O ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra, 74, faleceu na tarde desta quinta-feira na UTI do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo; seu quadro de saúde agravou-se na última quarta-feira, em função de uma queda na pressão arterial e a hemodiálise a que o ex-parlamentar vinha sendo submetido teve que ser suspensa
14 de Fevereiro de 2013
¶PE247 –O ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra, 74, faleceu na tarde desta quinta-feira (14) enquanto encontrava-se internado na Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. O seu quadro de saúde agravou-se na última quarta-feira (13) em função de uma queda na pressão arterial. Como consequência da intercorrência, os médicos interromperam o tratamento de hemodiálise a que o ex-parlamentar vinha sendo submetido. Lyra foi um dos personagens fundamentais no processo de redemocratização do País.
O ex-ministro estava internado no Incor desde o dia 5 de janeiro, quando foi transferido do Hospital Português, localizado no bairro da Ilha do Retiro, Zona Oeste do Recife. Deputado federal por seis vezes, Lyra apresenta problemas de insuficiência renal aguda e cardíaca congestiva.
O político, que também sofria de problemas cardíacos desde 1978, foi um dos que mais lutou pela eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral nos anos 80. Além de sua atuação no Congresso, Lyra também foi ministro da Justiça no governo do presidente José Sarney, entre março de 1985 e fevereiro de 1986. Mesmo com a morte de Tancredo, Lyra se manteve à frente do ministério. Um ano mais tarde, tentou a presidência da Câmara Federal, mas acabou sendo derrotado por Ulysses Guimarães.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru, em Pernambuco, ele foi um dos integrante do movimento “Autênticos MDB”, que lutava contra a repressão do Regime Militar na década de 70. Também foi vice de Leonel Brizola (PDT) em 1989, quando o pedetista foi candidato a presidente da República.
O ex-ministro presidiu, ainda, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) de 2003 a 2011 e participou das duas campanhas em que o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, foi eleito e reeleito, em 2006 e 2010.
A defesa da reforma política, mais especificamente do voto distrital, também marcou Lyra na vida pública, em meio às discussões sobre a Reforma Política no Brasil no Congresso Nacional em 2007, muito embora ele já tivesse se afastado da política em 1998.
Antes de falecer, Lyra, que se filou ao PSB no começo dos anos 90, escrevia artigos para a revista CartaCapital.
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