quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

INGENUIDADES E MALDADES DA OPOSIÇÃO MIDIÁTICA



As forças políticas da oposição ao governo federal, é um fato notório, concentram-se hoje na mídia corporativa. Por isso, tentam ampliar qualquer suposto deslize de Lula, transformando-o num escândalo. O recente discurso do presidente no edifício Gustavo Capanema (filmado pela TV Gonzum), em que ele citou a expressão "sifu" trouxe a esperança de criar um grande movimento de indignação nacional. Mas somente os mesmos ranhetas missivistas do Globo se indignaram. Ao contrário, ajudaram a dar ainda mais cartaz a Lula. Os líderes são respeitados por suas qualidades, mas amados por seus defeitos. Essa é uma lei milenar, e que vale inclusive para as relações interpessoais. As lideranças, ao demonstrarem defeitos, descem do pedestal e se misturam às pessoas comuns, e por isso são carismáticas, populares, amadas. Lula, em seu discurso no Capanema, fez as pessoas rirem, e não vulgarmente, porque o texto que dizia era pertinente. Lula abordava o aspecto midiático da crise, muito importante, porque, se a mesma é exagerada, pode gerar medo no consumidor (como está gerando), criando uma recessão artificial, abrupta, que somada à temporária escassez de crédito, representa um forte golpe na saúde das empresas, que são obrigadas a demitir, e aí a crise se torna real.

E aí, a ingenuidade da oposição se torna maldade. Parece que ela está disposta a destruir o Brasil, desde que se abra caminho para a ascensão de José Serra em 2010. Em vez de apontar os inúmeros pontos firmes da economia brasileira, que a colocam em situação de enorme vantagem no mundo, em vez de sondar os aspectos que podem levar o Brasil a superar a crise, a mídia repete, de forma sensacionalista, manchetes apavorantes. A única fórmula sugerida pela mídia & oposição para enfrentar a crise são as mesmas receitas neoliberais que produziram a crise no mundo: mais neoliberalismo, corte de gastos públicos, redução do Estado, mais liberalização econômica. Na contramão de todo planeta, a mídia brasileira tornou-se completamente isolada. Tornou-se extremista e radical.

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