Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
O tucano José Serra é uma farsa, e, pelo que se percebe, é também um péssimo professor. Além disso, ele nunca apresentou, em hipótese alguma, seus“diplomas” universitários de engenheiro e economista, porque simplesmente ele não se formou em nenhum desses cursos e muito menos, nos últimos 18 anos, terminou seus mandatos conquistados nas urnas, compromissos que ele não cumpriu, apesar de ter assinado documento no qual afirmava que não abandonaria seu mandato para concorrer a outro cargo público.
O tucano paulistano é o responsável pela campanha mais suja a presidente da República que eu tive o desprazer de testemunhar. A campanha de 2010 foi a de mais baixo nível possível efetivada pelo PSDB, partido dos tucanos que se bandearam, e há muito tempo, para a direita do espectro ideológico. A baixaria foi de tal ordem que superou em agressividade, manipulações e mentiras a campanha presidencial de 1989, que elegeu Fernando Collor de Mello, com apoio irrestrito da mídia monopolizada.
Serra é de uma selvageria sem limites quando se trata de conquistar alguma coisa que ele deseja, como, por exemplo, a Presidência da República. Ele tem a ética e a compaixão de seus aliados, os colunistas e comentaristas da imprensa de negócios privados, bem como a ideologia reacionária e cruel de parte da classe média de valores burgueses, ressentida por não ser rica e não ter sob seu controle os meios de produção e as ações dos mercados de capitais.
Por isto e por causa disto, Serra se vale do que de pior temos em nosso País: o sentimento de posse que leva certos setores da sociedade a considerar que o Brasil e a máquina do estado são para o privilégio de poucos, aqueles que se refestelaram durante séculos, a viver de renda e a explorar o trabalho da maioria, que, após 30 ou 40 anos de labuta, não tinha direito a quase nada, na hora da aposentadoria.
Não é fácil combater gente poderosa como o José Serra, que tem o apoio do Partido da Imprensa (clique aqui) e a cumplicidade e a cooperação dos institutos de pesquisa, a exemplo do Datafolha, que está no momento a ser severamente questionado por setores do MP, pelos partidos políticos e jornalistas que militam na blogosfera e publicam o que o setor midiático oligopolizado não repercute em suas manchetes geralmente voltadas para atender seus interesses comerciais e políticos e não os da sociedade. O Datafolha está a manipular as pesquisas e assim favorecer o Serra, que pode ficar fora do segundo turno das eleições.
A imprensa privada sem mandato popular, não eleita e que se associou ao Ministério Público e ao STF para combater os governos trabalhistas e dessa forma derrubar presidentes eleitos pela vontade popular. Juiz do STF é nomeado, procurador-geral é nomeado, e os barões da imprensa não tem votos nem em seus condomínios de luxo, e mesmo assim pautam poderes da República, de caráteres conservadores, que buscam de toda forma desconstruir os partidos de esquerda e trabalhistas, como o é o PT e no passado foi o PTB, de Leonel Brizola, João Goulart e Getúlio Vargas — todos alvos da direita empresarial e política, que se recusa a aceitar os resultados das urnas e muito menos o jogo democrático.
José Serra, juntamente com o neoliberal FHC, é símbolo desse processo, porque é chefe e porta-voz de uma oposição que vendeu o Brasil, não criou empregos e não cuidou da educação e da saúde. Pelo contrário, as dívidas públicas quadruplicaram, além de o governo do PSDB ter quebrado o Brasil três vezes, porque foi ao FMI pedir esmolas de joelhos e com o pires na mão (esta frase em itálico já é um mantra).
Serra não conhece o Brasil. O tucano paulistano conhece a Mooca, e pensa que a Mooca é o Brasil. Ele também conhece os escaninhos conservadores do poder, a começar pela ala de direita e dominante da Igreja Católica, bem como é apoiado pelos setores empresariais urbanos e rurais mais conservadores. E há coisa mais atrasada e reacionária do que os barões da imprensa? Não, não há. José Serra, aquele que disputa a Prefeitura de São Paulo mais uma vez, poderá novamente não terminar seu mandato. Serra não conhece o Brasil; não sabe o nome do Brasil, e seu partido não tem projeto para o País. Para certa genta da imprensa, o PSDB é um partido limpinho e cheiroso... Acorda classe média. Acorda São Paulo! É isso aí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário