domingo, 18 de dezembro de 2011

Por que Merdal Pereira defende o PiG e José Serra?


Antes elogiavam o governador José Roberto Arruda do Distrito Federal


Levantamento feito pelo blog NaMariaNews, especializado em vasculhar as relações entre a Secretaria de Educação de São Paulo com a mídia paulistana, a partir de pesquisa dos editais publicados no Diário Oficial, descobriu uma intensa relação da gestão de Serra com o Grupo Abril, dona da revista Veja e de outras publicações,


Entre 2007 e 2009, somente com as aquisições de quatro publicações ditas “pedagógicas” (Nova Escola, Recreio, Guia do Estudante e Veja) o governo paulista pagou ao Grupo Civita 34,7 milhões de reais.


O Ministério Público Estadual abriu um inquérito civil para apurar irregularidades, A Editora Abril recebeu 3,7 milhões de reais dos cofres públicos de São Paulo e Serra ainda apresentou proposta curricular que obriga a inclusão, no ensino médio, de aulas baseadas no tal Guia do Estudante, também da Abril.


O blog NaMariaNews revela que o tucano comprou, por 2,7 milhões de reais, 5.449 assinaturas da Folha de S.Paulo. No DO de 15 de maio do mesmo ano, está registrado outro contrato de compra de também 5.449 assinaturas do jornal O Estado de S. Paulo, por 2,6 milhões de reais. Em 21 de maio, foi a vez das Organizações Globo serem beneficiadas pela generosidade tucana: por 1,1 milhão de reais, o governo paulista adquiriu 5.449 assinaturas da semanal Época.


ESSE é o mesmo esquema que foi usado no chamado “mensalão do DEM”, que levou à cassação do governador José Roberto Arruda no Distrito Federal. Arruda havia sido apresentado pela Veja como um exemplo de administrador eficiente e honesto. O governo do DF havia assinado um contrato de 442,4 mil reais para a aquisição de assinaturas da revista em 15 de junho do mesmo ano.


Na mesma data, Arruda usou expediente semelhante para a compra, por 2,9 milhões de reais, de 7.562 assinaturas diárias do Correio Braziliense, o maior jornal da capital federal, a serem distribuídas, ao longo de 2009, a professores e alunos de 199 escolas do Distrito Federal. O contrato, firmado com o então secretário de Educação do DF, José Valente, uma das estrelas dos vídeos de propinas gravados pelo delator Durval Barbosa, do chamado “mensalão do DEM, previa como fonte de pagamento o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb.


Ou seja, de recurso destinado, originalmente, ao financiamento de educação básica, aí incluídos creche, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio, além de educação de jovens e adultos.


O ex-governador do DEM também tratou de agraciar a Editora Globo com um contrato de 4,9 milhões de reais, na aquisição de 239,2 mil livros “com o fito de compor o acervo bibliográfico” das 620 escolas públicas do Distrito Federal. A fonte pagadora era o salário-educação, gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do governo federal – aliás, onde também está hospedado o Fundeb. Leia em imprensaliberdade.blogspot.com

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