sábado, 27 de dezembro de 2008

LEIAM ESTAS DUAS MATÉRIAS


Terça-feira, 16 de outubro de 2007

(DP – Política) Democratas aciona a PCR sobre o Parque Dona Lindu



O Parque Dona Lindu está no centro de nova polêmica. O presidente estadual do Democratas (antigo PFL), Mendonça Filho, criticou ontem o aumento do custo do parque que será construído em Boa Viagem. Desde que assumiu o comando do partido, esta foi a primeira vez que o ex-governador e um dos pré-candidatos da oposição à Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) se posicionou contra a administração do prefeito João Paulo (PT) de forma mais efetiva. O gesto demarca uma posição e pode simbolizar a entrada de Mendonça no debate eleitoral.

A reação dos democratas também inclui a entrega, hoje, de uma representação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) com o pedido de apuração dos motivos que fizeram a PCR elevar o valor da obra. O Parque Dona Lindu tinha um orçamento inicial de R$ 18 milhões e passará a custar R$ 29,6 milhões. "É muito estranho que um projeto que reduziu a área construída de 50% para 27%, de uma hora para outra, aumente seus custos em 64%", observou Mendonça Filho.

O partido também solicita ao Ministério Público e ao TCE a verificação da existência de um estudo de impacto de vizinhança, a viabilidade do trânsito e o cumprimento da legislação ambiental. A decisão foi tomada pela executiva estadual do partido em reunião realizada na manhã de ontem.

As críticas dos democratas foram além do Parque Dona Lindu. Mendonça Filho afirmou que o encarecimento da obra mostra uma inversão de prioridade na gestão do prefeito João Paulo (PT). "Apesar de ter prometido 40 mil casas populares, a prefeitura do PT investiu em cinco anos apenas R$ 26 milhões em habitação, menos do que pretende gastar no parque com um projeto arquitetônico que não conta com o apoio dos recifenses e tem um custo muito alto", disse. A oposição tenta desconstruir o discurso de João Paulo - o slogan da prefeitura é "A principal obra é cuidar das pessoas".

Mendonça Filho, embora tenha se firmado como candidato natural do Democratas para a disputa de 2008, vinha mantendo o silêncio e preferia não discutir as ações da gestão municipal. A única voz contra a administração petista, inclusive crítica ao parque, era do deputado federal Raul Jungmann (PPS). A mudança de comportamento teve início com a exibição da propaganda partidária do Democratas no mês passado, onde a estrela foi o ex-governador. As peças, que serão veiculadas neste semestre, têm como temática o trabalho e seu papel de mudar para melhor a vida das pessoas.

Visibilidade - A previsão da Prefeitura é de que as obras tenham início em janeiro do próximo ano e o prazo para a conclusão é de oito meses. Se tudo correr como o planejado, o Parque será inaugurado antes das eleições municipais. De acordo com a Prefeitura, as diferenças nos valores se deve à inclusão de novos elementos ao projeto, como equipamentos de sonorização, climatização e poltronas para o salão de exposições e o teatro. Nos custos do parque projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, também estão somados os gastos com o serviços de construção civil, o equivalente a R$ 18 milhões.

O assunto do dia na Câmara

O aumento do custo da obra do Parque Dona Lindu foi um prato cheio para a oposição ao prefeito João Paulo (PT) na Câmara Municipal do Recife. Encabeçada pela vereadora Priscila Krause (DEM), a bancada atacou o novo orçamento e lançou dúvidas quanto ao gasto alegado pela Prefeitura do Recife (PCR) para concretizar o polêmico projeto.


Principal crítica da concepção do parque na Câmara, Priscila Krause comparou o investimento da obra com as outras cifras aplicadas pela PCR em habitação popular: "O site da prefeitura informa que eles gastaram R$ 26 milhões nos últimos cinco anos com habitação. Isso numa cidade que tem déficit habitacional de 40 mil unidades. Não estou tentando desqualificar o projeto, mas isso mostra como a PCR vem gastando", protestou Priscila.

Ainda sem estar concluída, Cidade da Música é aberta


Alfredo Junqueira


Rio - Com uma apresentação da banda da Guarda Municipal, o descerramento de duas placas e a presença de 100 pessoas, entre autoridades, assessores e operários, a polêmica Cidade da Música foi enfim inaugurada ontem pelo prefeito Cesar Maia. A obra, que consumiu mais de R$ 518 milhões e ainda deve custar mais R$ 40 milhões, ainda não está concluída. Segundo o próprio Cesar, ainda falta terminar 5% das intervenções. Salas administrativas e de ensaio e praticamente todo o acabamento do complexo ainda não estão prontos. Entulho, material de construção e máquinas também se espalham por todo o entorno.

Cesar chorou quando ouviu a banda da GM atacar com ‘Garota de Ipanema’ e ‘Cidade Maravilhosa’. Depois, pegou a batuta do maestro Perasio Sterque e fingiu reger os músicos. Na Grande Sala Maestro José Siqueira, o prefeito repetiu o gesto enquanto a Orquestra Sinfônica Brasileira ensaiava para os concertos inaugurais de hoje e amanhã.Em discurso de 15 minutos, Cesar defendeu a obra como um legado para as futuras gerações e sugeriu que a insistência na construção da Cidade da Música foi uma espécie de sacrifício político. “Para mim, é muito mais que um momento de emoção. Eu me sinto como tendo cumprido uma obrigação. Não é difícil se gastar para as próximas eleições. Imagina, R$ 500 milhões divididos em Rio Comunidade, Rio Cidade, Favela-Bairro. Imaginem quantos votos a mais amealhariam para nossa candidata, Solange Amaral”, questionou o prefeito, referindo-se à concorrente do DEM à prefeitura.

“Essa é uma intervenção que sacrifica as próximas eleições. Mas é uma intervenção para as próximas gerações, que, com o tempo, vai ser vista na sua total dimensão”, concluiu Cesar.

A inauguração estava prevista para o dia 18, mas pendências em relação a itens de segurança fizeram com que o Departamento-Geral de Diversões Públicas dos Bombeiros vetasse a festa. As placas descerradas ontem, no entanto, traziam o dia 18 como ‘estréia’.

Apesar dos apelos de seu sucessor, Eduardo Paes, para não deixar despesas relativas ao complexo, o prefeito assegurou que há recursos em uma conta específica para garantir a conclusão das obras em dois meses.
Comentário.

O prefeito João Paulo gastou 29 milhões de reais no Parque Dona Lindu(homenagem à mãe de Lula) e por pouco não houve aqui no Recife uma guerra civil.Para se ter uma idéia, foram ajuizadas mais de 30 ações contra a construção do citado parque. Houve ajuizamento de ação popular, ação civil pública, ação cautelar, mandado de segurança, ação de nunciação de obra nova, enfim, toda sorte de ação.A questão ganhou uma conotação política tão gigantesca que um certo magistrado, de uma das Varas da Fazenda Pública, quando ia apreciar um pedido de liminar, indagava ao advogado: senhor representa qual partido político? Todas as ações tinham o dedo do DEMO, do PPS, do PMDB de Jarbas, do PV de Gabeira, do PSDB, além do Ministério Público que, como sempre, não quer ficar para trás.Hoje leio aqui na net que o prefeito do RJ, o DEMO César Maia gastou quase R$ 600 milhões de reais(20 vezes mais que o valor do Parque Dona Lindu) na construção da Cidade da Música.E pelo que eu li, apesar da polêmica, não vi nenhum comentário que os partidos de oposição ao DEMO, o Ministério Público do RJ ajuizaram ações contra a dispendiosa obra de César Maia.Viram como o DEM é um partido sórdido, ordinário, corrupto, bandido ?ET. O belo Parque Dona Lindu vai ser inaugurado no próximo dia 30, com a presença de Lula, que fez questão de inaugurar o Memorial dos Retirantes, num dos espaços do parque.

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