sexta-feira, 21 de março de 2014

A parte da entrevista de Gabrielli que o JN não quis mostrar




 Presidente da Petrobras na época em que a estatal adquiriu a refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), em 2006, José Sérgio Gabrielli defendeu a negociação na noite desta quinta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional. O trecho de sua fala que foi ao ar na Globo, porém, dá a impressão de que ele foi contrário ao que defendeu a presidente Dilma Rousseff sobre o caso.
Gabrielli disse na entrevista que a compra foi "adequada" se for analisado o cenário da época, quando o mercado brasileiro estava "estagnado em termos de crescimento de consumo". Olhando de hoje, ou até mesmo do ano passado, a situação mudou para algo que não podia ser previsto em 2005, explica ele. "A refinaria está em pleno funcionamento e está dando lucro", chegou a defender Gabrielli.
O ex-dirigente da petroleira também negou que tenha havido "um grande impacto na vida financeira da Petrobras" com o negócio, como menciona a jornalista. "Olha, não há como um valor desse (a estatal gastou quase US$ 1,2 bilhão na compra da refinaria) comprometer uma empresa que vale o valor que a Petrobras vale", disse Gabrielli.
Segundo ele, "não há dúvida que há um impacto importante", mas "é preciso levar em conta o que este ativo produziu durante esse período. Esse ativo produziu derivados, que foram vendidos no mercado tradicional. Hoje, continuam sendo vendidos e pertencem ao patrimônio da Petrobras", acrescentou.
Na entrevista que foi levada ao ar pela equipe do Jornal Nacional, foi destacada apenas a fala que cria certo atrito com a presidente Dilma, sobre uma cláusula que obrigava a Petrobras a adquirir 50% da belga Astra na refinaria de Pasadena. Em nota divulgada na última quarta-feira, a presidente afirmou que desconhecia a cláusula. Gabrielli afirmou na entrevista que esta é uma prática comum no mercado.

Informações do Brasil 247

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