O ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio e Janeiro por duas vezes que nacionalizou empresas estrangeiras, organizou a resistência contra o golpe militar por intermédio da Campanha da Legalidade e construiu cerca de cinco mil escolas de primeiro e segundo graus, além de amargar 15 anos de exílio, mostra-se, em sua última entrevista em 2004 (ano que faleceu), como sempre, preocupado com o Brasil e os brasileiros.
Em uma parte da entrevista, o político republicano e trabalhista fala sobre a questão energética e explica como os estrangeiros, que ele chama de imperialistas, procedem para impedir o desenvolvimento do povo brasileiro, com a cumplicidade e o apoio imprescindíveis das oligarquias, das elites brasileiras, que sempre se associaram aos interesses do que eles, com imenso complexo de vira-lata, consideram, de forma subserviente, ser a sua Corte.
Contudo, essa realidade não convence a uma parcela de brasileiros, estratificada em grupos econômicos, como a mídia velha, o sistema de mercados de capitais e setores conservadores empresariais do campo, da indústria, da Igreja e da classe média que acha que um dia vai ser rica, lê a revista Veja, o O Globo, a Folha de S. Paulo e considera que os programas de TV fechada Saia Justa e Manhattan Connection são cool e fashion e adoram falar as palavras cool e fashion. É Chique e lembra Miami — a Corte deles.
Por sua vez, essa gente, além da imprensa privada golpista, considera o governo neoliberal de FHC ótimo. Foi tão “ótimo” que os tucanos (PSDB) nunca mais ganharam as eleições para a Presidência da República. A verdade é que essas pessoas desprezam o Brasil e o povo brasileiro, afinal a nossa sociedade escravizou seres humanos por 350 anos — um recorde — e esta realidade e verdade está enraizada profundamente no subconsciente e na consciência desses segmentos sociais que se consideram “superiores” apesar de, indubitavelmente, não sê-los, porque superior é o povo trabalhador do Brasil. Chique, cool e fashion é o povo. E sabe por quê? Porque não tem complexo de vira-lata. O grande brasileiro gaúcho Leonel de Moura Brizola sempre soube disso.
Em tempo: Brizola, infelizmente, não teve a oportunidade de ver a crescimento social e econômico do povo brasileiro no decorrer do Governo Lula e agora no governo de Dilma Rousseff, bem como não teve a satisfação de ver o Brasil ser muito respeitado pela comunidade internacional. O líder trabalhista também não viu a presidenta do FMI, Christine Lagarde, chegar ontem ao Brasil de joelhos e com o pires na mão pedir dinheiro e receber um altissonante não, tal qual ao que acontecia no governo do vendilhão da Pátria e neoliberal FHC, que, como hoje procede o FMI, ficou de joelhos e de pires na mão por TRÊS VEZES, a humilhar o Brasil e seu povo.
É isso aí.
Davis Sena Filho
Um comentário:
Sua voz é parecida com a Dele, eu gostava desse homem, porque construiu muitas Escolas, trabalho num Ciep, obra dele.
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