terça-feira, 14 de julho de 2015

Aldo Guedes é primeiro membro do governo de Pernambuco na ativa citado na operação Lava Jato




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Presidente da Copergás ocupa o mesmo cargo no governo estadual há mais de 8 anos, desde a primeira gestão Eduardo Campos. Foto: Michele Souza / Acervo JC Imagem


O que realmente chamou atenção no novo desdobramento da operação Lava Jato em Pernambuco, nesta terça (14), foi o surgimento do nome do presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), Aldo Guedes. Ele é o primeiro integrante ativo de um cargo no governo estadual a ter seu nome ligado às investigações do escândalo de corrupção da Petrobras.


Aldo já teve seu nome mencionado pela PF em outro inquérito, que investigava a quem realmente pertencia o jatinho Cessna que caiu e resultou na morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Segundo a Polícia Federal, o presidente da Copergás, que está no mesmo cargo desde o início do primeiro mandato de Campos, em 2007, era também sócio do ex-governador em ao menos dois negócios.


Nesta terça, a Polícia Federal confirmou ter cumprido mandados de busca e apreensão em imóveis de Aldo Guedes. Foram dois imóveis, um em nome do próprio dirigente da Copergás, outro em nome da pessoa jurídica Jacarandá Negócios.


A Polícia Federal em Pernambuco informou que o detalhamento sobre o mandado de busca e apreensão nos imóveis de Aldo Guedes será esclarecido pela PF em Brasília junto de outras informações da operação, de forma unificada. A PF, procurada às 14h20 por telefone, informou que a divulgação de maiores detalhes ocorrerá de forma unificada ainda na tarde desta terça (14).


O governo de Pernambuco também informou: vai se posicionar ainda na tarde desta terça.


A imprensa estadual deu ênfase nos nomes do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) – ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – e do deputado federal Eduardo da Fonte (PP). Ambos já haviam tido seus nomes envolvidos na Lava-Jato, além do ex-deputado Pedro Corrêa (PP) e do senador Humberto Costa (PT), outros pernambucanos citados na operação, mas que não foram alvo da ação desta terça.


Como já é de domínio público, o nome do ex-governador também apareceu nas investigações. Como ele faleceu ano passado, porém, o Ministério Público pediu o arquivamento do processo. Foi o mesmo caso do tucano Sérgio Guerra, também implicado na operação, mas falecido.


Como já amplamente divulgado pela imprensa, a PF, com o Ministério Público Federal, deflagrou nesta quarta a Operação Politéia, com o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. Em Pernambuco foram oito buscas e apreensões.

Fonte:Pinga Fogo

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