Marina Silva tem Alzheimer? Tomara…
DENER GIOVANINI
Quinta-Feira 28/08/14
Longe de mim querer desejar que a candidata Marina Silva sofra de qualquer doença. Ainda mais de uma doença tão nefasta e cruel como é o Alzheimer. Mas entre acreditar que a ex-ministra possa estar sofrendo de alguma moléstia que lhe provoque espasmos de esquecimento ou constatar que uma senhora na idade dela tenha a [...]
Longe de mim querer desejar que a candidata Marina Silva sofra de qualquer doença. Ainda mais de uma doença tão nefasta e cruel como é o Alzheimer. Mas entre acreditar que a ex-ministra possa estar sofrendo de alguma moléstia que lhe provoque espasmos de esquecimento ou constatar que uma senhora na idade dela tenha a cara de pau de mentir de forma tão acintosa em rede nacional, eu acho mais digno imaginar que a pobre coitada esteja realmente com deficiência de memória. Foi o que me ocorreu ontem ao assistir a entrevista da ex-senadora no Jornal Nacional, na TV Globo.
Percebi de imediato um problema com a memória de Marina logo que ela surgiu no vídeo. De cara achei que ela tinha esquecido que já havia sido maquiada e deve ter retornado algumas vezes para repetir o processo. Nunca vi Marina Silva ostentando tanto blush. Seu rosto parecia uma aquarela. Tudo bem que os políticos em geral recorram a uma maquiagenzinha para disfarçar sinais da idade e ou de malfeitos. Mas Marina se superou.
Ao afirmar que “Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade”, a ex-ministra do Meio Ambiente incorporou definitivamente o que de mais podre existe no que ela define como a “velha política”: tentar manipular o passado para garantir uns votinhos no presente. Naquele exato momento, na bancada do Jornal Nacional, Marina Silva perdeu de vez a noção da realidade. Apequenou-se.
Vejamos, ou melhor, constatemos que Marina Silva era sim contra os transgênicos.
Em 07/05/1997, a então senadora da República, apresentou no Congresso Nacional o projeto de Lei do Senado nº 84, que decretava a moratória no plantio, comercio e consumo de organismos geneticamente modificados e produtos derivados, em todo o território nacional.
Vejam (CLIQUE AQUI para acessar diretamente o site do Senado Federal):
Se Marina Silva não era contra os transgênicos, por que ela apresentou um projeto de Lei justamente para proibir tais produtos? Será que na época o que era lenda era o interesse de Marina Silva de proteger o meio ambiente? Será que a Senadora estava enganando os ambientalistas em 1997 ou estaria ela enganando os eleitores brasileiros em 2014?
Seus discursos no Senado Federal – e são muitos tratando desse tema – sempre foram caracterizados por uma posição de extrema preocupação em relação aos transgênicos.
Vejamos, ou constatemos novamente (CLIQUE AQUI para acessar diretamente o site do Senado Federal):
Como assim Marina Silva, quer dizer que a senhora já foi rotulada de ser atrasada por ser contra os transgênicos? Quanta injustiça com a ex-senadora, mal sabiam seus pares na época que tudo era lenda!
No trecho do mesmo discurso a ex-senadora evoca passagens bíblicas para condenar “as empresas que se floreiam de verde para vender os seus venenos com uma cosmética melhor para o povo”.
Cosmética… para vender melhor ao povo… veneno… É Marina Silva, agora começo a entender o porque de tanta maquiagem no Jornal Nacional.
Sinto-me triste por ter que escrever um artigo como esse, onde eu afirmo que a ex-ministra do Meio Ambiente do meu país era sim preocupada com as questões ambientais, apesar de hoje ela afirmar que tudo não passava de lenda.
Mais triste me sinto ao perceber que, movida por uma extrema vaidade não admitida, Marina Silva afronte sua própria história para alcançar o poder. Que chegue ao ponto de renegar posições históricas, de abandonar causas que ela dizia acreditar.
Como irão se posicionar – hoje – as organizações ambientalistas que sempre estiveram ao lado dela na luta contra os transgênicos? Será que tudo era lenda também?
Porém, nada é mais triste do que ver um povo que quer decidir o destino do país votando, não nos mais preparados, mas sim naqueles que prometem mudanças que apenas virarão lendas. Para esses, deixo uma reflexão bíblica:
Recomendo, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisões e põem obstáculos ao ensino que vocês têm recebido. Afastem-se deles. Pois essas pessoas não estão servindo a Cristo, nosso Senhor, mas a seus próprios apetites. Mediante palavras suaves e bajulação, enganam o coração dos ingênuos.
Romanos 16:17-18
Para quem quiser acessar mais discursos de Marina Silva contra os transgênicos, clique nos links abaixo:
Para quem quiser saber mais sobre as campanhas contra os transgênicos que podem virar lenda, clique nos links abaixo:
As traições de Marina. Bem que avisei!
DENER GIOVANINI
Segunda-Feira 18/08/14
Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan [...]
Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan o prêmio das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Os petistas se arrepiaram, reclamaram e me criticaram. Não deu outra: se arrependeram. Em 2010, quando o Partido Verde aceitou a bancar a candidatura de Marina para presidência da República, novamente eu avisei em diversas oportunidades, que eles estavam dando um tiro no próprio pé. Fui criticado e esculhambado por algumas lideranças do PV. Não deu outra: eles também se arrependeram.
Quando Eduardo Campos oficializou a candidatura de Marina Silva como vice em sua chapa eu não perdi a oportunidade. Novamente afirmei em entrevistas e artigos que o PSB iria se arrepender. E, mais uma vez, não deu outra: Marina, além de não transferir votos, ainda criou uma série de dificuldades políticas para Eduardo, levando seu nome a patinar entre 10% do eleitorado. Não fosse sua trágica morte, ele sairia da eleição muito menor que entrou. E grande parte da culpa teria o sobrenome Silva.
Seria eu um implicante sem razão contra Marina Silva ou será que Deus me concedeu o dom da adivinhação? Nem uma coisa, nem outra. Sou apenas um pragmático, que não dá asas a paixões avassaladoras de momento e nem me deixo levar pelas emoções de ocasião. E assim penso que deva ser cada brasileiro que tenha consciência sobre a sua responsabilidade de decidir o destino do país.
Marina Silva foi ministra de Lula por oito anos e “abandonou” o governo quando percebeu que seu ego se apequenava diante do crescimento da influência da então também ministra Dilma Rousseff. O Planalto estava pequeno demais para as duas. Também deixou o Partido Verde ao perceber que a legenda não se dobraria tão fácil a sua sede de poder. Eduardo Campos sentiu o amargo sabor de Marina ao ver alianças importantes escorrerem por entre seus dedos. Marina atrapalhou, e muito, sua candidatura. Isso é um fato que nem o mais bobo líder do PSB pode negar.
Marina está fadada a trair
O grande ego é o pai da traição. Quem se sente um predestinado e prioriza o culto a personalidade tem medo da discordância, da crítica. É esse medo que gera uma neutralidade perigosa e falsa. E a neutralidade é a mãe da traição. Seres humanos com grandes egos quase sempre se posicionam entre o conforto de “lavar as mãos” e o silêncio covarde de suas convicções.
Marina Silva é assim. Simples assim.
Nas últimas Eleições presidenciais Marina ficou NEUTRA. Alguém se lembra?
Ao contrário do que desejavam seus milhões de eleitores – que ansiavam por uma indicação, uma orientação ou um caminho – Marina calou-se. Não apoiou Dilma e nem Serra. Com medo de decidir, declarou-se neutra. E ajudou a eleger Dilma.
Claro, não se espera de um político uma sinceridade absoluta, mas pelo menos transparência em algumas das suas convicções básicas. Isso Marina não faz. E quem não o faz assume o destino da traição. Vejamos:
a) Se eleita, Marina Silva irá mudar o atual Código Florestal?
SIM (trairá o agronegócio)
NÃO (trairá os ambientalistas)
b) Se eleita, Marina Silva irá abandonar os investimentos no Pré-sal e passará a investir em fontes alternativas para a matriz energética?
SIM (trairá a Petrobrás e seus parceiros)
NÃO (trairá os ambientalistas)
c) Se eleita, Marina Silva irá interromper a construção de Belo Monte?
SIM (trairá os empresários)
NÃO (trairá os ambientalistas)
d) Se eleita, Marina Silva irá apoiar o casamento gay?
SIM (trairá os evangélicos)
NÃO (trairá os movimentos sociais)
e) Se eleita, Marina Silva será contra a pesquisa de células tronco?
SIM (trairá os pesquisadores e a academia)
NÃO (trairá os evangélicos)
f) Se não for ao segundo turno, Marina repetirá sua posição de 2010?
SIM (trairá a oposição)
NÃO (trairá a si mesma)
Essas são apenas algumas perguntas que Marina Silva não responderá. Ou o fará por meio de respostas dúbias e escamoteadoras, bem ao seu estilo. No final, ninguém saberá realmente o que ela pensa. Sob pressão, ela jogará a responsabilidade para a platéia e sacará de seu xale sagrado a carta mágica:FAREMOS UM PLEBISCITO! Esse é o estilo Marina de ser. E esse é o tipo de comando que pode levar o Brasil ao encontro de um cenário de incertezas e retrocessos. O que ela fala – ou melhor – o que ela não fala hoje, será cobrado no Congresso Nacional caso venha a se eleger. Como Marina negociará com a bancada ruralista? Com a bancada religiosa?
Você, caro leitor, vai arriscar?
Eu não. Se não me bastassem os fatos, tive a oportunidade de olhar profundamente os olhos de Marina e de segurar em suas mãos. E não gostei do que vi. E não tenho medo de críticas. E tenho orgulho das minhas convicções.
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