sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O MP SÓ GOSTA DE FERRAR O PT

05/12/2008

Ministério Público arquiva investigação sobre compra de casa por Yeda Crusius
Agência Folha

O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul arquivou a investigação sobre a compra de uma casa pela governadora Yeda Crusius (PSDB). O procurador-geral de Justiça, Mauro Renner, que fez o anúncio do arquivamento, disse que não encontrou irregularidade na transação.

Outras duas investigações sobre a evolução patrimonial da tucana e a compra do imóvel, que ocorreu em dezembro de 2006, ainda estão em curso no Tribunal de Contas do Estado e no Ministério Público Federal.

Yeda comprou a casa 25 dias antes de tomar posse no governo. Segundo a certidão do imóvel, o imóvel custou R$ 750 mil --valor superior aos R$ 674 mil que a tucana declarou como patrimônio antes da eleição. R$ 550 mil foram pagos no ato da compra e o pagamento dos outros R$ 200 mil ficou condicionado à quitação de uma dívida do vendedor do imóvel, Eduardo Laranja da Fonseca, com o banco Itaú.

A Promotoria considerou procedentes os argumentos da defesa da governadora, que aponta a venda de dois apartamentos e um carro (R$ 593 mil, no total) como a fonte dos recursos para pagar os R$ 550 mil da entrada e R$ 27 mil do ITBI (imposto sobre a transmissão de bens imóveis).

As suspeitas sobre a origem do dinheiro para comprar a casa alimentaram a crise política vivida pela governadora desde novembro do ano passado, quando a PF desmontou uma fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran-RS (Departamento Estadual de Trânsito). Quarenta pessoas são rés em uma ação penal que corre na Justiça Federal.

O escândalo de corrupção do Detran desencadeou uma CPI na Assembléia Legislativa. Nos 150 dias de funcionamento da comissão, quatro integrantes do primeiro escalão caíram após suspeitas de envolvimento na fraude do Detran ou com o uso de estatais para financiar campanhas eleitorais.

Ao ser informada sobre a decisão do MP, Yeda comemorou o arquivamento da investigação. "É um momento importante, um tomo da história deste governo foi escrito. A decisão do Ministério Público recompõe um pedaço da minha história pessoal", disse ela.

A oposição, que pediu a investigação sobre o patrimônio de Yeda, demonstrou frustração com o arquivamento.

"O Ministério Público Estadual não cruzou os dados bancários das pessoas envolvidas. Houve uma investigação insuficiente e um arquivamento intempestivo", afirmou a deputada Stela Farias (PT).

Segundo ela, a Promotoria não apurou a origem dos recursos usados pelo ex-secretário tucano Delson Martini, demitido após ser citado em grampos telefônicos de acusados da fraude no Detran, e de seu pai, o empresário Delaci Martini, para fazer pagamentos a Yeda.

O ex-secretário pagou R$ 32 mil por um Passat 1998 de Yeda enquanto seu pai comprou um apartamento da tucana por R$ 180 mil no litoral gaúcho.

No TCE, que tem a prerrogativa de investigar a evolução patrimonial de agentes públicos, houve a nomeação de um conselheiro para analisar o caso depois que o Ministério Público Especial da corte considerou insuficientes as explicações da defesa de Yeda, em agosto. O MPF não comentou o andamento de sua investigação.
Comentário.
Se Yeda Cruzes fosse do PT, com certeza o Ministério Público ofereceria a denúncia contra ela.Mas como é tucana o representante do MP fez de conta que não viu nada, mesmo sendo visível a maracutaia.Por muito menos que isso o MP de Pernambuco entrou com ação de improbidade administrativa contra João Paulo.É chegada a hora de os membros do MP, do Judiciário pararem de agir de acordo com a coloração partidária do político investigado, sob pena de cairem no descrédito total, como vem caindo o imprensalão.É lamentável o arquivamento do processo contra Yeda. Se bem que nada mais me surpreende vindo de um MP que entrou com uma ação pedindo a dissolução MST gaúcho.

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