Em mais um trecho bombástico da delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais defensores do impeachment, é acusado de ter recebido R$ 1 milhão ilegal em dinheiro em 1998 e comprado o apoio de 50 deputados para se eleger presidente da Câmara.
Segundo Machado, que na época era líder do PSDB no Senado, o dinheiro saiu de um fundo criado por ele junto com Aécio e o então presidente do PSDB, senador Teotonio Vilela, a fim de financiar a bancada do PSDB na Câmara e no Senado. O plano era "eleger a maior bancada federal possível na Câmara para que pudessem viabilizar a candidatura de Aécio Neves à presidência da Câmara no ano 2000".
Segundo Sérgio Machado, a divisão resultaria "entre 100 mil e 300 mil a cada candidato" (cerca de 50 deputados) e "a maior parcela dos cerca de R$ 7 milhões de reais arrecadados à época foi destinada ao então deputado Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão de reais em dinheiro". O tucano "recebia esses valores através de um amigo de Brasília que o ajudava nessa logística", informou ainda o delator.
Dos R$ 7 milhões arrecadados, R$ 4 milhões vieram da campanha de Fernando Henrique Cardoso à presidência – que se reelegeu em 1998 – e o restante de empresas. Parte do dinheiro também veio do exterior, de acordo com Machado. O ex-presidente da Transpetro também disse na delação que parte do dinheiro da campanha que viabilizou a eleição de Aécio à presidência da Câmara veio de propina em Furnas.
Leia aqui o trecho da delação que cita Aécio Neves e a compra de 50 deputados, publicado no blog de Fausto Macedo.
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