15 DE DEZEMBRO DE 2008
Deputados do PT repudiam proposta de flexibilização das leis trabalhistas
Deputados da bancada petista na Câmara classificaram como “oportunista” o pleito do presidente da Vale, Roger Agnelli, ao solicitar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a flexibilização temporária das leis trabalhistas em função da crise econômica mundial.
Para os parlamentares, o que as grandes empresas precisam fazer é usar parte dos exorbitantes lucros faturados nos últimos anos para manter empregos e não comprometer o poder de compra dos trabalhadores. Entre as propostas do presidente da Vale, publicadas na imprensa neste domingo (14), está a redução de salários, da jornada de trabalho e dispensa de contratos trabalhistas.“É uma proposta oportunista. Os empresários não podem se aproveitar da crise para escrachar os trabalhadores. Isso é um pensamento da época da ditadura, quando se buscava individualizar os lucros e socializar os prejuízos”, afirmou o deputado André Vargas (PT-PR). O petista lembrou que a Vale tem obtido os maiores lucros entre todas as mineradoras do mundo. A empresa tem um faturamento superior a US$ 30 bilhões por ano, emprega mais de 60 mil pessoas e está presente em mais de 30 países.
André Vargas elogiou as medidas que o governo tem adotado para combater os reflexos da crise na economia brasileira e disse que a estratégia de manter os investimentos públicos e reduzir impostos vai manter a economia aquecida. “Não podemos transferir a conta da crise mundial para os trabalhadores brasileiros. A proposta de Agnelli atende unicamente ao capitalismo selvagem. Se reduzirmos o poder de compra dos trabalhadores, aí sim, teremos problemas com a crise”, avaliou.
Deputados do PT repudiam proposta de flexibilização das leis trabalhistas
Deputados da bancada petista na Câmara classificaram como “oportunista” o pleito do presidente da Vale, Roger Agnelli, ao solicitar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a flexibilização temporária das leis trabalhistas em função da crise econômica mundial.
Para os parlamentares, o que as grandes empresas precisam fazer é usar parte dos exorbitantes lucros faturados nos últimos anos para manter empregos e não comprometer o poder de compra dos trabalhadores. Entre as propostas do presidente da Vale, publicadas na imprensa neste domingo (14), está a redução de salários, da jornada de trabalho e dispensa de contratos trabalhistas.“É uma proposta oportunista. Os empresários não podem se aproveitar da crise para escrachar os trabalhadores. Isso é um pensamento da época da ditadura, quando se buscava individualizar os lucros e socializar os prejuízos”, afirmou o deputado André Vargas (PT-PR). O petista lembrou que a Vale tem obtido os maiores lucros entre todas as mineradoras do mundo. A empresa tem um faturamento superior a US$ 30 bilhões por ano, emprega mais de 60 mil pessoas e está presente em mais de 30 países.
André Vargas elogiou as medidas que o governo tem adotado para combater os reflexos da crise na economia brasileira e disse que a estratégia de manter os investimentos públicos e reduzir impostos vai manter a economia aquecida. “Não podemos transferir a conta da crise mundial para os trabalhadores brasileiros. A proposta de Agnelli atende unicamente ao capitalismo selvagem. Se reduzirmos o poder de compra dos trabalhadores, aí sim, teremos problemas com a crise”, avaliou.
Equívoco
Para o deputado Marco Maia (PT-RS) a proposta do presidente da mineradora é um equivoco. “Ao contrário do que propõe o presidente da Vale, o que o País precisa fazer é dar condições ao trabalhador para que não seja reduzido seu poder de compra. Qualquer medida que restrinja o consumo acentuará ainda mais os efeitos a crise. Uma coisa compensa a outra. Se agora os grandes empresários, especialmente os que atuam no ramo da exportação, têm menos lucros, no passado eles bateram recordes. Eles devem usar o saldo para segurar as despesas em momentos de dificuldades como este”, afirmou Maia.Marco Maia também destacou os efeitos positivos das medidas anunciadas pelo presidente Lula contra a crise. “O presidente Lula adotou medidas de incentivo ao crédito, redução de juros e impostos. No último fim de semana, por exemplo, as montadoras de carros sentiram na prática os efeitos da medida que reduz impostos para a compra de carros novos. Estamos no caminho certo, não há necessidade de se pensar em redução de salários ou de precarização das relações trabalhistas”, finalizou.
Fonte: Agência Informes
Fonte: Agência Informes
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