O Estado de S.Paulo
O Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), em Brasília, determinou o trancamento em definitivo do inquérito da Polícia Federal que havia sido aberto para investigar suposto tráfico de influência do advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) dentro do Palácio do Planalto durante a Operação Satiagraha.
A decisão, por unanimidade, foi tomada pela 3.ª Turma de desembargadores do TRF1, confirmando ordem da juíza Maria de Fátima Paula Pessoa Costa, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal. Em junho de 2009, a juíza ordenou o arquivamento do inquérito, mas o Ministério Público Federal recorreu e o caso foi parar no TRF1.
Satiagraha interceptou telefonemas de Greenhalgh para Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência. Nas ligações, efetuadas em 2008, o ex-deputado pedia a Carvalho que verificasse se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava no encalço de Humberto Braz, aliado do banqueiro Daniel Dantas, alvo da operação. Greenhalgh é um dos advogados de Dantas.
Por meio de habeas corpus, os criminalistas José Roberto Batochio e Guilherme Batochio - atuando em nome da Ordem dos Advogados do Brasil - sustentaram que Greenhalgh agiu exclusivamente no exercício da advocacia. A tese dos criminalistas foi acolhida pelo TRF que estendeu a medida também com relação a Carvalho.
O trancamento foi decretado pelos desembargadores Guilherme Mendonça Doehler, Assuzete Magalhães (relatora) e Fernando da Costa Tourinho Neto.
"Greenhalgh, na condição de advogado, apenas procurou saber junto ao órgão estatal competente o que havia contra seu cliente (Braz) que estava sendo seguido por um araponga supostamente a serviço da Presidência", afirmou Roberto Batochio.
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