segunda-feira, 31 de março de 2014

PSB estimula sociedade de delatores nas redes sociais

Por Diogo Costa
via Facebook
Esta prática abominável de estimular a delação relembra as piores ditaduras totalitárias que a humanidade já conheceu. Pois bem, o advogado do PSB, que cumpre este torpe papel, chega mesmo a oferecer "recompensas" para que as pessoas delatem informações sobre as pessoas que o PSB expõe criminosamente nas redes sociais.
Que o PSB nunca foi socialista chega a ser uma obviedade. Mas que o PSB se utiliza de práticas totalitárias, fascistas e nazistas, como este instituto da 'delação recompensada', para mim é novidade.
Isto tem que ser denunciado, isto é uma prática que cabe em ditaduras totalitárias, não em uma democracia como a que estamos construindo no Brasil. Imaginem se amanhã ou depois volta uma ditadura no Brasil... Estes sádicos perseguidores seriam os primeiros a insuflar e recompensar delatores! Foi assim que muita gente acabou morta, torturada e foi assim também que muita gente teve seus corpos ocultados até os dias de hoje.
Lamento profundamente que o PSB estimule este comportamento canalha, calhorda, safado e sem vergonha por parte dos seus advogados. E lamento não porque tenho amigos incluídos nesta porca listagem, mas porque lamentaria em qualquer situação.

Fonte:GGN
PS.
Isso é um absurdo.Nunca antes na história deste país existiu algo do tipo.Depois esses fascistas desgraçados vêm falar em liberdade de expressão.Imagine o Brasil ser governado por essa gente.
Nessa lista de Dudu tem algumas pessoas que me acompanham no Face, aqui e pelo twitter.
Tô doidinho pra mandar Dudu tomar no cu.


domingo, 30 de março de 2014

Bomba! Ex-vereador acusa Eduardo Campos de usar títulos de precatórios na eleição municipal de 1996

Simplesmente devastadora a entrevista do ex-vereador Pedro Ivo Wanderley ao Blog do Ed.Como ele próprio diz, o cara narra com riquezas de detalhes as safadezas ocorridas nas eleições de Barreiros-PE, a minha cidade natal.O vídeo é um pouco longo, mas vale a pena ver.Veja que a partir dos 14 minutos do vídeo, o ex-vereador acusa, sem nenhum receio, o governador Eduardo Campos, na época(1996) secretário da Fazenda do governador Miguel Arraes, de fazer uso dos precatórios para eleger mais de 170 prefeitos do Estado de Pernambuco.É bem verdade que Eduardo Campos foi absolvido no STF, porque, na época, esse mesmo Supremo que condenou Dirceu com base na teoria do Domínio de Fato, entendeu não haver ato de oficio na conduta de Eduardo, mas ainda ele responde administrativamente, no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, pelo rombo causado ao Estado de Pernambuco.Eduardo conseguiu liminar contra o ato do CRSFN, mas o mérito do mandado de segurança ajuizado por ele ainda vai ser julgado.No mais, é notório que Pedro Ivo não é um santo, tanto é que teve o mandato cassado por conta desses títulos "criados" por ele, mas isso não invalida, de forma alguma, o conteúdo do depoimento.


Ex-lobista de Daniel Dantas só fala merda.



O ex-lobista de Daniel Dantas, para justificar a remessa do processo de Eduardo Azeredo para MG, a terra que não pune tucano, disse que no caso do Mensalão do PT houve uma teia, já no do PSDB não houve teia.Teia é o que tu tem nesse rabo imundo, lobista de mafioso!Que cara ridículo!

sábado, 29 de março de 2014

O PT e o governo pagam por sua covardia



A CPI da Petrobras só veio a provar que ninguém deve brincar com esses políticos corruptos do PSDB, PPS, DEM, PV, PMDB, PSB, PSOL e parte do PDT.Essa oposição incompetente e corrupta não brinca em serviço. Essa oposição perdida e sem voto, como diz um poeta matuto, é feito bicho do pé: só quer um pezinho para desgastar o governo Dilma.

Já o PT é diferente, por pura covardia, trata a oposição com delicadeza, como se ela fosse retribuir o agrado. Não vai, bando de babacas!

O PT, já no início do governo Lula, fez, por abominável covardia, acordo com os corruptos, mafiosos, sonegadores envolvidos no Escândalo do Banestado-um esquema que roubou do país cerca de U$$ 30 bilhões de dólares, valor equivalente a mais de 1.000 mensalões-com o fim de a CPI do Banestado acabar em pizza, só porque tinha alguns graúdos ligados ao PT envolvidos na falcatrua. Para se ter uma ideia como foi um escândalo do Banestado, havia prova documental que Jorge Bornhausen, hoje aliado de Eduardo Campos, remetera, na época do escândalo, para paraísos fiscais mais de U$$ 30 mil dólares. Hoje, depois de ter se livrado da cadeia, Bornhausen apoia, junto com seu líder, a CPI da PETROBRAS.

O PT, logo no início do governo Lula, tinha apoio suficiente para instalar uma CPI para investigar as privatizações de FHC, ocorre que, em nome do deus-mercado, não moveu uma palha para apurar as roubalheiras ocorridas na gestão FHC.Até hoje ninguém do governo FHC foi(nem será) punido pelos crimes de lesa-pátria cometidos contra o povo brasileiro.

Faz mais de 1 ano que se encontra na Câmara de Deputados as mais de 171 assinaturas para instalação da CPI da Privataria. E o PT, por ser bonzinho com a oposição, e mesmo, logo no requerimento do pedido, com uma base realmente aliada, não moveu uma palha com o fim da instalação imediata da aludida CPI.A CPI está lá parada.É bem capaz de a CPI da Petrobras pular na sua frente e sair primeiro.

Mas não é só isso.O governo Lula-Dilma, além de ter culpa pela omissão do PT, também é culpado, também por covardia,   por tudo isso que está ocorrendo com ele.

Lula, em nome de uma pseuda isenção, nomeou o que tinha de pior para ser ministro do STF.Nenhum governo da República pós democratização nomeou ministro do STF para prejudica-lo. Só Lula e Dilma conseguiram essa proeza.

Dilma, nessa questão, também não ficou para trás. Nomeou ministros do STF totalmente alinhados com o pensamento da oposição ao seu governo. Fux, Rosa Weber, Barroso, Teori são uma lástimas. Apesar de esses últimos serem menos ruins.

Lula e Dilma também foram de uma infelicidade total na nomeação de Procuradores Gerais da República. Lula e Dilma, para agradarem o MP, sempre se basearam numa lista para nomear o chefe da PGR.Ora, nenhum governador do Brasil nomeia Procurador de Justiça baseado em lista. A lista quem escolhe é ele e pronto! Eduardo Campos nunca nomeou o primeiro da lista enviada pelo MP para ocupar o mencionado cargo. José Serra, Alckmin, Aécio Neves, Yeda Cruzes, Jarbas Vasconcelos, só para citar alguns nomes, também nunca nomearam Procurador de Justiça conforme a lista encaminhada pelo Ministério Público.

Já Lula/Dilma, como já dito, para agradar o MP, sempre seguiram a lista, mesmo não estando obrigado a tanto, já que poderiam, até mesmo, nomear Procurador  da República fora do quadro da PGR.O que ganharam com isso? Lapada! Porrada!

Tem mais. O governo Lula-Dilma também tem culpa por ter medo de enfrentar os meios de comunicação. A PETROBRAS despeja milhões de reais nos cofres da mídia comercial (Globo, Folha, SBT, Band, Estadão, Veja, Época, CBN, O Globo e afins) para falar mal dela (da Petrobras). Já os blogs, e parte dos sites que apoiam o governo não ganham nem R$ 1 real. Onde já se viu isso? Que merda é essa?

É por tudo isso que a oposição deita e rola em cima do governo. Bem feito! Aprendam a fazer política bando de covardes.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Bomba: pesquisa Ibope de hoje é a mesma da semana passada onde Eduardo Campos e Marina caíram


Manipulação à vista com a pesquisa do Ibope. Mesmo que não se trate de manipulação estatística, houve uma manipulação na forma de usar a informação.

A pesquisa Ibope sobre popularidade de Dilma divulgada só hoje (27) é a mesma da divulgada exatamente há uma semana atrás, dia 20, quando publicaram apenas as intenções de votos.

A mesma amostra, os mesmos 2002 entrevistados, os mesmos 141 municípios, e a mesma data de ida a campo (entre 13 e 17 de março).

A diferença é que os relatórios foram separados. No dia 20 divulgaram a parte de intenções de votos, onde Dilma não perdeu nenhum voto, Aécio continuou empacado (oscilou 1 ponto apenas), e Eduardo Campos caiu, chegando a situação de empate técnico com o Pastor Everaldo (PSC).

A outra parte do relatório é este que foi divulgado hoje pela CNI (Confederação da Indústria) sobre popularidade da presidenta Dilma e de seu governo.

Agora fica a pergunta: porque sete dias separam a divulgação de um relatório e outro da mesma pesquisa?

Deixe eu testar uma hipótese com uma conversa imaginária:

- Aécio, Campos e Dr. Marinho, tenho notícias boas e ruins da pesquisa para vocês. Qual vocês querem primeiro? - disse Montenegro.

- As ruins primeiro, 
- disse Aécio. E virou-se para o Dr. Marinho: - Mas por favor dá um jeito de só sair no Jornal Nacional a "boa" e na semana que vem, quando a "ruim" dessa semana já estiver esquecida.

- Concordo! Mas Dr. Marinho, a "boa" tem que dar um jeito de sair na quinta-feira, dia 27, no Jornal Nacional, engatado na minha propaganda partidária na TV - disse Campos.


Vocês acham que eu estou delirando, ou alguma coisa parecida com essa parábola aí em cima pode ter acontecido?

Os Amigos do Presidente Lula.

Ps:Sinceramente, sinto-me enojado com uma coisa dessas. E, para completar, vejo um STF, totalmente ligado aos tucanos, mandar Azeredo ser julgado na 1º instância de MG, onde, certamente, os crimes cometidos por ele serão prescritos.Nem tenho mais vontade de atualizar o blog.Por hoje é só. Boa noite.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Alagoas aluga helicóptero para governador tucano fugir do trânsito




Essa tucanada não aprende não.

O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), usa o helicóptero do Estado para fazer percursos entre bairros de Maceió durante visita a obras do Estado. Segundo Vilela, o helicóptero é o meio que encontrou para fugir do trânsito da capital alagoana.
Na manhã de terça-feira (25), Vilela usou a aeronave para fazer um percurso de menos de 20 km entre o Centro de Maceió e os bairros Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins.
Segundo dados do Portal da Transparência de Alagoas, entre 2011 e 2014, o Estado já gastou pelo menos R$ 13 milhões com a locação de uma aeronave da empresa Flyone Serviços Aéreos.
Em 2014, foram gastos R$ 981 mil, enquanto em 2013 o Estado pagou para a firma R$ 4,6 milhões.  Em 2012, foram R$ 4,2 milhões e, em 2011, R$ 3,3 milhões.
O MPE (Ministério Público Estadual) investiga, desde o ano passado, o processo de contratação da empresa Flyone Serviços Aéreos para prestar serviço ao governo de Alagoas.  A Flyone foi a mesma empresa que prestou serviço a Vilela durante a campanha de reeleição.
Segundo o MPE, o inquérito está em fase de diligências e sob responsabilidade do promotor Coaracy da Mata Fonseca. Ele está em férias e não foi encontrado para comentar o assunto.
O MPE informou que pediu ao Estado documentos do processo de licitação e do contrato de prestação de serviço da empresa, mas o material ainda não foi entregue. Um assessor da Casa Civil de Alagoas prestou depoimento, mas o teor das declarações não foram ainda divulgadas.
UOL entrou em contato com a assessoria do governador Teotonio Vilela Filho, na manhã desta quarta-feira (26), mas ninguém havia respondido aos questionamentos sobre o uso do helicóptero para percursos no perímetro urbano e sobre o processo de contratação da empresa.
Em entrevista ao programa Cidadania, do radialista França Moura, da "Rádio Correio", em Maceió, Vilela justificou que não usa o helicóptero para fins particulares e sim para diminuir o tempo de deslocamento em visitas a obras em todo o Estado.
"Nunca ninguém ouviu dizer que eu estava viajando no helicóptero ou um avião para ir a festas particulares. Estou utilizando o helicóptero para fiscalizar obras e não há nada de errado, nem é absurdo o que estou fazendo. Ele foi comprado há 23 anos e sempre utilizo o veículo quando há necessidade ou urgência", disse o governador de Alagoas, ao se referir a um equipamento que pertence ao Estado, mas usado eventualmente, pois tem problemas mecânicos recorrentes.
"Venho fazendo é algo que todos os governadores do País fazem", disse.

Fonte:Uol.

Servidores do TCE-PE criticam visita de Paulo Câmara

TCE-PE/Foto: Blog Djalma Lopes
Um grupo de servidores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) desaprovou a visita ao órgão feita pelo candidato a governador da Frente Popular, Paulo Câmara, para falar sobre o ajuste de controle por fonte de recursos – tema proferido por ele no TCE-PE.
Num manifesto assinado apenas como “Servidores Indignados do TCE de Pernambuco”, eles acreditam que Câmara (o qual é fazendário) teve tempo suficiente para falar de assuntos ligados ao Tribunal, mas aproveita o momento somente após ser indicado pelo governador Eduardo Campos para a sucessão estadual.
Confiram:
Visita Inoportuna
Ficamos surpresos com a inesperada presença do nosso colega de Tribunal, Dr. Paulo Câmara, em nossa Casa, sob a fútil alegação de falar sobre o tema “AJUSTE DE CONTROLE POR FONTE DE RECURSOS”.
Prestes a despedir-se da Secretaria da Fazenda, tanto tempo anteriormente teve. Só agora após sua escolha para disputar o cargo de Governador, lembrou-se da importância deste tema.
Achamos que a oportunidade não foi a melhor. Ficou ruim para o Dr. Paulo, que pareceu querer tirar proveito do Tribunal, bem como para os Senhores Conselheiros, que em sua unanimidade estiveram presentes para ouvir o óbvio.
É bom terem um pouco mais de cuidado, pois os próprios Conselheiros vivem a contar loas sobre as qualidades técnicas do Tribunal, o respeito que gozam nacionalmente e a sua independência. Esperamos que no decorrer desta Campanha isto fique demonstrado, e que no final da mesma possamos continuar reafirmando tudo sobre nosso TCE, esquecendo apenas esta primeira investida, que foi negativa para todos.
Atenciosamente,
Servidores Indignados do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE

NOTA DA FUP: Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais

Posicionamento da Direção Colegiada da FUP sobre tentativa da oposição de instalar uma CPI para fazer disputa eleitoral através da Petrobrás:
Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.
Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.
Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos  maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.
São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.
Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás  valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.
Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 milhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 milhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.
Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.
Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido. No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.
Rio de Janeiro, 25 de março de 2014

DIREÇÃO COLEGIADA DA FUP

Tucano diz que Aécio Neves é ético e que defende a liberdade de expressão. Âm? Sei!


Carlos Sampaio, aquele tucanozinho que leva a vida a entrar com Representação contra Dilma, que sugeriu que o probo Eduardo Azeredo renunciasse ao cargo de deputado para evitar uma condenação de 22 anos no STF, saiu em defesa de Aécio Neves, o famoso rei do pó Royal.

Sampaio disse hoje em artigo:

"Quem o conhece Aécio Neves sabe que ele sempre defendeu a liberdade de imprensa, de opinião e de expressão, sendo que foi sob a sua presidência que a Câmara Federal aprovou o chamado pacote ético, com importantes avanços nas áreas de transparência e participação popular".

Fala sério!

Aécio Neves defende a liberdade de expressão assim como o PSDB apoia CPI para investigar seus governos.Aécio Neves defende tanto a liberdade de expressão que fechou o jornal Novo Jornal e mandou prender, através de um MP serviçal a ele, seu dono.

A ética que Aécio Neves defende é a ética de Eduardo Azeredo, o pai do Mensalão, Aécio Neves é tão ético que era líder do PSDB no ano que FHC comprou a Emenda da Reeleição.Aécio Neves é tão ético que foi flagrado dirigindo bêbado.Aécio Neves é tão ético que vive passeando no jato que foi pego com maconha.Aécio Neves é tão ético que desviava verbas do SUS para aplicar no mercado financeiro.

Aécio é tão transparente que nunca brigou para FHC criar um Portal da Transparência com o fim de a sociedade fiscalizar os gastos do governo.Se na época das privatizações houvesse um Portal da Transparência o Brasil não teria sido vendido a preço de banana a empresários mafiosos. O próprio Aécio Neves foi governador de MG por duas vezes e nunca tentou implantar um Portal de Transparência de seu governo.

Por fim, a liberdade de expressão que Aécio Neves defende é essa:

terça-feira, 25 de março de 2014

Os gênios do atraso querem acabar com a PETROBRAS

Senadores hipócritas atacam Dilma, mas protegem seus amigos



A indignação dos senadores brasileiros é seletiva; Ana Amélia, Randolfe Rodrigues, Pedro Simon, Cristovam Buarque, Rodrigo Rollemberg e Pedro Taques querem que a presidente Dilma seja investigada por supostos crimes na compra da refinaria de Pasadena; grupo representou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas nada fez contra outros conselheiros que também votaram a favor da transação; entre eles, Claudio Haddad, ex-Garantia, Fabio Barbosa, presidente da Abril, e Jorge Gerdau, barão do aço que fez doações de R$ 100 mil à senadora Ana Amélia em sua última campanha e à Luciana Genro(PSOL-RS); por que será?

 A lei das sociedades anônimas é clara e estabelece que, em empresas abertas, a responsabilidade dos conselheiros de administração é solidária. No caso da Petrobras, quando houve a polêmica compra da refinaria de Pasadena, todos votaram a favor. Tanto a presidente Dilma Rousseff, como nomes estelares do setor privado, que também integravam o conselho da companhia à época. Entre eles, Fabio Barbosa, ex-presidente do Santander e atual chefe da Abril, Claudio Haddad, ex-Garantia e CEO do IBMEC, e Jorge Gerdau, barão do aço. Todos eles, ao se pronunciarem sobre o caso, defenderam seus votos favoráveis ao negócio, alegando condições favoráveis de mercado naquela época, e também se alinharam com a presidente Dilma Rousseff, ao afirmar que nem todas as cláusulas eram conhecidas.
No entanto, apenas um conselheiro – ou melhor, uma conselheira – se tornou alvo de uma iniciativa de um grupo de senadores. Claro, trata-se da presidente Dilma Rousseff. Nesta terça, os senadores Ana Amélia (PP-RS), Randolfe Rodrigues (Psol-AP), Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Pedro Taques (PDT-MT), além do deputado Ivan Valente (Psol-SP), autodenominados "independentes", foram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e pediram a abertura de uma investigação formal contra Dilma.
"Todos os fatos narrados, como se suspeita ocorridos, em um país que notoriamente sofre com a falta de transparência na gestão pública, levam à necessidade de tomada das providências legais cabíveis para que seja investigada, em especial, a prática dos crimes previstos na lei 8.429 e outros que porventura se identifiquem", afirmam os senadores no pedido.
No entanto, nada fizeram em relação aos conselheiros do setor privado. Afinal, para que se indispor com o presidente da Editora Abril? Ou com um grande doador de campanhas, como é o caso de Gerdau? Basta lembrar que, quando Ana Amélia se elegeu senadora pelo Rio Grande do Sul, seu conterrâneo Gerdau lhe doou R$ 100 mil.
Fica claro, portanto, que a indignação dos senadores que se veem como bastiões da ética no Parlamento é bastante seletiva.

Com informações do Brasil 247

Assim caminha a liberdade de expressão:Jornalista processa o Estado e segue sem poder citar nome de empresário



É muito engraçado como agem essas pessoas que dizem ser a favor da liberdade de expressão.Se o suposto ofensor de sua suposta honra não tem a mesma opinião sua, processo no cara.Se o cara tem a mesma opinião, deixa como estar, afinal, o cara é de casa, o cara é do nosso lado.

Gilmar Mendes, que vive acusando o PT de querer instaurar uma Ditadura Bolivariana no Brasil, processou o jornalista Leandro Fortes e CartaCapital por uma publicação que ele diz ter sido ofensiva à sua honra(há controvésias quanto a isso).

Ali Kamel, que se autointitula defensor intransigente da liberdade de expressão, processou o blogueiro Miguel do Rosário porque este disse umas verdades em desfavor dele(Kamel).O mesmo Ali Kamel, o poderosão da Globo, também processou Luiz Carlos Azenha. Kamel ficou chateado com Azenha porque esse o chamou de aprendiz de feiticeiro e que praticava jornalismo pornográfico.

A TV Globo, que se autoproclama a maior defensora da liberdade de expressão, processou o provedor Uol, por esse jornalismo de esgoto reproduzir as merdas exaladas pelo BBB.

A Folha de São Paulo, expoente na defesa da liberdade de expressão, conseguiu tirar do ar o blog Falha de São Paulo, só porque o mencionado blog usava, em tom de sátira, a logomarca daquele empresa de comunicação que serviu, com suas Kombis, a ditadura militar.

Heraldo Pereira, outro defensor ardoroso da liberdade de expressão, processou Paulo Henrique Amorim porque este o chamou de "negro de alma branca".Aliás, PHA já foi tão processado que daqui a pouco só vai trabalhar para pagar as suas condenações.

Joaquim Barbosa, que defende o direito de todo mundo se expressar e de trabalhar na Globo, como é o caso de eu filho, processou Ricardo Noblat porque esse o criticou.Se bem que Noblat mereceu ser processado, isto porque ele é um tremendo puxa-caso de certos ministros do STF.

Aécio Neves, o grande defensor da ética, dos bons costumes e da irrestrita liberdade de expressão, conseguiu tirar o site Novo Jornal do ar, isto porque esse jornal publicava os desmandos, as roubalheiras, os malfeitos de seu governo.

Jarbas Vasconcelos, que vive usando a tribuna do Senado para acusar o governo de ser contra a liberdade de expressão, conseguiu tirar o jornalista Inaldo Sampaio do jornal do Comércio.Jarbas não gostou de comentários feitos por Sampaio.

Eduardo Campos, o novo coroné do asfalto, usa seus capangas e puxa-sacos para intimidar e processar jornalista que ousa em criticar seus amigos do peito, como ocorreu com o jornalista Ricardo Antunes, editor do Blog Leitura Crítica.Antunes foi processado porque fez críticas ao marqueteiro Antônio Lavareda que, recentemente, ganhou um contrato de R$ 25 milhões de reais do governo de Pernambuco.Leia aqui e aqui a matéria sobre a perseguição a Ricardo Antunes.

Por fim, um graúdo do Poder Judiciário de Pernambuco censurou a blogueira Noélia Brito para proteger Eduardo Campos.Leia aqui a matéria.


Pois bem. São essas pessoas que dizem ser defensoras da liberdade de expressão que mais usam e abusam do direito de tolher a liberdade de expressão de quem lhes fazem críticas.

Curioso é que Lula, tão odiado pelos amantes da liberdade de expressão, nunca processou os jornalistas que fizeram, por longos oito anos, denúncias, acusações contra ele.E olhe que foram muitos jornalistas, muitos meios de comunicação que acusaram Lula.Pelo menos eu não tenho noticia sobre processo movido por Lula.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Novo surto de cinismo de Eduardo Campos



Comemorando com 16 dias de brutal atraso o Dia Internacional da Mulher, Eduardo Campos, em outro surto de cinismo e mau-caratismo, assim se expressou:

“Não temos avançado nessas políticas [de apoio às mulheres] no resto do Brasil e no nível federal. Todas vocês aqui sabem que nos últimos quatro anos não avançamos nessas políticas a nível federal”, afirmou durante discurso a secretária estadual da Mulher, Cristina Buarque.

Eduardo Campos tem avançado tanto em defesa da mulher que as mulheres de Fernando de Noronha não podem, por proibição do governo de Pernambuco, parir(isso mesmo!), conforme bem apontou a incansável e guerreira blogueira Noélia Brito:


Novo Recife ou Estado Novo?



Algumas medidas capitaneadas pelo secretário João Braga, a mando do prefeito Geraldo Julio (PSB), têm causado desgastes a sua gestão junto aos movimentos sociais e aos defensores dos direitos humanos, mas, por outro lado, têm agradado em cheio àqueles que sonham, há tempos, com a implantação de uma política higienista na cidade.
São remoções de camelôs, de feirantes, enfim, moradores e população de baixa renda que não se enquadrem no seu modelo moderno de cidade, no qual se encaixam, à perfeição, Torres e arranha-céus autorizados a subir no centro da cidade, com a alteração gritante das feições originais desses cenários, até então caríssimos ao patrimônio histórico e cultural da capital pernambucana e que desta sempre foram referência internacional.
O processo de gentrificação, portanto, tem contado com a total cumplicidade da gestão Geraldo Júlio, a ponto de referido processo parecer mesmo ser o mote, a diretriz da sua política de urbanismo, a cada dia com mais feições higienistas.
O higienismo não é um fenômeno novo, muito menos no Recife. Aliás, um estudo da historiadora Jacqueline de Cássia Pinheiro Lima, para a Revista Espaço Acadêmico, mostra que durante o Estado Novo, o Recife, juntamente com o Rio de Janeiro, foi alvo de uma ação orquestrada de remoção de favelas e mocambos cujo propósito era, acima de qualquer outro, o de reeducar e readaptar os moradores desses aglomerados, aos padrões comportamentais esperados de um cidadão do “estado novo”, nos moldes traçados pela ditadura Vargas.
Os moradores eram, então, transferidos para áreas chamadas de Parques Proletários Provisórios, onde não mais atrapalhariam o “progresso da cidade”, deixando de “manchar-lhe” a imagem com sua visão “degradante”.
Os mocambos recifenses sempre foram associados, segundo Gilberto Freyre, a um modo de vida marginal. De início, foram associados aos quilombos, depois, como locais de moradia de  escravos e destinado aos negros, aos marginalizados socialmente e, consequentemente, à insalubridade e ao atraso cultural.
A ação higienista contra os mocambos recifenses, durante o Estado Novo, chegou ao ponto de ser criada uma Liga Social Contra o Mocambo, sob a liderança do interventor Agamenon Magalhães e cujo propósito era destruir esse tipo de habitação. José Tavares Correia de Lira conta que além de eliminar o mocambo da paisagem, a ação higienista do Estado Novo também previa eliminar o próprio morador da vida na cidade, transferindo-o para colônias agrícolas, pois consideravam-no uma ameaça à integridade higiênica da capital.
No Recife, então, conta Correia de Lira, estabeleceu-se uma política de exclusão do centro da cidade de tudo que fosse contra o projeto estético da moderna metrópole, que Agamenon Magalhães, o interventor colocado pelo ditador Getúlio Vargas, queria impor.
Hoje, o que vemos no centro do Recife, pela ação do prefeito Geraldo Julio e seu Secretário de Controle Urbano, João Braga, não difere muito da ação perpetrada pelo interventor varguista, Agamenon Magalhães. Aliás, mal comparando, se pensarmos como o prefeito foi conduzido à prefeitura pelo governador Eduardo Campos, como o técnico missionário salvador da pátria, até nisso lembra Agamenon Magalhães, que foi escolhido, por Getúlio Vargas, depois de mostrar serviço nos Ministérios do Trabalho e da Justiça, para tomar conta da cidade e erradicar os males que “atravancavam o progresso”.
Mas quem pensar que o higienismo é coisa de Geraldo Júlio engana-se mais ainda. Ele também cumpre ordens, assim como Agamenon cumpria ordens de Getúlio. Para se ter uma ideia do caráter higienista do projeto de poder de Eduardo Campos não precisamos ir muito longe. Basta lembrarmos da extinção do sagrado direito de nascer, decretado por Eduardo, em Fernando de Noronha. Lá, em Noronha, gente não pode nascer. Só o que pode nascer é empreendimento turístico para desfrute e lucro de empresários.
Nem maternidade funciona em Noronha. Se houver uma emergência dessa natureza, a paciente tem que ser deslocada para o continente correndo todos os riscos, pois o Estado não pode, ele mesmo, correr o risco de que mais ninguém nasça do paraíso de Fernando de Noronha e adquira os direitos de nativo do lugar.
O último nascimento registrado em Fernando de Noronha foi em 2010 e ainda assim porque a mãe escondeu a gravidez. De outra forma teria sido obrigada a deixar a ilha como ocorre com todas as demais gestantes em Fernando de Noronha que, no sétimo mês de gestação, têm que ir morar no continente, mesmo que não tenham nenhum parente ou aderente para assisti-las. Segundo o governo, a medida visa impedir a explosão populacional em Noronha, de modo a preservar aquele paraíso ecológico da ação predatória dos nativos, que tem em torno de 3,5 mil habitantes e recebe cerca de mil turistas por dia.
É que quem nasce em Noronha, adquire o direito de morar lá pelo resto da vida e sem pagar as caríssimas taxas de permanência. É isso que o governo não quer. Dos cerca de 3,5 mil habitantes de Noronha, 2,6 mil são nativos. A política higienista do governo Eduardo Campos, a pretexto de controlar a explosão demográfica no arquipélago cria a desumana situação pela qual os pais nativos não podem criar seus próprios filhos, pois, evidentemente, não têm como arcar com quase R$ 4 mil, por mês, de taxa de permanência para cada um deles. A solução é entregar os filhos para outros criarem no continente ou então deixarem definitivamente a ilha.
Enquanto isso, o governo não vê problema no livre acesso aos turistas, desde que possam pagar as taxas e a hospedagens em resorts de luxo como a pousada Maravilha que já pertenceu ao apresentador Luciano Huck, mas que desde 2009 a repassou ao marqueteiro e banqueiro Antônio Lavareda, dono de 60% do negócio. Os outros 40% ficaram com o empresário José Gaudêncio.
O governo também não vê problema na recente interdição da praia do Cachorro, em Noronha por causa de um esgoto estourado da Compesa.
Ao mesmo tempo em que expulsava os nativos, para preservar sua ação devastadora, o governo Eduardo também não viu problema em acumular toneladas de lixo produzido pelos turistas que visitavam a Ilha. Foi preciso uma série de denúncias para que cinco anos de lixo acumulado fossem removidos da ilha, o que só começou a acontecer em 2012. Foi registrado, ainda, um aumento no número de pousadas e turistas, o que eleva o volume de lixo. Fernando de Noronha produz entre 180 e 200 toneladas de lixo por mês. Parte é tratada no arquipélago e o restante é levado para o continente.
Pelo menos  400 toneladas de lixo não podem ser removidas do arquipélago e grande parte desse lixo é composto por óleo que não pode ser reutilizado, gerando risco de vazamentos e contaminação do solo.
Para se ter uma ideia do avanço do turismo em Noronha, a frota de veículos local praticamente dobrou entre 2001 e 2013.

Noronha emite por ano 32.310 toneladas de CO2 equivalente. Valor superior à média anual per capita no Brasil, que é de 2,3 toneladas. Os principais fatores que tornam Noronha um paraíso do efeito estufa são o transporte aéreo, a geração de energia, o transporte marítimo e a produção de resíduos, todos intimamente ligados ao turismo. Mas o que se proíbe é o direito de nativos criarem seus filhos na ilha. Se isso não for higienismo, bem, do que se trata, então?
Está claro e cristalino, como as águas de Noronha que o turismo predatório ainda não conseguiu contaminar, que está em curso na cidade uma Nova Política, sim, mas se trata da mesma “nova política” que Agamenon Magalhães trouxe com o Estado Novo: higienismo mascarado de modernidade.
Semana passada, aliás, o Conselho de Desenvolvimento Urbano, ignorando recomendação da Promotoria de Urbanismo da Capital, resolveu aprovar a construção de cinco torres em plena Rua da Aurora, às margens do Capibaribe, no centro histórico da cidade, um dos cartões postais do recifense. Duas torres terão 47 andares e as outras três, 36 andares. Sim, a construtora beneficiária de mais esse “aprovo” do CDU é a já mais que conhecida Moura Dubeux. O Memorial de Impacto da obra, que foi considerado satisfatório pelos membros do CDU, muitos deles notáveis da área, para justificar a aprovação daquela verdadeira agressão ao nosso patrimônio urbanístico, histórico e cultural, não poderia trazer maior simbolismo do que representa a gestão Geraldo Júlio para nossa cidade, em termos do mais gritante higienismo, tudo previamente planejado pelo comandante Eduardo e seu “staff”, pois a cidade deve esconder seus pobres e suas mazelas para debaixo do tapete, afinal, a Copa e a mídia internacional vêm aí.
O tal Memorial da Moura Dubeux, aprovado pelo CDU de Geraldo Júlio e Braga, flerta com o cinismo e debocha de grande parte do povo recifense que vive numa das capitais brasileiras onde o IBGE detectou, no último censo, dos maior índices das chamadas unidades subnormais, ou seja, de mocambos e favelas. Leiam: "Certamente esse tipo de impacto será benéfico, tanto para quem olhar de dentro do empreendimento, sendo possível observar a área de fora do empreendimento e à medida que forem sendo considerados os últimos pavimentos, os moradores terão uma visão privilegiada da cidade, promovendo qualidade de vida. Considerando quem olhar de fora, poderá contemplar as características arquitetônicas do edifício, o que antes da implantação não seria possível".
Observem que para os privilegiados que pagarão em torno de R$ 500 mil por uma unidade nas Torres aprovadas pelo CDU de Geraldo Julio e Braga, o impacto será benéfico, pois terão, sem sombra de dúvidas, uma das visões mais privilegiadas da cidade: a da Rua da Aurora e do Rio Capibaribe. Mas para o restante da cidade, o que restará será olhar para o privilégio dos privilegiados pela gestão Geraldo Júlio e a isso o CDU considerou um impacto altamente positivo para a cidade. Por quem nos tomam, afinal?

Leia mais aqui sobre As Mães de Noronha

O império da hipocrisia




A hipocrisia, sempre presente na vida da Humanidade, continua presidindo a ação dos homens, especialmente na atividade política. Muitos políticos, contando com um espaço garantido na mídia, fazem declarações sobre os adversários, mesmo conscientes de que o que estão dizendo nem sempre corresponde à verdade. Ainda recentemente o líder do PSDB na Câmara Federal, deputado Antonio Imbassahy, acusou a presidenta Dilma Rousseff de ter praticado "um crime" contra o Brasil por ter a Petrobrás comprado uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos. A compra, aprovada por unanimidade pelo Conselho Administrativo da empresa, na época foi considerada um bom negócio, mas hoje está sendo vista pela oposição como um negócio prejudicial ao país.
Sem entrar nos detalhes da transação e mesmo admitindo-se ter sido um mau negócio – o que não parece, considerando-se que a refinaria está dando lucros – pergunta-se ao líder tucano: se a compra de uma indústria em solo americano foi um "crime", conforme disse, como classificar a venda da Vale do Rio Doce para o capital estrangeiro, incluindo as riquezas do subsolo brasileiro? A venda da Vale, a empresa que mais dava lucros ao país, na verdade foi um crime de lesa-pátria, mas o parlamentar prefere fazer vista grossa para essa transação – a exemplo da Grande Mídia, que se beneficia com gordas verbas publicitárias – e hipocritamente faz acusações à adversária política do seu partido. Isso é apenas um pálido exemplo do que se tornou rotina no comportamento de muitos políticos.
Do mesmo modo, um grupo de alienados – muitos dos quais certamente não vivenciaram os anos de chumbo – decidiu fazer uma manifestação em favor de um golpe militar, às vésperas do 50º aniversário do golpe de 1964, aparentemente convencido de que uma ditadura seria a melhor solução para acabar com a corrupção que supostamente campeia no país. Em primeiro lugar é preciso lembrar que a corrupção é uma praga que existe no mundo desde os primórdios da Humanidade e que hoje está mais visível devido à liberdade de expressão, o que não acontece numa ditadura. Isso não significa que a corrupção está maior, mas só numa democracia, com a liberdade de denúncia, é possível combatê-la. Ainda bem que a tal Marcha com Deus acabou num tremendo fiasco, com cerca de 700 pessoas desfilando com faixas pelas ruas de São Paulo, o que significa que o povo está esperto e não dá importância a essas maluquices.
Por sua vez, os dois principais candidatos oposicionistas à Presidência da República, Aécio Neves e Eduardo Campos, concluíram que a melhor maneira de atrair votos é batendo na presidenta Dilma Rousseff. Para ambos, todos os atos do governo federal estão errados e, por isso, o Brasil vai muito mal. Eles sabem que esse cenário não é verdadeiro, mas insistem em apenas apontar problemas sem, contudo, indicar as soluções. Indiretamente estão contribuindo com aqueles que desejam uma intervenção militar no país, embora sejam netos de homens que lutaram contra a ditadura quando ainda se encontravam nas fraldas: Tancredo Neves e Miguel Arraes. Na verdade, graças à estrada democrática aberta com a participação dos seus avós é que eles estão buscando chegar ao Palácio do Planalto pelo voto popular. Deviam, portanto, pensar melhor antes de algumas declarações estapafúrdias.
O que mais surpreende, porém, é que homens que se escafederam do país durante o regime militar, como Fernando Henrique Cardoso e José Serra, continuam deitando falação contra o governo mesmo com enormes rabos de palha, enquanto os que ficaram aqui e lutaram contra a ditadura, como José Dirceu, estão presos justo pela democracia que ajudaram a restaurar. O doce exílio de Serra e FHC no Chile, este desfilando pelas ruas de Santiago em seu Mercedes azul, contrasta com a vida de perigos de Dirceu e José Genoino, que permaneceram aqui lutando por um Brasil livre. Condenados sem provas, com base na "teoria do domínio do fato", ou seja, em rumores veiculados pela chamada Grande Imprensa com foros de verdade, eles pagam hoje o preço do seu idealismo, o que nem a ditadura conseguiu.
Parece estranho, por outro lado, o imobilismo diante da afronta à Constituição de quem tem o dever de defendê-la. O ex-ministro José Dirceu continua há quatro meses preso em regime fechado, contrariando o semiaberto para o qual foi condenado, sem que alguma providência concreta seja tomada para coibir o abuso de poder do ministro Joaquim Barbosa e do seu pupilo Bruno Ribeiro, juiz de Execuções Penais do DF. Até hoje Dirceu é o único que não teve decidido o seu pedido para trabalhar fora do presídio. Tem-se a impressão de que o processo do mensalão foi montado com o único e exclusivo objetivo de atingi-lo, deixando os outros como figurantes. Muitos já criticaram a maldade praticada contra Dirceu, mas ninguém adotou ainda qualquer medida concreta para defendê-lo, nem mesmo o seu próprio partido.
Enquanto isso, a imprensa do condicional continua fazendo vítimas, rotulando pessoas de corruptas e destruindo reputações. O jornalismo do "off", do "teria", do "entreouvido", mais interessado em influenciar do que informar, prossegue em sua prática deletéria, fazendo a cabeça de muita gente, até mesmo dentro do Judiciário, onde o senso de justiça vem sendo substituído pelo partidarismo. O povão, no entanto, felizmente já demonstrou que não mais se deixa influenciar, conforme atestam as pesquisas. E provavelmente está convencido, a despeito do noticiário tendencioso, de que mais cedo ou mais tarde a Justiça prevalecerá. E que o império da hipocrisia não terá no futuro o espaço que tem hoje, o que tornará as pessoas melhores e mais confiáveis.

Ribamar Fonseca

Jornalista, membro da Academia Paraense de Jornalismo e da Academia Paraense de Letras; tem 16 livros publicados