Por: Da redação do SPressoSP
São Paulo – As denúncias de propina na Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo não envolvem apenas Hussain Aref Saab, ex-diretor de órgão responsável pela liberação de imóveis na prefeitura de São Paulo, e o vereador Aurélio Miguel (PR-SP) e podem incluir outros membros da pasta. A afirmação foi feita pelo promotor público Sílvio Antônio Marques, em entrevista coletiva promovida pelo Ministério Público Estadual nesta quinta-feira (14). O promotor disse não poder revelar outros nomes, pois poderia assim prejudicar as investigações.
As acusações, feitas por Daniela Gonzalez , ex-diretora financeira da BGE, empresa do grupo Brookfield, e por outros ex-funcionários, dão conta de que Aref e Miguel cobraram propina para facilitar a aprovação de projetos e reformas de ampliação, especialmente por parte do grupo Brookfield, sócio de vários shoppings de São Paulo, como o Pátio Higienópolis e Pátio Paulista.
Marques disse ainda que diariamente recebe relatos de testemunhas denunciando o esquema de pagamento de propina. “Um corretor de imóveis nos disse que vendeu cerca de 35 imóveis a Aref e recebeu em dinheiro vivo, dentro de envelopes pardos, em notas 100, 50, 20 e 10 reais”, revelou. O promotor disse também que outras empresas do ramo da construção civil estão envolvidas no esquema. “Várias empresas já estão sendo investigadas. Elas atuam no ramo da construção, com empreendimentos residenciais e comercias também”, afirmou.
Nesta manhã, a polícia fez uma busca com mandado de apreensão na casa de Aref e em sua empresa, a SB4. Foram coletados arquivos digitais e um cofre, cujos conteúdos ainda não foram revelados pela polícia.
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