A Polícia Federal indiciou a sogra do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e outras duas pessoas sob acusação de falsificarem assinaturas para a criação do Solidariedade (SD). O partido presidido pelo deputado foi constituído no ano passado, é a nona maior bancada da Câmara, com 21 deputados, e apoia a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à presidência da República.
Francisca Gleivaní Gomes Silva é assessora parlamentar no gabinete de Paulinho, o genro, segundo consta do portal da Transparência da Câmara. A contratação de parentes é proibida por súmula do Supremo Tribunal Federal desde 2008, incluindo sogra.
Em maio deste ano, Paulinho recebeu o título de cidadão de São Caetano. Na justificativa, o vereador Cidão do Sindicato, autor da indicação, mencionou Samantha como esposa de Paulinho.
Francisca Gleivaní Gomes Silva é assessora parlamentar no gabinete de Paulinho, o genro, segundo consta do portal da Transparência da Câmara. A contratação de parentes é proibida por súmula do Supremo Tribunal Federal desde 2008, incluindo sogra.
Em maio deste ano, Paulinho recebeu o título de cidadão de São Caetano. Na justificativa, o vereador Cidão do Sindicato, autor da indicação, mencionou Samantha como esposa de Paulinho.
Procurado, o deputado disse que não comentaria o assunto.
O inquérito da PF acusa a sogra de Paulinho de falsificar as assinaturas de onze pessoas, segundo perícia. À PF, em 9 de junho, ela afirmou que "preencheu as fichas de apoio para a criação do Partido Solidariedade com os dados pessoais dos eleitores, ao passo que imediatamente após o preenchimento este assinava a ficha".
Vinculadas. A PF, contudo, comparou a letra dela com as das assinaturas e concluiu que Francisca e outras duas pessoas "vinculadas ao gabinete do deputado conhecido por 'Paulinho da Força Sindical' (...) realizaram preenchimento de fichas de apoio para criação do Partido Solidariedade, cujos eleitores titulares não opuseram suas assinaturas nas respectivas fichas". O inquérito indica ao menos 22 assinaturas falsificadas.
Para a criação de um partido é necessário apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assinaturas de 500 mil pessoas. Em 2013, o TSE reconheceu as assinaturas apresentadas pelo Solidariedade e legitimou a criação do partido.
A PF relatou no inquérito que "as assinaturas falsas eram bastante semelhantes a de seus titulares, motivo pelo qual várias assinaturas, mesmo que falsas, foram reconhecidas como válidas pela Justiça Eleitoral".
Funcionários do gabinete de Paulinho tiveram acesso a fichas de filiação ao Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e copiaram as assinaturas. O comando do sindicato, segundo denunciado à PF, "tem estreita ligações" com Paulinho, o que teria facilitado o acesso às assinaturas. O Estado procurou o presidente do sindicato, mas não conseguiu contato. Foram indiciadas outras duas pessoas, uma delas do gabinete do deputado.Informações do Estadão
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