Esses tucanos corruptos querem doação privada porque sabem que não vão presos.Vejam os exemplos de Anastasia, Paulo Preto, Aécio Neves e caterva.
247 – Liderada por José Serra (SP), Aécio Neves (MG)
e Aloysio Nunes (SP), a bancada do PSDB no Senado votou em peso contra o
fim do financiamento de empresas privadas a campanhas eleitorais na
noite desta quarta-feira 3. A proposta constava em uma emenda
apresentada ao projeto de lei da reforma política e acabou sendo
aprovada por 36 votos a 31. O texto agora segue de volta para a Câmara.
No discurso em que orientou a bancada a votar contra o fim das
doações privadas e justificava seu posicionamento, Serra cometeu ato
falho sobre o financiamento empresarial: "ruim sem ele, pior com ele".
Aloysio definiu como "história da carochinha" a tese de que a corrupção
vem do financiamento de empresas privadas (assista aqui trecho de seu discurso).
O líder dos tucanos, senador Cássio Cunha Lima (PB), atacou o PT em
seu discurso contra a proposta. "Perdoem a dureza da palavra, mas quem
está criminalizando é quem praticou o crime de extorsão, lavando
dinheiro como doação de campanha, e depois lavou de novo com uso de
empresas fantasmas para sobrar algum. Agora querem criminalizar? É muita
ingenuidade achar que vamos cair nessa armadilha", criticou. Segundo
ele, sem doação de empresas, recursos podem ser repassados por pessoas
físicas a sindicados e movimentos sociais aparelhados "por baixo do
pano".
O discurso de Cunha Lima irritou os petistas, que rebateram acusando
os tucanos de terem iniciado o esquema de uso de desvios de recursos
empresariais, no chamado mensalão tucano. Segundo Jorge Viana (PT-AC),
defensor do fim das doações empresariais, hoje, financiamento privado de
campanhas virou sinônimo de escândalo de corrupção. "Querer botar na
conta do PT os escândalos de relação de empresários com campanhas? Quem
criou o mensalão mineiro para financiar partido em 2005 foi o PSDB. Nós
fomos copiar o PSDB e nos demos muito mal", disse.
Irritado com os resultados das votações dos destaques de ontem, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai tentar reverter as
decisões e retomar o texto original que havia sido aprovado pelos
deputados. Além do fim do financiamento empresarial, item que mais
irritou Cunha, os senadores aprovaram uma nova regra que, na prática,
põe fim às coligações partidárias em eleições proporcionais, contra
proposta que havia sido aprovada na Câmara.
Também foram aprovados no Senado a abertura de uma janela para
mudanças de partido 13 meses antes das eleições; novas regras para
participação de candidatos em debates de rádio e TV; restrições ao uso
de carros de som e materiais de campanha; limitações às pesquisas; e fim
da exigência de domicílio eleitoral para candidaturas. Para Cunha, os
senadores não cumpriram o acordo de não modificar o texto aprovado pelos
deputados para que, em troca, a Câmara aprovasse, quando recebesse a
matéria de volta, as propostas apresentadas pelo Senado à matéria.
Confira aqui como votou cada senador sobre o financiamento empresarial de campanhas.
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