A imprensa tem repercutido o texto de um grupo de especialistas em política internacional do Conselho de Relações Internacionais de Nova Iorque, sobre o protagonismo do Brasil no grupo das potências emergentes.
O documento aconselha aos “policy makers” norte-americanos que vejam o nosso país com outros olhos, e reconheçam a sua situação de ator global, e aproveitem sua emergência, como uma oportunidade para que os Estados Unidos trabalhem com o Brasil, no desenvolvimento de políticas complementares.
O documento insta aos formuladores da política externa que apóiem decisivamente a postulação brasileira de integrar o Conselho de Segurança da ONU.
Devemos ver os elogios com prudência.
É certo que, como resultado da conjuntura internacional, com as dificuldades econômicas dos Estados Unidos, provocadas pelos dos déficits brutais das aventuras bélicas, e os problemas da Comunidade Européia, agravados pelos desatinos dos grandes bancos, o Brasil passou a ser o destino de fortes investimentos.
É preciso atentar para o fato de que a nova economia brasileira surgiu das políticas compensatórias do governo Lula: a injeção de poucos reais no orçamento miserável das famílias mais pobres do país iniciou o ciclo virtuoso do desenvolvimento, com mais consumo, mais produção, mais investimentos, mais empregos, mais educação e mais tecnologia.
Os elogios diplomáticos e o forte afluxo de capitais externos nos estimulam à auto-estima, mas reclamam reflexões profundas, aconselhadas pela boa cautela. Um país se torna mais vulnerável aos seus competidores quando se encontra em ascensão, como é o nosso caso.
Isso nos obriga a buscar defender a nossa autonomia, e criar instrumentos de dissuasão, diante das possíveis ameaças externas.
Assim, é necessário modernizar e equipar devidamente as forças armadas. Por melhores sejam as nossas relações com os vizinhos mais próximos, devemos atentar para o fato de que são conhecidos na História os atos de provocação engendrados por terceiros, a fim de promover a cizânia entre os povos irmãos.
Temos, nestes últimos tempos, sido pacientes no diálogo com os países aparentemente mais débeis, e firmes nas negociações com os mais poderosos, sem arrogância, mas sem submissão. É este o caminho a seguir. Nunca tivemos ambições expansionistas. Isso não nos inibe de expor as nossas ideias e sugestões sobre o convívio internacional.
Os cidadãos se empenham hoje no apoio às iniciativas de combate ao peculato e à corrupção tanto na administração pública quanto na estrutura do poder legislativo e do poder judiciário. Essa postura é necessária, a fim de assegurar a nova visão que os estrangeiros têm de nosso país. Um povo que não se respeita, não merece o respeito dos outros. Quando muito recebe, e com ironia, os mimos da hipocrisia.
Fonte: blog Mauro Santayana
Um comentário:
Exercito forte, Nação forte. Por mais que o recente passado, nos remeta a "lembranças" imperdoáveis, por desvios de conduta de milicos malucos, tresloucados e imbecis, o momento é outro. A ordem Constitucional tem que ser mantida. Somente é quebrada e espatifada, diariamente, pela direita midiatica que, inclusive e a seu bel prazer, joga uma força contra outra. Eles, direita midiatica, tem que ser contida pelo bem maior de nossa Pátria. Assim, não se trata de uma corrida armamentista, se trata apenas de DEFESA de nossas riquezas. Outra: Uma policia bem paga e não corrupta, não é um gasto social. É um lucro gigantesco para toda sociedade.
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