sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL AMARELOU

05/12/2008

Procuradoria é contra terceiro pedido de prisão de Daniel Dantas

LILIAN CHRISTOFOLETTI
MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo

O Ministério Público Federal em São Paulo se manifestou contra o terceiro pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas formulado pela Polícia Federal. Para a Procuradoria, o delegado Ricardo Saadi, que preside o inquérito contra o banqueiro, não reuniu fatos novos que justificassem a medida.

O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, ainda analisará a demanda. Não há prazo para sua manifestação.

O pedido está relacionado ao inquérito da Operação Satiagraha, em que Dantas é investigado por supostos crimes financeiros. Não tem vínculo com a condenação imposta ao banqueiro na terça, quando ele foi sentenciado a dez anos de prisão e a pagar R$ 13,4 milhões de indenização e multa por ter oferecido R$ 1 milhão a um delegado para ser excluído do inquérito. Dantas irá recorrer da sentença em liberdade.

Como o Supremo Tribunal Federal concedeu dois habeas corpus ao banqueiro, autoridades do caso entendem que um terceiro pedido de prisão, sem um fato novo, seria uma afronta ao STF.

O pedido de detenção é visto como uma demanda do ministro da Justiça, Tarso Genro, e da cúpula da PF, que se empenham em desfazer a percepção de que haveria uma disposição maior em enquadrar o delegado Protógenes Queiroz, que iniciou a investigação que culminou na Operação Satiagraha, do que em punir o banqueiro.

Dentro da própria PF, esse pedido é interpretado como um jogo de cena para melhorar a imagem da instituição.

Há policiais que acreditam que o pedido foi feito para mostrar que a PF não está só preocupada com os eventuais desvios de Protógenes, mas também com os supostos crimes de Dantas.

Para esses policiais, a corregedoria da PF errou ao apreender materiais na casa de Protógenes. Ao transformar o delegado, que se apresenta como o principal investigador de Dantas, em vítima, a polícia passaria a imagem de que protege o banqueiro do Opportunity.

No documento em que faz o novo pedido de prisão, Saadi sustenta que Dantas continuou a praticar os crimes pelos quais é investigado: gestão fraudulenta e temerária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Comentário.
O MDF desaprendeu Direito para justificar a contrariedade ao pedido de prisão à ausência de fato novo. Como é sabido, Daniel Daniel foi indiciado por prática de corrupção ativa porque tentou comprar um delegado federal. Este fato fez com que o aloprado Protógenes pedisse sua prisão. Oferecida a denúncia contra o meliante, de indiciado passou Daniel Dantas a ser processado pela Justiça Federal, processo que culminou na sua condenação.Ora, se ainda na fase inquisitória foi pedida a prisão, com muita mais razão justifica agora com a condenação. De modo que o fato novo que o representante do parquet não viu é justamente a condenação do bandido.Assim, é lícito concluir que o MDF amarelou.Quanto ao repórter vendido, esta hipótese testada por ele, que o pedido de prisão é jogo de cena, que Tarso Genro queria mostrar à sociedade que a Polícia Federal é independente, só entra na cabeça de quem recebe o cabresto do imprensalão.Não tem cabimento esta sandice dita por este jabazeiro.Até as paredes do Ministério da Justiça sabem que a Polícia Federal Republicana comandada por Tarso Genro e Lula é totalmente independente, que não transige com corrupção.

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