quinta-feira, 29 de outubro de 2015

e se Verônica Serra fosse filha de Lula?




247 - Em análise republicada no Diário do Centro do Mundo, o jornalista Paulo Nogueira lembra que a filha do senador José Serra (PSDB-SP), Verônica Serra, ganhou recentemente discreto espaço no noticiário quando uma empresa de investimentos da qual ela é sócia comprou por 100 milhões reais 20% de uma sorveteria chamada Diletto.

Os sócios de Verônica são ninguém menos que Jorge Paulo Lehman, o homem mais rico do Brasil, e Marcel Telles, um velho amigo e parceiro dele. "Verônica se colocou no caminho de Lehman quando conseguiu dele uma bolsa de estudos para Harvard", afirma Nogueira. 

Ele relata que Lehman escolhia em geral gente humilde e brilhante para, como um mecenas, patrocinar mestrados em negócios na Harvard, onde estudara. "Conhecendo o mundo como ele é, suponho que ela tenha entrado na cota de exceções por Serra ser quem é, ou melhor, era", afirma. "Cotas para excluídos são contestadas pela mídia, mas cotas para amigos são consideradas absolutamente normais, e portanto não são notícia", observa Paulo Nogueira.

Para o editor do DCM, Verônica "é da turma. Essa a explicação. Serra é amigo dos empresários de mídia". "O filho de Lula não. Daí a diferença de tratamento", resume. 

Leia aqui a íntegra do post de Paulo Nogueira.

Pimenta: 'Zelotes não pode ser manipulada'


:
Mais votado deputado do PT gaúcho em 2010 e 2014, o jornalista Paulo Pimenta acompanha a Operação Zelotes desde o início. Relator da Subcomissão de Acompanhamento das Operações da Polícia Federal, Pimenta garantiu que o debate sobre a mais ampla investigação sobre corrupção da história da Receita Federal chegasse a Câmara de Deputados, em vez de limitar-se a uma CPI formada exclusivamente por senadores, cujo presidente é Roberto Atayde (PSDB-TO). Em junho o deputado bateu às portas da Corregedoria Nacional de Justiças para pedir providências contra o juiz Ricardo Leite, titular da 10a. Vara de Brasília, acusado por delegados e integrantes do Ministério Público de rejeitar várias medidas -- como prorrogar escutas telefônicas, efetivar prisões preventivas -- que poderiam auxiliar nas investigações. O juiz acabou substituído por Celia Regina Oly Bernardes, magistrada que tem atendido as principais solicitações das autoridades envolvidas com as investigações.

Numa decisão que deu um novo conteúdo político a um trabalho que até agora envolvia empresários, escritórios de lobistas e altos funcionários da Receita, responsáveis por desvios de R$ 20 bilhões -- onde caberiam várias Lava Jato --, anteontem a juíza tomou medidas que apontam na direção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atendendo a uma solicitação feita por um dos procuradores que integram a força-tarefa da Zelotes, ela autorizou uma operação de busca e apreensão nas empresas de Luiz Claudio Lula da Silva, filho de Lula, empresário de marketing esportivo, sem nenhuma ligação visível com o foco da Zelotes. No mesmo dia, Gilberto Carvalho, que foi ministro de Estado entre 2003 e 2015, também foi chamado para prestar depoimento. Na época em que os fatos sob investigação ocorriam, Luiz Claudio era auxiliar do técnico Wanderley Luxemburgo no Palmeiras. Quando a Gilberto Carvalho, encontrava-se em viagem pela Itália no dia dia em que compareceu a um encontro colocado sob suspeita.  
No fim da tarde de hoje, Paulo Pimenta deu a seguinte entrevista ao 247:

De março a outubro, a Operação Zelotes investigava corrupção no CARF. Na terça-feira passada, foi feita uma ação de busca e apreensão numa empresa de um dos filhos do ex-presidente Lula. O ex-ministro Gilberto Carvalho também foi chamado a depor. O alvo agora é Lula? 

O ex-presidente Lula não é investigado nem nunca foi alvo da Zelotes, operação que investiga sonegação fiscal, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo grandes empresas, escritórios de advocacia, empresas de consultoria e conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal apura a manipulação de resultados que teriam ocorrido no Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda que julga litígios tributários, entre o Fisco e os contribuintes.A Zelotes, desde que foi deflagrada em março desse ano, sempre foi abafada pela mídia, pois não se tratava de um escândalo que envolvesse políticos. E também porque as principais empresas envolvidas nesta Operação são grandes anunciantes da própria mídia.Agora, a imprensa, de forma criminosa, tenta construir uma nova narrativa para a Zelotes, buscando envolver o filho do ex-Presidente Lula. 

Essa ação tem dois objetivos claros: esconder quem são os verdadeiros atores desse que é um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, que desviou cerca de R$ 20 bilhões dos cofres públicos; e o segundo, pois faz parte de uma ação que busca inviabilizar o Lula para 2018, mesmo que para isso sejam rasgados todos princípios legais do nosso país.

Os jornais sempre falaram de grandes grupos econômicos acusados em participar do esquema de corrupção. Seus acionistas foram chamados para depor? Foram feitas ações de busca em seus escritórios?  

Nenhuma das iniciativas da Operação Zelotes teve a espetacularização midiática nem rendeu capas dos principais jornais do país, como no caso das empresas do filho ex-Presidente Lula. Não temos conhecimento de ações de busca e apreensão da Polícia Federal nas empresas investigadas, como CAOA, Ford, Mitsubishi, Bradesco, Santander, Safra, Bank Boston, Bradesco Seguros, etc, que são, de acordo com o MPF, algumas das investigadas.


Há quem diga que uma Medida Provisória não pode ser apurada pela Justiça de primeira instância pois, por sua própria natureza, precisaria ser examinada pelo Supremo. A denúncia contra o ministro do TCU, Augusto Nardes, encontra-se no STF por causa disso. O que você acha disso? 

Em primeiro lugar, cabe dizer que o alvo da Zelotes é investigar corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A Medida Provisória apareceu no caso como uma estratégia da mídia para construir uma nova versão para o que verdadeiramente se trata essa Operação. De acordo com especialistas da área criminal, há um entendimento de que uma Medida Provisória, que é um ato do Presidente da República, aprovada pelo Congresso Nacional. Toda investigação referente aos atos do Presidente da República devem ser conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, seriam ilegais as ações que foram feitas nas empresas do filho do ex-Presidente Lula.


O que podemos dizer do juiz Ricardo Leite, que foi criticado e afastado por decisão da Corregedoria Nacional de Justiça. 

O juiz Ricardo Augusto Soares Leite foi criticado pelo MPF e pela Polícia Federal por ter negado pedidos de busca e apreensão e por ter negado todos os 26 pedidos de prisão temporária dos investigados. Ele também foi alvo de uma denúncia do Ministério Público Federal no Tribunal Regional Federal, e nosso mandato representou contra o magistrado no Conselho Nacional de Justiça. Ele acabou sendo afastado da Operação Zelotes no âmbito do Poder Judiciário. Com a substituição do juiz, os pedidos do MPF passaram a ser deferidos e medidas foram reconsideradas, levando, inclusive, às primeiras prisões.

Como avaliar as investigações da Zelotes, de março até agora? Qual o futuro da Zelotes, nesta nova fase?

É preciso reconhecer a força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Federal, que está enfrentando interesses de confrarias muito poderosas, com ramificações em setores da mídia e do alto escalão econômico do país. Temo, neste momento, que a Zelotes seja usada e manipulada - especialmente pela imprensa – para acobertar quem são os verdadeiros investigados desta Operação. Isso ficou evidente nesses últimos dias, com a tentativa da mídia de envolver o filho do ex-Presidente Lula e de criar uma versão de que o foco da Zelotes é investigar medidas provisórias editadas pelo Governo Federal. Isso é uma farsa! Estão forçando a barra para dizer que houve pagamento a uma empresa do filho do Lula, mas se esquecem de um detalhe importante: a MP 471 foi editada em 2009, e empresa do filho do Lula só foi criada em 2011. E não dá para vincular a MP a contrato que só iria ocorrer em 2014 e um pagamento realizado em 2015, seis anos depois. A esta altura, em que o MPF tem as denúncias prontas contra essas grandes multinacionais, bancos e as gigantes do setor automotivo, a mídia demonstra estar aparelhada para atuar como uma rede de proteção para essas que, segundo o MPF e a PF, desviaram bilhões dos cofres públicos. Ou seja, para proteger seus grandes anunciantes.

Alvo da Zelotes é Lula


:
A Operação "Zelotes", uma alusão da Polícia Federal ao "deus cioso", investiga um esquema de corrupção no âmbito do CARF [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais]. O CARF é o órgão público que recebe e julga recursos de contribuintes – pessoas físicas e empresas – relativos a pendências e dívidas fiscais e previdenciárias.

O CARF é composto por 216 conselheiros, dos quais metade são auditores fiscais concursados da Receita Federal, ou seja, funcionários de carreira. A outra metade é formada por pessoas indicadas por confederações e entidades de classe que "representam os contribuintes" – leia-se, o influente grande capital empresarial, midiático e financeiro.

É importante sublinhar que dentre os conselheiros estatais, todos são funcionários concursados; nenhum deles é um dos 3.000 cargos de confiança [daqueles que podem ser indicados legalmente pela autoridade eleita] que serão extintos pela inócua decisão "austericida" do governo. De maneira explícita: nenhum deles foi indicado pelo PT.

É dispensável discorrer sobre os conselheiros "voluntários", indicados pelos "contribuintes" – são seres "altruístas", não recebem remuneração, se dedicam "espontaneamente" a este labor. As más línguas dizem, todavia, que eles não recebem do CARF porque são antes pagos pelas empresas, para defenderem os interesses delas na fraude contra o Estado.

Bem, o fato é que a Operação Zelotes investiga a associação formada por mega-empresas com funcionários públicos para a prática do crime de sonegação fiscal e previdenciária. De acordo com estimativas iniciais, somente nos últimos 8 anos [esqueçamos a pilhagem praticada por eles em 507 anos], esta associação criminosa lesou o erário em mais de 19 bilhões de reais, igual à metade do déficit do orçamento de 2016.

Empresas luminares em termos de eficiência, produtividade e modernidade; justamente aquelas que sempre querem dar aulas de boa prática de gestão ao Estado, estão entre as mencionadas no noticiário: Gerdau, Santander, Bradesco, RBS, Bank Boston, Safra, Pactual, FORD, Mitsubishi etc.

Tratam-se de empresas que apregoam a primeira lição da cartilha da "eficiência e da produtividade", que começa com a tese de Estado-mínimo para a maioria da população e Estado-máximo para eles. Não é nada difícil presumir a fonte da eficiência e produtividade destas empresas "modelares" da modernidade do capitalismo, esse sistema tão "puro e limpo" que é contaminado pelo "mundo sujo da política".

Pois bem, apesar da magnitude do escândalo que deveria ser investigado na Operação Zelotes, o condomínio policial-jurídico-midiático de oposição conseguiu a proeza de construir uma variante em paralelo: alegam supostas negociatas entre o governo Lula e a indústria automobilística para a aprovação de benefícios fiscais àquele setor. Na falta de qualquer elemento concreto contra Lula, não hesitaram em implicar nesta trama o filho dele.

Qual a alegação? Que a empresa de marketing esportivo pertencente ao filho do Lula, que foi criada em 2011 – portanto, 2 anos após a concessão de benefícios fiscais ao setor automobilístico – em 2014 [5 anos depois] recebeu 1,5 milhão de reais por serviços prestados a uma empresa envolvida nas fraudes no CARF. Qual o nexo entre a empresa do filho do Lula e a Zelotes? Nenhum, a não ser o fato de ser o filho do Lula.

O condomínio policial-jurídico-midiático mirou no filho de Lula para acertar no próprio Lula, coincidentemente na véspera do aniversário de 70 anos deste que, com sua obra, já é um dos maiores personagens da história do Brasil moderno.

Este método é parte de um plano estratégico de desconstrução, no imaginário popular, da imagem e do patrimônio simbólico que o Lula representa.

Antes, tentaram uma denúncia contra a nora de Lula, que também não colou. Agora, atacam com uma denúncia contra o filho do Lula. E, como esta armação também não vai vingar, passarão a atacar o bisneto, depois o tataraneto, até acabarem com todos os Lulas e tudo o que eles representam enquanto expressão de um Brasil mais justo e democrático.

Ao mesmo tempo, o "Ministro" Augusto Nardes [ex-deputado do PP], do "Tribunal" de Contas da União, cuja empresa de um sobrinho-sócio – essa sim citada por intermediação para o Grupo RBS no CARF –, segue sua cruzada militante pelo impeachment da Presidente Dilma.

Também não se tem notícia de nenhuma ação espetacular da Polícia Federal de busca e apreensão nos escritórios das empresas, bancos e grupo de mídia fraudadores. Aliás, apesar da cifra assombrosa, que é três vezes maior que o desfalque na Petrobrás, a Zelotes não andou porque o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, obstruiu a investigação por longo período, e teve de ser afastado do caso pela Corregedoria Nacional de Justiça para não continuar obstruindo as investigações. Agora, quando a Zelotes é finalmente retomada, de maneira curiosa o alvo da Operação não são os criminosos que cometeram um rombo de mais de 19 bilhões de reais ao erário, mas sim o Lula.

Neste 27 de outubro, Lula completou 70 anos de uma trajetória vitoriosa de vida. O condomínio policial-jurídico-midiático lhe presenteou outra dose amarga do ódio que nutre não só em relação a ele, Lula, mas pelo ódio nutrido em relação à maioria do povo brasileiro que ele, Lula, trouxe à superfície de uma vida digna.

Para eles, Lula não pode sobreviver; tem de ter ser morto, tem de ser aniquilado, porque ele não pode voltar em 2018!


Jeferson Miola
Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial


Publicado na Carta Maior

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Fernando Henrique,o cínico





Por Fernando Brito, do Tijolaço


Fernando Henrique Cardoso, em sua fase outonal, continua, com afinco, a obra de sua auto-demolição.

Hoje, diz que "é preciso esperar para ver" se Lula é uma pessoa honrada. "porque tem saído muita coisa que tem que ser passada a limpo".

Fernando Henrique age como se não tivessem ocorrido dezenas de escândalos em seu governo, um deles diretamente ligado ao benefício pessoal que colheu com a reeleição, com a mais que comprovada compra de votos, em dinheiro e cheque, no Congresso.

"Se houve compra, não foi minha, não foi do PSDB", diz ele, empurrando a autoria para "governadores e prefeitos" que também se serviram da mudança.

Dias antes, já tinha tido outra manifestação aguda de cinismo, ao dizer que sabia, desde 1996, que "a Petrobras era um escândalo" e que conhecia até o responsável por "manobrar o esquema". Nada fez, porém, porque preferiu concentrar-se em algo muito maior que a roubalheira: a quebra no monopólio estatal do petróleo.

Também sobre Fernando Henrique saiu "muita coisa": Sivam, Pasta Rosa, privatizações (e nestas, uma boa dúzia deles), Proer, BC/Marka Fonte Cindam, Sanguessugas e por aí vai.

Sé é tudo verdade ou tudo mentira – ou um pouco de ambas – o país não ficará sabendo porque o Governo tucano jamais permitiu, através de seu "engavetador-geral da República, que se investigasse.

Não consta, ainda, que o empreiteiros tenham sido mais honestos com ele que com Lula. Embora, claro, menos dinheiro tenha sido movimentado, não apenas porque as obras públicas quase inexistiram, mas porque as "bufunfas" porque se direcionaram à compra dos bens do Estado.

Mesmo com inação do Ministério Público e a camaradagem dos jornais – ela própria confirmada com ele no episódio em que Otávio Frias, da Folha, disse-lhe que ia fazer seus colunistas "engolirem" as suspeitas em relação a FHC – ele sabe que o "saiu muita coisa" também se lhe aplica.

Em relação a ele, já não "temos de esperar para ver".
Já vimos e ficamos esperando.

Toda a afetação aristocrática de Fernando Henrique, já desmoronada pela sua face real não tem retrato melhor que na prole selvagem e fanática que ele produziu na política.

E ele serve hoje como exemplo de que, na política, a piedade dos vencedores pode ser um desastre.

Mais um retrocesso

Comissão aprova revogação do Estatuto do Desarmamento. Entenda

Lei de 2003 restringiu o porte e salvou 160 mil vidas em dez anos, segundo estudo; novo projeto, que vai a voto no Senado, facilita a compra de armas

por Marcelo Pellegrini publicado 27/10/2015 15h13

           
                

A Comissão Especial que analisa mudanças no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), em vigor desde 2003, aprovou nesta terça-feira 27 o texto do deputado e relator Laudivio Carvalho (PMDB-MG) que afrouxa as regras para o porte e a compra de armas de fogo. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo plenário do Senado para virar lei.

Para Carvalho, seu projeto, que renomeia a lei como "Estatuto de Controle de Armas de Fogo", devolve à população "os direitos sequestrados" com a lei de 2003 e vai evitar que os cidadãos sejam "reféns de delinquentes". Segundo Carvalho, a aprovação, por 19 votos a 8, significa "uma vitória do povo brasileiro". Organizações sociais e deputados contrários à mudança afirmam, no entanto, que os dados de segurança derrubam a opinião do relator. Entenda:


Quando foi instalada a comissão especial para o Desarmamento?

Em março deste ano, quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu reativar todas as comissões especiais que estavam em funcionamento na legislatura anterior, encerrada em 2014.

A chamada Bancada da Bala integra a comissão?

Sim. Os deputados que receberam doações eleitorais da indústria de armas e munições pressionaram os líderes de seus partidos para assumirem as vagas na comissão. Dos 24 titulares do colegiado, dez receberam doações deste tipo, segundo um levantamento do Instituto Sou da Paz. São eles:
Onix Lorenzoni (DEM-RS)
Efraim Morais Filho (DEM-PB)
Misael Artur Ferreira Varella (DEM-MG)
Darci Pompeo de Mattos (PDT-RS)
Jerônimo Pizzolotto Goergen (PP-RS)
Alceu Moreira da Silva (PMDB-RS)
Ronaldo José Benedet (PMDB-SC)
Daniel Elias Carvalho Vilela (PMDB-GO)
Edio Vieira Lopes (PMDB-RR)
Luiz Gonzaga Patriota (PSB-PE)
Marcos Montes Cordeiro (PSD-MG)
Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS)
Carlos Alberto Rolim Zarattini (PT-SP)
José Wilson Santiago Filho (PTB-PB)
Qual é a mudança mais importante prevista no projeto?


O novo estatuto estende o porte, hoje restrito a autoridades policiais e de segurança, a qualquer pessoa que ateste com documentos e laudos ter capacidade técnica e psicológica para o manejo e uso da arma a ser adquirida.

Na prática, o que isso significa?

O aumento do número de armas em circulação é inútil para conter a criminalidade e a medida deve inclusive ampliá-la, uma vez que criminosos terão à disposição um arsenal de armas para furtar e roubar. Além disso, alertam para a possibilidade da intensificação da violência e da letalidade dos conflitos cotidianos, uma vez que mais pessoas estarão armadas em uma briga de trânsito ou em caso de desentendimentos domésticos, por exemplo. Outra crítica é que, com as mudanças previstas, até mesmo pessoas que respondem a inquérito policial ou a um processo criminal poderão adquirir e portar armas.

É possível comprovar que armar a população não reduz a criminalidade?

Sim. Estudos científicos realizados pela PUC-Rio, pela FGV e pela USP revelam que a maior disponibilidade de armas de fogo nas cidades causa um aumento significativo na taxa de homicídios. Ao mesmo tempo, as armas não possuem nenhum efeito para dissuadir o criminoso profissional ou para diminuir o número de roubos e furtos.


Há outras mudanças previstas na lei?

Sim, uma delas é o estabelecimento de um caráter permanente para as licenças de portar armas. Atualmente, o Estatuto do Desarmamento prevê que a licença deve ser renovada a cada três anos e será cancelada se o portador for flagrado embriagado ou sob o efeito de drogas enquanto porta a arma. No projeto, esses mecanismos foram suprimidos.

Outras mudanças criticadas são a redução da idade para a compra de armas, de 25 anos para 21; a diminuição de penas para o comércio ilegal de armas e munições dos atuais 4 a 8 anos de prisão para 3 a 7 anos; o aumento do limite de armas por pessoa de seis unidades para nove unidades; e a liberação da publicidade de armas e munições em qualquer veículo de comunicação.

Querem mudar o Estatuto do Desarmamento, mas qual foi o efeito dele desde que entrou em vigor?

De acordo com o relatório do Mapa da Violência, que computa o número de assassinatos no Brasil, entre 2004 e 2014 cerca de 160 mil mortes foram evitadas pelo estatuto. Em 2004, primeiro ano após a legislação entrar em vigor, o Brasil registrou a primeira queda em número de mortes violentas desde 1994.

O que a população pensa sobre o porte de armas?

A maioria dos brasileiros acredita que a posse de armas deve ser proibida pois representa uma ameaça à vida de outras pessoas. Pesquisa Datafolha publicada em setembro de 2014 mostrou que 62% dos brasileiros pensam assim. Esse número é, no entanto, seis pontos percentuais menor que o verificado em novembro de 2014 pelo mesmo instituto.

E os que as polícias pensam sobre esse tema?

Secretários de Segurança Pública de três estados (Distrito Federal, Espírito Santo e Rio de Janeiro) e de três municípios (Recife, Betim e São Paulo) assinaram, ao lado de militares, intelectuais e outras autoridades públicas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, uma carta aberta em apoio à manutenção do Estatuto do Desarmamento.

O principal argumento dos policiais a favor do atual Estatuto do Desarmamento é que ele inibiu o uso de armas em crimes ao proibir o porte de armas em público por civis, aumentar o controle sob sua venda e criminalizar a venda ilegal de armamentos.

O que falta para esse projeto virar lei?

Da Comissão Especial da Câmara, o projeto segue direto para a análise do plenário do Senado. Caso algum deputado entre com um recurso, o texto pode também ser votado pelo plenário da Câmara. Após uma eventual aprovação nas casas legislativas, ele segue para sanção (ou veto) da presidenta Dilma Rousseff.CartaCapital

O pai de Suzane Richthofem era operador do PSDB?

:



Poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média


                   
Ao ler, recentemente, nos grandes jornais, a notícia de que a jovem Suzane Richthofen conseguira o benefício da progressão da sua pena para o regime semiaberto, lembrei-me desse crime infame do qual até já me havia esquecido.

Porém, lembrei-me, também, da acusação de um promotor, feita à época do parricídio, de que o pai dela, funcionário da DERSA, era, na verdade, um operador do PSDB e guardava milhões de dólares em contas na Suíça.

Por que, na ocasião, não se investigou a fundo esse fato?

Já se passaram mais de 10 anos!

Por que a grande imprensa silenciou a esse respeito?

Não seria o caso da PGR, aproveitando-se desse novo protocolo de colaboração com o órgão equivalente ao Ministério Público na Suíça, solicitar informações sobre essas supostas contas do finado Sr. Richthofen? Elas de fato existem ou existiram? Ou não passam de “ilações” e “infâmia”. E em caso afirmativo, elas estão sendo (ou foram) movimentadas por alguém? Quem eram os seus beneficiários? Onde foram parar esses milhões de dólares?

São perguntas que, a bem da verdade, carecem de respostas.

Afinal, o Sr. Richthofen era ou não era um operador do PSDB?!

Por que um promotor levantaria essa suspeita, na ocasião desse medonho assassinato, se não houvesse ao menos indícios da materialidade de crime (de caixa 2 ou lavagem de dinheiro)?

Volto a perguntar, como já fiz, reiteradas vezes, de modo insistente, em textos anteriores a este: por que só as suspeitas relativas a membros do Partido dos Trabalhadores e seus aliados interessam à grande imprensa, à PF,  ao MP e à Justiça?

Por exemplo, e Paulo Preto? Personagem que transitava com desmedida desenvoltura na máquina de governo do PSDB em São Paulo, e também foi acusado de ser operador do partido na DERSA? E que, supostamente, segundo acusações (infundadas?) de membros destacados do próprio PSDB, desviara cerca de US$ 4 milhões do caixa 2 daquela agremiação.

Está aí uma boa pauta para o jornalismo investigativo – não é mesmo?

Mas por que será que não há interesse por esse tipo de pauta?

Por que será?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A PF justificando o injustificável



Ao contestar a matéria "Lava Jato: a operação abafa vai pelo ralo, de CartaCapital, a assessoria de imprensa da Polícia Federal, na maior cara de pau, respondeu:

"A sindicância que apura a suposta utilização de equipamento de escuta ambiental em cela da Superintendência Regional em Curitiba encontra-se em andamento sob segredo, razão pela qual a Polícia Federal não pode se manifestar a respeito".
 
Ah tá! Quando é para investigar e punir alguns meliantes que fazem da instituição um antro de arapongagem, a Polícia Federal decreta SIGILO nas investigações. Agora, quando é para vazar informações contra políticos do PT, a mesma PF não tem nenhum pudor.
 
Um bando de delegado maloqueiro foi para o Facebook, para o Twitter com o fim de acusar Dilma e fazer abertamente campanha para Aécio, e a PF, assim como o babaca do Ministro da Justiça, não fizeram nada para punir os caras.
 
Tem um assessor de imprensa da PF aqui no Recife, de nome Giovani Santoro, que vive no Facebook atacando a honra de Lula, Dilma, Rui Falcão, etc e a Polícia Federal e o Ministro da Justiça fingem que não veem.

Delegado Bruno, que em plena campanha eleitoral, se vendeu à TV Globo para mostrar, na véspera da eleição de 2006, a grana dos aloprados até hoje continua impune. Esse é um exemplo claro de proteção de seus queridinhos pela corporação. O mesmo tratamento não foi dado a Protógenes Queiroz, que acabou demitido da PF, só porque mexeu com gente grande.


Depois disso tudo, ainda me vem a assessoria de imprensa da PF falar em sigilo.Ora, faça-me o favor!

Quem se beneficiou do caixa dois? Eis a questão

Dilma, capitalismo, castas, prisões, oposição, corrupção e golpe


Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Na Finlândia, a presidente Dilma Rousseff calou fundo, suspirou e afirmou à imprensa familiar de mercado: "Primeiro, não vou comentar as palavras do presidente da Câmara. Segundo, o meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é meu governo que está sendo acusado". A resposta foi ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que disse lamentar que aconteça "com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção no mundo", em alusão ao caso Lava Jato (Petrobras) investigado pela Polícia Federal, corporação sob o comando do Ministério da Justiça, instituição subordinada à Presidência da República, que, ora vejam, a presidente é exatamente Dilma Rousseff, do PT, ao assegurar que seu governo não está envolvido em corrupção.

Não sei se os patetas teleguiados entenderam a tabuada direito, porque apenas decorá-la fará com que as palavras proferidas por Dilma sejam veiculadas e escritas de forma truncada, com "ruídos", propositalmente, é claro, porque todos sabemos, inclusive os ingênuos e os desinformados, que os magnatas bilionários sonegadores de impostos e donos da mídia mercantil organizaram o Partido da Imprensa, que vem a ser a agremiação política e ideológica de direita mais poderosa do Brasil, quiçá da América Latina.

Entretanto, Dilma Rousseff continuou a falar, e asseverou: "Acredito que o objetivo da oposição pode ser inviabilizar a ação do governo, mas a ação do governo não vai ser inviabilizada pela oposição, faça ela quantos pedidos de impeachment fizer", para logo complementar: "As pessoas que estavam envolvidas estão presas, e não é a empresa Petrobras que está envolvida no escândalo, são pessoas que praticaram corrupção e estão presas". Ponto.

Há anos afirmo no meu blog "Palavra Livre" e no site "Brasil 24/7" que, no fundo, a direita liberal e dependente do Estado, bem como dos trustes e corporações internacionais e nacionais não se sente à vontade com a efetivação no Brasil do Estado de Direito e da democracia. A direita, "dona" do establishment, e a democracia são como óleo e água. Simplesmente não se misturam.

Consequentemente, os porta-vozes defensores do sistema tem de desconstruir e desqualificar seus adversários, que são tratados como inimigos de suas causas rentistas e financistas. A verdade é que enfrentar o sistema de capitais é um grande problema, porque ele é o hospedeiro dos bancos, dos grandes exportadores, da indústria de armas e de petróleo, além de "lavadores" do dinheiro ilegal do tráfico de armas, de drogas, de pedras preciosas e ouro, além da corrupção estatal e privada.

Estes setores alienígenas engessam as ações dos governos e que se contrapõem fortemente à corrente desenvolvimentista da qual fazem parte o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma. São eles que sabotam e boicotam desde 1930 os programas de governo e os projetos de País, porque são contrários à inclusão social e à igualdade de oportunidades, pois economicamente hegemônicos e ideologicamente reacionários, pois são a essência do capitalismo, sistema perverso de exploração e pirataria, além de financiador até hoje de guerras coloniais e imperialistas.

Por sua vez, como afirmei anteriormente, o capital privado brasileiro é dependente, porque rentista, financista e jogador de bolsas de valores e outros que tais. Sua estratégia para manter incólume o status quo das castas privilegiadas e beneficiadas pelo Estado é transformá-lo em patrimonialista para atender às demandas de uma burguesia totalmente descompromissada do interesse nacional, ao tempo que dedicada a concretizar apenas seus interesses e alavancar seus negócios.    

A verdade é que o capitalismo é injusto,  e, com efeito, violento, porque concentrador de renda e riqueza, e, por seu turno, corrupto em sua organização social. Tais assertivas o são realidades intrínsecas às sociedades subordinadas e dominadas por corporações multinacionais, que se organizam como máfias, que controlam o dinheiro e os governos de mandatários que se comportam e são tratados como fantoches pelo o que secularmente já o é estabelecido: a sociedade organizada em castas, cujo centro é a casa grande plutocrata em âmbito mundial.

Trata-se da plutocracia que se estabelece principalmente nos poucos países ricos, a ter como cúmplices de seus crimes de lesa-humanidade e lesa-pátria as "elites" dos países emergentes e pobres, cujos governos nacionalistas e de esquerda, mesmo que moderados, como os de Lula e Dilma, são historicamente sabotados e seus dirigentes máximos desconstruídos em suas imagens, porque não interessa aos liberais dependentes a independência do Brasil e a emancipação plena do povo brasileiro.

A resumir: a lógica do capitalismo se materializa no ganho pessoal, mesmo quando se trata de uma grande empresa, que, evidentemente, tem compromisso maior com o lucro, o super lucro e não com seus empregados, mesmo os de nível universitário, os executivos, que se aliam aos interesses de seus patrões e cooperam, efetivamente, para que somente uma casta, em termos planetários, tenha o controle dos meios de produção, do mercado financeiro, e, consequentemente, do poder militar, do Judiciário e dos parlamentos, a ter as presidências da República como as cerejas de bolos.

Quando um governante se torna estadista e passa a conhecer a dimensão das realidades que se apresentam, naturalmente que tal mandatário passará a criar problemas para o establishment nacional, vinculado ao internacional, que não aceita, de forma alguma, que o sistema de castas e portanto de capitais seja questionado quanto mais desafiado. Para os capitalistas que estão no topo do mundo, a solução é desconstruir, criminalizar e judicializar o processo político, administrativo e partidário.

E explico: quando o poder econômico e financeiro quer restabelecer o que ele considera suas "perdas", simplesmente financia a queda do mandatário considerado contrário aos seus interesses, seja pelo golpe tradicional, que se resume em uma quartelada, ou pela nova modalidade de golpe na América Latina, que é o jurídico-parlamentar, como ocorreu em Honduras e no Paraguai, bem como tentado inúmeras vezes na Venezuela, no Equador, na Argentina e na Bolívia, os três últimos países com intensidade um pouco menor em relação à nação de Hugo Chávez.   

Contudo, a direita liberal e dependente da América Latina e, especificamente, do Brasil, não se cansa de desmoralizar os políticos, sendo que parte importante dos parlamentares e governantes é financiada pelo próprio sistema de capitais, que, em contrapartida, os chama de corruptos e ladrões, ao tempo que seus políticos mesmo desmoralizados diuturnamente pelas mídias tratam de atender e concretizar os interesses dos grandes capitalistas.

A imprensa familiar e os segmentos conservadores da sociedade desqualificam os políticos porque o objetivo é assumir o protagonismo na política e no lugar deles determinar e definir a pauta a ser discutida no País, ao invés de ser o papel primordial dos governos. Um absurdo, mas a luta para tutelar o poder público, e, evidentemente, o povo brasileiro, é o que acontece por parte dos coronéis midiáticos e de quem está junto com eles.

Mesmo assim não basta apenas o trabalho de desconstrução política levada a cabo também por alguns atores dos legislativos, do Judiciário, do Ministério Público e das diferentes polícias. Para derrotar políticos nacionalistas, de esquerda e destinatários de milhões de votos do povo brasileiro, a exemplo dos esquerdistas moderados, Lula e Dilma, torna-se imperativo ao status quo contar com a máquina de moer reputações dos magnatas bilionários de imprensa e sonegadores de impostos.

Estes, sim, com a cooperação de seus empregados de confiança fazem a parte mais suja do processo de jogar os nomes das pessoas na lama, sem, contudo, responderem por seus crimes de calúnia, injúria e difamação. Impunidade total, como se essa gente não fizesse parte da sociedade e por isto acima das leis. Surreal! É porque, inacreditavelmente, no Brasil do século XXI e na metade de sua segunda década, ainda não se efetivou o marco regulatório para as mídias. Sendo assim, viceja a atua neste País de 210 milhões de habitantes, de economia diversificada e industrializada, uma imprensa meramente de mercado, de péssima qualidade editorial e de caráter essencialmente golpista.

Isto mesmo. Se não fosse a imprensa empresarial o Brasil estaria muito mais avançado socialmente, porque, como moedora da reputação alheia, seus donos, os coronéis midiáticos de almas provincianas e corações sectários, não teriam um poder político absurdo, porém, inaceitável a um País industrializado e que deseja ser desenvolvido e civilizado. Um poder inadmissível, porque vazio de voto popular. Trata-se apenas de empresários, que pensam em lucros, como qualquer empresário de outro segmento da economia.

Outrossim, a dimensão que tomou a propaganda negativa contra o Governo Trabalhista e o apoio, irrestrito e incondicional, aos partidos (PSDB, DEM, PPS e derivados) que representam a plutocracia nacional é algo brutal e não coopera para a estabilidade política, assim como conspira para que a Nação não seja desenvolvida e civilizada.  

Dilma deixou claro, na Finlândia, que o Governo que está a prender corruptos e corruptores é o dela. Além disso, a mandatária deu a entender que reagirá às tentativas de destituí-la do poder, como se o Brasil, a sexta economia mais poderosa do mundo fosse uma republiqueta das bananas, o que, definitivamente, é inaceitável para as pessoas que não são portadoras de um incomensurável e inenarrável complexo de vira-latas, bem  como irredutivelmente nada propensas a beijar a mão do Mickey, em Orlando, para bancar as alienadas na forma de Patetas.

O parágrafo acima é real, no que diz respeito à burguesia brasileira, porque traduz, fidedignamente, o provincianismo, a subserviência, a subalternidade e o pensamento colonizado de certas classes médias coxinhas, que, ridiculamente, são cúmplices dos interesses dos ricos, que jamais as convidam para participar de seus regabofes e comezainas. Afinal, a plutocracia não abriria mão de ser pedante e arrogante com aqueles que são, na verdade, seus empregados, mesmo os que assumem cargos de confiança e ganham salários altos em suas empresas. Ponto.

Os plutocratas querem dinheiro e influenciar no processo político para controlar os fundamentos econômicos, que serão implementados por quaisquer governos. Se o presidente no poder "fecha" com os interesses da casa grande, poderá governar relativamente em paz. Do contrário, a oposição dos grandes capitalistas se torna feroz e desleal, baseada na mentira, que é o primeiro e também o último degrau de uma campanha sórdida e violenta que sofre, no momento, a presidente Dilma Rousseff.

A cidadania sabe que o negócio é inviabilizar as ações do Governo Trabalhista, romper o diálogo, apostar na crise institucional e política e, por fim, bater o martelo do golpe paraguaio. O problema para os golpistas é que o Brasil não é uma República das bananas. Quem prendeu rico corrupto e corruptor pela primeira vez neste País foram os governos do PT. A direita, além de compreender isso, medra por saber que as investigações e as punições vão ainda alcançá-la. Quem viver verá. Impeachment é golpe e o golpe foi derrotado. É isso aí.

Olha o tipo de fonte que os coxinhas andam lendo

Sindicato diz ter comprovado plágio de jornalista Joice Hasselmann

Augusto-Nunes-Joice-Hasselmann


O Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Paraná concluiu que Joice Hasselmann, hoje apresentadora do Veja.com, é responsável pelo plágio de 65 reportagens de 42 profissionais diferentes republicadas em seu site pessoal, o Blog da Joice, que funcionou quando ela trabalhava no Paraná e hoje está desativado. A decisão faz com que Joice fique proibida de integrar o sindicato e será remetida à Comissão Nacional de Ética da Federação dos Jornalistas.

Todos os casos ocorreram entre os dias 24 de junho e 17 de julho de 2014 e foram denunciados por 23 jornalistas. Segundo o parecer do Conselho de Ética, a jornalista é advertida por produção comercial de um artigo sem autorização do profissional e da entidade que detém a sua propriedade intelectual, e de infringir artigo do Código de Ética e ferir a legislação de direito autoral. Todos os jornalistas prejudicados podem encaminhar processos civis contra a profissional. 

De acordo com Hamilton Cesário, presidente do Conselho de Ética do sindicato, Hasselmann teve o direito de questionar as denúncias, mas não atendeu a nenhuma das diversas convocações. “Ela abriu mão de se defender”, disse. 

Em uma postagem no Facebook, Hasselmann diz que o sindicato representa “a escória do jornalismo” e chama os colegas de “desocupados”, “sanguessugas”, “canalhas” e “vira-latas”. Segundo ela, o processo teria ocorrido na “surdina” e seu advogado não conseguiu ter acesso ao processo.
Em julho de 2014, no entanto, a postura de Hasselmann foi diferente. O fotógrafo Jorge Mariano postou no Facebook um link para uma reportagem que teria sido plagiada pelo Blog da Joice. Por meio de sua conta oficial no Facebook, a jornalista pediu desculpas e respondeu afirmando que a cópia teria sido feita por um auxiliar, não identificado e posteriormente demitido, que não teria obedecido às suas orientações de creditar devidamente os autores e veículos. Hasselmann também afirmou que estava entrando em contato com os jornalistas plagiados para desculpar-se. "Peço desculpas pelo ocorrido. Sinto-me envergonhada com isso e não fujo a minha responsabilidade, afinal, o blog é meu, então não interessa quem postou, eu sou a responsável", respondeu.CartaCapital

O professor aecista que fica feliz com desemprego e salário baixo…Assista


desumano

O professor Samuel Pessoa, da Fundação Getulio Vargas, pode ter todos os méritos acadêmicos.

Tem  também o direito de ter atuado como um dos principais assessores econômicos de Aécio Neves, um dos “cabeças” aecistas.

Mas o professor Pessoa há de nos dar o direito de considerar monstruoso o que ele diz em um debate do Instituto Insper, baluarte do pensamento conservador.

Mas dizer que “está feliz” com a queda do nível de emprego e com a redução dos valores dos salários, num país pobre como o Brasil é algo completamente desumano.

Muito mais em alguém comprometido com o conhecimento, com a ciência que, quando não se importa com o sofrimento humano, torna-se abominável.

Reproduzo  ao fim do post  a cena deplorável  num trecho editado do vídeo, que pode ser conferido aqui, na íntegra, com mais de uma hora de duração.

Por sorte, o economista Luiz Gonzaga Beluzzo, presente ao debate, não deixou que isso passasse em branco.

Mas é deprimente ver o ponto a que o credo neoliberal, “mercadista”, é capaz de levar pessoas que têm toda a capacidade de compreender o que venham a ser humanidade ou, pelo menos, compaixão com os que sofrem.

Modestamente, lembro ao professor que Economia é uma ciência social,  humana e, portanto, não um fenômeno natural, previamente determinado.

É bom que todos, porém, vejam o que a adoração do bezerro de ouro do mercado é capaz de fazer até com uma mente preparada e com todas as condições de não se tornar cínica.

O pior é que o Professor Pessoa tem consciência do mal.

E fica feliz com ele.

Mais um moralista sem moral

Relator das pedaladas é réu no STF por estelionato


Relator das pedaladas é réu no STF por estelionato.


Do uol:

Escolhido para ser o relator do parecer do Tribunal de Contas da União que condenou as ‘pedaladas fiscais’ e rejeitou as contas do governo Dilma Rousseff do ano de 2014, o senador Acir Gurgacz, de Rondônia, é réu em processo que corre no Supremo Tribunal Federal. Responde por estelionato, artigo 171 do Código Penal, além de crimes contra o sistema financeiro nacional.

Investigado pela Polícia Federal e denunciado pela Procuradoria-Geral da República, Gurgacz foi convertido em réu no dia 10 de fevereiro de 2015. O relator da ação penal é o ministro Teori Zavascki, o mesmo que cuida dos processos da Lava Jato. A denúncia contra o senador foi aceita por unanimidade na 2ª turma do STF. Além de Zavascki, votaram os ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Gurgacz era sócio e diretor de uma empresa de ônibus chamada Eucatur. Operava em Manaus (AM) e Ji-Paraná (RO). Foi acusado de ludibriar uma casa bancária estatal, o Banco da Amazônia, para obter empréstimo de R$ 1,5 milhão. No papel, o dinheiro deveria ser usado na compra de sete ônibus novos, orçados em R$ 290 mil cada. Descobriu-se, porém, que foram adquiridos ônibus com quase onze anos de rodagem, ao preço de R$ 12 mil cada.

O ministro Teori Zavascki anotou no seu voto: “A materialidade e os indícios de autoria –elementos básicos para o recebimento da denúncia– encontram-se presentes. As provas indiciárias juntadas aos autos demonstram que, de fato, foi apresentada ao Banco da Amazônia documentação referente à aquisição de sete ônibus novos, com ano de fabricação 2004, o que levou a instituição a liberar R$ 1.522.500,00 na conta da empresa Eucatur. Todavia, descobriu-se mais tarde, em razão de informação da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito de Manaus, que os veículos não haviam sido fabricados em 2004, mas sim em 1993.”



Para que os ônibus velhos passassem por veículos novos, a empresa dirigida pelo senador apresentou documentos falsos ao Banco da Amazônia. O papelório frio incluía notas fiscais, faturas, recibos, certificados e registros dos ônibus.

(…)

Alguém leu algo sobre isso no PiG?

Inocentado pela Justiça, 'ex-aloprado' cobra mídia por massacre de nove anos



Num país onde a Justiça costuma ser criticada pela demora em julgar e condenar, cabe lembrar que ela também é lenta para admitir a inocência de uma pessoa acusada injustamente e muitas vezes pré-condenada por jornais, revistas e pela TV.


Em 2006, Expedito Afonso Veloso, diretor do Banco do Brasil, foi acusado de envolvimento em três crimes ligados ao chamado escândalo dos Aloprados: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.

Em 2015, sua inocência foi reconhecida nos três processos. Em todos, a Justiça lhe deu o "nada consta." Com a vida devassada por manchetes e reportagens incriminadoras, Expedito agora luta para reestabelecer a reputação moral, a carreira profissional e a vida familiar.

Em artigo enviado ao 247, publicado abaixo, ele comenta o silêncio dos veículos da imprensa que o submeteram a um massacre contínuo por um longo período, sem demonstrar o menor interesse em divulgar a decisão final da Justiça.

Caso “Dossiê dos Aloprados”: Quanto a verdade é restabelecida e o silêncio estarrecedor da grande mídia

No ano de 2006, um grupo de pessoas fomos deslocados para fazer parte da coordenação da campanha a reeleição do Presidente Lula, entre elas, Eu, Expedito Afonso Veloso, então diretor Banco do Brasil que tirei férias para me dedicar integralmente a campanha eleitoral.

As noticias veiculadas pela grande mídia foram acompanhadas por todos.  Durante quase 9 anos, sofri acusações imprecisas e mentirosas, condenação prévia, ostracismo funcional e sofrimento familiar e nunca desacreditei na Justiça. E sempre mantive a convicção de que não incorrera em qualquer crime ou deslize ético ou moral e em março de 2015 uma sentença judicial me inocentou, esclarecendo em definitivo a questão.

O evento é um dos mais emblemáticos casos de manipulação dos fatos comandados pela mídia nacional em nossa história política contemporânea. O conhecimento dos pormenores, que inclusive gerou a invenção de uma foto mentirosa contento um volume enorme de dinheiro, visando impactar visualmente as reportagens, o seus desdobramentos no âmbito político partidário bem como no âmbito pessoal de seus protagonistas podem servir de aprendizado sobre a instrumentalização dos fatos de que a grande mídia lança mão em calculada estratégia de favorecimento àqueles que com ela constroem relações de favorecimento recíproco.

A confrontação entre todo o fato noticioso, exaustivamente trabalhado com a intenção de condenar seus protagonistas, e a sentença judicial exige reflexão sobre o papel dos veículos de comunicação social no país.

Da sentença, o que mais salta aos olhos é que o próprio Ministério Publico de SP, reconheceu, contrariando o de Mato Grosso que os denunciou por 3 crimes: Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Crime Contra o Sistema Financeiro, que em relação a "lavagem de dinheiro é absolutamente infundada e que não se sustenta a imputação de delito de formação de quadrilha" e apenas  pede reconsideração em relação ao Crime Contra ao SFN, quanto à pertinência de o Juiz de SP julgar um caso que,  na visão do MP-SP, deveria ser julgado no Rio.

Fui investigado pelo Banco do Brasil, pela Policia Federal, por uma CPMI,  pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República e pela Comissão de Ética do PT. Todos estes órgãos me deram um nada consta. Mas a mídia ainda não informou a sociedade de que os relatos destes nove anos não eram verdadeiros.
 
Da leitura das manifestações judiciais e de sua confrontação com toda a interpretação e condenação prévias promovidas pela mídia, fica patente e claro  quantos excessos e quantas mentiras foram propagadas no dia-a-dia.

A Sentença afirma que, com relação à imputação do delito contra o Sistema Financeiro,rejeição da peça acusatória foi por inépcia com relação a mim e por prescrição em relação aos demais. 

E reconhece que não ocorreu qualquer violação de sigilo ou falsidade dos documentos. Ao contrário, o MPF de SP afirmou que os documentos e informações revelariam o envolvimento de políticos de vários partidos nas fraudes das ambulâncias e reconheceu expressamente a atipicidade.

Mantenho a firme convicção de que, jogado a esse vendaval de ataques e difamações,  não feri meus valores éticos.  A opinião pública foi contaminada, nesses quase 9 anos, com informações  que não representam e nunca representaram a verdade. E que me causaram imensos prejuízos de ordem profissional e pessoal.

A busca pelo reestabelecimento de minha reputação passou a ser um  objetivo de longo prazo. E tenho feito  um esforço enorme para restabelecer  minha honra, a qual foi maliciosamente atingida.

Vivia um momento muito positivo e ascendente na carreira profissional e  acadêmica e sofri um baque muito grande. Eu era um dos diretores do BB com mais qualificações, era titular da uma das diretorias mais técnicas do BB, Diretoria de Gestão de Riscos, e tinha uma quantidade enorme de serviços prestados ao Banco em matérias de grande relevo e complexidade.  Despois do massacre que sofri, sendo torturado diariamente pela mídia, tudo se tornou mais difícil.

Mas não me abalei. Tinha consciência dos avanços institucionais e sociais do Pais sob o comando do PT e essas conquistas me satisfaziam e entendia que meu descrédito pessoal ante a opinião pública era o preço que eu teria que pagar.

Agora, inocentado de forma cabal e irreversível por sentença judicial transitada em julgado, espero retomar ao curso normal da minha carreira e anseio pela oportunidade de assumir desafios maiores na Instituição a que tenho dedicado, há 28 anos, com entrega, lealdade e honestidade de propósitos, minha capacidade laborativa, minha inteligência, meus melhores conhecimentos adquiridos na Academia e na vida.  Preparei-me tecnicamente e gerencialmente para assumir grandes desafios e agora que a sentença final nos inocentou, espero ter novas oportunidades na Empresa.

Minha história pessoal é marcada por coragem, honestidade e capacidade de superação.  Esses traços formaram o meu caráter e, na hora em que passei as maiores aflições, eles foram o meu suporte moral e a garantia de credibilidade por parte de minha família.

Curioso, ou irônico, ou dramático foi constatar que tendo sido publicada a sentença judicial que me inocentava depois de 9 anos de condenação pública sem fundamentação, os jornais que se dedicaram com afinco ao martelar massacrante   durante anos, pisando e repisando o assunto, não deram nenhuma publicidade.. O máximo que vi foi algumas referências genéricas e pontuais em jornais eletrônicos. Apenas um jornal da minha saudosa Viçosa – MG, dedicou ao assunto um espaço significativo.

Em função disso,  agora que se fez Justiça e a verdade foi restabelecida, compartilho com todos este desfecho e atesto a minha correção moral.

Expedito Afonso Veloso
Bancário, Gestor de TI e Professor