Aécio Neves, voltou a defender nesta terça-feira, 22, a construção, do aeroporto em terreno de seu tio no município de Cláudio, no interior do Estado, quando ele era governador
A campanha tucana convocou a imprensa, mas Aécio se recusou a responder a perguntas feitas pelos jornalistas que estavam no comitê central, em São Paulo. O candidato fez apenas uma declaração sobre a legalidade da obra, sem dizer se fez ou não uso do aeroporto, que fica a 6 quilômetros da fazenda de sua família.
Reportagem publicada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que o governo mineiro gastou quase R$ 14 milhões na construção do aeroporto de pequeno porte na área que pertenceu ao tio-avô de Aécio, Múcio Guimarães Tolentino, ex-prefeito de Cláudio. Conforme a reportagem, um dos filhos de Múcio, Fernando Tolentino, disse que o próprio Aécio, seu primo, usa a pista sempre que visita a cidade.
No rápido pronunciamento, Aécio acusou o PT de estar por trás da divulgação do caso.
Abalo.
O caso do aeroporto abalou a campanha tucana. Aécio cancelou sua agenda nesta terça e passou o dia em Belo Horizonte articulando sua defesa. Embora digam oficialmente que não há crise na campanha, aliados do senador admitem reservadamente que o sinal amarelo foi aceso depois que o caso foi repercutido pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
A estratégia para sair da defensiva já foi traçada: culpar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo vazamento e o PT pela propagação da história e por tentar politizar a denúncia. “Esse assunto ocorreu em 2010. A denúncia foi feita, claro, por vazamento de algum órgão de governo que tenha a informação e controla o funcionamento do aeroporto”, disse o senador José Agripino (DEM-RN), coordenador da campanha de Aécio, sem citar nominalmente a agência.
A Anac anunciou que vai apurar se aviões pousaram ou decolaram da pista em Cláudio, pois o aeroporto não tem autorização do órgão para operar.
O PT entrou nesta terça com um pedido para que a Procuradoria-Geral da República abra inquéritos civil e criminal para investigar se houve irregularidades cometidas pelo candidato do PSDB. A sigla solicita que sejam apurados práticas de improbidade administrativa, crimes de peculato, prevaricação e outros.
Na capital mineira, o promotor Júlio César Luciano, do Ministério Público estadual, disse que instaurou um procedimento prévio de investigação para apurar o caso.Os amigos do Presidente Lula
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