sábado, 31 de julho de 2010

Ajude o PSDB a não mentir


Gente! o desespero começa a ganhar corpo no ninho tucano.O PSDB criou um blog COMBATAOBOATO com objetivo de refutar as verdades ditas sobre José Serra.Os tucanos são ridículos, mentem e ainda pedem ajuda aos outros para validar suas mentiras.Vamos ajudar o PSDB a dizer a verdade.

Como fica o Datafolha depois do Ibope pró-Dilma?


O Ibope anunciado agora há pouco, no Jornal Nacional desta sexta-feira, desempatou o jogo das pesquisas eleitorais: em relação à pesquisa anterior, que deu empate em 36 pontos, Dilma subiu três e foi para 39, abrindo cinco pontos de dianteira sobre José Serra, que caiu dois, e agora tem 34. Abriu a “boca do jacaré”, com dizem os especialistas, fora da margem de erro.

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho


O resultado do Ibope ficou bem mais próximo do Vox Populi, que apontou oito pontos de vantagem para Dilma (41 a 33), do que do Datafolha, o único a registrar empate técnico, com José Serra numericamente um ponto à frente (37 a 36), nas pesquisas divulgadas no último fim de semana.

Não sou especialista em pesquisas – aliás, como vocês sabem, em coisa alguma –, mas são números tão divergentes estes apresentados pelos três maiores institutos do país que, neste momento, o Datafolha fica mal na fita. Talvez seja o caso de repensar a sua metodologia, baseada em entrevistas nas ruas nos pontos de grande fluxo de pessoas (os outros ouvem os eleitores em suas casas). Com a palavra, os responsáveis pelo instituto.

A apenas dois meses das eleições e a duas semanas do início do horário político na televisão, sem qualquer fato político relevante nas últimas semanas que possa justificar mudanças bruscas na intenção de voto do eleitor, é no mínimo estranho o cenário visto a partir das últimas pesquisas presidenciais.

Nas campanhas dos principais estados, há mais convergências entre os resultados até aqui divulgados pelos três institutos. Com exceção de São Paulo, onde Geraldo Alckmin caminha para uma tranquila eleição no primeiro turno, são os candidatos da aliança governista PT-PMDB-PSB que aparecem à frente: Sergio Cabral, no Rio; Hélio Costa, em Minas; Tarso Genro, no Rio Grande do Sul (sem o PMDB); Eduardo Campos, em Pernambuco; Jacques Wagner, na Bahia, e Cid Gomes, no Ceará.

O fato de contar com o apoio de candidatos que lideram a disputa nestes grandes colégios eleitorais pode ser uma das explicações para o crescimento de Dilma e a queda de Serra no Vox Populi e no Ibope.

A outra é que cada vez mais eleitores identificam Dilma como a candidata de Lula, o presidente que mantém seu índice de popularidade em torno de 77%, como o Ibope reiterou nesta última pesquisa (apenas 4% consideram seu governo ruim ou péssimo).

É jogo jogado. Agora, resta esperar pelo início dos programas de Serra e Dilma no rádio e na TV para que surjam novidades nas pesquisas, já que Marina Silva, a candidata verde da terceira via, continua cada vez mais longe dos ponteiros (apenas 7% nesta última pesquisa do Ibope). Os nanicos não pontuaram.

Desta forma, a grande pergunta que podemos fazer neste momento é se teremos ou não segundo turno. Que resposta dariam os leitores do Balaio?

Dilma:"Vamos vencer o medo com as realizações do governo Lula"

Lula:Dilma sabe que tem que fazer mais


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, participaram neste sábado (31) de um comício em Curitiba (PR) com lideranças políticas da coligação A União Faz Um Novo Amanhã (PDT, PMDB, PT, PCdoB, PSC e PR). O evento ocorre uma semana após pesquisa do instituto Datafolha apontar Beto Richa (PSDB) com cinco pontos percentuais à frente de Osmar Dias (PDT), candidato apoiado pelo presidente no estado.


Diante de milhares de pessoas na Boca Maldita, tradicional praça de encontros políticos da capital paranaense, Lula disse que foi difícil formar a aliança no estado. “Foi muita conversa com cada um deles, de partidos diferentes, e não foi fácil convencê-los de que estava em jogo não uma loteria, mas a política brasileira, que precisa de melhores governantes. Foram dois anos de negociação”, contou o presidente.

Em seu discurso, o presidente ressaltou os feitos de seus oito anos de governo e disse esperar que a candidata do PT possa fazer ainda mais. “A Dilma sabe que tem que fazer mais e certamente ela irá fazer”, disse Lula, que estava ao lado de Dilma e Osmar Dias, além dos candidatos ao Senado Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT).

Lula se mostrou emocionado quando Osmar Dias lembrou a história de uma jovem graduada graças ao programa ProUni que agradeceu ao presidente pela oportunidade de cursar o ensino superior. O presidente foi ovacionado pela multidão, que gritava ”Lula, eu te amo”.

“O Osmar, a Gleisi o Requião e a Dilma são um projeto para levar o governo Lula para frente”, disse Requião, firmando seu apoio ao candidato da base ao governo. Nas eleições para o governo do Paraná em 2006, Requião derrotou Dias no segundo turno por uma diferença de aproximadamente 10 mil votos.

Ibope

Já Dilma, ao comentar os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto para a Presidência, minimizou os números. “Pesquisa é o retrato do momento. E nesse momento somos capazes de mobilizar pessoas e partidos políticos que reconhecem o trabalho que foi feito nesse governo.”

Para ela, “não dá para usar salto alto, em clima de já ganhou”. “Temos que ter cautela em relação a pesquisas. Ainda temos uma longa caminhada até o dia 3 de outubro”, agregou a candidata, logo depois de participar do comício em Curitiba.

Pesquisa do Ibope divulgada na sexta-feira (30) aponta Dilma com 39% das intenções de voto, cinco pontos percentuais a mais que José Serra (PSDB), que tem com 34%. Marina Silva, do PV, obteve 7% das intenções de voto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.

Evento com empresários

Na noite de sexta-feira (30), o presidente teve um breve encontro com empresários paranaenses na Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), em Curitiba. Lula disse que não existe mágica em economia. "Economia é seriedade”, afirmou.

Já Dilma Rousseff ressaltou a importância da educação no Brasil. "Não imagino qualidade de ensino sem pagar bem aos professores", disse. Ela lembrou episódio recente em que professores paranaenses foram reprimidos pela polícia em uma manifestação por reajuste salarial. “Tratam os professores a cassetetes, enquanto falam de educação de qualidade.”

Crítica a oposição

Mas Lula não deixou de atacar opositores e, principalmente, o Congresso Nacional ao pedir voto para candidatos dos partidos que o apoiam. "É preciso que tenha mais rigidez na escolha de candidatos a deputado e deputada para que o presidente da República não tenha a vida dificultada nos grandes projetos que o Brasil precisa", apelou. Ele acentuou que, como cidadão e integrante do PT, vai lutar pela reforma política, a fim de evitar as infidelidades partidárias. "Não dá para continuar do jeito que está, é preciso critério", ressaltou.

As críticas maiores foram contra os senadores. "Peço a Deus que esta companheira (Dilma) não tenha o Senado que eu tive, que seja mais respeitador, que não ofenda o governo", disse. Ele reclamou, principalmente, do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que teria tirado R$ 40 bilhões da saúde. "Eles, quando estavam no governo, usaram durante oito anos o dinheiro e, quando eu cheguei, eles derrubaram", criticou. Lula disse que muitos perguntam o que ele fará quando sair do governo. "Eu quero ensinar um ex-presidente da República a ser um ex-presidente e não dar palpite a quem está governando", afirmou. "Tenho consciência de que esta companheira tem que montar o governo com a cara dela e não com a cara do Lula e, por ser mulher, sei que tem que colocar mais mulher no governo."

Em seu discurso, Dilma também atacou os adversários, começando pelo vice na chapa de José Serra (PSDB), deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ). "Eu tenho um vice capaz e competente, que é o Michel Temer (deputado federal pelo PMDB/SP), não um vice inexperiente e incapaz", afirmou. A candidata destacou que há diferença entre falar e fazer. "Eles, quando puderam mais, fizeram menos", criticou. Para ela, os maiores cortes aconteceram na área de educação. "E trataram professores a cassetete", ressaltou.

Assumindo o papel de uma espécie de mãe cuidadosa do povo brasileiro, destacado por Lula em seu discurso, Dilma disse que todos ficarão tristes quando o presidente deixar o cargo. "Mas vai estar passando a minhas mãos a herança dele, o que ele mais ama, que é o povo", afirmou. "Uma mulher pode cuidar do povo dele, pode apoiar o povo dele." A coordenação da campanha no Paraná espera que a candidata venha mais vezes, com o objetivo de diminuir a diferença para o adversário que é uma das maiores entre todos os Estados.


Da Redação Vermelho, com agências

Coitado dos leitores do PiG


Chega a dar pena ler os comentários dos eleitores demotucanos nos grandes portais do Brasil.

Fiz um passeio pela Folhacom, Estadão, Terra, IG, R7, Yahoo, JC, Diário de Pernambuco, Veja Online, e outros, e o que vi foi muito choro, muitas lamurias, muitas reclamações.

Os caras estão desesperados com o resultado do pouco confiável IBOPE(provavelmente Dilma tem mais que 15 pontos à frente de Serra).

Assim como os sabujos do PiG, seus "pobres" leitores esperam que o Datafolha jogue a bóia para salvar Serra.

Além disso, como de costume, recomendam que Serra fale do mensalão, da queda do avião da TAM, dos cartões corporativos, da quebra de sigilo do Zé-Ninguém Eduardo Jorge, da CPI do MST, o caseiro Nildo, de Lulinha, do Filme Lula, o filho do Brasil, que, segundo alguns, foi bancado pelo governo, enfim, recomendam que Serra fale de tudo no guia eleitoral, até de suas mentiras como a que criou o FAT, o Seguro-Desemprego, os genéricos, o Programa de Saúde da Família.

Não veem esses babacas que nada disso vai dar votos para Serra.O povo sabe que se tudo isso for usado na campanha de Serra vai soar como desespero da oposição.O povo quer propostas para o desenvolvimento econômico-social do Brasil, quer que o próximo governo avance mais que o governo Lula, e propostas para o Brasil Serra não têm, Serra também não vai fazer com que o Brasil avance mais, a não ser em relação a corrupção, à privataria, ao desemprego, à fome, à miséria.

Dutra: ''Vemos ascensão nas pesquisas''


O Estado de S.Paulo


O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, acredita que a pesquisa Ibope mostra uma consolidação da tendência de ascensão da candidata Dilma Rousseff. "Em todos os institutos, quando se compara com a pesquisa anterior, vemos um equilíbrio entre os dois candidatos, mas a Dilma subindo e o Serra caindo", avalia.


Segundo ele, o início da propaganda política , no dia 17, deve consolidar ainda mais a subida da petista, na medida em que os 20% dos eleitores que ainda não sabem que Dilma é a candidata do presidente Lula passem a saber. "É uma eleição disputada, e o equilíbrio dos candidatos mostra isso."

Que coisa estranha!

Rio Grande do Sul: um problema para o IbopeO Rio Grande do Sul tem dado trabalho para o Ibope.


A diretora-executiva do instituto, Márcia Cavallari, afirma que como os gaúchos são os “eleitores mais fervorosos” os entrevistadores contratados para o período eleitoral têm tido dificuldades para encontrar pessoas que se encaixem no perfil para responder ao questionário das pesquisas de intenção de voto:

- O Rio Grande do Sul é o lugar mais difícil de se fazer pesquisa porque o Ibope não entrevista pessoas que manifestem posição política de antemão, que estejam militando ou que se ofereçam para ser entrevistadas.


Autor: Thais Arbex


Comentário do Terror:Que coisa estranha! Então quer dizer que o IBOPE só entrevista defunto no RGS?

E tome choro no PiG


A ultraconservadora Marisa Gibson, do Diário de Pernambuco, é mais uma do PiG que está desesperada com a iminente derrota de José Serra.Gibson é daquelas que preferem o votar no satanás a engolir Dilma Rousseff.


Ainda fora do embate

A senadora Marina Silva (PV), candidata a presidente da República, não é fustigada por nenhum adversário, consegue arrancar aplausos dos mais duros empresários, é a alternativa para quem não quer ver nem Dilma Rousseff (PT) nem José Serra (PSDB) na Presidência da República, tem uma trajetória de vida interessante, é respeitada nacional e internacionalmente na sua área - Meio Ambiente -, mas não consegue se inserir no debate da sucessão presidencial. Marina tem algo em torno de 10% de intenção de voto, em praticamente todas as pesquisas eleitorais, o que significa mais de 13 milhões de votos, mas é como se a candidata não existisse. Quando se discute eleição presidencial, todas as atenções convergem para Dilma e Serra, tanto para elogiar como para criticar. E a dois meses da eleição, a candidata do Partido Verde nem ameaça Dilma nem ajuda Serra. Talvez, se Marina tivesse um marketing mais agressivo, sua candidatura quem sabe já seria, de fato, uma alternativa. Bem, o problema das candidaturas de partidos menores e tidos como politicamente corretos, é que seus integrantes querem ser mais virtuosos que os adversários e se esquecem que eleição não é uma maratona sobre virtudes. É uma guerra pelo poder. Já está mais do que evidente que a garra que Marina mostrou ao Brasil e ao mundo defendendo suas convicções no Ministério do Meio Ambiente, não é a mesma da candidata. Quem vê Marina nesta campanha eleitoral, custa a acreditar que ela tenha sobrevivido ao trovão petista chamado Dilma Rousseff. Diante deste cenário é difícil se fazer uma previsão do que acontecerá com a candidatura de Marina nos próximos dias, quando a debate eleitoral tende a se agudizar entre Dilma e Serra, numa polarização já estabelecida há bastante tempo. É possível que ela cresça mais um pouco, abrindo a possibliidade de um segundo turno, mas também ela pode ser literalmente engolida. E, se isso acontecer, a eleição será decidida no primeiro turno, com mais chances para a candidata petista.

Lula critica Serra durante inauguração de obra no Paraguai


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu os acordos energéticos de seu governo com o Paraguai, e disparou contra o candidato da oposição à presidência brasileira José Serra, ao inaugurar nesta sexta-feira as obras de uma linha de transmissão entre Itaipu e Assunção.

O projeto hidrelétrico "Itaipu foi construído para que Brasil e Paraguai se beneficiem", afirmou Lula. "Os que o criticam deveriam fazer primeiro um cálculo de quanto custa uma linha de transmissão e comparar os benefícios que o Brasil teve todos esses anos".

José Serra (PSDB) afirmou há dois dias que Lula "faz filantropia com o Paraguai" em Itaipu.

Lula afirmou nesta sexta-feira que "a paz e a harmonia que temos vale muito mais que linhas de transmissão como esta".

O presidente se referia à subestação de energia elétrica de Itaipu que será construída nos arredores de Assunção, cuja pedra inaugural foi lançada hoje em companhia de seu colega paraguaio, Fernando Lugo.

Para esta obra, cujo custo estimado é de pouco mais de 500 milhões de dólares, o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) aportará 400 milhões.

Lula disse esperar que o Senado brasileiro aprove antes do fim de seu mandato - em janeiro de 2011 - os acordos assinados com o presidente Lugo há um ano, pelo qual oferece "concessões" - reivindicações para os paraguaios - na represa hidrelétrica de Itaipu, de condomínio mútuo.

Entre os acordos está o aumento, de 120 para 360 milhões de dólares anuais, do valor pago pelo Brasil ao Paraguai por parte da energia em Itaipu.

O presidente afirmou que mesmo após o final de seu governo o Brasil "deve seguir estimulando o desenvolvimento dos países menores do Mercosul porque assim garantirá o próprio desenvolvimento".

Da AFP Paris

A hipocrisia neoliberal e os investimentos do BNDES


O dogma liberal do estado mínimo está em xeque. Seu culto cresceu nas últimas décadas com o predomínio da tese de que o governo deve ficar fora da economia, eliminando as empresas estatais e acabando com as leis que regulam a ação do capital.

A hipocrisia liberal, contudo, não foi derrotada, como mostra o clamor dos grandes jornais contra o que apelidam de "estado empresarial", título de um editorial onde a Folha de S. Paulo (08.03.2010) alertava contra os investimentos do BNDES e dos fundos de pensão que podem criar, diz o jornal uma situação "nociva ao país".

A pressão privatista cresceu à medida em que, no Brasil, a ameaça mais aguda da crise econômica mundial foi ficando para trás. E, hoje, envolve desde a participação do BNDES no fomento de investimentos e fortalecimento de empresas brasileiras, até os esforços de regular a propaganda de alimentos ou o registro de ponto dos trabalhadores.

A palavra liberalismo é enganosa. Ela insinua a defesa da liberdade mas não confessa que essa é, na verdade, liberdade para o capital, e não para os trabalhadores. Para estes, ela é designada por outra palavra: democracia. E que quase nunca anda junto com aquela. Aliás, para impor a liberdade do capital, os liberais precisam reprimir os trabalhadores - por isso seu regime anda de mãos dadas com as piores ditaduras conhecidas, e representa atentados contra os direitos políticos e sociais do povo e das nações.

É nesse sentido que liberalismo é sinônimo de desregulamentação (ou desburocratização) e que o capital e os capitalistas defendem a quebra de todas as leis que colocam limites à busca ensandecida do lucro.

A gritaria da mídia contra o que os neoliberais chamam de intromissão do Estado tem o sentido de combater aquilo que encaram como ameaças contra a livre ação do capital. Assim, os grandes jornais e as entidades ligadas à indústria de alimentos e à publicidade se levantaram contra a regulamentação pela Anvisa da comercialização de alimentos e que exige a elaboração de rótulos com a indicação clara dos produtos nocivos à saúde contidos neles. Esconderam, sob a alegação de defesa da "liberdade de expressão" e da "soberania" do consumidor, o "direito" de fabricantes continuarem escondendo informações necessárias ao bem estar e à saúde dos consumidores.

Tudo em defesa, claro, do sacrossanto lucro! A controvérsia causada pela regulamentação do ponto eletrônico tem o mesmo sentido. A questão que provoca a ira patronal é o aprimoramento do controle de um direito do trabalhador e que pode inibir as fraudes que enfrentam na hora de receber o valor correspondente às horas trabalhadas. A força de trabalho é a mercadoria que o trabalhador vende para a burguesia e a forma de medir esse fornecimento é o registro do número de horas trabalhadas. Este é um direito do trabalhador e o aprimoramento de sua regulamentação é uma ação legal para coibir todos os abusos e fraudes. Contra a liberdade absoluta do capital, enfim.

Quando a ação do governo envolve investimentos financeiros para fomentar o desenvolvimento, a gritaria beira à histeria. É o que se assiste em relação ao plano de criação de uma empresa estatal de seguros para operar as grandes obras de infraestrutura que estão em andamento. Elas envolvem valores muito elevados (fala-se em algo em torno de 17 bilhões de reais em 2009), prometendo lucros que os empresários privados não querem perder.

Há uma grita generalizada na mídia conservadora contra o uso do poder do estado para fomentar o desenvolvimento. O jornal O Estado de S. Paulo, em editorial de 16.07.2010, se referiu criticamente, em editorial, ao que denominou "generosa oferta de apoio financeiro ao trem bala com recursos estatais" oriundos de empréstimos feitos pelo BNDES, condenando a criação de uma empresa estatal (a ETAV) para operar a nova e moderna ferrovia. E usava um argumento hipócrita, repetido pelo candidato oposicionista José Serra e seus parceiros tucanos: o trem bala não é necessário, sugeria o editorial, mesmo porque existem "tantas carências na área de saúde, de educação, de habitação e condições de vida nas cidades". Na mesma linha, José Serra criticou a obra alegando que o dinheiro investido nela daria para construir outras obras de infraestrutura, dando o exemplo infeliz (no caso dele), do metrô. Daria para construir 300 quilômetros de metrô, alegou, deixando uma pergunta no ar: por que não fez isso quando foi governador de São Paulo?

O próprio O Estado de S. Paulo reconhece que o BNDES faz mais investimentos do que o FMI e o Banco Mundial somados, e só em 2009 aplicou 137 bilhões de reais para alavancar o desenvolvimento. "Tudo passa hoje pelo BNDES", anotou em um artigo (11.07.2010) que tinha o objetivo de demonizar a ação do governo.

O governo Lula, particularmente no segundo mandato, empenhou-se na reconstrução da economia brasileira. De um lado, juntamente com as centrais sindicais, adotou a política de recuperação do salário mínimo e da renda do trabalhador. Do outro lado, amparou as empresas brasileiras, fortaleceu a produção nacional e criou empregos. Aplicou uma política oposta à dos tucanos e dos neoliberais, cuja preocupação central sempre foi a defesa dos interesses do capital e da capacidade do governo para pagar os altos juros que ele impõe.

Os resultados estão à vista, e a hipocrisia liberal investe contra eles por oportunismo político eleitoral (a velha tática de dizer que está tudo errado, mania que já perdeu a credibilidade popular) e também em defesa dos interesses de classe da grande burguesia, principalmente daquela que vive de juros e é aliada incondicional (e histórica) do capital estrangeiro. Editorial Vermelho.

Vale a pena ver de novo

O lamento da sabuja

Cristiana Lobo: campanha de Dilma atingiu o objetivo

A pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (30) mostra que o PT atingiu o objetivo estabelecido: o de levar a candidata Dilma Rousseff à dianteira nas pesquisas eleitorais até o início do propaganda na televisão, que vai começar dia 17. Dilma abriu uma diferença de cinco pontos porcentuais sobre José Serra – 39% a 34%. Segundo a pesquisa, Dilma subiu três pontos e Serra caiu seis pontos porcentuais.

A esta altura da campanha Dilma mostra,ainda, com 39% das intenções de votos que superou a marca do PT que era de algo em torno de 33% e está agregando votos que lhe são transferidos pelo presidente Lula. Este cenário favorável à Dilma chega antes da prometida presença maciça do presidente Lula nos programas eleitorais de televisão. Até agora, a oposição avaliava que estava se esgotando o potencial de transferência de votos de Lula para Dilma.

Os aliados, agora, consideram que Dilma pode alcançar a marca de 70% dos votos válidos na região Nordeste, onde a aprovação do presidente Lula é mais alta – em alguns municípios supera os 90% dos consultados, conforme as pesquisas. Nesta pesquisa Ibope, Lula é aprovado por 77% dos consultados em todo o país, mas com diferença maior no Norte e Nordeste.

A região Sudeste é a responsável pela ultrapassagem de Dilma na pesquisa. Ela cresceu em vários Estados, mas particularmente, em Minas, onde, conforme o Ibope, ela superou José Serra. Isso explica a iniciativa do tucano de abrir comitês eleitorais na terra de Aécio Neves. Lá, segundo o coordenador da campanha petista junto aos prefeitos municipais, Márcio Lacerda, pegou entre prefeitos o voto “dilmasia” – em Dilma para a presidência e em Anastasia para o governo Estadual. Anastasia também subiu na pesquisa, mas continua atrás de Hélio Costa (PMDB. O placar lá é de 39% para Costa e 21% para Anastasia. No Rio, também, Dilma abriu uma diferença de 19 pontos porcentuais sobre Serra.

Em São Paulo, Dilma também subiu na pesquisa, mas José Serra mantém a dianteira no Estado. A diferença entre eles, agora, é de 11 pontos porcentuais – em números absolutos, inferior a 3 milhões de votos. Pelos cálculos do PT, bastaria ao partido reduzir a vantagem de Serra para menos de 4 milhões de votos para obter um bom desempenho na campanha eleitoral.

Fonte: Coluna de Cristiana Lobo no G1

Não tem preço ver o desespero do PiG


Convenhamos, não é só o blog Coturno Noturno que está desesperado com o resultado da pesquisa do IBOPE.


O PiG todo está em polvorosa.


Ontem, no Jornal Nacional, notava-se a tristeza do casal William Simpson e Fátima Bernardes.


A dupla do mal deixou para divulgar a pesquisa no quarto bloco do JN, ao contrário da divulgação do Datafolha, que foi divulgada no segundo bloco do indigitado telejornal.


No dia de hoje. os sabujos estão fazendo malabarismo para tentar explicar a derrocada de Serra.


Tio Rei, Josias de Souza, João Bosco Rabello, Fernando Rodrigues, Valdo Cruz, Jamildo Melo e afins só faltam culpar o goleiro Bruno pela queda substancial(quase 10 pontos) de Serra na pesquisa IBOPE.


A tábua de salvação dos sabujos do PiG e dos demotucanos é o Datafolha, um instituto totalmente sem credibilidade, que possivelmente por esses dias vai cair em campo para tentar dar um novo gás a candidatura Serra.


Mas não adianta manipular, roubar, fraudar, mentir, requentar denúncia, ligar o PT às FARCs, replicar suposta quebra de sigilo de um mané qualquer que o povo já decidiu:quer Dilma presidente.


O blog ultra-direita-radical e golpista Coturno Noturno está em prantos com o IBOPE

Vejam abaixo o que o citado blog postou na última quarta-feira dia 28/07. Eles esperavam que o IBOPE desse 5 pontos em favor do Serra e deram com os burros n'água. Estão nesse momento se dirigindo a Rede Globo com cartazes com os dizeres: "Abaixo a Rede Globo Traidora" e outro: "Queremos mais um Golpe, não nos abandonem".

Diante dessa lamentável notícia que se alastra no reino demo-tucano (Dilma 39% e Serra 34%), espera-se um pronunciamento em alguns instantes do candidato da oposição para acalmar a galera, pois está de posse da informação que o Datafolha vai em campo ainda hoje a partir da meia-noite para uma nova pesquisa que será divulgada amanhã, onde o Zé Pedágio aparece em novo empate técnico.

Diante dessa situação, esse blog se solidariza com os irmãos golpistas do Coturno Noturno e aconselha: "muita calma nessa hora", pois até 03 de outubro Dilma Rousseff estará com 48% dos votos e vai ganhar essa eleição no primeiro turno.
Fonte:Blog do Roberval

sexta-feira, 30 de julho de 2010

IBOPE:Dilma 39% Serra 34%


Pesquisa IBOPE/Rede Globo/Estadão aponta ampla vantagem de Dilma Rousseff na corrida presidencial ao Palácio do Planalto.Segundo o referido instituto de pesquisa, Dilma Rousseff(PT) tem 39% das intenções de voto dos brasileiros e José Descendo a Ladeira Serra(PSDB) tem 34% das intenções de voto.Isso é o prenúncio de uma estupenda derrota de Serra e seus aliados, o DEMO, o PSDB e o PPS, PV.Mais:provavelmente a vantagem dr Dilma é muito maior.O IBOPE é capaz de tudo.

Justiça arquiva ação de Daniel Dantas contra Fausto De Sanctis


A Corregedoria do TRF da 3ª Região (Tribunal Regional Federal), em São Paulo, arquivou esta semana um processo movido pelo banqueiro Daniel Dantas contra o juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O dono do banco Opportunity processou o juiz por causa de uma autorização para vistoriar fazendas dele no Pará.

Essa foi a quinta ação de Dantas contra De Sanctis. Apenas duas ainda estão em aberto. O juiz foi o responsável pela Operação Satiagraha que acabou com a condenação do banqueiro, que pode recorrer da decisão.

No caso arquivado, Dantas afirmou que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) omitiu, ao fazer o pedido, o impedimento legal para vistoriar propriedades invadidas. Semanas antes da decisão do juiz, em novembro passado, as fazendas foram ocupadas por sem-terra.

Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, que defende De Sanctis, uma invasão não impede do Incra de fazer uma vistoria.

"Não era uma decisão ilegal. Ela pode ser questionada judicialmente, mas não pode ser vista como um ato de indisciplina", disse.

No ano passado, De Sanctis sequestrou 25 fazendas e 450 mil cabeças de gado da empresa a de Dantas pedido da Polícia Federal, que trabalha com a suspeita de que a agropecuária pode ter sido usada para operações de lavagem de dinheiro obtido irregularmente em outras operações do Opportunity. FSP.

IBOPE/PE:Eduardo Campos 60%, Jarbas Vasconcelos 24%


Pesquisa IBOPE/Rede Globo/Estadão aponta ampla vantagem de Eduardo Campos na corrida ao governo de Pernambuco.Segundo o referido instituto de pesquisa, Eduardo Campos(PSB-PE) tem 60% das intenções de voto dos pernambucanos e Jarbas Vasconcelos(PMDB-PE) tem 24% das intenções de voto.Isso é o prenúncio de uma estupenda derrota de Jarbas e seus aliados, o DEMO, o PSDB e o PPS.

Até que enfim Sérgio Guerra, o Anão do Orçamento, exonerou os fantasmas


Sérgio Guerra exonera oito parentes de assessor no Senado


O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha de José Serra à Presidência da República, exonerou os oito parentes de um assessor seu que estavam lotados em seu escritório de apoio em Recife, mas que nunca deram expediente. O caso foi revelado pela Folha em junho.

Os parentes de Caio Mário Mello Costa Oliveira, uma espécie de faz-tudo do senador em seu Estado de origem, não davam expediente no local e mantinham ocupações paralelas, apesar de a frequência ser exigida por uma norma do Senado. A única secretária que trabalhava no escritório de Guerra disse que nunca tinha ouvido falar na família.

À época, Sérgio Guerra, que também é presidente nacional do PSDB, negou que eles fossem "fantasmas". No entanto, consultou a área jurídica do Senado para saber se o fato de empregar dois filhos, dois irmãos, três sobrinhos e uma cunhada de seu assessor configuraria nepotismo. Segundo entendimento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em decisões precedentes, nem parentes de assessores podem ser nomeados em cargos de comissão.

"PORQUE QUIS EXONERAR"

Agora, Guerra diz que exonerou a família "porque quis exonerar".

"Vou fazer uma reforma aqui no meu gabinete. Daqui a cinco meses eu não sou mais senador. Eu tomei providências para evitar problemas. Tem campanha agora, e é mais prudente eu limpar isso tudo aqui e pronto", disse o senador, que agora disputa uma vaga na Câmara dos Deputados e que se queixou de adversários políticos seus estarem usando o caso contra ele em Pernambuco.

Ainda de acordo com o tucano, uma consulta feita por ele ao setor jurídico do Senado com o objetivo de saber se as contratações configuravam nepotismo resultou numa resposta "vaga", o que também motivou a decisão de exonerá-los.

Guerra não soube dizer a data da exoneração. Seu gabinete informou que a dispensa foi publicada já no mês de julho, mas não informaram a data exata. Folhacom

Chomsky: “Os EUA são o maior terrorista do mundo”


Noam Abraham Chomsky, intelectual estadunidense, pai da linguística e polêmico ativista por suas posturas contra o intervencionismo militar dos Estados Unidos, visitou a Colômbia para ser homenageado pelas comunidades indígenas do Departamento de Cauca. Falou com exclusividade para Luis Angel Murcia, do jornal Semana.com, em 21 de Julho de 2010.


O morro El Bosque, um pedaço de vida natural ameaçado pela riqueza aurífera que se esconde em suas entranhas, desde a semana passada tem uma importância de ordem internacional. Essa reserva, localizada no centro da cidade de Cauca, muito próxima ao Maciço colombiano, é o cordão umbilical que hoje mantêm aos indígenas da região conectados com um dos intelectuais e ativistas da esquerda democrática mais prestigiados do planeta.

Noam Abraham Chomsky. Quem o conhece assegura que é o ser humano vivo cujas obras, livros ou reflexões, são as mais lidas depois da Bíblia. Sem duvida, Chomsky, com 81 anos de idade, é uma autoridade em geopolítica e Direitos Humanos.

Sua condição de cidadão estadunidense lhe dá autoridade moral para ser considerado um dos mais recalcitrantes críticos da política expansionista e militar que os EUA aplica no hemisfério. No seu país e na Europa é ouvido e lido com muito respeito, já ganhou todos os prêmios e reconhecimentos como ativista político e suas obras, tanto em linguística como em análise política, foram premiadas.

Sua passagem discreta pela Colômbia não era para proferir as laureadas palestras, mas para receber uma homenagem especial da comunidade indígena que vive no Departamento de Cauca. O morro El Bosque foi rebatizado como Carolina, que é o mesmo nome de sua esposa, a mulher que durante quase toda sua vida o acompanhou. Ela faleceu em dezembro de 2008.

Em sua agenda, coordenada pela CUT e pela Defensoria do Povo do Vale, o Senhor Chomsky dedicou alguns minutos para responder exclusivamente a Semana.com e conversar sobre tudo.

Quê significado tem para o senhor esta homenagem?

Estou muito emocionado; principalmente por ver que pessoas pobres que não possuem riquezas se prestem a fazer esse tipo de elogios, enquanto que pessoas mais ricas não dão atenção para esse tipo de coisa.

Seus três filhos sabem da homenagem?

Todos sabem disso e de El Bosque. Uma filha que trabalha na Colômbia contra as companhias internacionais de mineração também está sabendo.

Nesta etapa da sua vida o que o apaixona mais: a linguística ou seu ativismo político?

Tenho estado completamente esquizofrênico desde que eu era jovem e continuo assim. É por isso que temos dois hemisférios no cérebro.

Por conta desse ativismo teve problemas com alguns governos, um deles e o mais recente foi com Israel, que o impediu de entrar nas terras da palestina para dar uma palestra.

É verdade, não pude viajar, apesar de ter sido convidado por uma universidade palestina, mas me deparei com um bloqueio em toda a fronteira. Se a palestra fosse para Israel, teriam me deixado passar.

Essa censura tem a ver com um de seus livros intitulado ‘Guerra ou Paz no Oriente Médio?

É por causa dos meus 60 anos de trabalho pela paz entre Israel e a Palestina. Na verdade, eu vivi em Israel.

Como qualifica o que se passa no Oriente Médio?

Desde 1967, o território palestino foi ocupado e isso fez da Faixa de Gaza a maior prisão ao ar livre do mundo, onde a única coisa que resta a fazer é morrer.

Chegou a se iludir com as novas posturas do presidente Barack Obama?

Eu já tinha escrito que é muito semelhante a George Bush. Ele fez mais do que esperávamos em termos de expansionismo militar. A única coisa que mudou com Obama foi a retórica.

Quando Obama foi galardoado com o prêmio Nobel de Paz, o quê o senhor pensou?

Meia hora após a nomeação, a imprensa norueguesa me perguntou o que eu pensava do assunto e respondi: “Levando em conta o seu recorde, este não foi a pior nomeação”. O Nobel da Paz é uma piada.

Os EUA continuam a repetir seus erros de intervencionismo?

Eles tem tido muito êxito. Por exemplo, a Colômbia tem o pior histórico de violação dos Direitos Humanos desde o intervencionismo militar dos EUA.

Qual é a sua opinião sobre o conceito de guerra preventiva que os Estados Unidos apregoam?

Não existe esse conceito, é simplesmente uma forma de agressão. A guerra no Iraque foi tão agressiva e terrível que se assemelha ao que os nazistas fizeram. Se aplicarmos essa mesma regra, Bush, Blair e Aznar teriam de ser enforcados, mas a força é aplicada aos mais fracos.

O que acontecerá com o Irã?

Hoje existe uma grande força naval e aérea ameaçando o Irã e, somente a Europa e os EUA pensam que isso está certo. O resto do mundo acredita que o Irã tem o direito de enriquecer urânio. No Oriente Médio três países (Israel, Paquistão e Índia) desenvolveram armas nucleares com a ajuda dos EUA e não assinaram nenhum tratado.

O senhor acredita na guerra contra o terrorismo?

Os EUA são os maiores terroristas do mundo. Não consigo pensar em qualquer país que tenha feito mais mal do que eles. Para os EUA, terrorismo é o que você faz contra nós e não o que nós fazemos a você.

Há alguma guerra justa dos Estados Unidos?

A participação na Segunda Guerra Mundial foi legítima, entretanto eles entraram na guerra muito tarde.

Essa guerra por recursos naturais no Oriente Médio pode vir a se repetir na América Latina?

É diferente. O que os EUA tem feito na América Latina é, tradicionalmente, impor brutais ditaduras militares que não são contestados pelo poder da propaganda.

A América Latina é realmente importante para os Estados Unidos?

Nixon afirmou: “Se não podemos controlar a América Latina, como poderemos controlar o mundo”.

A Colômbia tem algum papel nessa geopolítica ianque?

Parte da Colômbia foi roubada por Theodore Roosevelt com o Canal do Panamá. A partir de 1990, este país tem sido o principal destinatário da ajuda militar estadunidense e, desde essa mesma data tem os maiores registros de violação dos Direitos Humanos no hemisfério. Antes o recorde pertencia a El Salvador que, curiosamente também recebia ajuda militar.

O senhor sugere que essas violações têm alguma relação com os Estados Unidos?

No mundo acadêmico, concluiu-se que existe uma correlação entre a ajuda militar dada pelos EUA e violência nos países que a recebem.

Qual é sua opinião sobre as bases militares gringas que há na Colômbia?

Não são nenhuma surpresa. Depois de El Salvador, é o único país da região disposto a permitir a sua instalação. Enquanto a Colômbia continuar fazendo o que os EUA pedir que faça, eles nunca vão derrubar o governo.

Está dizendo que os EUA derruba governos na América Latina?

Nesta década, eles apoiaram dois golpes. No fracassado golpe militar da Venezuela em 2002 e, em 2004, seqüestraram o presidente eleito do Haiti e o enviaram para a África. Mas agora é mais difícil fazê-lo porque o mundo mudou. A Colômbia é o único país latinoamericano que apoiou o golpe em Honduras.

Tem algo a dizer sobre as tensões atuais entre Colômbia, Venezuela e Equador?

A Colômbia invadiu o Equador e não conheço nenhum país que tenha apoiado isso, salvo os EUA. E sobre as relações com a Venezuela, são muito complicadas, mas espero que melhorem.

A América Latina continua sendo uma região de caudilhos?

Tem sido uma tradição muito ruim, mas, nesse sentido, a América Latina progrediu e, pela primeira vez, o cone sul do continente está a avançando rumo a uma integração para superar seus paradoxos, como, por exemplo, ser uma região muito rica, mas com uma grande pobreza.

O narcotráfico é um problema exclusivo da Colômbia?

É um problema dos Estados Unidos. Imagine que a Colômbia decida fumigar a Carolina do Norte e o Kentucky, onde se cultiva tabaco, o qual provoca mais mortes do que a cocaína.

Fonte: Agência de Notícias Nova Colômbia. Original em http://www.semana.com/noticias-mundo/parte-colombia-robada-roosevelt/142043.aspx


Lula diz vai que participar todos os dias do programa de TV de Dilma


Podem ficar certos que a vitória já está garantida. No primeiro turno.

Da Agência Brasil.


.Ao participar do comício da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, em Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que os opositores não vão conseguir tirá-lo da campanha. Lula reclamou do que ele chamou de tentativas de afastá-lo do palanque e disse que estará “todos os dias” no programa de televisão de Dilma.

- Eles vão ter que ver a minha cara todos os dias na televisão, pedindo voto para minha companheira Dilma Rousseff. Quero lembrar a vocês que isso que fizemos aqui [comício] é apenas o embrião do que vai ocorrer na campanha. A campanha está começando agora e espero voltar aqui mais vezes.

Lula disse ainda que “os capitalistas” brasileiros nunca souberam conduzir a economia do país.

- A mesma elite que levou Getúlio Vargas a dar um tiro no coração, matou Jânio Quadros e fez João Goulart renunciar. Eu disse a essa elite que eu não estarei no gabinete lendo o jornal deles, mas na rua, com o povo brasileiro que vai decidir o destino desse país.

O presidente disse que sempre acreditou que Dilma iria construir um leque de alianças até maior do que ele conseguiu reunir nas suas campanhas de 2002 e 2006.

- Dilma tem apoio de todas as centrais sindicais, da UNE (União Nacional dos Estudantes), dos estudantes secundaristas, de todas as conferências e movimentos. Eu vejo que ela continua construindo esses apoios.

Lula disse que o PT gaúcho deve continuar com a política de alianças.

O PT aqui começou a perder quando começou a adotar uma postura de autosuficiência e de pouca humildade. Estou alegre de ver o nosso querido Collares [ex-governador pelo PDT] fazendo campanha para a Dilma e para o Tarso Genro.

Pela primeira vez, Lula discursou depois de Dilma, que se mostrou mais descontraída no comício em Porto Alegre do que em eventos anteriores de campanha. Lula também buscou valorizar a mulher e disse que quem sabe “gerar, parir e administrar” outro ser humano terá sensibilidade suficiente para conduzir o país.

- Gerir esse país não pode ser apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria da cabeça com a sensibilidade do coração.

O jeito tucano de governar:Terceirizações no serviço público crescem 40% na gestão de Serra

A terceirização no serviço público é um câncer.Quem conhece a máquina estatal sabe que nestes tipos de contratações o Estado, a União, os Municípios pagam duas vezes pelo mesmo serviço.Paga à prestadora pilantra e paga ao empregado quando a prestadora pilantra não o paga.Sem contar que a maioria dessas contratações ocorre por influência de políticos e cabos eleirorais, o que invalida o argumento de "inchaço" do aparelho do Estado por apadrinhamento politico.Isso é balela.É esse modelo que José Serra defende para o Brasil?

"Enquanto o candidato José Serra (PSDB) torna a crítica ao inchaço da máquina pública e o loteamento de cargos no governo federal uma das bandeiras de campanha, a administração do tucano em São Paulo teve como uma de suas marcas as terceirizações. De acordo com dados do Sisgeo (sistema de gerenciamento do orçamento paulista), despesas com contratações de serviços que poderiam ser feitos por servidores do governo, mas foram repassados a terceiros, como limpeza, segurança, vigilância, além de repasses a entidades conveniadas, cresceram 40% de 2006 a 2009.

Questionado sobre as tercerizações, em sabatina ao R7, na última quinta-feira, o candidato tucano preferiu dizer que, se eleito, vai combater o inchaço da máquina acabando com "desperdícios". Ele admitiu que na esfera federal há funcionários demais, mas aponta que o problema está nos cargos comissionados (que não precisam de concursos), e não nos funcionários públicos. Serra afirmou que abriu 110 mil vagas em concursos no Estado, quando governou São Paulo.

Essa marca da administração tucana de optar por repassar a terceiros funções que antes eram exercidas pelo Estado foi sentida logo que Serra sentou na cadeira de governador, em 2007. Em seu segundo dia de mandato, o tucano assinou um decreto determinando o enxugamento em 15% os gastos com funcionários em cargos de comissão ou função de confiança. Atualmente, dos quase 450 mil funcionários do governo, apenas 6.239 (1,4%) são comissionados.

Já o gasto com terceirizações só cresceu. Em 2006 – último ano da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) – o governo gastou R$ 7,95 bilhões. No ano seguinte, primeiro de Serra no Palácio dos Bandeirantes, o valor saltou para R$ 8,53 bilhões, com altas sucessivas nos anos seguintes: R$ 9,61 bilhões em 2008 e R$ 10,26 bilhões em 2009. Serra deixou o governo em abril deste ano para disputar a Presidência.


Para fazer o cálculo, foram considerados todos os serviços que seriam de responsabilidade do Estado e os que ele paga alguém (empresas) para fazer. Além dos serviços já citados, também entram na conta repasses a organizações sociais, como as que administram hospitais públicos, a entidades de assistência a presos e também as terceirizações de leitos, ou seja, quando o governo paga uma espécie de aluguel a um hospital privado por internações de pacientes.

Solicitado pelo R7, o governo não informou um valor oficial destes gastos, nem quantos empregados terceirizados prestam serviço para o Estado atualmente. A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Gestão afirma não haver um controle, pois as contratações são referentes a serviços e quem decide se vai usar uma ou cem pessoas para realizá-los são as próprias empresas contratadas.

Governo federal

Em eventual vitória em outubro, Serra não deve encontrar obstáculos caso queira adotar seu modo de administrar no governo federal. De acordo com Jorge Kayano, pesquisador do Instituto Pólis, as terceirizações, embora criticadas, são cada vez mais adotadas como forma de gestão.

- Há toda uma polêmica em cima de modelos de gestão, mas, no fundo, a procura é por modelos que sejam alternativos ao modelo da administração direta, que é considerado ultrapassado, mas ao mesmo tempo ainda é dominante na administração pública.

Professor de gestão pública da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Carlos Raul Etulain diz que a terceirização da administração pública é uma alternativa viável para suprir demandas sociais que o Estado não dá conta, mas que é preciso tomar cuidado.

- Essas alternativas, desde que sejam transparentes e bem geridas, são viáveis. Mas é importante lembrar que não existe só um modelo, mas vários que vão se adaptando de acordo com as necessidades de cada setor e de cada demanda. Entretanto, em todos devem ser exigidos a transparência, única forma de se evitar a corrupção.

O problema, ressalta Kayano, é que repassar serviços essenciais à população para a iniciativa privada, como o atendimento na saúde, representa um reconhecimento de que o Estado é incapaz de realizar aquele tipo de serviço.

- O autorreconhecimento de falência ou incapacidade de gestão é um problema do ponto de vista da administração publica, porque se alguém reconhece a sua incapacidade, nem deveria estar lá.R7.

Supremo colombiano pede investigação sobre filho de Uribe

A Suprema Corte de Justiça da Colômbia solicitou à Procuradoria Geral nesta quinta-feira (29) que investigue Tomás Uribe, filho mais velho do presidente Álvaro Uribe, por supostos crimes contra a administração pública. A decisão envolve o suborno pago a alguns congressistas para garantir a aprovação da reforma constitucional que permitiu a reeleição de Uribe, em 2006.

O fato provocou a imediata reação do presidente, que entrega o cargo no próximo dia 7 de agosto, que a qualificou de "mau exemplo" do Supremo. Uribe destacou que a decisão judicial ocorre dias antes do final do seu mandato, e um ano após seu filho prestar depoimento sobre o caso.

"Uma semana antes da entrega da presidência, e um ano após o depoimento (de Tomás), promovem isto simplesmente atendendo a infâmias e dando lugar a rancores por meio da Justiça", disse Uribe, que durante seu governo manteve vários confrontos verbais com o Supremo.

"Meu filho Tomás irá à Justiça como sempre fez", garantiu Uribe, que acusou Yesid Ramírez, presidente da vara penal do Supremo, de prevaricação. "Quando um juiz falha pelo ódio, prevarica", reiterou o chefe de Estado colombiano, alegando que a Corte dá um mau exemplo, com juízes que, "como Ramirez, têm feito muito mal à Colômbia."

O presidente jurou que seus filhos (Thomas e Jerome) não interferiram nas decisões do Estado colombiano. A determinação do tribunal, de pedir uma investigação, se baseia em depoimentos de várias testemunhas.

Os dois filhos do presidente Uribe têm estado cercados de escândalos por supostamente se beneficiarem em negócios pessoais por decisões de subordinados de seu pai. O primo do presidente, Mario Uribe, também é investigado por casos de para-política.

Veja abaixo o vídeo com as declarações de Uribe sobre as investigações contra seu filho:


Fonte:Portal Vermelho

Socorro bilionário:Lula destina R$ 1,98 bilhão para ações contra enchentes no Nordeste


Uma medida provisória, que abre crédito extraordinário no Orçamento Geral da União para 2010, para ações emergenciais em favor de vários ministérios, no valor de R$ 1,98 bilhão foi encaminhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional.

A Medida Provisória 498 destina o maior valor de recursos, R$ 725 milhões, para o Ministério da Integração Nacional. O crédito será usado para ações de assistência às vítimas atingidas pelas enchentes em Pernambuco e Alagoas.

A pasta da Defesa terá R$ 212 milhões para reforçar o atendimento às vítimas de desastres também em Alagoas e Pernambuco como a distribuição de alimentos e água, montagem de abrigo para os desalojados e auxílio para a recuperação da infraestrutura local.

O Ministério da Educação receberá R$ 250 milhões a serem transferidos a estados e municípios atingidos por enchentes em diversos locais do país para que reconstruam ou reformem escolas públicas danificadas por enchentes.

Para o Ministério dos Transportes está previsto reforço de R$180 milhões a ser aplicado em obras emergenciais para recuperar rodovias federais danificadas pelas fortes chuvas.

A pasta das Cidades terá R$ 15 milhões para a reconstrução do Sistema de Trens Urbanos de Maceió, obstruído pelas chuvas na cabeceira do rio Mundaú. Para a Cultura está previsto o valor de R$ 5 milhões para a instalação de novas bibliotecas em municípios onde os prédios foram destruídos e os livros danificados.

Os ministérios da Saúde, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Agrário também terão recursos, que somam R$ 371 milhões. Na área da saúde, o dinheiro será usado para recompor equipamentos de saúde atingidos pelas enchentes nos estados de Alagoas e Pernambuco.

Há também recursos previstos para vários ministérios a serem aplicados no Plano de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, instituído por decreto presidencial em maio de 2010. A medida provisória foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de ontem (29).

Da Agência Brasil

Congresso absolve MST


Frei Betto


Correio Braziliense - 30/07/2010

Escritor, é autor de Calendário do Poder (Rocco), entre outros livros (www.freibetto.org — Twitter: @freibetto)



O MST jamais desviou dinheiro público para realizar ocupações de terra — eis a conclusão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito(CPMI), integrada por deputados federais e senadores, instaurada para apurar se havia fundamento nas acusações, orquestradas pelos senhores do latifúndio, de que os movimentos comprometidos com a reforma agrária se apoderaram de recursos oficiais.

Em oito meses, foram convocadas 13 audiências públicas. As contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária foram exaustivamente vasculhadas. Nada foi apurado. Segundo o relator, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), “foi uma CPMI desnecessária”.

Não tão desnecessária assim, pois provou, oficialmente, que as denúncias da bancada ruralista no Congresso são infundadas. E constatou-se que entidades e movimentos voltados à reforma fundiária desenvolvem sério trabalho de aperfeiçoamento da agricultura familiar e qualificação técnica dos agricultores.

O que os denunciantes buscavam era reaquecer a velha política — descartada pelo governo Lula — de criminalizar os movimentos sociais brasileiros. Esse tipo de terrorismo tupiniquim a história de nosso país conhece bem: Monteiro Lobato foi preso por propagar que havia petróleo no Brasil (o que prejudicou os interesses norte-americanos); foram chamados de comunistas os que defendiam a criação da Petrobras; e, de terroristas, os que lutavam contra a ditadura e pela redemocratização do país.

A comissão parlamentar significou, para quem insistiu em instaurá-la, um tiro saído pela culatra. Ficou claro para deputados e senadores bem intencionados que é preciso votar, o quanto antes, o projeto de lei que prevê a desapropriação de propriedades rurais que utilizam trabalho escravo em suas terras. E resolver, o quanto antes, a questão dos índices de produtividade da terra.

A investigação trouxe à luz não a suposta bandidagem do MST e congêneres, como acusavam os senhores do latifúndio, e sim a importância desses movimentos no atendimento à população sem terra. Eles cuidam da organização de acampamentos e assentamentos e, assim, evitam a migração que reforça, nas cidades, o cinturão de favelas e o contingente de famílias e pessoas desamparadas, sujeitas ao trabalho informal, ao alcoolismo, às drogas, à criminalidade.

Segundo Jilmar Tatto, os inimigos da reforma agrária “fizeram toda uma carga, um discurso muito raivoso, colocaram dúvidas em relação ao desvio de recursos públicos e perceberam que a montanha tinha parido um rato. Porque não havia desvio nenhum. As entidades e o governo abriram todas as suas contas. Foram transparentes e, em nenhum momento, conseguiu-se identificar um centavo de desvio de recurso público. Foram desmoralizados (os denunciantes), e resolveram se ausentar dos trabalhos da CPMI. (...) Foi um trabalho produtivo, no sentido de deixar claro que não houve desvio de recurso público para fazer ocupação de terras no Brasil. O que houve foi a oposição fazendo uma carga muito grande contra o governo e o MST”.

Os parlamentares sensíveis à questão social no Brasil se convenceram, graças ao trabalho da comissão, de que é preciso aumentar os recursos para a agricultura familiar; garantir que a legislação trabalhista seja aplicada na zona rural; e incentivar sempre mais os plantios alternativos e os alimentos orgânicos, sobre cuja qualidade nutricional não paira a desconfiança que pesa sobre os transgênicos. E, sobretudo, intensificar a reforma agrária no país, desapropriando, como exige a Constituição, as terras improdutivas.

Dados recentes mostram que, no Brasil, se ocupam 3 milhões de hectares com a lavoura de arroz e 4,3 milhões com feijão. Segundo o geógrafo Ricardo Alvarez, se compararmos com os 851 milhões de hectares que formam este colosso chamado Brasil veremos que as cifras são raquíticas. Apenas 0,85% do território nacional está ocupado com o cereal e a leguminosa. Um aumento de apenas 20% na área plantada significaria passar de 7,3 para 8,7 milhões de hectares, com forte impacto na alimentação do povo brasileiro.

Para Alvarez, o aumento da produção levaria à queda de preços, ruim para o produtor, bom para os consumidores. Caberia, então, ao governo implantar uma política de ampliação da produção de alimentos, garantir preços mínimos, forçar a ocupação da terra, combater o latifúndio, gerar empregos no campo e atacar a fome. Ação muito mais eficiente, graças aos 20% de acréscimo na área plantada, do que o assistencialismo alimentar.

O latifúndio ocupa, hoje, mais de 20 milhões de hectares com soja. No início dos anos 1990, o número beirava os 11,5 milhões. A cana-de-açúcar foi de 4,2 para 6,5 milhões de hectares no mesmo período. Arroz e feijão sofreram redução da área plantada. Hoje o brasileiro consome mais massas do que a tradicional combinação de arroz e feijão, de grande valor nutritivo.

Alvarez conclui: “Não faltam terras no Brasil, faltam políticas de distribuição delas. Não faltam empregos, falta vontade de enfrentar a terra improdutiva. Não falta comida, falta direcionar a produção para atender as necessidades básicas de nossa população”.

Lula:A esquerda faz oposição, a direita dá golpes


Porto Alegre (RS) recebeu o presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff nesta quinta-feira (29) para o primeiro comício de 2010 na capital dos gaúchos. O comício lotou o ginásio Gigantinho, que tem capacidade para 15 mil pessoas. Lula cumpriu agenda durante o dia no estado e participou do emocionante encontro à noite.


Ao discursar, Lula saudou o candidato do PT Tarso Genro, à frente nas pesquisas na corrida pelo governo estadual, e comemorou a aliança política construída pelo ex-ministro no Rio Grande do Sul. “Tenho para mim que o PT começou a perder aqui porque se achou autossuficiente e se afastou do PCdoB e do PSB. Hoje eu estou aqui alegre de ver o PSB na chapa de Tarso como vice, de ver o PCdoB com Abgail candidata ao Senado junto com o Paim e estou feliz, mesmo não tendo uma decisão do PDT local, de ver o nosso querido Collares apoiando Tarso como se fosse um menino de 30 anos, apesar de já ter 56 anos de idade”, frisou Lula.


Lula ainda lembrou que, ao longo dos últimos sete anos, enfrentou a oposição diariamente. “Descobri no governo que a esquerda faz oposição, mas direita tenta dar golpes todos os dias, e resolvi que iria enfrentá-los com o povo, com os movimentos sociais, e não ficar no gabinete lendo os jornais deles”.

Antes de Lula, Dilma lembrou também que a oposição “tem duas caras”. “Hoje dizem defender o ProUni, mas foi o partido do vice da oposição que entrou contra nós no Supremo Tribunal Federal para derrubar o ProUni. São eles que até bem pouco tempo chamavam o Bolsa-Família de Bolsa-Esmola. São eles que quando estiveram no poder governaram para um terço da população”, lembrou a candidata.

Dilma destacou que o presidente tirou o Brasil da escuridão e transformou o país em uma grande nação. “É esse caminho que eu tenho a missão e a honra de dar continuidade e fazer avançar. Não posso errar. Eu vou honrar essa obra, porque eu sei que o presidente Lula coloca nas minhas mãos aquilo que ele mais ama, que é o nosso povo, o povo sofrido dele. Eu vou honrar essa herança e esse legado.”

A candidata comentou sua ligação com a capital gaúcha: "Sempre fico muito alegre de estar aqui em Porto Alegre. E dois sentimentos, entre os muitos que tomam conta de mim, falam muito forte. Um é a gratidão e o outro é a confiança. Porque hoje eu estou aqui e tenho, sim, esse sentimento de gratidão pelo povo do Rio Grande, que quando eu mais precisei me acolheu aqui, me deu apoio, me deu força pra seguir em frente".

O palanque também reuniu o candidato ao governo Tarso Genro, os candidatos ao Senado Abigail Pereira (PCdoB) e Paulo Paim (PT) e os candidatos a deputado federal e estadual da Unidade Popular. “Estamos confiantes que vamos obter uma grande vitória, a vitória de um projeto político que pretende colocar o Rio Grande no mesmo nível de desenvolvimento que o governo Lula colocou o Brasil”, afirmou o ex-ministro Tarso Genro.

Já Abigail lembrou que “nunca antes na história desse estado se viu tamanha unidade, unidade em torno das nossas propostas”. O destaque também foi dado à presença do ex-governador Alceu Collares, lembrado por Paulo Paim e pelo ex-governador Olívio Dutra. Desde o início da campanha, Collares declarou apoio a Tarso, indo contra seu partido, que apoia o candidato José Fogaça.

Para Manuela d’Ávila, candidata a reeleição na vaga de deputada federal, o “Gigantinho lotado foi a demonstração clara de que o Rio Grande quer avançar, quer crescer, quer mais educação, mais desenvolvimento, mais emprego. Vamos ser vitoriosos aqui e no Brasil”.

Portal Vermelho, de Porto Alegre,
Gustavo Alves

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tarso:Serra se aproxima de 'linguagem golpista e fascista'


Em entrevista ao iG, ex-ministro diz que tucano comete 'equívoco' ao endossar acusações feitas pelo vice Indio da Costa ao PT

Líder nas pesquisas de opinião para o governo do Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) diz que o presidenciável tucano José Serra se aproxima da linguagem golpista e fascista que levou ao golpe militar de 1964 ao endossar as declarações de seu vice, Indio da Costa, que acusou o PT de estar ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico.


Por outro lado, Tarso, que trava uma disputa dura com José Fogaça (PMDB), afirma que não pretende explorar na campanha os escândalos que marcaram a gestão da governadora tucana Yeda Crusius, terceira colocada nas pesquisas e que pode ser o fiel da balança em um eventual segundo turno. De olho nos votos tucanos, ele classifica como irracional a polarização que acompanha a política gaúcha desde a Revolução Farroupilha, no século 19.

“Todos sabemos qual é o problema que cada partido teve no verão passado”, disse Tarso ao iG, em entrevista concedida ao lado da lareira de sua casa no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, na noite de quarta-feira.

iG – Qual é sua opinião sobre as declarações de Serra e seu vice quanto à ligação do PT com as Farc e o narcotráfico?


Tarso Genro - É um equívoco do Serra. Acho que ele tem estatuto político para não rememorar uma linguagem golpista que foi construída em 1964 e naquela época apenas substituía Farc por União Soviética e usava a mesma expressão “república sindicalista”. Espero sinceramente que isso seja mais um ato de solidariedade ao seu vice - que é notoriamente uma pessoa atrasada e reacionária - do que uma posição dele, uma pessoa que tem estatuto político para compreender que isso aí não leva a nada, só o desqualifica como figura pública.

iG – Mas o próprio Serra chegou a vincular o governo com o narcotráfico quando citou a Bolívia.
Tarso - Essa visão do Serra sobre vínculos com o narcotráfico de qualquer agremiação política é uma imputação que não condiz com o estatuto democrático do próprio Serra, porque é incriminação e pronto. É uma acusação que tem um corte ideológico fascista que não é compatível nem com o Serra nem com o PSDB. O combate que o governo fez ao narcotráfico e às cooperações que fizemos neste sentido com países da América do Sul foram uma característica do governo Lula.

iG – A tentativa de identificar Dilma com a ala radical do PT, como aconteceu no episódio do programa de governo, pode atrapalhar?


Tarso – Isso é o mesmo que nós querermos identificar toda a oposição com aquele coronel fascistóide do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. Seria um equívoco. Essa linguagem de apontar os adversários como extremistas é uma linguagem da Guerra Fria. Isso não funciona mais. De uma parte porque aquela visão de Guerra Fria que tinha um inimigo com guizo vermelho do outro lado já não tem mais consistência. De outra parte porque o próprio sistema capitalista mundial, com o seu desenvolvimento globalizado tem disseminado os valores da democracia. Não há mais uma consciência que seja suscetível de ser trabalhada com essa visão da Guerra Fria.

iG – Se eleita, Dilma terá condições de fazer um governo mais à esquerda do que Lula?


Tarso – É inviável hoje qualquer proposta de desenvolvimento de um país e de sustentabilidade política de um governo que não tenha o centro como aliado. Até um dos grandes elementos positivos do projeto político do presidente foi despertar a necessidade do centro no País. Eu diria meio fisiológico, meio desideologizado, mas ainda é o centro político. É quem dá sustentabilidade a qualquer projeto. Creio que a Dilma vá governar com esse mesmo espectro político, com todas as grandezas e limitações que esse espectro possui. Não creio que vá ser mais ou menos radical que o do Lula.

iG –Além de fisiológico e desideologizado, o centro também agrega políticos com histórico de corrupção. O senhor lutou muito contra isso dentro do PT.


Tarso - O problema é que esses desvios existem em todos os partidos e não pode haver uma impugnação dos partidos. Se nós fizermos uma incriminação em grupo estaremos tendo uma posição medieval do ponto de vista do direito. Não podemos incriminar todo um bloco social ou toda uma comunidade. Os partidos reais são estes que estão aí. Qualquer governo precisa estabelecer um sistema de alianças e, seguramente, se o Serra ganhar a eleição - acredito que não vai ganhar - quem governaria com a parte mais difícil de ser contida seria ele e não a Dilma.

iG – Os escândalos que atingiram outros partidos varreram a discussão ética para debaixo do tapete nesta campanha?


Tarso – A questão ética não pode substituir o jogo da política sob pena de nós cairmos em campanhas que sejam concursos de moralismo, às vezes falso moralismo. Um governo tem que se destacar é atuando fortemente contra a corrupção e a ilegalidade como o governo Lula tem feito. É o governo que mais combateu a corrupção na história do País até hoje e me orgulho de ter tido um papel importante nisso.

iG – O pior desempenho de Dilma é na região Sul. Por outro lado o senhor lidera as pesquisas no Estado mais importante da região. É um paradoxo?


Tarso - Eu e a Dilma temos mais ou menos a mesma pontuação aqui. O que diferencia é que os meus adversários têm menos pontuação que o Serra. Não há dicotomia. Temos que crescer. Tanto eu quanto ela precisamos crescer e isso vai ocorrer fortemente quando houver conexão mais forte da minha campanha com a dela com a presença do presidente Lula (que participa nesta quinta-feira de comício em Porto Alegre).

iG – O senhor fica incomodado com o fato de o PMDB, que integra a base de Dilma, ter candidato ao governo em coligação com o PDT, que também integra a aliança de Dilma?


Tarso – Não há problema. Nós queríamos que o PMDB apoiasse a Dilma, que ela tivesse dois palanques ou até três aqui. O PMDB fez uma espécie de logro ao PDT. Prometeu apoio à Dilma, sancionado pelo presidente Carlos Lupi, e depois não apoiou. O PDT foi induzido a erro. Nós queremos que o PMDB apoie a Dilma. Que seja bem vindo. O nosso contencioso com o PMDB aqui no Estado não deveria prejudicar o apoio nacional. O fato é que foi uma escolha do PMDB e não nossa.

iG – Alguns dirigentes do PDT gaúcho acusam o PT de aliciar seus quadros. Isso pode causar turbulências à campanha de Dilma?


Tarso – Isso é uma coisa que não se sustenta. Os quadros do PDT são maduros, experientes, não se deixariam aliciar. As pessoas se inclinaram à minha candidatura e à da Dilma porque o PMDB não está apoiando a Dilma e então se sentiram liberadas. Mesmo que o PDT não nos apóie nós vamos convida-lo para participar do nosso governo porque o PDT tem muito mais identidade programática conosco do que o PMDB.

iG – O senhor pretende explorar os escândalos do governo Yeda Crusius (PSDB) na campanha?
Tarso – Todos nós sabemos que tem diferenças éticas entre nós e todos nós sabemos qual é o problema que cada partido teve no verão passado. Mas esta questão está sendo tratada de uma maneira muito elevada. Todos nós estamos apresentando qual é nossa posição para promover o combate à corrupção no Estado sem qualquer tipo de acusação pessoal. Isso é um sinal de mudança política aqui no Estado e de qualificação. É uma renovação no debate político de um estado que sempre esteve muito polarizado, às vezes meio irracional.

Fonte: iG

Serra, FHC e Fujimori tudo a ver


Serra é muito do ridículo, do safado.Critica o PT por apoiar Chavez, Morales e outros presidentes progressistas da América Latina, no entanto, se esquece de criticar FHC, seu ex-patrão, que apoiou um terceiro mandato para o corrupto Fujimori e lhe concedeu a mais elevada Comenda do Brasil, a Ordem do Cruzeiro do Sul. Cala a boca, bandido!

Túnel do tempo:

Amigo de FHC vai ficar 25 anos na cadeia!


Amigo íntimo do Fujimore,Menem e outros bandidos Fernando Henrique Cardoso entregou a nossa mais alta comenda, a Ordem do Cruzeiro ao facínora do Fujimore além de defender um terceiro mandato para este mafioso, e por tabela para ele também. permitiu que a Embaixada do Brasil em Lima se transformasse numa extensão do gabinete de Vladimiro Montesinos, o carrasco e espião-mór de Fujimori.


Montesinos, o grande amigo do Brasil nos tempos de FHC, foi preso pela CIA, envolvido em trafico de drogas.

O Supremo Tribunal do Peru confirmou hoje unanimemente a sentença de 25 anos de prisão do ex-presidente do país Alberto Fujimori. Uma revisão da condenação de Fujimori havia sido solicitada em novembro pelo advogado de defesa, que pediu que a Corte revogasse a sentença por abuso dos direitos humanos.

A sentença foi dada em abril a Fujimori, condenado por ordenar às forças de segurança do país a matar e sequestrar pessoas durante o conflito contra grupos guerrilheiros. Fujimori presidiu o Peru entre 1990 e 2000. Fonte:CIM

"Jorge Furtado: as falsas razões contra Dilma "

Esse é só o mais conhecido deles



Dez falsos motivos para não votar em Dilma Rousseff


Do blog Vi o Mundo

Por Jorge Furtado

Tenho alguns amigos que não pretendem votar na Dilma, um ou outro até diz que vai votar no Serra. Espero que sigam sendo meus amigos. Política, como ensina André Comte-Sponville, supõe conflitos: “A política nos reúne nos opondo: ela nos opõe sobre a melhor maneira de nos reunir”.

Leio diariamente o noticiário político e ainda não encontrei bons argumentos para votar no Serra, uma candidatura que cada vez mais assume seu caráter conservador. Serra representa o grupo político que governou o Brasil antes do Lula, com desempenho, sob qualquer critério, muito inferior ao do governo petista, a comparação chega a ser enfadonha, vai lá para o pé da página, quem quiser que leia. (1)

Ouvi alguns argumentos razoáveis para votar em Marina, como incluir a sustentabilidade na agenda do desenvolvimento. Marina foi ministra do Lula por sete anos e parece ser uma boa pessoa, uma batalhadora das causas ambientalistas. Tem, no entanto (na minha opinião) o inconveniente de fazer parte de uma igreja bastante rígida, o que me faz temer sobre a capacidade que teria um eventual governo comandado por ela de avançar em questões fundamentais como os direitos dos homossexuais, a descriminalização do aborto ou as pesquisas envolvendo as células tronco.

Ouço e leio alguns argumentos para não votar em Dilma, argumentos que me parecem inconsistentes, distorcidos, precários ou simplesmente falsos. Passo a analisar os dez mais freqüentes.

1. “Alternância no poder é bom”.

Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.

Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”.

Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.

4. “Dilma não tem experiência”.

Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.

5. “Dilma foi terrorista”.

Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.

6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano”.

Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.

7. “Serra vai moralizar a política”.

Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista – no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC – foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.

8. “O PT apóia as FARC”.

Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Arthur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa”.

Argumento falso. Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.

10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.

Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele.

*****

(1) Alguns dados comparativos dos governos FHC e Lula.

Geração de empregos:
FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões

Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares

Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões

Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos

Dólar:
FHC/Serra = R$ 3,00 x Lula/Dilma = R$ 1,78

Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.

Relação crédito/PIB:
FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%

Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%

Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%

(2) Elio Gaspari, na Folha de S.Paulo de 25.07.10:

José Serra começou sua campanha dizendo: “Não aceito o raciocínio do nós contra eles”, e em apenas dois meses viu-se lançado pelo seu colega de chapa numa discussão em torno das ligações do PT com as Farc e o narcotráfico. Caso típico de rabo que abanou o cachorro. O destempero de Indio da Costa tem método. Se Tupã ajudar Serra a vencer a eleição, o DEM volta ao poder. Se prejudicar, ajudando Dilma Rousseff, o PSDB sairá da campanha com a identidade estilhaçada. Já o DEM, que entrou na disputa com o cocar do seu mensalão, sairá brandindo o tacape do conservadorismo feroz que renasceu em diversos países, sobretudo nos Estados Unidos.

Postado por Leandro Fortes.
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