O prêmio Nobel tem uma ótima oportunidade de se redimir da escolha no mínimo polêmica do ano passado, quando entregou o Nobel da Paz a Barack Obama, e conferi-lo esse ano ao presidente Lula por seus esforços e determinação em evitar sanções ao Irã e que o mundo se encaminhasse para mais um conflito de conseqüências imprevisíveis.
Não se trata de ufanismo ou patriotada. O Nobel da Paz é atribuído à pessoa ou instituição que “tiver feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".
Ano passado, Obama recebeu o prêmio pelos “esforços para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”. Sua escolha foi muito criticada pelo seu pouco tempo na presidência dos Estados Unidos e pelo país estar envolvido em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão. Pouco antes de receber o prêmio, Obama autorizara o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão. O presidente norte-americano buscou justificar o paradoxo defendendo a guerra como instrumento de paz.
Lula fez algo de muito mais concreto pela paz, sem nenhuma atitude belicista. Quando os governos ocidentais pareciam céticos sobre as intenções do programa nuclear do Irã, e os EUA e alguns países europeus pressionavam por novas sanções, ele empenhou seu prestígio, enfrentou todas as desconfianças e críticas e foi a Teerã com uma proposta objetiva para solucionar o conflito.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, que recebeu Lula a caminho da capital iraniana e deu seu aval à missão, comentou que a visita de Lula a Teerã era “a última oportunidade” de uma solução negociada sem o recurso às sanções. O tempo corria contra a paz em um processo que se assemelhava muito ao vivido em relação ao Iraque e que terminou em guerra, ainda infinda.
Lula trouxe de Teerã o compromisso iraniano de enviar urânio de baixo enriquecimento para a Turquia, onde seria enriquecido e devolvido ao país para fins pacíficos. Todos os pontos considerados essenciais pela comunidade internacional foram contemplados no acordo, que recebeu o apoio de China e França.
Sem a má vontade da Casa Branca, a crise está resolvida. Os Estados Unidos continuam pressionando o Conselho de Segurança da ONU por sanções como se nenhum acordo tivesse sido obtido. Mesmo que consigam impor alguma medida, isso não encerrará o mérito das gestões levadas a cabo por Lula.
O presidente brasileiro se consagrou esse ano como grande líder global, recebendo da ONU o prêmio “Campeão Mundial na Luta contra a Fome”, do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Em Davos, no início do ano, foi homenageado com o título “Estadista Global” e a revista Time o elegeu o líder mais influente do mundo.
Lula é reconhecido e festejado no mundo todo, com exceção da grande imprensa brasileira, e não há nenhum episódio este ano da mesma magnitude que seu papel no acordo com o Irã para merecer o Nobel da Paz.
Não se trata de ufanismo ou patriotada. O Nobel da Paz é atribuído à pessoa ou instituição que “tiver feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".
Ano passado, Obama recebeu o prêmio pelos “esforços para reforçar o papel da diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”. Sua escolha foi muito criticada pelo seu pouco tempo na presidência dos Estados Unidos e pelo país estar envolvido em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão. Pouco antes de receber o prêmio, Obama autorizara o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão. O presidente norte-americano buscou justificar o paradoxo defendendo a guerra como instrumento de paz.
Lula fez algo de muito mais concreto pela paz, sem nenhuma atitude belicista. Quando os governos ocidentais pareciam céticos sobre as intenções do programa nuclear do Irã, e os EUA e alguns países europeus pressionavam por novas sanções, ele empenhou seu prestígio, enfrentou todas as desconfianças e críticas e foi a Teerã com uma proposta objetiva para solucionar o conflito.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, que recebeu Lula a caminho da capital iraniana e deu seu aval à missão, comentou que a visita de Lula a Teerã era “a última oportunidade” de uma solução negociada sem o recurso às sanções. O tempo corria contra a paz em um processo que se assemelhava muito ao vivido em relação ao Iraque e que terminou em guerra, ainda infinda.
Lula trouxe de Teerã o compromisso iraniano de enviar urânio de baixo enriquecimento para a Turquia, onde seria enriquecido e devolvido ao país para fins pacíficos. Todos os pontos considerados essenciais pela comunidade internacional foram contemplados no acordo, que recebeu o apoio de China e França.
Sem a má vontade da Casa Branca, a crise está resolvida. Os Estados Unidos continuam pressionando o Conselho de Segurança da ONU por sanções como se nenhum acordo tivesse sido obtido. Mesmo que consigam impor alguma medida, isso não encerrará o mérito das gestões levadas a cabo por Lula.
O presidente brasileiro se consagrou esse ano como grande líder global, recebendo da ONU o prêmio “Campeão Mundial na Luta contra a Fome”, do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Em Davos, no início do ano, foi homenageado com o título “Estadista Global” e a revista Time o elegeu o líder mais influente do mundo.
Lula é reconhecido e festejado no mundo todo, com exceção da grande imprensa brasileira, e não há nenhum episódio este ano da mesma magnitude que seu papel no acordo com o Irã para merecer o Nobel da Paz.
Mair Pena Neto, Direto da Redação
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