Por Davis Sena Filho — Palavra Livre
NADA É MAIS PARECIDO COM O CARLOS LACERDA. |
O
impeachment morreu! O ministro do STF, Luiz Edson Fachin, suspendeu a
criação da Comissão "Especial" do Golpe Parlamentar, à frente do
golpismo o cadáver político, deputado Eduardo Cunha, com o apoio,
irrestrito, do senador playboy, Aécio Neves e Cia, a ter seu guru,
Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, a tagarelar na imprensa
alienígena e a apagar a fogueira da crise política com gasolina. Para
resumir, o juiz Fachin acabou com a farra dos ratos.
Somente
esqueceram de avisar aos golpistas de direita, que vão entrar na
história como moleques irresponsáveis, independente do cargo que ocupam e
a função que exercem, tanto no sistema Judiciário quanto no
Legislativo, bem como na imprensa mediocremente de mercado dos magnatas
bilionários, que odeiam o Brasil e desejam ver o povo brasileiro cativo
para sempre, porque longe de sua emancipação econômica e social.
O
golpe morreu! Porém, principalmente, esqueceram de avisar ao presidente
da Câmara, deputado Eduardo Cunha, que, mesmo a se transformar em um
cadáver político e moral, insiste na ousadia de dar continuidade ao
golpe, intenção esta que ele já anunciava ainda quando era um deputado
da bancada do PMDB, mas que há anos se aliava à oposição liderada pelo
PSDB e o DEM, que vem a ser o pior partido do mundo, como já disse
anteriormente.
O
pior do planeta por se tratar de uma agremiação política que ainda se
encontra nas fazendas de escravos dos senhores de gado e engenho do
século XIX. A resumir: violência, atraso e retrocesso. Este é o DEM, o
aliado do igualmente predador do Brasil, o PSDB, que, maus perdedores de
veias golpistas, lutam, incessantemente, há mais de um ano para que a
presidente Dilma Rousseff, eleita em outubro de 2014 pelo voto do povo,
seja derrubada por um golpe paraguaio ou seja lá o que for ou valha.
Somente
no Brasil, e com a aquiescência de uma classe média coxinha e de uma
casa grande de caráteres predominantemente e historicamente golpistas,
que um político da estirpe do Cunha, envolvido com inúmeras falcatruas,
crimes e corrupções tem a liberdade de aceitar e dar celeridade a um
processo de impeachment contra uma mandatária que, não me canso de
repetir, não cometeu crimes comuns e de responsabilidade. Este é o cerne
da questão. Ponto.
A
derrubada de uma presidente constitucional e eleita legalmente por
motivos torpes e sórdidos é um fato gravíssimo e pode terminar com muita
violência nas ruas e com rupturas institucionais e constitucionais por
se tratar de perfídia que já teve precedentes ainda mais trágicos para o
povo brasileiro, como o golpe civil-militar de 1964, que se transformou
na ditadura mais longa e violenta da história do Brasil, que durou 21
anos. E ainda, cinicamente e hipocritamente, foi apelidada por seus
apoiadores de "A Redentora".
A
militância da mentira e do ódio não vai vicejar no Brasil, porque as
forças legalistas e progressistas não vão permitir que tal militância,
totalmente descomprometida com a Nação, a transforme, mais uma vez, em
uma republiqueta das bananas, tal qual as almas e os espíritos de
golpistas do passado e do presente, que nunca respeitaram o povo e
sempre acondicionaram o Brasil em uma situação de País subdesenvolvido,
dependente, dominado e à mercê de roubalheiras e de piratarias
praticadas por países ricos e imperialistas.
Países
e seus governos colonialistas, que tem como aliada, fiel e inconteste, a
burguesia e a pequena burguesia brasileiras, subalternas,
subservientes, portadoras de inenarráveis e incomensuráveis complexos de
vira-latas, pois, indelevelmente, inimigas históricas do Brasil.
Combater o golpe significa impedir que forças "ocultas", digo as que
estão ainda invisíveis, mas a apoiar os golpistas de linha de frente, a
exemplo do juiz e político de direita, Gilmar Mendes, do deputado
Eduardo Cunha, do senador Aécio Neves, do juiz e político também de
direita, Sérgio Moro, bem como em geral os aliados do PSDB, como os
magnatas bilionários de imprensa, além dos grandes capitães da indústria
e do mercado financeiro nacional e internacional.
Enfrentar
essas forças reacionárias não é brincadeira; não é fácil. Tem de ter
disposição, porque as tentativas de se concretizar o golpe são
intermitentes. O golpista não cansa e não pára, porque derrubar do poder
uma mandatária que não incorreu em crimes de responsabilidade se tornou
uma obsessão, de forma que o PSDB e seus cúmplices e conspiradores não
apresentam soluções, programas de governo e projeto de País, porque
simplesmente a demotucanada não tem e nunca teve. Essa gente se recusa a
pensar o Brasil há 515 anos.
Contudo
e apesar de tudo, a farra dos ratos acabou pelas mãos e sensatez do
magistrado Fachin, bem como não adianta mais o vice-traidor-chorão,
Michel Temer, afirmar que a comissão "especial" do golpe é legítima e
foi efetivada em pleno processo democrático, quando a verdade é que
Temer, como constitucionalista que é, sabe muito bem que Eduardo Cunha e
seus adjuntos burlaram o regimento interno da Câmara, golpearam as
regras e normas para que a bancada governista não tivesse maioria nesse
colegiado.
Acabou
a patuscada, a pândega, a bagunça e a molecagem da oposição demotucana e
de seus aliados de partidos menores. O País é sério. Quem não quer ser
séria é a oposição. Quem não são e nunca foram sérias são as casas
grandes deste País. Seus inquilinos de modos "aristocráticos" nunca se
sujeitaram ao jogo democrático, porque são politicamente
antidemocráticos, apesar do discurso a favor da democracia, que,
todavia, contrapõe-se às suas ações e realidades históricas.
O
STF, apesar de ter ministros com a estatura menor de Gilmar Mendes,
percebeu rapidamente que o impeachment estava a vir a galope, a despeito
de Eduardo Cunha ser brevemente denunciado pela Procuradoria Geral da
República, bem como a Comissão de Ética ainda hoje analisar o relatório
que pede a cassação do presidente da Câmara.
Eduardo
Cunha, Aécio Neves, Gilmar Mendes, dentre muitos outros, mostram-se
perigosos para a estabilidade politico-institucional do País. Essas
pessoas são perigosas, porque não são políticos e servidores públicos
compromissados com os interesses do Brasil. Já deixaram isto claro a
vida toda, pois é desta forma que a direita age, porque é uma questão
ideológica, de valores e princípios. A direita é entreguista, olha para o
povo de forma imperialistas, como os países imperialistas olham para as
nossas "elites" subalternas e colonizadas em termos sociais, políticos e
econômicos. É o que acontece. É fato e realidade. Pode acreditar.
Considero
inacreditável que o Brasil, depois de quase 30 anos da
redemocratização, além dos 33 anos das primeiras eleições livres para
governadores, em 1982, tenha de se submeter aos ditames e caprichos de
uma direita irresponsável que luta, de todas as formas e maneiras, para
conquistar o poder, mesmo ao preço de um golpe contra uma presidente
constitucional, eleita pelo povo, sem preocupar, inclusive, com a
economia do País e com os empregos dos trabalhadores brasileiros. São
realmente irresponsáveis.
A
verdade é que o PT, os movimentos sociais e de trabalhadores e o
sistema legalista, nos âmbitos privado e público, tem de ir para cima
dos golpistas. O Brasil não pode retroceder ao ponto de voltar aos anos
terríveis e sombrios de 1954 e 1964, quando o estadista gaúcho, Getúlio
Vargas, matou-se e adiou o golpe por dez anos, quando o grande
presidente e igualmente gaúcho, João Goulart, foi derrubado por uma
quartelada apoiada por grandes empresários, com o apoio logístico e
financeiro dos Estados Unidos — a terra do Tio Sam, aquele que
bombardeia países para invadi-los e depois roubar suas riquezas. O
ministro Fachin acabou com a farra dos ratos. O golpe morreu! É isso aí.
3 comentários:
Veja só que absurdo: Florianópolis, poluída por esgoto, dissimulação e ódio de nordestinos. Por Aline Torres
Veja que absurdo: Florianópolis, poluída por esgoto, dissimulação e ódio de nordestinos. Por Aline Torres
Florianópolis, poluída por esgoto, dissimulação e ódio de nordestinos. Por Aline Torres
Postar um comentário