sábado, 8 de fevereiro de 2014

Antes vivandeiras de quartéis, hoje vivandeiras de tribunais



O grande ideólogo e pensador alemão Karl Marx dizia que a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda com farsa. Essa frase lapidar cai como uma luva ao mau comportamento das oposições brasileiras e dos seus acólitos encastelados na grande mídia.
Nos idos dos anos 50 e 60, as forças conservadoras viviam a bater às portas dos quartéis, incitando-os para com a força das armas interditassem o debate político e acuassem as forças populares. Na época ganharam a alcunha nada honrosa de vivandeiras de quartéis. Tanto fizeram que, ao aguçar a sede de poder da caserna de então, produziram o golpe civil-militar que por 21 anos infelicitou a nação, promovendo toda a sorte de obscurantismo.
Hoje o verniz democrático fez com que estas forças do atraso mudassem de estratégia: ao invés de quartéis, os tribunais.
Vendo-se sem propostas, com um discurso mofado e cada vez mais apartados dos anseios da imensa maioria da população, essas forças resolveram tentar embaralhar o jogo da política no chamado “tapetão”.
Não se passa um dia, em que um de seus representantes – alguns até hilários, pelo despropósito - não bata à porta de algum tribunal para “representar” contra alguma atitude do governo federal ou da Presidente Dilma.
Longe de não compreender a importância do poder judiciário, mesmo quando exacerba do seu papel, “legislando” numa clara usurpação das atribuições do poder legislativo ou quando assombradamente aplica teses infundadas , como a do “domínio do fato” “ajeitada” para a ação penal 470, percebo a sua inegável importância como detentor do poder-dever de dirimir os conflitos na nossa sociedade.
Ocorre que, atualmente, esse conservadorismo, usando uma roupagem democrática tenta um “golpe branco”, escondendo-se atrás do judiciário, recebendo uma ampla divulgação na mídia familiar e monopolista, cujo objetivo é quebrar a espinha dorsal das forças de esquerda e dos legítimos movimentos populares. Quem se dispor a ler as capas dos principais veículos de comunicação de épocas passadas verão o quanto raivosa e deletéria eram e ainda são suas visões de Brasil.
Guerra psicológica é um termo até brando para realçar o comportamento dos opositores, dos agentes do mercado financeiro, dos rentistas chorosos pelos juros cada vez mais altos e pelos oráculos da mídia que se acham “formadores da opinião pública.
Voltando às vivandeiras de tribunais. Cabe destacar que, já esta beirando ao ridículo esse mau comportamento dessas forças irem choramingar nos tribunais: até com a cor da roupa da Presidente já implicaram... Falta de assunto? Burrice? Desespero? Na minha modesta opinião é a soma dos três.
Será que ainda é necessário lembrá-los de que numa democracia quem determina a condução do processo político é o povo. Para além: é mero chororô, atitudes descabidas e golpistas, somente aquele que elege, pode derrotar. Ao voto!

Alberto Cantalice

Alberto Cantalice é vice-presidente do Partido dos Trabalhadores

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