quarta-feira, 12 de maio de 2010

Governo tucano sucateia ensino superior público em MG



Baixos níveis de investimentos, pouca valorização dos profissionais da educação, escassez de vagas na rede estadual e excesso de matrículas na rede privada. Este é o cenário do ensino superior estadual em Minas Gerais que, após sete anos sob o governo do PSDB, apresenta um dos piores índices do país.

Os baixos investimentos do governo na Unimontes, única universidade estadual de Minas Gerais, explicam a fraca qualidade do ensino superior. Segundo dados do Relatório Financeiro e Desempenho Operacional da universidade, o Governo de Minas repassou à universidade R$ 121.777.961,50, em 2009, para o pagamento de pessoal, encargos sociais e despesas correntes, valor insuficiente para arcar com as despesas que, naquele ano, chegaram a R$ 139.393.402,66. O site da Secretaria de Estado de Planejamento mostra que enquanto o governador Antonio Anastasia (PSDB) pretende investir, em 2010, R$ 500 mil na universidade, o Governo Federal, através de convênios com os Ministérios da Saúde e Educação, disponibilizou R$ 6.806.091,00 para reforçar os investimentos na autarquia.

A falta de recursos faz de Minas um dos estados da federação que menos oferece matrículas de nível superior na rede estadual. O último relatório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), realizado em 2008, mostra que enquanto na média nacional as Universidades estaduais contribuem com 38,7% do total de vagas na rede pública, em Minas este índice é de apenas 2,8%. A participação da rede privada no número de vagas oferecidas aos estudantes mineiros é outra marca deixada pela política educacional do PSDB: em 2008, 81% delas eram provenientes da rede privada, atrás apenas dos estados de Rondônia (82%), Rio Grande do Sul (84%) e São Paulo (86%).

“Estes índices mostram claramente que a prioridade do governo de Minas não é o ensino público. Durante a gestão tucana, o Estado transferiu para as universidades privadas a responsabilidade pelo ensino superior”, constatou o presidente da Associação dos Docentes da Unimontes, Antônio Maciel.

Fonte:Brasília Confidencial

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