quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dilma: "Brasil deve se orgulhar de seus agricultores familiares"

Durante pronunciamento no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011-2012, a presidente Dilma Rousseff disse que “o Brasil deve se orgulhar muito de seus agricultores familiares”. Segundo ela, os pequenos proprietários rurais são importantes para alavancar a economia nacional.


O Plano Safra — lançado nesta terça-feira (12), em Francisco Beltrão, sudoeste do estado do Paraná — coloca à disposição dos agricultores R$ 16 bilhões em linhas de crédito com taxa de juros reduzidas, além da Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF), com montante de R$ 300 milhões.


“Estou aqui hoje num momento especial. Lançar o Plano Safra é um momento especial para a presidenta da República, porque nosso país se caracteriza pelo fator de ser grande produtor e exportador de alimentos. Que tem uma agricultura que se expande. A agricultura familiar tem sido responsável por este feito extraordinário no nosso país. Assegurar aumento de renda e melhoria produtiva em nosso país. Queria aqui reconhecer de público esse processo, que tem no presidente Lula um grande defensor da agricultura familiar. E, desde 2003, quando assumiu pela primeira vez o governo, buscou a política de plano de safra que contemple cada vez mais os interesses dos agricultores. Nesse sentido, recebi do presidente Lula uma herança bendita.”

Dilma também destacou a importância da presença da agricultura familiar no estado do Paraná e acrescentou que deve servir de exemplo para o resto da país. Conforme destacou, quando o governo aposta nesse setor está permitindo também que os trabalhadores retornem ao mercado de consumo e, deste forma, a economia se desenvolve com a oferta de mais salário e renda.

Em seguida, a presidente elencou alguns pontos que considera importantes no Plano Safra da Agricultura Familiar. Segundo ela, o Plano garante crédito mais acessível, além de, pela primeira vez, estabelecer o programa de garantia de preços mínimos com juros para investimentos reduzidos de forma significativa. “Contemplamos prazo máximo de pagamento e estamos cada vez mais agindo para reduzir a burocracia que atrapalha a vida do agricultor familiar”, contou.

Preço mínimo
Na entrevista concedida a três emissoras de rádio do estado do Paraná, nesta terça-feira (12), Dilma destacou a importância de se estabelecer uma política de preço mínimo para a agricultura familiar. Durante a conversa com os locutores das emissoras Educadora AM 1060 e Onda Sul FM 98,7, de Francisco Beltrão; e Banda B 550 AM, de Curitiba, a presidente disse também que o governo federal firmará convênios com os estados para permitir a comercialização dos produtos fabricados em pequenas propriedades rurais com o selo de qualidade.

“É muito bom que seja uma conversa. A agricultura familiar não tinha política de preço mínimo. Estamos destinando R$ 300 milhões. Quando se trata da circulação dos produtos, vamos descentralizar a fiscalização e passar para o estado esse processo. O Paraná é um desses estados. Nós construímos dentro da CEF [Caixa Econômica Federal] uma superintendência para tratar de reformas ou novas moradias para o agricultor. Tem uma outra dinâmica, outra característica. Vamos garantir que a posse da terra seja condição suficiente para receber o empréstimo.”

Dilma reconheceu que a burocracia impedia que o pequeno produtor tivesse acesso aos recursos. Segundo explicou, neste Plano as barreiras foram rompidas e, com isso, o governo federal estará assegurando mais impulso à economia rural. “Criamos uma série de benefícios para o agricultor familiar para que ocorra o crescimento produtivo do país. Se a gente tiver essa teia de agricultores, então o Brasil inteiro cresce com o agricultor familiar”, explicou.

Indústria têxtil
Ela reconheceu que o sudoeste do Paraná é uma das regiões mais importantes do país e merece a atenção do governo federal. Indagada sobre a indústria têxtil — outro segmento importante da economia daquela região — Dilma lamentou a concorrência desleal com os produtores dos países da Ásia.

“No caso da indústria têxtil, estamos interessados que o Brasil seja mais competitivo em relação ao mundo asiático, que entra no mercado com preços baixos. É uma concorrência desleal. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) tem tido cuidado de preparar esse processo. Construir uma defesa da nossa competitividade. Vamos lançar agora no final do semestre Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).”


Fonte: Blog do Planalto

Nenhum comentário: