Pré-candidata à Presidência da República, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff não se intimidou com as muitas denúncias de campanha fora de época que a oposição tem feito contra ela. Ontem, saudada como "madrinha da retomada da indústria naval brasileira", foi convidada ilustre do batismo do primeiro navio do Estaleiro Atlântico Sul. Foi a única autoridade sem cargo público ou eletivo a sentar na primeira fila do palco armado para a cerimônia, a poucos metros do navio. Com tantos privilégios e sob a bênção do presidente Lula, seu padrinho político e mais forte cabo eleitoral do país, virou alvo de elogios. Muitos dos quais com claro tom eleitoral.
"Não podíamos chegar aonde chegamos,na questão da indústria naval, sem os projetos coordenados pela Casa Civil. Então, Dilma veio a convite dos empresários. Ela só vem se for convidada".Presidente Lula
"Dilma é a madrinha da retomada da indústria naval brasileira " Ariovaldo Rocha - Presidente do Sindicato da Indústria Naval
"Temos a obrigação de fechar com quem o senhor (Lula) indicar (...) Bom Dilma para todos" Alberto Alves - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco
"Hoje, ela não é mais (presidente do Conselho da Petrobras), mas pode ser presidente" Sérgio Gabrielli - Presidente da Petrobras,
A cada discurso, uma nova declaração "favorável" à pré-candidata. Do presidente do Sindicato da Indústria Naval, Ariovaldo Rocha, recebeu o tal título de madrinha, justificado pela sua "participação decisiva na recuperação do setor". Sérgio Machado, presidente da Petrobras Transportes (Transpetro), alertou ao auditório lotado para a importância de continuidade de projetos como os que existem hoje na área naval. "Parem e pensem", frisou. Nem mesmo o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, resistiu. Referiu-se à ex-ministra como a "eterna presidente do conselho" da estatal. Depois, acrescentou: "Hoje (ela) não é mais, mas pode ser presidente", arrematou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves da Silva, foi ainda mais longe. Primeiro, disse que se dependesse deles, trabalhadores, o presidente Lula teria um governo como o ditador cubano Fidel Castro. Depois, lembrando que isso não é possível, avisou, dirigindo-se a Lula: "Temos a obrigação de fechar com quem o senhor indicar para Pernambuco e para o Brasil. Temos que sair daqui com esse compromisso. Vamos para frente. 'Bom Dilma' para todos", encerrou, para em seguida ser cumprimentado pelo presidente e abraçado pela presidenciável.
Após a cerimônia, Dilma usou a estrutura armada para o que seria uma coletiva de Lula - que acabou não ocorrendo - para falar com a imprensa. Disse que estava ali como convidada por ter tido um envolvimento pessoal com a instalação do estaleiro. "Foi com uma imensa sensação de vitória. Fiquei muito emocionada quando vi o navio saindo, porque diziam (os antecessores de Lula, hoje adversários) que esse projeto era inviável".
A ex-ministra afirmou ainda não considerar sua presença no evento e os discursos em torno da campanha antecipada. "Por eu ser candidata, é justamente o contrário. Vejam vocês, a legislação permite que eu compareça, obviamente sem falar, até virar candidata. A partir do momento que eu for formalmente escolhida pela convenção, nenhum de nós (presidenciáveis) pode mais participar. Mas enquanto eu participar calada, não tem problema".
Ao ser questionado sobre o comparecimento de Dilma ao evento, Lula saiu em sua defesa. "Nós não podíamos chegar aonde chegamos na questão da indústria naval sem os projetos coordenados pela Casa Civil. Então, ela veio a convite dos empresários, foi tratada dignamentee foi embora. Ela só vem se for convidada, porque não é mais ministra. Se o dono da obra convida, ela vem. Se o governador convida, ela vem". DpNet.
"Dilma é a madrinha da retomada da indústria naval brasileira " Ariovaldo Rocha - Presidente do Sindicato da Indústria Naval
"Temos a obrigação de fechar com quem o senhor (Lula) indicar (...) Bom Dilma para todos" Alberto Alves - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco
"Hoje, ela não é mais (presidente do Conselho da Petrobras), mas pode ser presidente" Sérgio Gabrielli - Presidente da Petrobras,
A cada discurso, uma nova declaração "favorável" à pré-candidata. Do presidente do Sindicato da Indústria Naval, Ariovaldo Rocha, recebeu o tal título de madrinha, justificado pela sua "participação decisiva na recuperação do setor". Sérgio Machado, presidente da Petrobras Transportes (Transpetro), alertou ao auditório lotado para a importância de continuidade de projetos como os que existem hoje na área naval. "Parem e pensem", frisou. Nem mesmo o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, resistiu. Referiu-se à ex-ministra como a "eterna presidente do conselho" da estatal. Depois, acrescentou: "Hoje (ela) não é mais, mas pode ser presidente", arrematou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves da Silva, foi ainda mais longe. Primeiro, disse que se dependesse deles, trabalhadores, o presidente Lula teria um governo como o ditador cubano Fidel Castro. Depois, lembrando que isso não é possível, avisou, dirigindo-se a Lula: "Temos a obrigação de fechar com quem o senhor indicar para Pernambuco e para o Brasil. Temos que sair daqui com esse compromisso. Vamos para frente. 'Bom Dilma' para todos", encerrou, para em seguida ser cumprimentado pelo presidente e abraçado pela presidenciável.
Após a cerimônia, Dilma usou a estrutura armada para o que seria uma coletiva de Lula - que acabou não ocorrendo - para falar com a imprensa. Disse que estava ali como convidada por ter tido um envolvimento pessoal com a instalação do estaleiro. "Foi com uma imensa sensação de vitória. Fiquei muito emocionada quando vi o navio saindo, porque diziam (os antecessores de Lula, hoje adversários) que esse projeto era inviável".
A ex-ministra afirmou ainda não considerar sua presença no evento e os discursos em torno da campanha antecipada. "Por eu ser candidata, é justamente o contrário. Vejam vocês, a legislação permite que eu compareça, obviamente sem falar, até virar candidata. A partir do momento que eu for formalmente escolhida pela convenção, nenhum de nós (presidenciáveis) pode mais participar. Mas enquanto eu participar calada, não tem problema".
Ao ser questionado sobre o comparecimento de Dilma ao evento, Lula saiu em sua defesa. "Nós não podíamos chegar aonde chegamos na questão da indústria naval sem os projetos coordenados pela Casa Civil. Então, ela veio a convite dos empresários, foi tratada dignamentee foi embora. Ela só vem se for convidada, porque não é mais ministra. Se o dono da obra convida, ela vem. Se o governador convida, ela vem". DpNet.
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