26/05/2009
Folha Online
Deputados que fazem oposição ao governo de Yeda Crusius (PSDB) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul protocolaram nesta terça-feira um requerimento pedindo o afastamento da assessora Walna Vilarins Menezes.
Assessora direta de Yeda, Walna foi apontada em inquérito da Polícia Federal como "elemento de ligação" entre o governo gaúcho e um suposto esquema de fraude em obras públicas no Rio Grande do Sul.
O pedido de afastamento foi apresentado pelo deputado Paulo Azeredo (PDT) e subscrito por parlamentares do PT, PDT, PSB, PC do B e do DEM. O requerimento foi enviado ao secretário da Transparência e da Probidade Administrativa, Carlos Otaviano Brenner de Moraes.
Procurado pela reportagem, o governo ainda não se posicionou sobre o pedido da oposição.
Segundo reportagem da Folha publicada hoje, as atividades de Walna chamaram a atenção da PF depois que ela se encontrou com a empresária Neide Viana Bernardes e Edgar Cândia, dono da Magna Engenheria, em abril do ano passado. O encontro, segundo a PF, foi marcado no estacionamento de um shopping e depois as duas se encontraram com Cândia na sede da empreiteira.
Na ocasião, estava em curso a preparação dos editais para a licitação das obras de construção das barragens de Jaguari e Taquarembó (interior do RS), orçadas em R$ 150 milhões com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Num dos telefonemas grampeados pela PF no dia 16 de maio, Neide e Cândia conversam sobre o lançamento das obras das barragens quatro dias antes. Na conversa, segundo transcrição no inquérito, Neide diz que recebeu a informação de que "tá tudo combinado" e que a "progenitora maior do Estado sabe".
O edital da licitação foi lançado em 30 de maio e a Magna Engenharia foi anunciada como uma das empresas vencedoras para prestar serviços na elaboração do projeto de Taquarembó em novembro.
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