos publicados pelo jornal paulista:

Folha de S.Paulo - A Petrobras é uma caixa-preta?

José Sérgio Gabrielli - Uma parte substantiva das informações que estão sendo usadas nas denúncias é coletada de sites da Petrobras, de livre acesso. Isso contradiz que a Petrobras seja uma caixa-preta. A Petrobras sofre um processo permanente e contínuo de acompanhamento do TCU [Tribunal de Contas da União], da CGU [Controladoria Geral da União] e tem de estar de acordo com as regras da CVM [Comissão de Valores Mobiliários] e da SEC [a CVM americana].

Folha - Mas é recorrente a crítica a uma autonomia excessiva.

Gabrielli - Temos um processo de decisão para compras com várias etapas. Praticamente não há decisão isolada. Tem vários portões de decisão na escolha de projetos. Se não fosse assim, não seria possível fazer R$ 15 bilhões de investimento no primeiro trimestre. Não seria possível manter 55 mil contratos. Se isso aqui fosse uma caixa-preta cheia de ladrões e politiqueiros, não funcionaria. Essa empresa tem gestão, governança e profissionais técnicos dedicados. Dado o tamanho da companhia, não se pode dizer que não tem problema. Mas, se tiver, eles vão ser investigados. Mas não se pode generalizar. Fazer a ideia que a Petrobras é uma caixa-preta é ação política.

Folha - A Petrobras também não deveria franquear o acesso a informações de seus contratos?

Gabrielli - Deveria ser repensado [o acesso] para evitar manipulação externa. Não vi em nenhum jornal até agora que a fonte original dessas informações foi o site da Petrobras. Que outra empresa tem isso?

Folha - A Petrobras é uma empresa com participação estatal.

Gabrielli - Sim, mas 67% da Petrobras estão nas mãos de 700 mil acionistas. O governo tem um terço. No mercado concorrencial, não podemos passar informações [dos contratos]. Esse é um conflito que a Petrobras vive: é uma empresa controlada pelo governo, com acionistas privados. Aí um jornal diz que a Petrobras tem um sistema próprio [de licitações], como se a gente tivesse definido o sistema licitatório.

Existe uma lei, que é a Lei do Petróleo. Não foi a Petrobras que fez. Essa lei remete ao presidente da República editar um decreto que vai definir as condições competitivas, porque a Petrobras, no mercado aberto, compete com muitas empresas. O presidente Fernando Henrique Cardoso fez o decreto 2.745 com base na lei. Esse decreto diz que tem uma série de condições para a contratação, seguidas rigorosamente pela Petrobras.

A AGU diz que a Petrobras tem de cumprir o decreto. O TCU, que é um órgão do Legislativo formado por pessoas politicamente comprometidas, tem interpretação diferente, que nós temos de cumprir a lei 8.666 [que estabelece regras para licitações]. Recorremos ao Supremo Tribunal Federal em dez liminares julgadas, e prevaleceu o decreto. Não temos de cumprir a lei 8.666.

Folha - Se prevalecer o entendimento do TCU e agora dos proponentes da CPI, a Petrobras perde competitividade?

Gabrielli - Vai dificultar muito. Não inviabiliza, mas fazer um processo competitivo com rapidez de decisões seguindo a lei 8. 666 não é possível.

Folha - Como o sr. justifica as contratações de ONGs ligadas ao PT?

Gabrielli - Uma reportagem fala em 1.100 contratos e cita um ou dois com problemas, o que mostra que é um sistema eficiente. O volume de problemas é pequeno. Mas, se existem, vamos investigar. Se você pega os apoios da festa de São João, nos últimos quatro anos, vai ver que as prefeituras do PT são minoria. O critério não é ser PT ou não. É ter festa de São João.

Folha - A questão fundamental da Bahia é porque a ONG que recebeu dinheiro da Petrobras era de ex-dirigente regional do partido.

Gabrielli - É uma ilação. Só queria dizer que não sou candidato ao Senado na Bahia. Isso é uma mentira deslavada, desmentida por mim sistematicamente. Não sou candidato. Mais, o Diretório Estadual do PT na Bahia tomou a posição de que o único cargo a que vai concorrer é o de governador.

Folha - O que motiva a CPI?

Gabrielli - O uso político. Não precisa de uma CPI. Ela não tem foco.

Folha - O TCU constatou que, devido a aditivos, contratos da Petrobras chegam a dobrar de valor. Esse artifício não dá margem para todo tipo de acréscimo?

Gabrielli - Existe uma coisa chamada mudança de escopo, adaptação das condições encontradas no local, mudanças no cronograma por fatores externos à Petrobras, como licenciamento ambiental, problemas no fornecimento. O decreto que seguimos, o 2.745, permite os aditivos e nós o seguimos estritamente.

Folha - Quanto, em média, aumentam os contratos?

Gabrielli - Há aumento de 10%, de 25%, tem aditivo que só aumenta prazo, sem custo. São 55 mil contratos.

Folha - Não poderia haver um programa para melhorar a execução dos contratos?

Gabrielli - Estamos tentando, acelerando nossas condições para que a gente vá para o mercado com o projeto mais detalhado. Isso significa que podemos atrasar os projetos.

Folha - Que projetos?

Gabrielli - Na [refinaria] Abreu e Lima, estamos com 14 licitações. Dessas, seis cancelamos por excesso de preço, oito estão concluídas. O escândalo é em torno de um contrato de terraplanagem. O problema é que estamos falando aqui de um conjunto muito grande de coisas.

Folha - O Comperj (complexo petroquímico do Rio) foi orçado, em 2005, em US$ 6 bilhões de dólares e está em US$ 8,6 bi.

Gabrielli - Não se pode dizer que teve aumento, ainda, por estar em processo de licitação.

Fonte: Folha de S.Paulo

Senador ACM Júnior é sócio de empresa baiana patrocinada pela Petrobras

Tai o porquê deste DEMO querer ser o presidente ou relator da CPI do PSDB. Não tenho dúvida que o tiro do PSDB vai sair pela culatra e nem vai ser preciso CPI investigar a PETROBRAS da era FHC.

"Em larga desvantagem numérica na CPI da Petrobras, com apenas três dos 11 titulares, a oposição escalou para seu time de investigadores um sócio de empresa promotora de eventos beneficiada com recursos da estatal. A Bahia Eventos Ltda., de propriedade da família do senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), recebeu, nos últimos meses, verba para organizar importantes festas do calendário cultural baiano, entre eles a última edição do Festival de Verão, realizado em janeiro passado com alguns dos expoentes da música pop nacional. Segundo dados da Petrobras, os patrocínios endereçados à Bahia Eventos somaram cerca de R$ 550 mil de setembro do ano passado para cá.

A empresa baiana é o braço de entretenimento da Rede Bahia, o conglomerado empresarial erguido pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães (DEM), herdado por filhos e netos. Segundo os registros da Receita Federal, ela atua com “artes cênicas, espetáculos e atividades complementares não especificadas anteriormente”. Além do Festival de Verão, para o qual recebeu ajuda da Petrobras no valor de R$ 330 mil, a Bahia Eventos abocanhou R$ 222 mil para a 10ª edição do Festival de Lençóis (BA).

Ao propor a CPI, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) incluiu como uma das linhas de investigação os patrocínios firmados pela Petrobras. O interesse dos adversários do Palácio do Planalto nessas parcerias surgiu a partir de denúncias veiculadas pela imprensa de que a estatal teria ajudado a financiar os festejos de são-joão no interior da Bahia, com interesse especial por cidades administradas pelo PT. Se levantarem toda a lista, os senadores esbarrarão na empresa da família ACM.

Presidente
Tão logo foi protocolado o requerimento de criação da CPI, ACM Júnior se apresentou como candidato à presidência, elevado a esse status pelos líderes da oposição e com a bênção do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Seria uma opção cômoda para os peemedebistas, que teriam seu passe ainda mais valorizado. O PT chiou. A definição ficou para esta semana. O parlamentar do DEM encerra seu mandato em fevereiro de 2011 e analisa eventual disputa à reeleição. Estar à frente da comissão renderia a ele uma bem-vinda exposição em véspera de eleições. Mas tem a resistência petista. E, agora, a Bahia Eventos.

É mais uma variável no embolado cenário pré-eleitoral da Bahia. Publicamente, o PT afirma que terá candidato apenas para o governo — o atual governador, Jaques Vagner —, cedendo a aliados as vagas para a disputa ao Senado. O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, é lembrado por petistas sempre que o assunto surge, mas ele garante que nunca se apresentou como tal e nem pretende fazê-lo. Gabrielli reforçou essa posição ontem ao Correio, por meio de sua assessoria de imprensa.

Procurado pela reportagem, ACM Júnior afirmou que o fato de ser sócio de empresa beneficiada com recursos da Petrobras não o desabona para a investigação parlamentar. O senador baiano explicou ainda que a Bahia Eventos recebeu recursos da estatal para a montagem de camarote no Festival de Verão e que não se tratava da cota majoritária de patrocínio destinada ao evento.

Argumento

A Petrobras informou que o contrato de patrocínio com a Bahia Eventos foi “uma oportunidade para exibição da marca e aproximação com o público jovem”. A empresa tem procurado mostrar que a escolha dos eventos e projetos patrocinados por ela não segue critérios políticos, em resposta à acusação de que teria direcionado verbas para prefeituras petistas. Na avaliação de dois integrantes da base aliada consultados pelo Correio, que preferiram manter o anonimato, o financiamento feito à Bahia Eventos, de propriedade do senador ACM Júnior, chega para reforçar esse argumento.

Além dos patrocínios, a oposição pretende investigar supostas fraudes em licitações para reforma de plataformas de exploração de petróleo, apurados pela Polícia Federal na Operação Águas Profundas, possíveis irregularidades nos contratos de construção de plataformas, apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e desvio de dinheiro dos royalties do petróleo, também investigado pela PF.(Correioweb, 30/05/09).

Juíza condena Folha a indenizar ex-dirigente da Anac


Interessante é a chamada da Folha de S.Paulo:Juíza de 1º grau condena Folha a indenizar ex-dirigente da Anac .

Ora, para a Folha Ditabranda, condenação de juiz de 1º grau só é válida quando a decisão não é contra ela.Se a Justiça de Primeiro Grau condena alguém do PT, do PSB, PC do B a sentença é plenamente válida, e é capaz até de fazer, já com sua publicação no Diário Oficial, coisa julgada formal e material, já quando a condenação é contra ela, só é válida a decisão de segundo e terceiro grau, e depois de transitar em julgado. Interessante também foi a demora na publicação da matéria, matéria esta que saiu em alguns meios de comunicação faz mais de uma semana.A Folha é rápida até demais quando é para publicar uma matéria contra Lula e o PT.


A juíza Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues, de Porto Alegre, condenou a Folha e a jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel", ao pagamento de indenização por danos morais de R$ 139.500,00 a Milton Zuanazzi, ex-presidente da Anac (Associação Nacional de Aviação Civil). Cabe recurso da sentença.

Zuanazzi alegou que teve sua honra ofendida. Na edição de 20 de julho de 2007, o "Painel" informou que parlamentares do governo e da oposição, inclusive o relator da CPI do Apagão Aéreo, Marco Maia (PT-RS), viam promiscuidade entre as empresas aéreas e a Anac, fato evidenciado pela pressão para liberação da pista reformada do aeroporto de Congonhas, onde ocorreu o acidente com o Airbus da TAM.

Segundo a coluna, "no próprio governo, avalia-se que a Anac é a agência mais rendida aos interesses empresariais do setor que supostamente deveria regular".

Zuanazzi sustentou que a pista fora liberada pela Infraero, e que o jornal lhe imputara o crime de corrupção passiva, ao acusá-lo de representar os interesses de uma companhia aérea.

Segundo a juíza, a coluna, "em vez de apenas narrar fatos verídicos", "utilizou-se de um sensacionalismo barato, da pior espécie, que causou ao autor [Zuanazzi] um profundo dano moral". A juíza afirmou que não lhe cabia "avaliar se houve, ou não, falhas na atuação dele".

A Folha sustentou que não acusou o autor da ação de corrupção, e que os fatos são verídicos e incapazes de gerar a sua responsabilização, por conterem informações prestadas por parlamentares, ministros de Estado e assessores, cujos nomes não seriam revelados.

"A jornalista e o jornal irão recorrer da decisão, tendo em vista que não houve ofensa, mas apenas expressão da opinião da jornalista, baseada em declarações oficiais e fatos comprovados", afirma a advogada Taís Gasparian, que representa a Folha. "A manifestação do pensamento é livre no país, e não foi feita qualquer acusação. Confio na reforma da sentença", diz a advogada.

MJ entrega R$ 3 milhões em equipamentos para presídios

29/05/2009


Brasília, 29/05/09 (MJ) – A segurança dos estabelecimentos penais de sete estados foi reforçada, nesta sexta-feira (29), com a entrega de novos equipamentos para prevenir e reprimir ações de violência nas unidades penais. Acre, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e Rondônia receberam, juntos, cerca de R$ 3 milhões em equipamentos para implantação do Sistema de Segurança Eletrônica em oito penitenciárias.

Cada presídio recebeu 1 aparelho de Raio-x, 6 detectores de metal e 8 detectores de metal portáteis, aparelhos que compõem o kit básico de inspeção do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Além disso, os equipamentos vão evitar a entrada de materiais proibidos ou ilegais e contribuirá, ainda, no bloqueio da utilização de equipamentos de comunicação (aparelhos celulares) no interior das unidades.

Para o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Airton Michels, esses equipamentos podem trazer um pouco mais de controle nas entradas e saídas dos estabelecimentos penais e proporcionar mais segurança para sociedade de um modo geral, facilitando, também o exercício dos servidores que atuam nos estabelecimentos penais.

O Sistema de Segurança Eletrônica prevê ainda, dentro das ações do Pronasci, a implantação de 50 kits de inspeção e 20 equipamentos de extração de identidade de telefone celular. O mesmo sistema também será instalado nas cinco penitenciárias federais.

Estados contemplados

Até o momento, 36 estabelecimentos penais, dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Tocantins, Sergipe, Espírito Santo, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Acre, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul e Rondônia já contam com o Sistema de Segurança instalados nas unidades, um investimento de aproximadamente R$ 13,77 milhões.

Pronasci

A reestruturação do sistema penitenciário é um dos eixos principais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). O projeto articula políticas de segurança com ações sociais, prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem considerar as estratégias de ordenamento social e de segurança pública. São 94 ações integrando a União, os estados, municípios e diversos setores da sociedade.

O Programa não tem apenas os profissionais de segurança pública como público-alvo. Jovens de 15 a 24 anos à beira da criminalidade, jovens presos e os que já cumpriram sua pena estão sendo atendidos com projetos do Pronasci. Atualmente são 96 municípios, de 20 estados e o Distrito Federal beneficiados.

Tabela de investimento para cada unidade prisional

Penitenciaria de Rio Branco – AC
R$ 364.000,00

Penitenciária Cel Guimarães – Ap. de Goiânia – GO
R$ 364.000,00

Penitenciária de Pedrinha – São Luíz – MA
R$ 364.000,00

Presídio Estadual Metropolitano – Marituba-PA
R$ 285.900,00

Casa de Custódia Prof. Ribamar Leite –Teresina-PI
R$ 364.000,00

Presídio Central de Porto Alegre – RS


Penitenciária de Jacuí – Charqueadas – RS
R$ 893.900,00

Casa de Detenção José Mário – Porto Velho -RO
R$ 364.000,00


Fonte:Ministério da Justiça

Agora tudo pode

Agora pode tudo, até dizer que ministro do STJ(do STF também) é suspeito de ter cometido corrupção. Isso virou uma zona.
Sexta-feira, 29 de maio de 2009



STJ isenta TV na primeira decisão sem Lei de Imprensa

Corte decidiu que veículos de comunicação podem divulgar informações sobre investigações em andamento
O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Na primeira decisão depois do fim da Lei de Imprensa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um pedido de indenização por supostos danos morais e materiais. A corte decidiu ainda que os jornalistas e os veículos de comunicação podem divulgar informações sobre investigações em andamento. "A elaboração de reportagens pode durar horas ou meses, dependendo de sua complexidade, mas não se pode exigir que a mídia só divulgue fatos após ter certeza plena de sua veracidade", afirmou durante o julgamento a relatora do caso no STJ, ministra Nancy Andrighi.

A decisão foi tomada pela 3ª Turma do STJ ao analisar um recurso da Globo Participações. Como a Lei de Imprensa foi derrubada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal, os ministros basearam-se na Constituição, no Código Civil e no Código de Ética do Jornalista.

A Globo contestou condenação imposta pela Justiça do Rio de Janeiro para que fosse paga indenização de R$ 100 mil por danos morais e R$ 6,5 milhões por danos materiais ao jornalista Hélio de Oliveira Dórea. Em reportagem do Fantástico, Dórea foi citado como suspeito de envolvimento na "máfia das prefeituras" no Espírito Santo e no Rio.

Nancy afirmou que no caso "justifica-se a divulgação de informações a toda a sociedade civil". "Supostamente, estar-se-ia diante de organização criminosa, com influência sobre a administração pública." Ela disse que, ao propor a ação, Dórea tentou convencer que não participou da organização criminosa. "Ocorre que a reportagem sob análise em nenhum momento afirmou aquilo que o recorrido afirma ser falso. A recorrente afirmou que o recorrido era apenas suspeito de pertencer a organização criminosa."

A ministra disse que os jornalistas têm de investigar um caso antes de publicar. "O veículo de comunicação exime-se de culpa quando busca fontes fidedignas, quando exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que divulgará. Pode-se dizer que o jornalista tem um dever de investigar os fatos que deseja publicar."

No caso do Fantástico, a ministra concluiu que a investigação foi feita e que o outro lado foi ouvido. "Vê-se claramente que a recorrente atuou com a diligência devida, não extrapolando os limites impostos à liberdade de informação. A suspeita que recaía sobre o recorrido, por mais dolorosa que lhe seja, de fato existia e era, à época, fidedigna. Se hoje já não pesam sobre o recorrido essas suspeitas, isso não faz com que o passado se altere. Pensar de modo contrário seria impor indenização a todo veículo de imprensa que divulgue investigação ou ação penal que, ao final, se mostre improcedente."

Dilma na Capital do Forró


sábado, 30 de maio de 2009

Festa de São João em PE dará palanque a Dilma

Agencia Estado


BRASÍLIA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, vai aproveitar uma comemoração sob medida para candidatos, com direito a forró, quentão e pipoca, para intensificar o contato com eleitores do Nordeste. Convidada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Dilma participará hoje à noite da abertura da festa de São João em Caruaru, a mais tradicional da região.

Depois de assistir à folia pernambucana, a pré-candidata do PT à Presidência da República quer rezar com fiéis - amanhã à tarde ela deverá comparecer ao encerramento da semana de Pentecostes, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. Foi o senador Gim Argello (PTB-DF) que a convidou para assistir à Missa da Cura e Libertação.

Ex-guerrilheira nos anos de chumbo, Dilma tem cumprido um roteiro religioso desde o ano passado, na maioria das vezes acompanhada de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro, a ministra visitou o Hosana Brasil, um acampamento de oração instalado na sede da comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). "É impossível a pessoa viver só na materialidade daquilo que interessa, do que a beneficia e do que ela ganha", afirmou Dilma, na ocasião da visita.

Três meses depois, em março, ela foi ao Santuário do Terço Bizantino, na capital, onde tentou acompanhar o coro dos fiéis puxado pelo padre Marcelo Rossi, um dos líderes do movimento da Renovação Carismática da Igreja Católica em São Paulo. Dilma não comungou, mas rezou e bateu palmas com a multidão. Saiu de lá encantada, com um punhado de medalhas de Nossa Senhora Desatadora dos Nós.

A visita da pré-candidata do PT a igrejas faz parte de estratégia definida pelo comando de sua campanha para que ela se aproxime de movimentos populares e religiosos. Pesquisa encomendada pelo PT ao Instituto Vox Populi mostrou que Dilma precisa popularizar sua candidatura e conquistar o público feminino. Hoje, o maior índice de intenção de voto na ministra está no segmento formado por eleitores do sexo masculino, com renda mais elevada e escolaridade mais alta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Demo e tucano são cassados por compra de votos

29/05/2009

Prefeito e vice são cassados por compra de votos com "quarentinha" por mês

Especial para o UOL Notícias

Em Belo Horizonte O TRE (Tribunal Regional eleitoral) de Minas Gerais confirmou, por 6 votos a zero, a cassação dos mandatos do prefeito reeleito de Carmo do Paranaíba (Região do Alto Paranaíba a 348 km de Belo Horizonte), João Braz de Queiroz (DEM) e do seu vice, Jose Caetano de Almeida Neto, sob acusação de compra de votos durante a campanha de 2008. Eles ainda foram multados em R$ 5.000.

Segundo informou na decisão o juiz Antônio Romanelli, relator do caso, "ficou configurada a captação ilícita de sufrágio, no cadastramento de eleitores em programa social durante o período eleitoral, prometendo doação de R$ 40 mensais caso o prefeito fosse reeleito". O programa tinha o nome de "Quarentinha".

O órgão determinou, em sessão realizada nesta quinta-feira (28), mas somente anunciada nesta sexta-feira, que assumam o presidente da Câmara de Vereadores a cadeira de prefeito, além da realização de novas eleições na cidade de 30 mil habitantes.

Queiroz e o vice haviam se mantido no cargo até então por força de liminar expedida pelo TRE, desde o dia 13 de janeiro, data na qual haviam retornado aos postos após serem impedidos de assumir em 1º de janeiro deste ano por juiz eleitoral da comarca.

O juiz havia aceitado denúncia do MPE (Ministério Público Eleitoral), que os acusara por "captação ilícita de votos" durante a campanha eleitoral de 2008.

Segundo o TRE, Queiroz instituiu a prática de compra de votos prometendo cadastrar os eleitores em um "programa social", com posterior remuneração mensal.

Ainda de acordo com o órgão, foi determinada nova eleição porque os votos obtidos pela chapa eleita ultrapassaram 50%.

Para o procurador regional eleitoral, José Jairo Gomes, a "prova nos autos é sólida, robusta e as testemunhas foram uníssonas ao confirmar os fatos apontados", disse.

Os dois ainda podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Outros casos

Em situação semelhante e na mesma sessão, os mandatos do prefeito reeleito de Mata Verde (Região do Jequitinhonha e distante 744 km de BH), Florisvaldo Alves Martins (PSDB) e do seu vice, Íris César Moreira (PDT) foram cassados por seis votos a zero por juízes do TRE de Minas, sob acusação de compra de votos.

Os dois foram multados pelo órgão em R$ 1.596,16 e nova eleição foi determinada para o município, de 7.500 moradores.

A chapa eleita já havia sido cassada pelo juiz eleitoral local, ao julgar ação de investigação judicial eleitoral proposta pela chapa que ficou em segundo lugar nas eleições de 2008, Aurélio Santos Caires e Gersino Viana Filho (Coligação- PPS/PR/PSL/PTC/DEM/PSC/PT/PSB).

Segundo o relator do caso no TRE, juiz Antônio Romanelli, "ficou configurada a prática de captação ilícita de sufrágio pelos investigados por meio de doação ou promessa de dinheiro (...)". Segundo ele, houve evidente "uso da máquina administrativa de Mata Verde (materiais de construção e força de trabalho da prefeitura com o intuito de obter votos para a candidatura de Florisvaldo Alves Martins".

Os dois também podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Professores chamam o vampiro Serra de ditador em Presidente Prudente


sexta-feira, 29 de maio de 2009


Enquanto discursava, governador era vaiado também por servidores da Saúde; 'Ele não negocia nem paga dissídio'

Sandro Villar, especial para O Estado

PRESIDENTE PRUDENTE - Vaias e protestos de professores e servidores da Saúde marcaram a visita do governador José Serra (PSDB) a Presidente Prudente na tarde de sexta-feira, 29. Enquanto discursava, Serra era vaiado e chamado de ditador por professores e servidores da Saúde. "Ele não negocia nem paga o dissídio dos professores desde 2006. Não repassa nem a inflação acumulada e não discute o reajuste salarial com os professores", acusou Agripino Miguel Costa, conselheiro regional da Apeoesp. Os professores exigem reajuste salarial de 27,5%, enquanto os servidores da Saúde pedem reposição salarial de 47%.


A cada vaia e provocação dos manifestantes, que gritavam "ditador, ditador", o governador ironizava. "Eles são contra a saúde, são contra até os deficientes (referindo-se a projetos que beneficiam deficientes). São de seitas e partidecos. Nós governamos para toda a população de São Paulo. Não somos de trololó", afirmou Serra. A lei antifumo, que entra em vigor em agosto, parece ser, no momento, o assunto predileto do governador. Ele disse que a lei "não é para perseguir os que fumam" e, citando a Organização Mundial da Saúde (OMS), observou que quem fuma "vive 20 anos menos". Chamou de enganosa a propaganda de cigarro e lembrou que sua mulher fumava. "Ela parou por pressão dos filhos", contou.

As manifestações de apoio ao governador, no entanto, superaram os protestos. Serra entregou oficialmente o Hospital Regional, que o governo paulista comprou por R$ 74 milhões em duas parcelas. Desde fevereiro, o hospital é administrado por freis franciscanos da Associação Lar São Francisco, que cuida de 34 hospitais no Estado de São Paulo. Ele também recebeu o título de cidadão prudentino, e entregou títulos de lotes para 46 famílias do Assentamento Santa Tereza, em Euclides da Cunha Paulista. No palanque armado no estacionamento do hospital, o governador, ao lado de ao menos 40 prefeitos e vários deputados, anunciou também a entrega de uma UTI com 20 leitos para adultos.

Ao discursar para falar das obras que seu governo realiza nas cidades do oeste paulista, como a recuperação de sete estradas vicinais, Serra se esqueceu de citar publicamente o nome do vereador Izaque Silva, presidente da Câmara de Vereadores, e autor da proposta que deu o título de cidadão prudentino ao governador.

Truculência


A entrevista coletiva foi tumultuada. A segurança reprimiu os jornalistas com certa dose de truculência. O governador fugiu das perguntas políticas. Ao ser perguntado pelo repórter do Estado se faria dobradinha com Aécio Neves na eleição para a presidência, Serra se irritou. "Pensei que você veio para perguntar sobre o hospital", respondeu. Um segurança agarrou o repórter na frente do governador, que condenou a atitude do rapaz e soltou um sonoro palavrão impublicável. Já sobre os rumores de que Serra teria se submetido a um cateterismo, feito secretamente de madrugada no Hospital Sírio-Libanês, o secretário da Saúde, Luis Roberto Barradas, foi lacônico: "Imagina! Nada disso! É desnecessário".

CPI quer 'colocar Petrobras no córner', diz Gabrielli



DENISE LUNA - REUTERS

RIO DE JANEIRO - A intenção da CPI é "colocar a Petrobras no córner", e a comissão pode atrapalhar a aprovação do marco regulatório do setor petrolífero pelo Senado e adiar novos leilões de áreas petrolíferas, incluindo do pré-sal, afirmou à Reuters o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

"Quem está fazendo isso está com outros interesses, que não são os interesses de melhorar a gestão da companhia, o objetivo é bater na companhia", criticou Gabrielli, que já teve sua rotina totalmente alterada e prevê muito mais turbulências pela frente.

A partir de terça-feira, quando a CPI será finalmente instalada, Gabrielli se prepara para ficar mais em Brasília do que o habitual e reduzir o foco no trabalho.

"Além dessa lojinha vou ter que tomar conta da lojona, que é a CPI", brincou.

A própria Petrobras também terá seu trabalho alterado, porque terá que ser mobilizada para responder possíveis acusações que surgirão no decorrer das investigações.

Sem nenhum fato concreto até o momento, a CPI da Petrobras, idealizada pela oposição ao governo no Congresso, deve cair em uma generalização, segundo Gabrielli. Para ele, a investigação pode se tornar uma grande dor de cabeça e afetar a imagem da companhia dentro e fora do país.

Perguntado se está tranquilo em relação aos vários temas que poderão vir à tona durante o processo de investigação, o executivo recorreu novamente ao boxe para explicar as consequências.

"Estamos tranquilos se definirem os temas, porque os temas serão investigados, mas ataques generalizados sobre tudo é como na luta de boxe: bater no fígado não dá nocaute, mas derruba o adversário", analisou.

"Você vai criar uma batalha política onde mais do que os fatos valem as versões, e nesse momento você entrar numa discussão sobre marco regulatório pode virar uma discussão se a Petrobras vai ter vantagem, não vai ter vantagem", completou.

Ele afirmou que a intenção dos opositores ao governo será colocar a Petrobras como uma empresa incompetente, mal gerida, "uma caixa preta, o que não corresponde à realidade".

Gabrielli lembrou que a empresa é fiscalizada por vários órgãos --TCU, CGU, CVM, ANTT, Ibama, analistas, jornalistas-- além de fazer parte do índice de sustentabilidade Dow Jones, no qual ela é benchmark de transparência.

"Somos a empresa que serve para medir as outras todas nesse quesito",informou.

Ele destacou também que os mais de 5 mil projetos em andamento no momento, dos quais 500 ao custo de mais de 25 milhões de dólares, passam por várias fases até serem aprovados, e que a estrutura da companhia é submetida à lei Ousbourne Osley, pela qual as informações passam por uma avaliação piramidal, ou seja, são respaldadas por vários níveis até chegar na presidência.

"Internamente nossos processos decisórios são muito complexos, passam por várias portões", ressaltou.

A preocupação de Gabrielli é de que a reputação da empresa seja afetada, já que nem todos os atores que acompanham as notícias que serão veiculadas conhecem bem a companhia.

Esse conhecimento da Petrobras por parte do mercado, segundo Gabrielli, é o motivo das ações da companhia ainda não terem sido afetadas desde que a oposição conseguiu abrir a CPI há duas semanas.

Analistas ouvidos pela Reuters disseram que a ação não deverá ser afetada, a não ser que denúncias graves sejam comprovadas.

Gabrielli vê chances que até mesmo a votação do marco regulatório ficar para o próximo ano.

"É possível que o marco não seja votado esse ano por causa da CPI também...abre-se uma batalha política com a CPI", avaliou, referindo-se ao novo marco regulatório do petróleo previsto para chegar ao Congresso em junho.

Ele destacou no entanto que a falta de um novo marco não altera os planos da estatal de investir 174,4 bilhões de dólares até 2009, "só contamos com os blocos que temos no plano de negócios", informou.

Lula volta a dizer que fará o seu sucessor nas eleições de 2010


29/05/2009

Folha Online, no Rio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta sexta-feira que vai fazer seu sucessor nas eleições de 2010. Durante cerimônia de inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Rio de Janeiro, Lula ressaltou que não poderia falar sobre política mas, ao final, deu uma flor para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à sucessão.

"Todo mundo sabe que vamos ganhar a eleição em 2010. Todo mundo sabe que quando chegar a hora certa vamos para a disputa", afirmou Lula, no Complexo do Alemão, para entrega de apartamentos.

Esta não é a primeira vez que o presidente diz que fará o seu sucessor. Em pelo menos outras quatro ocasiões ele disse que elegeria um candidato do PT.

Lula afirmou ainda que se diferencia dos outros políticos por não ir à comunidades carentes apenas na época da campanha eleitoral. Ele classificou os que adotam essa prática de "políticos Xuxa", em referência à apresentadora da TV Globo, Xuxa Meneghel.

"Na época de eleição, pobre vale ouro. Os políticos vêm aqui, falam bem do povo e mal dos banqueiros. É o político Xuxa: antes da eleição é beijinho, beijinho; depois é tchau, tchau", afirmou.

O presidente comentou ainda que os governantes anteriores esqueceram do povo pobre durante muitos anos. Ele destacou que governa para todos mas a prioridade é "melhorar a vida do povo pobre".

Lula recebeu no fim da cerimônia um grupo de sindicalistas ligados à Petrobras que usavam camisas enaltecendo a estatal e criticando a criação da CPI para investigar a empresa.

Dilma disse que é importante que se valorize a Petrobras em função das perspectivas com a descoberta de petróleo na camada pré-sal. Segundo a ministra, o pré-sal funcionará com uma espécie de PAC acelerando a redução da pobreza e melhorando as condições da saúde e da educação no país.

"O pré-sal vai garantir que o Brasil tenha dinheiro suficiente para construir casas, diminuir a pobreza, melhorar a educação e dar saúde de qualidade para o povo. Não é só questão de petróleo, mas sim de construir uma nação", disse.

O Ministério Púbico "decide" em causa própria

O eterno patrimonialismo
29/05/2009

Mauricio Dias, CartaCapital

Um dos melhores frutos da Constituição brasileira de 1988 foi o fortalecimento do Ministério Público. Independentes e não mais submissos ao poder político, procuradores e subprocuradores mudaram a face da Justiça no Brasil ao iniciarem ações, antes impensáveis, contra os criminosos de colarinho-branco.

Por essa razão surpreende a manobra do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), adotada por unanimidade na sessão ordinária do dia 16 de fevereiro, presidida parcialmente pelo procurador-geral Antonio Fernando de Souza, em fase de despedida do cargo.

Uma “singela decisão”, como foi chamada pelo relator da proposta, aprovada naquela sessão do CNMP, em apenas 2 minutos e 20 segundos, abre um rombo nos cofres públicos. Ela atendia originalmente ao pedido de quatro conselheiros para receberem subsídios retroativos a 21 de junho de 2005. Os subsídios, em jogo retórico, ganharam a alcunha de indenização. Com ela, alguns dos integrantes do CNMP receberam subsídios, travestidos de indenização, com cálculos atualizados, desde a instalação do Conselho.

A soma das indenizações não deve ser tão grande. Mas o que não espanta pela quantidade peca pela qualidade. Há dúvidas sérias em torno da decisão, que, seguramente, está distante de se apoiar em sólidos critérios de boa gestão. Além do mais, o CNMP deu um drible no Congresso, que suprimiu o pagamento retroativo que os conselheiros buscavam e que, posteriormente, naquela sessão do CNMP, conquistaram de forma marginal.

O presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu), Luiz Ivan Cunha Oliveira, diz que o pagamento de subsídios “em forma de indenização, sobre a qual não incide Imposto de Renda, pode ter propiciado a alguns conselheiros recompensa de até 600 mil reais”.

Além da desconfortável posição de ter votado em causa própria, os conselheiros estenderam o direito aos que já cumpriram mandato entre 2005 e 2007.

Tudo isso começou com o envio do projeto de lei ao Congresso, em 2007, que estabeleceu a remuneração dos integrantes do CNMP. Antonio Fernando frisou na justificação da retroatividade que a maioria dos conselheiros “titulares de outros cargos públicos ou já aposentados” receberiam “apenas pequena diferença, de modo que o projeto terá modesto impacto orçamentário”.

Coube ao deputado Carlos William, do PTC, fulminar esses interesses. Na qualidade de relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação, ele propôs, durante a votação em plenário, a supressão da retroatividade da remuneração. Teve sucesso. A Câmara sepultou a ambição de alguns conselheiros do CNMP. O Senado seguiu o mesmo caminho.

Ao aprovar a indenização, o CNMP criou essa incômoda situação: foi autorizado por ele mesmo a pagar, a alguns de seus conselheiros e ex-conselheiros, subsídios atrasados que tinham sido vetados pelo Congresso.

Hora de humor:Frases para o fim de semana !!!

1-O amor é como capim: você planta e ele cresce. Aí vem uma vaca e acaba com tudo.
2 -Estamos numa época em que o Fim do Mundo não assusta tanto quanto o Fim do Mês.

3 - Tamanho não é documento e dinheiro não traz felicidade. (Autor desconhecido, mas sabe-se que é pobre e de pinto pequeno)

4 - Comer puta é igual Bung Jump: a emoção é grande, mas se estourar a borracha, você está fudido!!!

5 - Acho que estou com anorexia: Não estou comendo ninguém!

6 - O homem pensa demais porque tem 2 cabeças e… A mulher fala demais porque tem 4 lábios !!!

7 - Velho é aquele que quando jovem costumava ter quatro membros flexíveis e um duro. Agora tem quatro duros e um flexível.

8 - Status é comprar uma coisa que você não quer, com um dinheiro que você não tem, para mostrar pra gente que você não gosta, uma pessoa que você não é.

9 - Se você sentir duas bolinhas encostando na sua bunda, não se preocupe, o pior já passou.
10 - Roubar idéias de uma pessoa é plágio… Roubar de várias, é Monografia.

11 - Já que cada vez mais as mulheres estão indo em busca de seus direitos, bem que na volta poderiam trazer uma cerveja…
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Unidade & democracia

29/05/2009 -

Como já disse alguém, as eleições presidenciais de 2010 têm um significado estratégico; nelas e depois delas, o Partido dos Trabalhadores será ainda mais necessário e exigido.

Levando isto em consideração; e considerando a experiência dos três últimos processos de eleição direta das direções partidárias, a AE defendeu que adiássemos o PED marcado para 2009.

Sugerimos convocar os mesmos delegados eleitos ao 3º Congresso, para que estes aprovassem o adiamento; e propusemos recompor neste Congresso extraordinário tanto o Diretório quanto a Executiva nacionais.

Sem entrar nos motivos particulares pelos quais cada setor do Partido defendeu a manutenção do PED em 2009, motivos que em alguns casos mantém relação com a grande quantidade de filiações feitas no último período, o fato é que a maioria do Diretório Nacional declarou que não ver maiores riscos nem contradições incontornáveis entre a mais ampla manifestação da democracia partidária (a eleição direta das direções partidárias) e a criação da mais forte unidade política para enfrentar os desafios de 2010.

Curiosamente, a medida que nos aproximamos do PED, mais e mais lideranças têm se pronunciado em favor de medidas que evitem que as eleições internas se transformem num fator de divisão.

Estes pronunciamentos chegam tarde e as propostas feitas podem, ao contrário do que afirmam pretender, prejudicar a unidade partidária.

Se é verdade que “a disputa eleitoral de 2010 será uma das mais radicais que o Brasil já viveu desde a redemocratização", então é preciso que nosso Partido, nossa coligação e nossa candidatura apresentem um programa à altura desta radicalização. O que exige formular acerca de temas polêmicos, a saber: o que falta fazer para “consolidar um projeto que está colocando o país num caminho que a direita sempre combateu”.

A contribuição do PT para este programa será aprovada, ao menos suas linhas gerais, no 4º Congresso do Partido. Logo, o processo de escolha destes delegados deve ser marcado pelo debate programático, o que implica em chapas, teses, polêmicas.

Sem isto, corremos o risco de, em nome da desejada unidade, jogar fora a criança (a boa polêmica necessária para a formulação do programa) junto com a água suja do banho (os sectarismos, a despolitização, a confusão entre eleição democrática e arregimentação de eleitores).

Se é verdade que “a tarefa histórica do PT ainda está em curso”, então o entendimento da “centralidade estratégica da eleição da companheira Dilma”, com a decorrente ampla política de alianças, não pode produzir um enfraquecimento da força eleitoral e institucional do PT.

E nem sempre é fácil distinguir as alianças que efetivamente colaboram para a eleição presidencial & para o fortalecimento do PT, daquelas alianças que feitas supostamente em nome da eleição presidencial, só resultam em enfraquecimento do PT e da esquerda, impedindo a “eleição de uma grande bancada de deputados e senadores”.

Distinguir e escolher entre as diferentes táticas, só é possível através do debate democrático. Motivo pelo qual o processo de escolha dos delegados ao Congresso deve permitir um debate tranqüilo e democrático, sem sectarismos nem bipolarizações artificiais, pois todos defendemos a prioridade estratégica da eleição de Dilma presidente, mas nem sempre estamos de acordo sobre quais seriam os movimentos táticos mais adequados para este fim. E só o 4º Congresso aprovará decisão definitiva acerca destes movimentos.

Se é verdade que as exigências sobre o PT “serão maiores” a partir de 2010, também é verdade que ninguém está satisfeito com a maneira como funcionamos hoje; arriscamos dizer que há um amplo consenso sobre a necessidade de introduzir rapidamente mudanças no estatuto partidário. Mas quais mudanças serão estas? Aqui, uma vez mais, só o debate poderá indicar o caminho certo.

Como se vê, tanto no terreno do programa e das alianças, quanto no terreno da organização interna, há a necessidade de travamos um profundo debate.

De nossa parte, temos críticas ao tipo de debate que se estabelece no processo de PED, dada sua natureza não-congressual, que reproduz vários dos problemas das eleições tradicionais. Mas, para respeitar a posição da maioria do DN em favor do PED em 2009, precisamos descobrir como é possível, através deste PED, “alcançarmos um grau elevado de unidade interna”.

Setores do Partido têm dito que um dos expedientes que facilitaria este processo de unidade estaria na “construção de uma candidatura única à presidência nacional”. Esta idéia foi apresentada de várias formas, entre as quais um abaixo-assinado encabeçado por dirigentes vinculados à tendência Construindo um novo Brasil.

Em primeiro lugar, é importante lembrar que não basta uma boa presidência, é necessária uma boa direção coletiva. E uma direção coletiva do Partido, não uma extensão do governo.

Em segundo lugar, quem defende a unidade já no ponto de partida (e não como ponto de chegada), deveria ser mais tímido na apresentação de nomes. Salvo se o objetivo for propor a unidade, mas tendo como objetivo real ou conseqüência prática apenas manipular os sentimentos de unidade em favor de angariar mais votos para esta ou aquela chapa & tendência interna.

Quem quer de fato a unidade, não começa lançando nomes, mas sim convidando para o diálogo aberto em torno de alternativas, no plural. Até porque o PED não se limita à presidência nacional, por mais que esta seja importante, inclusive no plano simbólico: o PED envolve também chapas nacionais, além de presidências e chapas estaduais e municipais.

Da parte da Articulação de Esquerda, não há e nunca houve qualquer impedimento ao diálogo. Até porque, ainda que de maneira torta, parte dos que defendem a “unidade” no fundo estão reconhecendo alguma razão nas preocupações que levaram a AE a defender o adiamento do PED. Ocorre que quando propusemos adiar o PED, isto tinha como objetivo exatamente concentrar nossas atenções no debate político, deixando para outro momento a renovação das direções. Exatamente o contrário dos que estão preocupados principalmente em resolver o problema da direção (ou, mais precisamente, da presidência nacional), colocando em segundo plano o debate político.

O que está fora de questão, para nós, é uma unidade sem unidade & um PED sem PED, ou seja, uma tentativa de castrar o debate livre das diferentes posições partidárias e de transformar a bandeira da unidade em mero slogan de um setor contra outros setores do Partido.

Neste sentido, uma vez que a esmagadora maioria do Diretório Nacional entendeu por bem manter o PED em 2009, nos parece mais politizado sair da fase dos discursos genéricos e passar à exposição das posições concretas de cada setor do Partido, por exemplo acerca do programa 2011-2014. Pois, em última análise, é principalmente em torno destes temas que será possível ou não a unidade real, inclusive aquela produzida no PED, através da manifestação democrática da maioria dos filiados ao PT.

Nossa proposta de estratégia, programa e política de alianças para 2010, bem como de construção partidária, estão nas resoluções da XI Conferência Nacional da Articulação de Esquerda, que estamos realizando nos dias 29, 30 e 31 de maio.

Tendo em vista a decisão do Diretório Nacional, mantendo o PED para 2009, o espaço mais adequado para o debate destas e de outras propostas é o próprio processo de eleição das direções partidárias, que se concluirá com o 4º Congresso do Partido. Este é o caminho da unidade.

Valter Pomar é membro da Executiva Nacional e secretário de Relações Internacionais do PT

A EDUCAÇÃO DO ASNO TIRA ZERO

Dizem que os próximos livros a serem indicados pela Secretaria de Educação de São Paulo serão MASTURBAÇÃO SOCIOLÓGICA, de FHC. E VOCÊ QUER UM BRASIL BEM EDUCADO VOTE NUM ASNO, de José Serra.


29/05/2009


Secretaria de SP exclui cinco livros de programa por não serem adequados aos estudantes


A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo excluiu cinco livros utilizados em atividades de apoio nas salas de aula. As obras faziam parte do programa Ler e Escrever, dedicado a dar suporte à alfabetização das crianças. Ao todo, eram empregados 817 livros.

Nesta quinta-feira (28), a secretaria já havia admitido que o livro "Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora", contém expressões não adequadas para crianças. A obra, destinada a adolescentes, tem frases como: "nunca ame ninguém. Estupre"; "Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto"; e "Odeie. Assim, por esporte".

As obras excluídas do programa são as seguintes:


•"Um Campeonato de Piadas", de Laerte Sarrumor e Guca Domenico, da editora Nova Alexandria, por conteúdo preconceituoso;


•"Poesia do Dia - Poetas de Hoje para Leitores de Agora", de Alberto Pucheu, André Dick, Bruna Beber, Danilo Monteiro, Diego Vinhas, Elisa Andrade Buzzo, Fabrício Carpinejar, Fabrício Corsaletti, Joca Reiners Terron, Marcelo Camelo, Mário Bortolotto, Paulo Scott, Paulo Seben e Rodrigo Petronio, da editora Ática, por inadequação para a faixa etária;


•"O Triste Fim do Menino Ostra e Outras Histórias", de Tim Burton, da editora Girafinha, por inadequação para a faixa etária;


•"Memórias Inventadas - A Infância", de Manoel de Barros, da editora Planeta, das salas do Programa de Recuperação Intensiva da quarta série, por inadequação para a faixa etária;


•"Manual de Desculpas Esfarrapadas: casos de humor", de Leo Cunha, editora FTD, das salas do Programa de Recuperação Intensiva da quarta série, por inadequação para a faixa etária.

Os livros que tiverem sido distribuídos às escolas serão recolhidos imediatamente. As escolas estão sendo comunicadas a partir desta sexta-feira (29). Uma sindicância apura as responsabilidades pelos erros no processo de seleção e compra dos títulos.
Dizem que o próximo livro a ser indicado pela Secretaria de Educação de São Paulo será MASTURBAÇÃO SOCOLÓGICA, DE FHC. E QUER UM BRASIL BEM EUCADO VOTE NUM ASNO, de José Serra.

Coerência é isso ai


Para você vê, o PT, acusado pelo PIG e seus leitores encabrestados de ser um partido composto por ditadores mostra para todo o mundo que é um partido totalmente democrático e que preza pela tal alternância do Poder(eu acho que alternância de Poder é o povo escolher o presidente que ele ache mais preparado para governar o Brasil, o que, realmente, trabalha em benefício de quem mais precisa).E agora, o que vão dizer o PIG e seus leitores encabrestados?


Tropa de choque do PT entra em campo e impede reeleição


Por Redação - de Brasília


A proposta de emenda à Constituição (PEC 367), que possibilitaria o terceiro mandato para o presidente da República, governadores e prefeitos foi devolvida ao autor, deputado Jackson Barreto (PMDB-SE), nesta sexta-feira, por falta do número mínimo de assinaturas necessárias para que ela tramite na Câmara. Na véspera, o parlamentar protocolou a proposta na Casa com 183 assinaturas válidas, mas até às 23h40, com a articulação da liderança do PT no Congresso, 13 deputados retiram os seus nomes. A PEC ficou com 170 assinaturas, numero abaixo das 171 necessárias para a tramitação da proposta.

Os dois últimos parlamentares do Democratas a retirarem os nomes da proposta foram Clóvis Secury (MA) e Félix Mendonça (BA). O deputado Jackson Barreto poderá ainda buscar novas assinaturas e reapresentar a proposta. Mais cedo, seis parlamentares do DEM já haviam retirados seus nomes da PEC: Fernando de Fabinho (BA), Francisco Rodrigues (RR), Jorge Khoury (BA), José Carlos Vieira (SC), José Maia Filho (PI) e Walter Ihoshi (SP).

BOA NOITE

O Brasil no rumo certo: reveja e divulgue o programa nacional do PT na televisão


Foi ao ar nesta quinta-feira (28) o programa nacional do Partido dos Trabalhadores. Com 10 minutos de duração, o programa mostrou como as políticas públicas elaboradas pelo PT fizeram o Brasil diminuir desigualdades, gerar empregos e promover desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social.

Também destacou que, na contramão do neoliberalismo, o governo do PT consolidou o país como um dos mais bem preparados do mundo para a superação da crise econômica internacional.

O programa teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de lideranças nacionais, incluindo cinco ministros.

Veja a íntegra abaixo:

ESTUPIDEZ SEM LIMITES

Veja que depoimento mais estúpido. O empresário e jornalista(deve ser da ditabranda) acredita que houve mensalão.Quer dizer que Duda Mendonça exercia o cargo de deputado federal? Só pode ser isto que o babaca quis dizer. A propósito, o mensalão recebido por Dudinha, cerca de R$ 10 milhões de reais, daria para comprar o Senado e a Câmara dos deputados.Mais: Duda seria um caso raro de um marqueteiro receber mesada para apoiar o governo. Mas aparece cada um neste PIG.
28/05/2009

Testemunha diz acreditar que mensalão fechou agência de Valério
Folha Online

O empresário e jornalista Armando Ferrentini afirmou nesta quinta-feira em depoimento à Justiça Federal em São Paulo que o escândalo do mensalão foi o responsável pelo fechamento da agência de publicidade de Marcos Valério, réu no processo. Ferrentini foi uma das cinco testemunhas que prestaram depoimento hoje.

De acordo com o empresário, ele depôs em favor do publicitário Duda Mendonça, de quem é amigo. "Eu só pude falar bem dele", afirmou Ferrentini após o depoimento.

Ele disse que em nenhum momento advogados, procuradora e juíza perguntaram diretamente sobre o mensalão. "Por curiosidade, fui eu que citei [o termo]", disse.

Uma das perguntas que lhe foram feitas foi sobre as razões do fechamento da agência de publicidade DNA. Ele afirmou que tanto ela quanto a SMPB --do empresário Marcos Valério-- devem ter encerrado suas atividades em razão do escândalo. "Elas fecharam porque estavam envolvidas no mensalão, e os clientes deixaram as agências."

Apesar de defender o amigo, o empresário disse acreditar na existência do mensalão. "Na minha convicção, sim, existiu [o mensalão]."

Outro a sair em defesa de Duda --e que também depôs hoje-- foi o jornalista Ricardo Kotsho, ex-secretário de imprensa do governo Lula no primeiro mandato. Ele, que se definiu como amigo do publicitário, também disse que a palavra "mensalão" não foi citada em "nenhuma pergunta". "[Foi perguntado] só sobre o trabalho do Duda Mendonça", disse.

Testemunhas

As outras quatro testemunhas ouvidas hoje pela Justiça preferiram sair sem falar com a imprensa. Foi o caso do publicitário Nizan Guanaes, que também defendeu Duda, e de duas testemunhas do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil): sua ex-mulher, Ângela Saragoça, e o ex-deputado federal Ricardo Zaratini.

Hoje estavam previstos o depoimento de dez pessoas, mas apenas seis testemunharam. A defesa de Dirceu dispensou Andréia Luiza da Silva, enquanto Willian Hotds, Francisco Luzon e Rita Iziane Souto não foram encontrados pela Justiça.