Na sua chegada a Fortaleza, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou falar com a imprensa e se dirigiu rapidamente ao veículo oficial, acompanhado da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). Ele desembarcou agora há pouco, às 13h30min, no aeroporto antigo, no bairro Vila União.
Como único repórter in loco encarregado de tentar extrair alguma informação do ex-presidente, aguardei no desembarque e perguntei: “Uma palavra com o jornal O Povo?”. Lula, certamente desapontado diante da recepção inesperada da imprensa, desculpou-se e disse apenas que guardaria as entrevistas “para mais tarde”.
A resposta padrão não me satisfez. Continuei repetindo minhas perguntas, talvez na esperança de vencer o ex-presidente pelo cansaço. Se minha insistência não convenceu Lula a dar a bendita entrevista, deve ter motivado certa “compaixão” diante da minha situação. “Olha, meu filho, agora não dá mesmo, me desculpe”, disse calorosamente, e me deu um abraço.
Enquanto eu repetia novamente as questões, o ex-presidente me acolheu em seus ombros –numa espécie de consolo fraternal. A cada nova investida, ganhava novo afago do ex-presidente – provocando gargalhadas dos que o acompanhavam. “Mais tarde vai ser melhor. Venha mais tarde que você vai gostar”, disse.
No final das contas, a missão fracassou: não consegui a tal entrevista. E sobre o que eram as perguntas mesmo? Alguma coisa sobre governadores, troca de acusações, rompimentos e crises políticas.
Fonte:O Povo
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