A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, disse nesta segunda (3) que o Brasil precisa de mais recursos para financiar o sistema de Saúde. Em sua avaliação, esse financiamento maior para o setor pode vir de uma Reforma Tributária. Dilma concedeu entrevista coletiva em Uberaba (MG), onde participou da abertura da feira ExpoZebu.
“Acho que faz parte de todo um processo que já dei várias declarações a respeito: sou a favor de Reforma Tributária no Brasil que simplifique a tributação, que reduza a tributação e que torne mais ágil e eficiente a economia. E de outro lado sou a favor de ter recursos maiores para a Saúde”, afirmou a pré-candidata.
Sobre uma possível volta da CPMF, ela disse que essa questão não está sendo discutida. “Reconhecidamente, e não sou só eu que falo isso, há uma deficiência no financiamento da Saúde no Brasil. Quando compara recursos para a saúde no Brasil e olha o que é destinado nos outros países do mundo estamos destinando menos. Quando perdemos a CPMF não tivemos como recompor os R$ 40 bilhões, porque você não estala os dedos e aparecem os R$ 40 bilhões”, disse.
Segundo ela, o fim da CPMF teve dois efeitos negativos: diminuiu os recursos para a Saúde e não houve queda nos preços de produtos, como alegavam os críticos do tributo. “Se a alegação era redução de tributos, nós perdemos de dois lados. Perdemos porque era dinheiro para Saúde e perdemos porque no bolso de cada brasileiro não teve efeito nenhum.”
Código Florestal
Perguntada sobre a reforma do Código Florestal, um tema que interessa muito ao setor agropecuário, Dilma defendeu uma negociação entre produtores rurais e ambientalistas do projeto em discussão no Congresso Nacional. Para ela, esse acordo seria possível porque as duas partes concordam com o objetivo a ser alcançado.
“Isso [o novo código florestal] é uma questão que está no Congresso e está fazendo parte de um processo de negociação, que tanto do ponto e vista ambiental e do ponto de vista economia, quanto maior a área preservada ou a área explorada tanto maior vai ser a produtividade”, disse ela.
Dilma explicou que é melhor para os agricultores uma área de produção mais contínua (e não em várias parcelas de uma propriedade), assim como para os ambientalistas também interessa mais uma área ampla de preservação ambiental.
“Do ponto de vista ambiental, cada pequena parcela não é vantajosa, porque não garante uma extensão significativa para reduzir o impacto. Do ponto de vista do uso econômico da terra, quanto mais contínua for a reserva, melhor", explicou. "Então eu acho que é possível encontrar um acordo e construir uma negociação justamente na medida em que essas duas questões estão interligadas. A reserva legal parcelada é ruim tanto para o agricultor quanto para o ambientalista. Por isso estou extremamente otimista com a possibilidade de um acordo.”
Fonte: dilmanaweb.com.br
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