Vai lá, Cardoso. Vai dar mais uma entrevista para Veja, seu babaca".
247 - O Ministério da Justiça desmentiu neste domingo, 22, mais um delírio da revista Veja. Em nota divulgada à imprensa, o ministério rebateu a versão distorcida sobre a reunião do ministro José Eduardo Cardozo com o advogado Sergio Renault, capa da edição que circula nesse sábado, 21.
"É mentirosa a versão veiculada pela segunda vez pela revista Veja de que o ministro José Eduardo Cardozo tenha se reunido com o advogado da UTC, Sergio Renault, para tratar das investigações da Operação Lava Jato ou discutido a conveniência de um acordo de delação premiada por parte do dono da UTC, Ricardo Pessoa", diz o texto.
Tanto Veja quanto a grande mídia estão utilizando a reunião como uma tentativa do PT em melar as investigações da operação Lava Jato.
Segundo a resposta do ministério da Justiça, a versão veiculada na matéria "se mostra mais absurda" ao ignorar que o órgão do governo federal não dispõe de instrumentos para impedir ou negociar vantagem de qualquer natureza para que uma delação premiada não se consume. "Ele não tem poderes para determinar o fim de uma prisão, para impedir ou mitigar uma condenação ou para efetivar qualquer medida que pudesse oferecer vantagens a um investigado em troca do seu silêncio", diz a nota.
Como o 247 mostrou, a capa da edição deste fim de semana da revista da Editora Abril, que sofre que grave crise financeira, faz parte de um esforço da Editora Abril para tentar implicar o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e dois de seus ministros, José Eduardo Cardozo e Jaques Wagner, na Operação Lava Jato.
Sem que o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, tenha prestado qualquer depoimento ou firmado um acordo de delação premiada, Veja antecipa o que "ele quer contar" aos investigadores. Principal "bomba" seria a transformação de doações legais em propina. Com a ameaça implícita na reportagem de que Pessoa pode pegar mais de 90 anos de prisão, Veja tenta arrancar sua delação à força, como se a chantagem fosse um instrumento legítimo de persuasão (leia mais).
Leia na íntegra a nota.
"NOTA OFICIAL DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Brasília, 21/2/15 – Em face das inverdades noticiadas na matéria “O que ele sabe é dinamite pura”, publicada na edição de hoje da revista Veja, o Ministério da Justiça esclarece que:
1- É mentirosa a versão veiculada pela segunda vez pela revista Veja de que o ministro José Eduardo Cardozo tenha se reunido com o advogado da UTC, Sergio Renault, para tratar das investigações da Operação Lava Jato ou discutido a conveniência de um acordo de delação premiada por parte do dono da UTC, Ricardo Pessoa.
2- O Ministro da Justiça sempre garantiu a plena autonomia das investigações realizadas pela Polícia Federal, não admitindo qualquer interferência indevida na sua condução. O mesmo tem acontecido na operação “Lava Jato”, onde várias delações premiadas já foram realizadas sem que tivesse ocorrido qualquer tentativa de obstá-las.
3. A versão veiculada na matéria ainda se mostra mais absurda quando ignora que o Ministro da Justiça não dispõe de instrumentos para impedir ou negociar vantagem de qualquer natureza para que uma delação premiada não se consume. Ele não tem poderes para determinar o fim de uma prisão, para impedir ou mitigar uma condenação ou para efetivar qualquer medida que pudesse oferecer vantagens a um investigado em troca do seu silêncio.
4 - É lamentável que, mais uma vez, a Veja se utilize de supostas declarações de um investigado, encaminhadas à revista por pessoas que se escondem no anonimato, para buscar atingir a imagem do Ministro e de membros do governo federal. Uma vez identificadas, essas pessoas serão processadas civil e criminalmente.
Ministério da Justiça"
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