sábado, 27 de agosto de 2016

Veja quis pegar Dilma e Lula, terminou e pegando José Serra e Aécio Neves



Confira, abaixo, o trecho do depoimento de Léo Pinheiro relacionado a José Serra:
"A OAS foi ganhadora do lote cinco do Rodoanel Sul, que fazia parte de um cartel de empresas (...) A partir de 2004, foram realizadas as reuniões para acertar a licitação na Andrade Gutierrez, pois Dario Leite, executivo da Andrade, era próximo de Dario Lopes Reis, então secretário de Transportes. (...) Na licitação com contrato assinado em 2007 havia um convite de 5% de vantagens indevidas para Dario Lopes Reis e Mario Rodrigues (então diretor de engenharia da Secretaria de Transportes). Tais valores eram ajustados por Dario Leite, executivo da Andrade, e comunicados às demais empresas consorciadas (...) No ano de 2007, por determinação do então governador José Serra, no sentido de que houvesse renegociação em todos os contratos do estado, houve uma negociação no contrato do Rodoanel Sul com desconto no valor do contrato de menos 4% e a globalização do valor do contrato. Em razão dessa renegociação, os valores de vantagens indevidas também foram repactuados para 0,75%. Parte dos pagamentos dos valores indevidos foi feita por meio da empresa Legend Engenheiros Associados, de Adir Assad, na SPE Rodoanel Sul 5, e parte em dinheiro vivo."
Em tempo: Mario Rodrigues foi indicado, no governo Temer, para o cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Dario Lopes é assessor especial do Ministério dos Transportes, tendo sido também nomeado no governo Temer.
Confira, abaixo, o trecho do depoimento de Léo Pinheiro relacionado a Aécio Neves (PSDB-MG):
"Foi apresentado a Aécio por Sergio Cabral, quando este ainda era governador estadual do Rio de Janeiro, em 2001. Ainda em 2001, esteve com Aécio para contribuir para a campanha de 2002 ao governo do Estado de Minas, na oportunidade em que foi apresentado a Oswaldo Borges da Costa Filho (...). Assim, quando da licitação da Cidade Administrativa de Minas Gerais, editada em 16/7/2007, o declarante determinou que fosse realizado contato com Oswaldo Borges da Costa (...).
Em um dos encontros, foi informado por Sergio Neves, representante da CNO, que havia a necessidade do pagamento de uma vantagem indevida de 3% do valor da participação de cada empresa no consórcio e que as empresas deveriam procurar o Oswaldo Borges para acertar os pagamentos (...) A contraparte da OAS foi paga em espécie (...) Segundo o declarante foi informado, as quantias eram condicionadas ao então governador Aécio Neves.
O declarante ainda tem conhecimento de que Oswaldo Borges da Costa Filho (...) é operador de Aécio Neves e controlador das contas das empresas do político, sendo que as contribuições feitas para as campanhas de Aécio Neves nos anos de 2002 e 2006, bem como na pré-campanha eleitoral de 2014, foram realizadas por intermediação de Oswaldo."

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