Impressionante como os três homens – Apolo Santana Vieira, João Paulo Lyra Pessoa de Mello Filho e Eduardo Freire Leite Bezerra – responsáveis pela pseudo-operação de compra do avião que matou um candidato a Presidente da República através de laranjas e outros depósitos pessoais continuam, quase um mês depois, praticamente incógnitos diante do país.
Apolo Santana Vieira, processado por contrabando e dono daquela e de outra aeronave (o Learjet PP-ASV) simplesmente “não existe”. Não se publicou uma mísera foto do cidadão nos jornais e na internet. Não foi encontrado ou nem foi procurado?
Não há um repórter capaz de encontrar seu endereço, de casa ou do escritório?
João Paulo, multado por crime cambial pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, por deixar de declarar operações cambiais, também é quase um fantasma.
E Eduardo Freire Leite Bezerra, vulgo Eduardo Ventola, cuja microempresa (sim, microempresa) Ele Leite Negócios Imobiliários Ltda. passou R$ 727 mil para o pagamento do jato à AF Andrade desfila em paz com o helicóptero Robinson PR-EDL (de Eduardo Leite, porque eles adoram batizar seus brinquedinhos com seus nomes) sem que ninguém o aborde.
Está aí do lado a comprovação noRegistro Aeronáutico Brasileiro.
Ventola tem helicóptero, mas deve à Receita.
Perdeu, em abril deste ano, o parcelamento de débitos vencidos de outra empresa sua, uma fábrica de tijolos (Cerâmica Camboa), por falta de pagamento.
É esta que você vê na imagem abaixo, na paupérrima Lagoa do Itaenga, no interior de Pernambuco.
Deve tributos em Pernambuco, também. E foi descredenciado por dívidas da antecipação tributária que existe no Estado.
Até IPVA de seus veículos, pessoal e da empresa, deve.
Mas tem R$ 727 mil, assim, cash, para comprar um avião para Eduardo Campos e Marina Silva.
A imprensa brasileira tem capacidade de mandar repórteres para o interior da África, para fazer reportagens sobre o vírus Ebola.
Mas não tem jornalistas capazes de encontrar três homens, ricos e conhecidos no Recife, todos com empresas estabelecidas, com endereço e telefone e simplesmente perguntar-lhes porque e como compraram um avião para Eduardo Campos e Marina Silva fazerem campanha eleitoral Brasil afora?
Indagar que documentos têm para da suporte à história?
Por que usaram laranjas para fazer pagamentos?
Como combinaram o “teste” da aeronave feito pelo próprio Eduardo Campos, antes de decidirem fazer a tal compra?
O jornalismo brasileiro vai ser cúmplice de um escândalo como este e de seu impacto sobre o futuro do país?
PS. Acabo de ser informado que a Camboa tem não um, mas dois helicópteros, pois tem o registro do Robinson 44 matrícula PR-JPE. Deve ser para transportar tijolos por via aérea, não é?
Tijolaço.
Tijolaço.
Um comentário:
A bandidagem está solta.
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