A liberação da candidatura da deputada federal Maria do Rosário pelo Tribunal Superior Eleitoral foi festejada pela petista, que falou com exclusividade à repórter Renata Colombo, da Rádio Guaíba, na noite desta segunda-feira. Bastante emocionada, a gaúcha falou sobre os momentos de ansiedade durante o processo eleitoral.
“É uma vitória imensa porque sofri muito este tempo todo. Tive de fazer duas campanhas. Uma campanha mostrando propostas e projetos e outra para convencer o eleitorado de que eu era candidata e de que os votos iriam valer. Terminou toda essa angústia hoje”, desabafou.
Maria do Rosário, que votou a favor da Ficha Limpa, afirmou que não se enquadrava na Lei e que a decisão do TRE gaúcho era injusta e incorreta: “No mérito, a decisão já estava tomada antes da eleição pelo TSE, mas a assinatura só veio hoje. O que aconteceu comigo é que depois de 20 anos participando de eleições eu fui injustamente punida. Agora a verdade veio, mas durante o período eleitoral foi muito difícil.”
A candidata havia tido o registro impugnado pelo TRE gaúcho por ter rejeitadas as contas da campanha para prefeita de Porto Alegre, em 2008, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Como entrou com recurso, ela pode concorrer, mas as informações sobre sua eleição foram limitadas pelo TSE.
“Os eleitores têm direito de saber quantos votos eu fiz em cada cidade. Peço, encarecidamente, que tomada esta decisão, exista a liberação de todas as informações dos votos que obtive. Já não bastam os prejuízos que tive? Afetivo, emocional, eleitoral... Porque muitas pessoas procuraram outros candidatos e deixaram de dar o seu voto pois ficaram em dúvida”, argumentou a gaúcha que, em seu primeiro mandato na Câmara do Deputados, participou da CPI da Exploração Sexual.
Mesmo com os problemas na sua candidatura, Maria do Rosário conquistou 143.128 votos - a quinta maior votação para deputado federal no Estado. O TRE-RS ainda não se pronuciou sobre qual deputado terá de ser excluído para a entrada da petista. Fernando Marroni, último deputado do partido em número de votos, deve ser o suplente. Correio do Povo
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