O Japa corrupto está sempre no comando das operações das prisões.Pior:já virou ídolo dos coxinhas.
O terceiro depoimento prestado pelo empresário
José Carlos Bumlai, preso há um mês pela Operação Passe Livre,
desmembramento da Lava Jato, pela Polícia Federal, revela que a linha de
investigação tenta envolver o ex-presidente Lula nos negócios do
pecuarista. O nome dele foi mencionado pelos investigadores dezoito
vezes ao longo do interrogatório de Bumlai. O Instituto Lula foi citado
três vezes em perguntas da PF.
Levantamento foi publicado no blog do jornalista Fausto Macedo (aqui).
"Que solicitação ele [Lula] poderia me fazer? Ele não precisava de
mim para nada. Acho que ele não me pediria nada. Ele tinha as pessoas de
confiança dele. Eu não era uma pessoa assim", afirmou Bumlai ao
responder um dos questionamentos.
O criminalista Arnaldo Malheiros Filho, que defende o empresário,
afirma que "há um grande empenho das autoridades em pressionar Bumlai
para que, de alguma maneira, envolva Lula na apuração da Lava Jato". "É
inegável e notória a amizade entre ambos. O que não existe é
intermediação criminosa daquele junto a este para a realização de
negócios ou patrocínio de negócios privados de terceiros. A única vez em
que Bumlai teve interesse em apresentar alguém a Lula – sem que isso
configure crime algum – foi em razão de um pedido já formulado pelo
embaixador do Qatar, num momento em que ele fez uma tentativa de fechar
um negócio naquele país, sem obter êxito", afirma.
Abaixo os trechos do interrogatório:
- Que indagado se a presença de Delúbio Soares na sede do Banco
Schahin representava para o reinterrogando o interesse de Luiz Inácio
Lula da Silva na realização do empréstimo, disse que não. “Na verdade,
sua (Delúbio) presença traduzia o interesse do Partido dos
Trabalhadores.”
- Que indagado ‘se está tentando proteger figuras públicas de
responsabilidade no episódio, tais como o ex-presidente da República e
outros dirigentes do Partido dos Trabalhadores, tais como seu presidente
à época José Genoíno, respondeu que não está tentando proteger
ninguém’.
- Que indagado ‘se seria uma pessoa de confiança de Luiz Inácio Lula
da Silva, disse acreditar que sim, exceto em assuntos relativos a
negócios’.
- Que indagado ‘se, em verdade, o suposto constrangimento que sofreu
não advinha do fato de que o pedido para que o reinterrogando tomasse o
empréstimo em prol do Partido dos Trabalhadores teria partido do então
presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ou de outros
dirigentes da agremiação política, respondeu negativamente’.
- Que indagado ‘se realmente nunca tratou de questões comerciais ou políticas com Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu que não’.
- Que perguntado ‘se exercia funções de secretário de Luiz Inácio Lula da Silva disse que não’.
- Que perguntado ‘sobre a forma de comunicação que mantinha com Luiz
Inácio Lula da Silva disse que entrava em contato através do número de
sua esposa’.
- Que ‘pelo que o reinterrogando sabe Luiz Inácio Lula da Silva nunca possuiu um número de celular próprio’.
- Que ‘durante os anos de 2014 e 2015, não repassou qualquer demanda
de interessados em solicitar reuniões, palestras e outros pleitos a Luiz
Inácio Lula da Silva’.
- Que ‘indagado novamente se confirma que nunca tratou de assuntos
comerciais ou políticos com Luiz Inácio Lula da Silva respondeu que,
além do caso narrado acima (e-mail da Embaixada do Catar), não se
recorda de outros episódios, contudo, gostaria de esclarecer que não
possui relações comerciais com Lula’.
- Que ‘indagado qual o motivo que a autoridade policial tem para
acreditar na versão dos fatos dado pelo reinterrogando se ele continua a
omitir e mentir sobre fatos relevantes para a investigação, respondeu
que o caso anterior (Embaixada do Catar) reflete a necessidade de
elucidação de fatos que chegam ao conhecimento das autoridades com o
avançar das investigações’.
- Que ‘gostaria de afirmar que não existirão tantos outros fatos a serem elucidados’.
- Que ‘considerando que, no entender da autoridade policial, o
reinterrogando faltou com a verdade ao afirmar que nunca tratara de
assuntos comerciais e políticos com Luiz Inácio Lula da Silva, indagado
se confirma que nunca conversou com o ex-presidente sobre o problema que
enfrentava com a Schahin, disse que nunca conversou sobre este tema com
ele’.
- Que ‘indagado se mantém sua última afirmação, uma vez que lhe foi
demandado que dissesse se tem certeza sobre o fato de que nunca tratou
de seu empréstimo com Lula, disse que acredita e que tem quase certeza
de que nunca tratou deste tema com o ex-presidente’.
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