Só Zé Eduardo Cardoso que não percebe que a Polícia Federal é partidarizada, que há ali dentro um enorme antro de tucano, principalmente aliado de José Serra investigando petista. Por ali já passaram Agílio Monteiro Filho(esse filiado ao PSDB), Vicente Chelloti, Marcelo Itagiba, Onézimo de Souza, e, atualmente,Leia Mais:Leia Mais:Leia Mais: Igor Romário de Paula, Giovani Santoro. Todos assumidamente tucanos.
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Jornal GGN
- As ligações do senador José Serra com a equipe da Lava Jato foram
escancaradas no relatório divulgado hoje, sobre as mensagens capturadas
no celular do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
O
relatório da PF identifica as iniciais do vice-presidente Michel Temer,
do governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Mas coloca uma tarja preta
na identificação da sigla JS.
Como
o nome de Serra constava no relatório inicial da perícia, conclui-se
que os filtros da Lava Jato criaram uma blindagem ampla para o senador.
Do Estadão
Análise do celular do maior empreiteiro
do País revela seu esforço em utilizar siglas e mensagens codificadas
para se referir a políticos e registrar algumas transações
Por Mateus Coutinho, Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba e Fausto Macedo
Relatório
da Polícia Federal sobre o celular de Marcelo Bahia Odebrecht
apreendido na 14ª fase da Lava Jato revelam o amplo leque de políticos,
da base do governo e da oposição, com os quais Marcelo Odebrecht tinha
algum contato, sua preocupação com a operação da Polícia Federal e,
sobretudo, seu esforço para utilizar siglas e mensagens codificadas para
se referir a políticos e registrar algumas transações.
O
maior empreiteiro do País utilizava em seu aparelho e siglas como GA
(referência ao governador Geraldo Alckmin), MT (Michel Temer), GM (Guido
Mantega), JS (neste caso a Polícia Federal utilizou uma tarja preta
para não identificar o contato), FP (a PF usou também uma tarja preta
para não identificar o contato) e algumas mais óbvias como ECunha, em
referência ao presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha
(PMDB/RJ).
Há
também referência direta ao ex-presidente Lula e a outros apelidos como
“Dida”, para se referir a Aldemir Bendine, presidente da Petrobrás, e
“Beto”, em referência ao secretário nacional de Justiça Beto Ferreira
Martins. Na análise de 31 páginas, a Polícia Federal limita-se a
transcrever as anotações da agenda do empreiteiro.
Registros do telefone de Marcelo Odebrecht em que aparecem reuniões com Geraldo Alckmin e Michel Temer.
Em
duas ocasiões, como revela a análise do material apreendido na
residência de Marcelo Odebrecht, há registros na agenda do celular de
encontros com políticos. Ele teria se reunido com Geraldo Alckmin
(PSDB), governador de São Paulo, em outubro de 2014, e com o
vice-presidente Michel Temer (PMDB), em 21 de novembro do ano passado,
já depois da Juízo Final, etapa da Lava Jato que levou à prisão outros
executivos de grandes empreiteiras do País. O detalhamento do encontro
com o vice-presidente, contudo, aparece coberto por uma tarja preta no
relatório.
Algumas anotações do dia 9 de janeiro de 2013 chamaram a atenção dos investigadores, como o tópico “Créditos”.
CONFIRA O TÓPICO CRÉDITOS NO CELULAR DE MARCELO ODEBRECHT:
Mais
abaixo, há ainda o tópico “notas antigas”, no qual há referência
“adiantar 15 p/JS” e em seguida a anotação “IPI até dez e pis/Cofins até
jan”. Ainda relacionado a este tópico há o título “Contribuição”, a
partir do qual surgem várias referências de valores seguidas de siglas
que a Polícia Federal ainda não conseguiu identificar claramente.
COM A PALAVRA, A ODEBRECHT
“Embora
sem fundamento sólido, o indiciamento do executivo e ex-executivos da
Odebrecht já era esperado. As defesas aguardarão a oportunidade de
exercer plenamente o contraditório e o direito de defesa. Em relação à
Marcelo Odebrecht, o relatório da Polícia Federal traz novamente
interpretações distorcidas, descontextualizadas e sem nenhuma lógica
temporal de suas anotações pessoais. A mais grave é a tentativa de
atribuir a Marcelo Odebrecht a responsabilidade pelos ilícitos
gravíssimos que estão sendo apurados e envolveriam a cúpula da Polícia
Federal do Paraná, como a questão da instalação de escutas em celas
dentre outras.”
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