domingo, 17 de fevereiro de 2013

Rede de Marina não será “nem oposição, nem situação”

Marina Silva

 

"Nem oposição nem situação, precisamos de posição". Essas foram as palavras da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva no início do evento de lançamento do novo partido político, chamado Rede, que acontece neste sábado (16) em Brasília. De olho nas eleições presidenciais de 2014, ela inicia agora as coletas de assinaturas para a criação do novo partido.


 
Ao defender princípios éticos, Marina afirmou que a sigla não será "nem oposição, nem situação" ao governo de Dilma Rousseff, mas admitiu fazer "alianças pontuais" em torno de ideias: "nós não seremos nem oposição nem situação à Dilma (Rousseff). Se a presidente estiver fazendo algo bom para o Brasil, nossa posição é favorável. Se ela for contra o Código Florestal, nossa posição é contrária", afirmou Marina, em um de seus discursos. "É um partido para questionar a si próprio. Não pode ser um partido para eleição", completou. "(O partido) não precisa ter postura de manada."



Dizendo que são "diferentes", a ex-senadora e ex-ministra do governo Lula Marina defendeu alianças partidárias. "Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes." Lembrou ainda que a nova legenda não tem "uma liderança única e, sim, multicêntricas."

Marina considera que o objetivo principal do partido não é disputar eleições, mas questionar a incapacidade da política atual de interferir e transformar a realidade. "O que está acontecendo aqui é um paradoxo, estamos criando um partido para questionar a si próprio. Não é um partido criado para disputar eleição, mas para disputar uma visão de mundo, de um novo sujeito político que não é espectador, é o protagonista. É para democratizarmos a democracia, reconectarmos o sujeito com a potência do fazer político", defendeu.

Para poder se candidatar à Presidência pela nova legenda em outubro de 2014, Marina e os fundadores da sigla precisam conseguir 500 mil assinaturas até setembro deste ano. "Vamos dedicar os próximos três meses para a coleta de assinaturas. Não será difícil", previu Walter Feldman. Além dele, os deputados Alfredo Sirkis (PV-RJ), que não compareceu ao evento, e Domingos Dutra (PT-MA)e a ex-senadora e vereadora por Maceió Heloisa Helena anunciaram o ingresso no novo partido. "Serei uma soldada da Marina", disse a ex-senadora, em discurso que lançou a candidatura de Marina ao Planalto, em 2014.

O estatuto do novo partido deveria ser aprovado até o final do dia de ontem. O documento prevê uma reavaliação do papel do partido em relação a sua continuidade daqui a 10 anos. Ou seja, a sigla poderá ser extinta. Também deverá ficar definido que os detentores de mandato terão direito a disputar apenas uma reeleição em cada casa parlamentar.Vermelho

Um comentário:

Unknown disse...

Pelo visto tambem não será partido politico. Será mais um braço do capitalismo a serviço do crescimento de grande empresas.