VEJA SÓ COMO AGE A OPOSIÇÃO CORRUPTA

21/12/2008

Oposição se arma para barrar Venezuela no Mercosul

Aprovado na Câmara, projeto acirra os ânimos do Senado


O projeto de decreto legislativo que autoriza o ingresso da Venezuela no Mercosul vai atear fogo no Senado no início de 2009.

Na Câmara, a despeito de uma discreta oposição do PSDB, a proposta passou com a suavidade de uma votação simbólica. Deu-se na última quarta (18).

Entre os senadores, o governo terá de arregaçar as mangas. Sob pena de ser surpreendido.

A oposição já esboça a barricada. "Somos contra", diz José Agripino Maia (RN), líder do DEM. "Faremos o que for necessário para impedir".

"Não vemos razões -nem políticas nem econômicas- que justifiquem a admissão da Venezuela no Mercosul", ecoa Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB.

Para complicar, também um pedaço do PMDB, maior legenda do consórcio governista, torce o nariz para Hugo Chávez. À frente José Sarney (PMDB-AP).

Nessa matéria, Sarney não é um opositor negligenciável. Foi sob a presidência dele (1985-1990) que o Mercosul foi criado.

Na Câmara, a maioria do governo é folgada. No Senado, a derrubada da CPMF, em dezembro de 2007, mostrou que o Planalto não é imbatível.

As primeiras pedras no caminho de Hugo Chávez surgirão já no primeiro estágio da tramitação da proposta: a Comissão de Relações Exteriores.

Hoje, é presidida por Heráclito Fortes (DEM-PI). Em 2009, deve passar às mãos de Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ambos se opõem ao ingresso da Venezuela.

Desde logo, planeja-se confiar a relatoria do projeto ao tucano Tasso Jereissati (CE), outro senador avesso à abertura das portas do Mercosul para a Venezuela.

O protocolo de adesão dos venezuelanos ao mercado comum foi assinado em julho de 2006, em Caracas. Precisa, porém, ser referendado pelos Legislativos.

Os congressos da Venezuela, da Argentina e do Uruguai já deram o OK. O do Paraguai ainda não votou. Mas prevê-se que será aprovdo.

No Brasil, a tramitação está pelo meio. No Senado, diferentemente do que ocorreu na Câmara, a votação será nominal, não simbólica. Uma exigência da oposição.

Os senadores precisarão dar as caras no painel eletrônico. Uma exigência da oposição. O governo talvez tenha de suar a camisa para evitar que o placar lhe seja adverso.

Comentário.

Veja só que tipo de oposição temos no Brasil. Estes mesmos que são contra o ingresso na Venezuela no MERCOSUL são os mesmos que apoiaram um terceiro mandato para o corrupto Fujimori, ex-presidente do PERU, e que elogiaram FHC quando da entrega da medalha Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro, ao mesmo ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Esses safados da oposição têm mais é que lutar pela integração da América do Sul, que hoje, graças a governos independentes, estão livre do poderio dos Estados Unidos.