Em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta terça-feira (9), o advogado da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), Pedro de Abreu Dallari, considerou contraditória e com motivação política a atuação do promotor José Carlos Blat que apura supostas irregularidades na Bancoop.
"É contraditório que ao mesmo tempo o promotor se mostre tão certo das coisas e jamais tenha tomado nenhuma medida", aponta. "Por que quando o promotor tem certeza do delito, ele move uma ação criminal. Se ele está convicto, ele teria de mover uma ação e nunca moveu. O próprio Jornal Nacional (TV Globo) informou que daqui a três meses ele vai propor uma ação", destaca. O advogado explica que existe apenas uma investigação sobre o assunto, sem medida judicial em andamento.
Para Dallari, o promotor age de forma irresponsável e utiliza o Ministério Público de São Paulo (MP) para uso político. "É evidentemente o uso pelo promotor Blat do Ministério Público para fazer política", diz. "Isso mostra irresponsabilidade. Os promotores dão entrevistas quando promovem a ação. É realmente algo muito errado fazer acusação sem propor ação no MP, porque não dá nem o direito da outra parte se defender, porque não sabe do que está sendo acusado, não tem processo", analisa.
Má-fé
Durante a entrevista, Dallari considerou a atuação da revista Veja antiética e a reportagem de má-fé. "Ela [revista Veja] não se dá o mínimo respeito de ouvir aqueles que está atacando. Aquele mínimo que se exige do ponto de vista ético que é ouvir o outro lado não foi feito".
Para ele, a intenção da revista é atacar o novo tesoureiro do PT e justificar a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo. "O PSDB havia pedido no passado a instalação de uma CPI", contextualiza. "A matéria de Veja esquenta a CPI, cria factóides que possam ser utilizados no âmbito de uma comissão parlamentar de inquérito para justificar convocações. Porque não há nada. O que aparece na matéria já apareceu em anteriores, foi debatido, foi discutido e os dados foram apresentados", aponta. "No entanto, isso está sendo requentado agora para poder esquentar a CPI e atacar a figura do Vaccari que é o novo tesoureiro da comissão executiva nacional do PT", afirma Dallari.
Desafio
O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), desafiou o promotor José Carlos Blat a provar que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sacou recursos em dinheiro da Bancoop. Se o promotor comprovar que houve saques em dinheiro, o petista renuncia ao seu mandato na Câmara.
"Se tiver R$ 30 milhões ou R$ 100 milhões de saque na boca do caixa, renuncio ao meu mandato. Se não tiver, ele renuncia ao cargo dele no Ministério Público", afirmou.
"Essa é uma denúncia vazia que, no período eleitoral, ganha situações que em outras ocasiões não teriam impacto nenhum", pontuou. Vacarezza também acusou Blat de não cumprir o seu papel de promotor ao divulgar "denúncias vazias".
"É contraditório que ao mesmo tempo o promotor se mostre tão certo das coisas e jamais tenha tomado nenhuma medida", aponta. "Por que quando o promotor tem certeza do delito, ele move uma ação criminal. Se ele está convicto, ele teria de mover uma ação e nunca moveu. O próprio Jornal Nacional (TV Globo) informou que daqui a três meses ele vai propor uma ação", destaca. O advogado explica que existe apenas uma investigação sobre o assunto, sem medida judicial em andamento.
Para Dallari, o promotor age de forma irresponsável e utiliza o Ministério Público de São Paulo (MP) para uso político. "É evidentemente o uso pelo promotor Blat do Ministério Público para fazer política", diz. "Isso mostra irresponsabilidade. Os promotores dão entrevistas quando promovem a ação. É realmente algo muito errado fazer acusação sem propor ação no MP, porque não dá nem o direito da outra parte se defender, porque não sabe do que está sendo acusado, não tem processo", analisa.
Má-fé
Durante a entrevista, Dallari considerou a atuação da revista Veja antiética e a reportagem de má-fé. "Ela [revista Veja] não se dá o mínimo respeito de ouvir aqueles que está atacando. Aquele mínimo que se exige do ponto de vista ético que é ouvir o outro lado não foi feito".
Para ele, a intenção da revista é atacar o novo tesoureiro do PT e justificar a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo. "O PSDB havia pedido no passado a instalação de uma CPI", contextualiza. "A matéria de Veja esquenta a CPI, cria factóides que possam ser utilizados no âmbito de uma comissão parlamentar de inquérito para justificar convocações. Porque não há nada. O que aparece na matéria já apareceu em anteriores, foi debatido, foi discutido e os dados foram apresentados", aponta. "No entanto, isso está sendo requentado agora para poder esquentar a CPI e atacar a figura do Vaccari que é o novo tesoureiro da comissão executiva nacional do PT", afirma Dallari.
Desafio
O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), desafiou o promotor José Carlos Blat a provar que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sacou recursos em dinheiro da Bancoop. Se o promotor comprovar que houve saques em dinheiro, o petista renuncia ao seu mandato na Câmara.
"Se tiver R$ 30 milhões ou R$ 100 milhões de saque na boca do caixa, renuncio ao meu mandato. Se não tiver, ele renuncia ao cargo dele no Ministério Público", afirmou.
"Essa é uma denúncia vazia que, no período eleitoral, ganha situações que em outras ocasiões não teriam impacto nenhum", pontuou. Vacarezza também acusou Blat de não cumprir o seu papel de promotor ao divulgar "denúncias vazias".
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