Numa nota curta, divulgada na tarde desta segunda-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff recolocou em seu lugar as alegações e ataques contra o ex-presidente Lula destiladas pelo cardeal tucano, e ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, num artigo publicado no domingo (2).
Dilma Rousseff foi ao ponto. Declarando-se “citada de modo incorreto”, desmentiu no essencial a desqualificação tentada pelo tucano, já indicada pelo título do artigo – “Herança pesada” – do legado deixado por Lula: “Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do Fundo Monetário Internacional ou sob ameaça de apagão”, disse a presidenta.
Como diz o povo, Fernando Henrique Cardoso perdeu uma boa ocasião para ficar quieto. Ele tem o direito de defender suas ideias que, desde a eleição de 2002, têm sido sucessivamente derrotadas nas urnas, como ocorrerá novamente em outubro.
O artigo do ex-presidente é um rosário de desatinos neoliberais. No essencial ele culpa o governo do presidente Lula de ter seguido um programa próprio e democrático, rejeitando a agenda preferida pelos tucanos. Num acesso de sinceridade conservadora, ele acusa Lula de ter aumentado os salários e expandido o crédito! Lamenta também que foi travada a reforma da legislação trabalhista e da CLT para podar direitos dos trabalhadores. Condena o relançamento da indústria naval e a recuperação dos estaleiros brasileiros. Acusa a Petrobras de má gestão. Insiste no tema preferido pelos tucanos e pelos conservadores: a tese da crise moral e das acusações do chamado “mensalão”.
É da natureza da democracia que cada protagonista defenda seus próprios interesses e programas e hoje, no Brasil, não viceja mais o “pensamento único” que desqualificava como ultrapassada qualquer ideia oposta ao grupo dominante, como ocorreu na década de 1990, no período em que FHC esteve à frente do governo. O país vive uma situação democrática que os tucanos insistem em não reconhecer mas da qual se beneficiam ao defender seu pensamento, por mais absurdo que seja.
Mas é preciso perguntar: que moral têm Fernando Henrique Cardoso e os tucanos para apontar o dedo em riste contra a série de governos progressistas e avançados iniciada em 2003 com a posse de Lula? Ele também põe na conta do “esqueçam...” as graves acusações de corrupção e irregularidades feitas contra seu governo? Elas vão desde a compra de votos para obter a reeleição até a dilapidação do patrimônio público em privatizações que geraram enriquecimentos suspeitos.
Ele esquece que deixou o país empobrecido, estagnado e de joelhos perante o imperialismo e suas agências, como o Fundo Monetário Internacional? Que abriu mão da soberania nacional em pontos chave, como a política monetária e mesmo o direito soberano do país fazer investimentos em seu crescimento? Esquece que nunca investiu na produção de energia elétrica – para citar apenas um exemplo – pois dependia da aprovação que o FMI nunca dava para realizar estes investimentos?
Dilma Rousseff tem razão quando acusa FHC de uma “tentativa menor de reescrever a história”. Mas, para azar dele, a história já está escrita e não condiz com a vaidosa autoimagem que pretende projetar sobre o futuro. FHC já está inscrito no rol dos dirigentes máximos do país como um dos piores e mais nefastos presidentes de nossa história. E não há artigo de jornal que conserte isso.Portal Vermelho
Dilma Rousseff foi ao ponto. Declarando-se “citada de modo incorreto”, desmentiu no essencial a desqualificação tentada pelo tucano, já indicada pelo título do artigo – “Herança pesada” – do legado deixado por Lula: “Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do Fundo Monetário Internacional ou sob ameaça de apagão”, disse a presidenta.
Como diz o povo, Fernando Henrique Cardoso perdeu uma boa ocasião para ficar quieto. Ele tem o direito de defender suas ideias que, desde a eleição de 2002, têm sido sucessivamente derrotadas nas urnas, como ocorrerá novamente em outubro.
O artigo do ex-presidente é um rosário de desatinos neoliberais. No essencial ele culpa o governo do presidente Lula de ter seguido um programa próprio e democrático, rejeitando a agenda preferida pelos tucanos. Num acesso de sinceridade conservadora, ele acusa Lula de ter aumentado os salários e expandido o crédito! Lamenta também que foi travada a reforma da legislação trabalhista e da CLT para podar direitos dos trabalhadores. Condena o relançamento da indústria naval e a recuperação dos estaleiros brasileiros. Acusa a Petrobras de má gestão. Insiste no tema preferido pelos tucanos e pelos conservadores: a tese da crise moral e das acusações do chamado “mensalão”.
É da natureza da democracia que cada protagonista defenda seus próprios interesses e programas e hoje, no Brasil, não viceja mais o “pensamento único” que desqualificava como ultrapassada qualquer ideia oposta ao grupo dominante, como ocorreu na década de 1990, no período em que FHC esteve à frente do governo. O país vive uma situação democrática que os tucanos insistem em não reconhecer mas da qual se beneficiam ao defender seu pensamento, por mais absurdo que seja.
Mas é preciso perguntar: que moral têm Fernando Henrique Cardoso e os tucanos para apontar o dedo em riste contra a série de governos progressistas e avançados iniciada em 2003 com a posse de Lula? Ele também põe na conta do “esqueçam...” as graves acusações de corrupção e irregularidades feitas contra seu governo? Elas vão desde a compra de votos para obter a reeleição até a dilapidação do patrimônio público em privatizações que geraram enriquecimentos suspeitos.
Ele esquece que deixou o país empobrecido, estagnado e de joelhos perante o imperialismo e suas agências, como o Fundo Monetário Internacional? Que abriu mão da soberania nacional em pontos chave, como a política monetária e mesmo o direito soberano do país fazer investimentos em seu crescimento? Esquece que nunca investiu na produção de energia elétrica – para citar apenas um exemplo – pois dependia da aprovação que o FMI nunca dava para realizar estes investimentos?
Dilma Rousseff tem razão quando acusa FHC de uma “tentativa menor de reescrever a história”. Mas, para azar dele, a história já está escrita e não condiz com a vaidosa autoimagem que pretende projetar sobre o futuro. FHC já está inscrito no rol dos dirigentes máximos do país como um dos piores e mais nefastos presidentes de nossa história. E não há artigo de jornal que conserte isso.Portal Vermelho
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