Relator das pedaladas é réu no STF por estelionato
Relator das pedaladas é réu no STF por estelionato. http://bit.ly/1GVLyfM
Do uol:
Escolhido para ser o relator do parecer do Tribunal de Contas da
União que condenou as ‘pedaladas fiscais’ e rejeitou as contas do
governo Dilma Rousseff do ano de 2014, o senador Acir Gurgacz, de
Rondônia, é réu em processo que corre no Supremo Tribunal Federal.
Responde por estelionato, artigo 171 do Código Penal, além de crimes
contra o sistema financeiro nacional.
Investigado pela Polícia Federal e denunciado pela Procuradoria-Geral
da República, Gurgacz foi convertido em réu no dia 10 de fevereiro de
2015. O relator da ação penal é o ministro Teori Zavascki, o mesmo que
cuida dos processos da Lava Jato. A denúncia contra o senador foi aceita
por unanimidade na 2ª turma do STF. Além de Zavascki, votaram os
ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.
Gurgacz era sócio e diretor de uma empresa de ônibus chamada Eucatur.
Operava em Manaus (AM) e Ji-Paraná (RO). Foi acusado de ludibriar uma
casa bancária estatal, o Banco da Amazônia, para obter empréstimo de R$
1,5 milhão. No papel, o dinheiro deveria ser usado na compra de sete
ônibus novos, orçados em R$ 290 mil cada. Descobriu-se, porém, que foram
adquiridos ônibus com quase onze anos de rodagem, ao preço de R$ 12 mil
cada.
O ministro Teori Zavascki anotou no seu voto: “A materialidade e os
indícios de autoria –elementos básicos para o recebimento da denúncia–
encontram-se presentes. As provas indiciárias juntadas aos autos
demonstram que, de fato, foi apresentada ao Banco da Amazônia
documentação referente à aquisição de sete ônibus novos, com ano de
fabricação 2004, o que levou a instituição a liberar R$ 1.522.500,00 na
conta da empresa Eucatur. Todavia, descobriu-se mais tarde, em razão de
informação da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito de
Manaus, que os veículos não haviam sido fabricados em 2004, mas sim em
1993.”
Para
que os ônibus velhos passassem por veículos novos, a empresa dirigida
pelo senador apresentou documentos falsos ao Banco da Amazônia. O
papelório frio incluía notas fiscais, faturas, recibos, certificados e
registros dos ônibus.
(…)
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