O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (3) um pacote de medidas de segurança voltadas para controlar a fronteira com o Paraguai, uma das regiões com maior índice de homicídio do país e tradicional porta de entrada para armas e drogas.
As medidas serão realizadas de maneira conjunta com o governo de Assunção, segundo explicou Lula, durante o encontro com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, realizado na divisa entre as cidades de Ponta Porã (Mato Grosso do Sul) e Pedro Juan Caballero (Amambay).
Também esteve presente no encontro o senador Robert Acevedo, alvo de um atentado a tiros no último dia 26. Acevedo foi atingido de raspão, mas as duas pessoas que estavam com ele no veículo no momento do tiroteio morreram. Os suspeitos, segundo o próprio senador, seriam assassinos pagos por narcotraficantes internacionais, com possível vínculo com o grupo brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC), que já cometeu atentados em São Paulo.
Mas o ataque contra o senador, exemplo recente da violência na região que recebeu os presidentes, não é um caso isolado. “Não há balas perdidas em Pedro Juan Caballero, por aqui todas as balas têm um dono”, comenta Antonio Ribeiro, agente consular brasileiro nesta cidade, em entrevista ao UOL Notícias.
“Eles dizem que isso aqui é uma fronteira seca, mas eu chamo de fronteira ‘viva’, passa gente para lá e para cá a todo momento”, descreve o funcionário do consulado. “As pessoas vão ao Paraguai só para abastecer o carro, porque é mais barato. Há ruas paralelas à fronteira, há ruas cruzando a fronteira, as pessoas transitam sem ninguém intervir, sem controle de documentos. E não tem como fazer controle, as duas cidades cresceram juntas. Se você não conhece a região, é possível que você não saiba de que lado está”.
As medidas serão realizadas de maneira conjunta com o governo de Assunção, segundo explicou Lula, durante o encontro com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, realizado na divisa entre as cidades de Ponta Porã (Mato Grosso do Sul) e Pedro Juan Caballero (Amambay).
Também esteve presente no encontro o senador Robert Acevedo, alvo de um atentado a tiros no último dia 26. Acevedo foi atingido de raspão, mas as duas pessoas que estavam com ele no veículo no momento do tiroteio morreram. Os suspeitos, segundo o próprio senador, seriam assassinos pagos por narcotraficantes internacionais, com possível vínculo com o grupo brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC), que já cometeu atentados em São Paulo.
Mas o ataque contra o senador, exemplo recente da violência na região que recebeu os presidentes, não é um caso isolado. “Não há balas perdidas em Pedro Juan Caballero, por aqui todas as balas têm um dono”, comenta Antonio Ribeiro, agente consular brasileiro nesta cidade, em entrevista ao UOL Notícias.
“Eles dizem que isso aqui é uma fronteira seca, mas eu chamo de fronteira ‘viva’, passa gente para lá e para cá a todo momento”, descreve o funcionário do consulado. “As pessoas vão ao Paraguai só para abastecer o carro, porque é mais barato. Há ruas paralelas à fronteira, há ruas cruzando a fronteira, as pessoas transitam sem ninguém intervir, sem controle de documentos. E não tem como fazer controle, as duas cidades cresceram juntas. Se você não conhece a região, é possível que você não saiba de que lado está”.
Essas características facilitam o trânsito ilegal de pessoas e mercadorias, em meio à dificuldade de coordenar operações policiais na região. Em mais de uma ocasião policiais brasileiros foram detidos por policiais paraguaios temporariamente porque cruzaram a fronteira armados durante a perseguição de um suspeito.
Do lado paraguaio, não é fácil ter acesso aos dados sobre a violência na região. As autoridades fornecem informações contraditórias e não há estimativas consolidadas de longo prazo. Do lado brasileiro, alguns indicadores confirmam que a divisa com o Paraguai é uma das regiões mais violentas do país.
Paraná e Mato Grosso, os dois Estados brasileiros colados ao Paraguai, são também a região que teve maior volume de drogas apreendidas no ano passado. Segundo números da Polícia Federal, em 2009 foram interceptadas mais de 51 toneladas de entorpecentes no Paraná e quase 38 toneladas no Mato Grosso do Sul. Nos dois casos, o volume total é formado principalmente por maconha e cocaína. Continue lendo
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